Veterinária explica os fatores que podem prolongar a
longevidade dos cães
É o sonho de todo tutor: que seu cão tenha uma vida
longa e saudável. Mas, por mais cuidados que tenhamos, muitas vezes ainda é a
genética um dos fatores mais decisivos quando o assunto é quantos anos pode
durar seu cachorro.
E alguns sabem desafiar as estatísticas. Há casos de
animais que beiram os 20 anos, mas dificilmente essa dádiva estará presente em
cachorros de raças grandes.
Aqui, tamanho é documento
A média de vida de um cão gira em torno de oito a 13
anos - o tempo de vida menor para cachorros grandes e o maior para animais de
estatura pequena.
Quer que seu mascote tenha uma vida longa? Comece
adotando animais menores. Quem não se lembra do pequinês da vovó que morreu com
mais de 18 anos? Pois é, isso acontece. E, naquela época, os Fox Paulistinhas
também se aproximavam dessa idade.
Animais sem raça, desde que de tamanho pequeno,
também contribuem para manter essas estatísticas. Já os Pastores Alemães e os
Collies, raças vedetes da década de 1970, dificilmente chegavam a comemorar seu
13º aniversário.
Como a ciência pode contribuir
A medicina veterinária pode, sim, ajudar você a ter
um cachorro com vida mais longa. As novas tecnologias também são determinantes
na qualidade de vida do seu pet, assim como os
recursos para tratamentos médicos.
Contudo, saiba que muitas doenças - aquelas que você
começa a combater na idade madura do seu mascote - podem ser tratadas, mas nem
sempre extintas. É o caso de enfermidades como a displasia coxo-femural, o
câncer, alguns tipos de cegueira e a diabetes insulina-dependente. Você pode
empurrar mais um pouquinho a vida do seu mascote adoecido, mas nem sempre
cortar o mal pela raiz.
Como a genética influencia
É complicado falar em genética e histórico familiar
quando seu mascote é um animalzinho resgatado das ruas. Mas saiba que, quanto
mais informações temos dos pais e avós do seu mascote, melhor é avaliação sobre
a longevidade do seu cão.
Se você adquiriu um mascote de um canil,
certifique-se quais são as doenças mais comuns da raça que você está levando
para casa e pergunte ao criador o que tem sido observado nas ninhadas
anteriores. Sim: certas raças sofrem com males específicos e isso se deve pelos
endocruzamentos necessários para a formação dessa raça ao longos dos séculos. E
se avós e primos sofrem com determinada doença, as chances do seu mascote vir a
desenvolver a mesma patologia deve ser considerada.
O que complica a longevidade de um cão
Saiba o que deve ser monitorado para dar uns aninhos
extras ao seu mascote:
Alimentação inadequada e obesidade
Como para qualquer criatura viva, uma alimentação
adequada é determinante para ajudar seu pet a ter uma vida mais longa. Isso não
quer dizer entupir o animal de sais minerais e outros nutrientes que você ouvir
falar que podem ser interessantes - como aporte extra de zinco e selênio para
pele e pelos. Cuidados e excessos sem orientação podem ser um tiro no pé do seu
mascote.
Confie mais nas rações balanceadas para idade e
conformação física do seu pet. Os gigantes da alimentação animal investem
pesado em pesquisas neste sentido. Para quem prioriza refeições mais naturais
para o animal, veterinários e zootécnicos já têm se especializado também na
elaboração de comidinhas caseiras para seu pet.
A alimentação inadequada ou insuficiente também abre
as portas para muitas deficiências nutricionais - e isso também afeta o sistema
imune do seu pet.
Genética e castração
Como falamos acima, a genética segue soberana no
quesito tumor, mas considere a possibilidade de castração mesmo que sua cadela
não tenha histórico de câncer de mama.
Acesso facilitado à rua
Tenha cuidado extras se o seu mascote sai para
passear na rua. Além de atropelamentos, ele pode ser alvo de agentes
patogênicos por ter contato com animais de vida errante e que não são
vacinados.
Trocar de tutor e de moradia
Não seja negligente com um cachorro que passa por um
período de luto - seja pelo falecimento ou pela troca de tutor. Alguns pets
podem se mostrar extremamente sensíveis quando sua rotina é alterada.
Conforme a idade avança, esteja atento às novas
necessidades de seu cão. Mudanças de comportamento são um sinal que não pode
ser deixado para depois.
Longevidade tem a tem a ver com tamanho, lembra?
Dores articulares, tosses, muito sono e falta de apetite devem ser sempre
investigados pelo veterinário do seu pet.
Com tantos recursos que temos hoje em dia, quanto
mais rápido for diagnosticado o problema, mais chances seu pet tem de ter uma
vida mais longa.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/mundo-pet/noticia/2020/07/como-ajudar-o-seu-cachorro-a-ter-uma-vida-longa-e-saudavel-ckcc7vpne001d013gxahyz0mx.html
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