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sexta-feira, 22 de maio de 2020

O mapa mundial de aparições da Virgem Maria


Os seguidores do catolicismo demonstram grande devoção à Virgem Maria, mãe de Jesus. Embora ela tenha dado luz ao Cristo, não é considerada divina em si pela igreja.

Visto que boa parte do mundo segue essa religião, aparições da Virgem Maria são comuns em diversas localidades.

De acordo com a doutrina católica, a idade da “revelação pública” terminou por volta do ano de 100 dC com a morte de João, o último apóstolo. Logo, as revelações que ocorreram depois desse período são consideradas “particulares”, iluminando aspectos da fé, mas nunca revelando novos.

Verdadeiras, oficializadas, fraudulentas e ridicularizadas
Aparições são muitas vezes objeto de ridicularização. A maioria não recebe aprovação oficial da igreja católica, seja pelo bispado local ou pelo Vaticano. Algumas podem ser fraudulentas.
Sendo assim, aparições não reconhecidas podem levar a cismas com a igreja oficial. A pessoa que viu a Virgem e seus seguidores podem fundar movimentos independentes ou se juntar a seitas existentes.
Confira abaixo um mapa mundial sobre as aparições da Virgem Maria, bem como algumas informações sobre esses eventos sobrenaturais.

Mapa mundial e europeu
Os mapas abaixo foram produzidos pela National Geographic e mostram a geografia das visitas de Maria pelo mundo. O primeiro foca no globo como um todo, e o segundo mostra as aparições na Europa (área aumentada a partir do quadrado na primeira imagem).



Legenda:
Cruzes mostram onde a Virgem Maria apareceu para um futuro santo;
Pontos amarelos denotam aparições relacionadas à tradição católica, mas não atestadas pelo Vaticano;
Pontos azuis denotam aparições mais recentes, mas ainda não confirmadas;
Pontos verdes denotam aparições aprovadas como “dignas de fé”, mas não sobrenaturais;
Pontos vermelhos denotam que um bispo local “aprovou” a aparição como genuína;
Pontos vermelhos maiores (para aparições famosas) marcam aquelas que também foram reconhecidas pelo Vaticano.

Onde a Virgem Maria mais apareceu?
Os mapas parecem indicar que a Virgem Maria deu as caras mais vezes pela Europa, com os EUA seguindo de perto.
No continente europeu, os destinos favoritos de Maria parecem ser a Itália e a França, seguidas do sul da Alemanha (a parte católica do país) e a Bélgica.
Considerando que a Espanha e a Polônia são países com muita fé católica, o número de aparições por lá parece pequeno.
É também curioso que não haja quase nenhuma aparição nos Balcãs (Medjugorje sendo a exceção mais notável). A Escandinávia, uma região na qual muitos países são predominantemente ateístas, é totalmente livre de aparições da Mãe Santa.
Os EUA lideram o resto do mundo em número de aparições, embora a maioria não seja reconhecida pela igreja. O mesmo acontece no Brasil – temos algumas aparições, mas somente duas aprovadas pelo bispado local.
Duas aparições na África e uma no México são oficialmente reconhecidas pelo Vaticano.

Para quem a Virgem Maria mais apareceu?
De acordo com o portal Big Think, as aparições da Virgem Maria ocorrem tipicamente em tempos de crise para crianças de ambientes socioeconômico humildes. Elas são as únicas capazes de ver o fenômeno, sendo que as visitas acontecem às vezes durante um período prolongado.

O que a Virgem Maria desejava com essas aparições?
A maria das aparições não resulta em contato direto entre a Virgem e seus observadores.
Quando Maria fala com a pessoa que a observa, normalmente é para pedir pela construção de uma capela ou igreja, para implorar mais devoção ou fé aos seus seguidores, e/ou para alertar sobre o futuro.
As testemunhas frequentemente relatam suas roupas e atributos em grande detalhe.

Aparições da Virgem Maria aprovadas pelo Vaticano: uma visão geral
Existem pelo menos 17 aparições da Virgem Maria confirmadas pelo Vaticano. Destacamos algumas delas a seguir:

Nossa Senhora de Lourdes, França
Em 11 de fevereiro de 1858, uma “donzela” falou com Bernadette Soubirous, uma garota de 14 anos, na gruta de Massabielle, a cerca de 1,6 km da cidade de Lourdes, no sul da França.
A tal donzela, que apareceu outras 17 vezes, revelou-se Nossa Senhora da Imaculada Conceição e pediu que fosse construída uma capela naquele local.
Ao que tudo indica, Maria revelou uma nascente para Bernadette e instruiu os peregrinos a beberem dela e se lavarem nela. A água, fornecida gratuitamente, é um souvenir popular de Lourdes. Alguns alegam ter sido curados por ela.
O Departamento Médico de Lourdes documentou cerca de 70 curas milagrosas no local, e Bernadette foi canonizada santa em 1933. A aparição em Lourdes também é reconhecida pela igreja anglicana, que tem seu próprio santuário na cidade francesa.
A visão de Bernadette tem semelhanças com a de Anglèze de Sagazan, uma pastora de 12 anos que no século XVI viu a Virgem Maria na vizinha Garaison. As peregrinações à Garaison logo foram trocadas por perambulações à Lourdes. Hoje em dia, milhões de peregrinos viajam para a cidade a cada ano. A região possui mais quartos de hotel do que qualquer outro lugar da França, exceto Paris.

Capela Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, França
Em 19 de julho de 1830, uma voz acordou a freira Catherine Labouré chamando-a para a capela, onde uma aparição da Virgem Maria lhe disse que “os tempos eram ruins na França e no mundo” e lhe instruiu a produzir medalhões que conferissem graças àqueles que os usassem.
Os medalhões – nos quais estava inscrito “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a ti” – se tornaram muito populares e foram influentes na promulgação do Vaticano do dogma da Imaculada Conceição, em 1854.
Catherine passou o resto da vida cuidando de doentes e idosos. Seu corpo, agora envolto em vidro e exibido em Paris, foi descoberto incorrupto e ela foi canonizada em 1947.
O papa João Paulo II usou uma variação da imagem do medalhão como brasão de armas.

Nossa Senhora de Siluva, Lituânia
Em 1608, algumas crianças que cuidavam de ovelhas relataram ter visto uma bela dama segurando um bebê em um local onde anteriormente havia uma igreja. Ela estava chorando.
As crianças voltaram no dia seguinte com alguns moradores, incluindo um ministro calvinista, e todos a viram.
Uma nova igreja católica foi construída no lugar da antiga e, eventualmente, substituída por uma muito maior – chamada Basílica da Natividade de Maria – para acomodar as multidões de peregrinos que visitavam o local.
A Capela da Aparição, construída sobre a rocha onde a Virgem apareceu, tem a torre mais alta da Lituânia. É possível beijar a própria pedra, acessível sob o altar da capela.
O Papa Pio XI intitulou a Lituânia como “Terra Mariana” por conta de sua devoção à Virgem Maria. A Nossa Senhora de Siluva é considerada padroeira daqueles que abandonaram a fé católica e dos que oram em seu nome.

Nossa Senhora do Laus ou Refúgio dos Pecadores, França
Em maio de 1664, a pastora de 17 anos Benoîte Rencurel viu uma aparição de São Maurício, um mártir do século III muito reverenciado em sua região natal, no sudeste da França. Ele aconselhou Benoîte a visitar um vale próximo, onde ela veria a Virgem Maria.
Em uma gruta, a pastora de fato descobriu Maria segurando o bebê Jesus. A Virgem instruiu Benoîte a construir uma capela na vila de Laus, onde os pecadores seriam convertidos, bem como prometeu aparecer com frequência.
Alguns dos peregrinos de Laus tornaram-se santos, incluindo Eugênio de Mazenod, fundador dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada. As aparições marianas em Laus duraram até 1718. Apesar disso, só foram reconhecidas pela Santa Sé em 2008.

Nossa Senhora de Fátima, Portugal
Entre 13 de maio e 13 de outubro de 1917, uma “dama mais brilhante que o sol” apareceu seis vezes para três crianças pastoras portuguesas, Lúcia dos Santos e seus primos Francisco e Jacinta Marto.
A dama pediu que as pessoas se devotassem à Santíssima Trindade e rezassem o Rosário todos os dias, informando que a oração acabaria com a Grande Guerra. Também mostrou às crianças uma visão do inferno, confiando a elas três segredos.
As aparições atraíram milhares de visitantes à Fátima e perturbaram o equilíbrio político em Portugal, ainda uma república jovem e anticlerical lutando contra uma forte reação conservadora. As crianças, inclusive, foram brevemente presas e ordenadas a revelar os segredos ou admitir que haviam mentido.
Na última aparição da Virgem, muitos dos até 100.000 visitantes do local relataram um “milagre” incluindo luz multicolorida e movimento irregular do sol. Alguns não viram nada fora do comum.
Conforme previsto pela Virgem, Francisco e Jacinta morreram logo depois, na pandemia de gripe espanhola que começou em 1918. Lúcia tornou-se freira, afirmando ver Maria e Jesus esporadicamente mais tarde na vida. Ela morreu em 2005, aos 97 anos.
O Papa João Paulo II creditou Nossa Senhora de Fátima por salvar sua vida em 13 de maio de 1981, doando a bala que o feriu ao santuário de Fátima. O local é atualmente um dos centros de peregrinação mais populares do mundo.

Nossa Senhora de Zeitoun, Egito
Em 2 de abril de 1968, um motorista de ônibus muçulmano pensou ter visto uma senhora no topo de uma igreja copta em Zeitoun, perto do Cairo, no Egito, imaginando que ela estava prestes a cometer suicídio.
A polícia foi chamada, mas a multidão reunida rapidamente identificou a figura como a Virgem Maria. Depois de alguns minutos, ela desapareceu.
A tal senhora voltou uma semana depois, novamente por alguns minutos. Depois disso, ocorreram aparições várias vezes por semana até 1971. Um membro do Vaticano foi enviado para investigar, mas deixou a verificação na mão das autoridades coptas.
O local da aparição tem um vínculo histórico com a Virgem Maria, pelo menos de acordo com a tradição copta (os coptas são egípcios cujos ancestrais abraçaram o cristianismo no século I, formando um dos principais grupos etno-religiosos do país): afirma-se que é um dos lugares onde a Sagrada Família descansou em sua fuga de Belém para o Egito.
Diferente da maioria das outras aparições, a Virgem de Zeitoun foi vista não por poucas pessoas, mas por multidões – as estimativas variam de 250.000 pessoas até milhões, ao longo dos quatro anos em que o fenômeno durou, incluindo muitos muçulmanos e o ex-presidente egípcio Gamal Abdel Nasser. O evento também foi capturado em câmera.
Céticos consideram as aparições de Zeitoun como um caso de histeria em massa, ocorrida em tempos de crise (no caso, após a derrota do Egito por Israel na guerra de 1967, as pessoas teriam se sentido decepcionadas com a modernidade e se voltado para a religião).

Nossa Senhora de Guadalupe, México
Em 9 de dezembro de 1531, a Virgem Maria teria aparecido ao camponês Juan Diego na colina de Tepeyac, perto da Cidade do México. Falando com ele na língua uto-asteca náuatle, pediu que uma igreja fosse construída no local.
Juan Diego relatou o avistamento ao arcebispo do México, que não acreditou nele. A igreja pediu um sinal milagroso.
Logo depois, Maria curou o tio de Juan Diego e o instruiu a colher rosas castelhanas no topo da geralmente árida Tepeyac, transformando sua capa em uma imagem da Virgem. Alguns dias mais tarde, a capa foi exibida em uma capela erguida às pressas.
Milagres começaram a ocorrer quase imediatamente, e a Nossa Senhora de Guadalupe se tornou o símbolo religioso mais popular do México. No século 19, tornou-se também uma força a ser invocada na luta da independência do México contra a Espanha.
Apesar de Juan Diego ter sido canonizado em 2002, alguns estudiosos católicos duvidam que ele sequer tenha existido. Segundo tais pesquisadores, o culto a Guadalupe destinou-se a aumentar a devoção católica entre os indígenas mexicanos. Inclusive, a imagem na capa lembraria a arte contemporânea espanhola. Muitos crentes, no entanto, atribuem qualidades milagrosas à capa, que é exibida na basílica construída em uma caixa à prova de balas e climatizada.
Embora origens náuatles tenham sido propostas, parece provável que o nome Guadalupe, anexado à aparição, seja uma referência espanhola. A Extremadura, região espanhola onde nasceu o conquistador Hernán Cortés, tem seu próprio culto a Nossa Senhora de Guadalupe centrado em uma estátua que, segundo Lucas, foi esculpida por São Lucas Evangelista.
Para os mexicanos nativos, a Nossa Senhora de Guadalupe lembra Tonantzín, uma deusa da terra e destruidora de serpentes asteca, cujo templo anteriormente ficava na mesma colina onde a basílica fica agora.
A Nossa Senhora de Guadalupe é a santa padroeira do México, das Américas e dos nascituros e, portanto, também um símbolo do movimento pró-vida. A Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México, é o santuário católico mais visitado do mundo, recebendo milhões de peregrinos todos os anos. [BigThink]


sábado, 4 de junho de 2016

Lenda do boxe mundial, Muhammad Ali morre aos 74 anos nos EUA

O ex-boxeador americano Muhammad Ali, 74, morreu após internação em um hospital de Phoenix, nos Estados Unidos, por problemas respiratórios. A morte foi anunciada na madrugada (de Brasília) deste sábado (4). Seu porta-voz, Bob Gunnell, anunciou nesta quinta (2) que o ex-atleta estava hospitalizado.

Ali foi campeão olímpico, participou da "Luta do Século" original, venceu o combate mais famoso da história, foi o primeiro tricampeão mundial dos pesados, dominou o boxe no período mais competitivo entre os grandalhões dos ringues e se tornou a primeira estrela globalizada do esporte, com duelos em países do Terceiro Mundo.

Poderia ter conquistado mais como atleta, muito mais, não tivesse sido forçado a ficar inativo durante mais de três dos anos mais produtivos da carreira de um esportista. Mas, graças a esse sacrifício, transcendeu o esporte e influenciou a sociedade americana em questões sociais, políticas e religiosas.
Nascido Cassius Marcellus Clay Jr. em 1942, na cidade de Louisville, oriundo de uma família humilde, Ali descobriu o boxe na infância por acaso. Aos 12 anos, quando roubaram sua bicicleta, procurou Joe Martin, um policial que dava aulas em um centro de recreação, para reclamar do roubo. Nunca mais viu a bicicleta, mas logo estava calçando as luvas de boxe.

Rapidamente ele conquistou títulos amadores que lhe abriram caminho até a Olimpíada de Roma, em 1960. Lá, aquele jovem tagarela ganhou a medalha de ouro entre os meio-pesados (categoria de peso imediatamente inferior à dos pesados no amadorismo).

Ao retornar aos Estados Unidos, foi acolhido como herói, homenageado por autoridades e assinou contrato com um grupo de milionários que o patrocinou.

Naquela época, prevalecia o racismo. Os restaurantes, hotéis e cinemas, especialmente os do sul do país, reservavam espaços para que os negros se acomodassem separados dos brancos.

Quando teve o pedido de um hambúrguer e um milk shake negado em uma lanchonete por causa da cor de sua pele, Ali foi à Ponte Jefferson County e atirou no Rio Ohio sua medalha olímpica, com a qual sonhava desde que desferira os primeiros socos no ginásio. "Não houve dor ou remorso, só alívio e renovação de forças", disse Ali sobre o episódio, anos depois.

O boxeador se adaptou facilmente ao profissionalismo, no qual estreou ainda em 1960. Adotou um slogan simpático: "flutuar como uma borboleta, picar como uma abelha", em referência à forma como bailava no ringue e à velocidade dos golpes. Seus reflexos faziam com que raramente fosse atingido com força.

Ele se dava ao luxo de prever, por meio de poemas, em que assalto derrubaria seus adversários. Na maioria das vezes, acertava. E não perdia a pose quando errava a previsão. Quando o ranqueado Doug Jones aguentou dez assaltos com ele, Ali argumentou: "Primeiro disse que venceria em seis assaltos, depois em quatro. Bom, seis mais quatro dá dez, não?".

Poucos meses após conquistar o título mundial dos pesos-pesados, ao bater Sonny Liston, a quem apelidou de "O Grande Urso Feio", em fevereiro de 64, revelou que se convertera ao islamismo, abrindo mão do seu "nome de escravo", Cassius Clay, e passando a se chamar Muhammad Ali. Em suas próprias palavras, era agora "O Rei do Mundo" e "O Mais Bonito".

Três anos depois, ainda campeão, foi convocado a comparecer ao centro de recrutamento do Exército, onde recusou o alistamento para a Guerra do Vietnã. "Nenhum vietnamita jamais me chamou de crioulo", justificou Ali, que teve a licença de pugilista cassada e foi destituído do cinturão em 1967. Nos anos seguintes, ganhou a vida com palestras no circuito universitário. Viu aumentar o ódio daqueles que defendiam o sistema, mas seu discurso o tornou ídolo dos jovens, que à época clamavam veementemente por mudanças.

Após uma longa batalha jurídica, recuperou a licença de pugilista e retornou aos ringues em 1970, contra dois rivais de categoria, Jerry Quarry e o argentino Oscar "Ringo" Bonavena. No ano seguinte, enfrentou na "Luta do Século" "Smokin" Joe Frazier, que então era o dono de seu cinturão, em um choque de invictos. A comoção gerada pela luta foi tamanha que o cantor Frank Sinatra, já um grande astro àquela época, aceitou fazer um "bico" como fotógrafo para a revista "Life" apenas para garantir um lugar à beira do ringue, já que os ingressos estavam esgotados.

Ali perdeu por pontos em 15 assaltos, mas em 1974 ganhou nova oportunidade de lutar pelo título, desta vez contra George Foreman, na "Rumble in the Jungle" ("Briga na Selva"), no Zaire. Ali subiu ao ringue como o azarão. Afinal, Foreman tomara o cinturão de Frazier ao derrubá-lo seis vezes em dois assaltos, e precisara do mesmo número de assaltos para destruir outro algoz de Ali, Ken Norton.

Sem a agilidade e os reflexos do auge da carreira, Ali usou a cabeça. Encostou-se nas cordas e permitiu que o rival o castigasse, assalto após assalto, até que Foreman se cansasse. Então, no oitavo assalto, partiu para o ataque e derrotou o rival. O combate foi transformado em livro por Norman Mailer ("A Luta") e gerou um documentário, "Quando Éramos Reis", ganhador do Oscar em 1996.

Ali disputou depois aquela que foi eleita pela publicação especializada "The Ring" a melhor luta da história, a "Thrilla in Manila", seu terceiro duelo com Frazier, nas Filipinas. "Foi o mais próximo que cheguei da morte", falou sobre a luta, que venceu no 14º assalto.

Em 1978, Ali perdeu o título para o novato de sete lutas Leon Spinks, mas o recuperou no mesmo ano para se tornar o primeiro tricampeão dos pesados. Anunciou sua aposentadoria, mas retornou contra seu ex-sparring Larry Holmes, agora campeão, e contra Trevor Berbick. Perdeu as duas e pendurou as luvas em definitivo.

Ele passou, então, a se dedicar a missões de cunho humanitário e político, visitando países como Cuba, China e Rússia. Foi ao acender a pira olímpica nos Jogos de Atlanta-96 que o mundo descobriu os avançados sintomas do Mal de Parkinson, que reduziu drasticamente a sua mobilidade e a sua capacidade de comunicação. Passou os últimos anos de sua vida dependente de tratamentos e remédios, e suas aparições públicas se tornaram cada vez mais raras.

CRONOLOGIA:
17.jan.1942
Nasce Cassius Marcellus Clay Jr. em Louisville, Kentucky (EUA)
1954
Aos 12 anos, após ter uma bicicleta roubada, é encorajado por Joe Martin, um policial de sua cidade, a aprender boxe
1959
Vence o torneio nacional "Luvas de Ouro", na categoria médio (entre 71 kg e 75 kg), disputado entre estudantes colegiais
1960
Como médio, vence pela segunda vez o "Luvas de Ouro". Também conquista o título nacional dos meio-pesados (entre 75 kg e 81 kg) da União Atlética Amadora
5.set.1960
Nos Jogos Olímpicos de Roma, conquista a medalha de ouro na categoria meio-pesado, ao derrotar o polonês Zbigniew Pietrzkowski. De volta aos EUA, joga a medalha no rio Ohio depois que o dono de uma lanchonete recusa-se a servi-lo
29.out.1960
Em sua primeira luta como profissional, bate Tunney Hunsaker
1961
Passa a ser treinado por Angelo Dundee
25.fev.1964
Invicto em 19 lutas, enfrenta o campeão mundial dos pesos-pesados Sonny Liston, em Miami e conquista o título. Dois dias depois, anuncia conversão ao islamismo e adota o nome Cassius X Clay. Em 6 de março, muda para Muhammad Ali
25.mai.1965
Vence revanche contra Liston, por nocaute no primeiro assalto
28.abr.1967
Recusa-se a lutar no Vietnã. Alega que "nunca havia sofrido racismo de um vietcongue". Sua licença de boxeador, seu título e seu passaporte são cassados. Inicia batalha na Justiça e, em 1970, a Suprema Corte revoga a decisão do júri
26.out.1970
Após três anos afastado dos ringues, derrota Jerry Quarry, no terceiro assalto, em Atlanta
8.mar.1971
No seu primeiro grande desafio desde a volta aos ringues, sofre a primeira derrota, por pontos, para o então campeão da Associação Mundial de Boxe, Joe Frazier, no que ficou conhecida como a "Luta do Século". Meses depois, bate Jimmy Ellis e sagra-se campeão pela federação norte-americana
31.mar.1973
Perde o cinturão para Ken Norton. Apesar de ter o maxilar quebrado, luta até o 12º assalto, quando Norton é declarado vencedor. Seis meses depois, bate o mesmo adversário e reconquista o título
28.jan.1974
Bate Joe Frazier, que havia perdido o título para George Foreman, por pontos, no 12º assalto
30.out.1974
Em luta conhecida como "Ruble in the Jungle", vence George Foreman, por nocaute, no oitavo assalto, e reconquista o cinturão dos pesos-pesados. O combate acontece no Zaire (atual Congo)
1º.out.1975
Luta mais uma vez contra Joe Frazier, no combate conhecido como "Thrilla in Manila", realizada nas Filipinas. É o terceiro duelo contra Joe Frazier e Ali vence no 14º assalto
15.fev.1978
Perde o cinturão ao ser derrotado por Leon Spinks, por pontos
15.set.1978
Bate Leon Spinks e recupera o título, tornando-se o primeiro tricampeão dos pesados. Ali anuncia sua aposentadoria
2.out.1980
Volta aos ringues, desafiando Larry Holmes. Pela única vez na carreira, é nocauteado
11.dez.1981
Aos 39 anos, faz sua última luta. É derrotado por Trevor Berbick, por pontos
1984
É diagnosticado com o de Mal de Parkinson
1990
Pouco antes da Guerra do Golfo, se reúne com Saddam Hussein e consegue libertar 14 prisioneiros norte-americanos
19.jul.1996
Acende a pira dos Jogos Olímpicos de Atlanta
1998
O então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, nomeia Ali como Mensageiro da Paz
19.nov.1999
No evento realizado em Viena para eleger os atletas do século, é premiado na categoria esportes de combate
7.dez.1999
Recebe do presidente do comitê olímpico da Itália, uma cópia da medalha de ouro que conquistou na Olimpíada de 1960, disputada em Roma
Mar.2001
Ali e Joe Frazier encerram rivalidade histórica. Após participar de jantar com Frazier, Ali, em reportagem do "The New York Times", pede desculpas ao antigo adversário pelas ofensas do passado. A reconciliação acontece meses antes das filhas de Ali e Frazier se enfrentarem em luta realizada em Nova York
2005
Recebe a Medalha da Liberdade, mais alta distinção civil dos Estados Unidos
2.dez.2012
É nomeado "Rei do Boxe Mundial" pelo Conselho Mundial de Boxe
27.set.2014
Numa de suas poucas aparições públicas, participa da cerimônia Muhammad Ali Humanitarian Awards, em Louisville
20.dez.2014
É internado com suspeita de pneumonia e infecção urinária. Recebe alta 17 dias depois, em 6 de janeiro de 2015
15.jan.2015
Volta a ser hospitalizado devido à infecção urinária. Recebe alta no dia seguinte
4.jun.2016
Após nova internação por problemas respiratórios, morre na madrugada de sábado (4). 


domingo, 28 de setembro de 2014

Flamengo é campeão Mundial Interclubes de basquete masculino

Flamengo supera 'apagão', vence Maccabi e conquista Mundial de basquete

O Flamengo é campeão Mundial Interclubes de basquete. Com o apoio da torcida que praticamente lotou a Arena da Barra da Tijuca, o Rubro-negro superou um "apagão" no 3º quarto, venceu o Maccabi Tel Aviv por 90 a 77 neste domingo, reverteu a vantagem obtida pelos israelenses na primeira partida e conquistou o título do torneio mais importante entre times do mundo – sem a participação de franquias da NBA. Com 24 pontos, o argentino Laprovittola foi o grande maestro e destaque dos cariocas na decisão, ao lado de Meyinsse - 22 pontos. Jeremy Pargo, com 30 pontos, foi o cestinha da final.

No primeiro duelo, na última sexta, o time da Gávea fora derrotado por 69 a 66 e precisava de uma vitória por quatro ou mais pontos nesta segunda partida. E a missão foi cumprida, garantindo um título inédito e encerrando um jejum de conquistas brasileiras que já durava 35 anos – Sírio (SP) venceu o Mundial em 1979.

Fases do jogo: Após muitos erros na primeira partida, Flamengo e Maccabi iniciaram o segundo e decisivo jogo de maneira intensa. O primeiro quarto foi marcado por poucos erros no ataque e muito equilíbrio. Os israelenses chegaram a abrir 7 a 0, mas logo foram ultrapassados. O Rubro-negro ensaiou abrir uma vantagem maior, mas também foi contido. Ainda assim, com Laprovittola e Marquinhos inspirados, os mandantes fecharam o período inicial em 27 a 25.

Como de costume, o técnico José Neto optou pela rotação e lançou mão dos reservas no início do segundo período. E, novamente, a turma do banco não decepcionou. Comandados por Derrick Caracter e Vitor Benite, os rubro-negros mantiveram a intensidade, melhoraram a marcação e ampliaram a vantagem no placar. Cinco pontos seguidos do até então apagado Marcelinho Machado ajudaram a consolidar a superioridade. Sem dar chances aos israelenses, que fizeram apenas 11 pontos no período, os cariocas foram para o intervalo vencendo por 46 a 36.

Na volta para o terceiro quarto, o Flamengo deixou de lado a boa marcação e repetiu o principal erro do primeiro jogo: deixou Jeremy Pargo livre. O armador americano brilhou nos arremessos, fez 16 pontos no período e chegou a reduzir a vantagem para apenas 1 ponto. Uma breve recuperação comandada pelos pivôs da Gávea, no entanto, manteve impediu o pior: 62 a 59 antes dos dez minutos finais.

Com três pontos de vantagem para o Flamengo, o último quarto foi uma verdadeira decisão. Por conta do saldo de cestas, quem fizesse mais pontos no período levaria o título. Foi, então, que o time brasileiro voltou a ser melhor. E, bem no ataque, garantiu o título. Com Laprovittola ligado, o Rubro-negro conseguiu parar Jeremy Pargo e abrir uma vantagem que chegou a ser de 13 pontos.

Com apoio da torcida e calma para controlar a superioridade no marcador, a equipe do técnico José Neto se portou como campeã, esperou o cronômetro zerar com um jogo sólido e faturou o título inédito. Vitória por 90 a 77 e festa vermelho e preta na Arena da Barra da Tijuca.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Voleibol: história, regras e curiosidades

Voleibol: 127 anos de vida

O voleibol foi criado em 1895, pelo professor de Educação Física William G. Morgan, diretor da Associação Cristã de Moços (ACM), na cidade de Holyoke, Massachusetts, Estados Unidos.
O voleibol chegou ao Brasil por volta de 1915, pela ACM de São Paulo e depois aos demais estados.
Em 1947, foi criada a Federação Internacional de Volley-Ball (FIVB), atualmente constituída por quase todos os países do mundo. Em 09 de agosto de 1954 foi criada a Confederação Brasileira de Volley-Ball (CBV), formada por 27 federações, entre elas a Federação Sergipana de Volley-Ball, que foi fundada em 15 de agosto de 1956.

A prática do voleibol

O voleibol é jogado por duas equipes de 6 jogadores cada uma, a equipe é orientada por um técnico e composta por 12 jogadores. A arbitragem é composta por 2 árbitros, um anotador e 4 fiscais de linha. As partidas oficiais são disputadas em cinco sets ou 3 set vencedores de 25 pontos, com uma diferença de pontos. A quadra mede 18 metros de comprimento por 9 metros de largura, dividida por uma rede de 9,50 metros de comprimento com largura de 1 metro e suspensa a 2,43 metros para os jogos masculinos e 2,24 metros para os jogos femininos juvenis e adultos. A bola tem de 65 a 67 cm de circunferência e pesa entre 260 a 280 gramas.

Fundamentos do voleibol

- Saque – bola lançada na quadra adversária no início da disputa de ponto.
- Cortada – forte batida na bola com uma das mãos.
- Bloqueio – jogada que um ou mais jogadores interrompem a trajetória da bola próxima da rede após a cortada do adversário.
- Recepção – é considerado um princípio de defesa. É o movimento executado depois do saque adversário.
- Defesa – movimento executado após o ataque adversário, quando a bola passa pelo bloqueio.
- Levantamento – é o passe que antecede o ataque.

Principais regras do voleibol

- O jogo é iniciado após a execução do saque.
- O jogador do saque tem oito segundos, após o apito do árbitro para efetuá-lo.
- Só é permitida uma única tentativa de saque.
- Um rodízio deve acontecer sempre que a equipe adversária sacar e sofrer um ponto.
- Os atletas de defesa não podem atacar na área de ataque e nem bloquear, exceto com a bola abaixo da borda superior da rede.
- Cada equipe pode tocar a bola três vezes seguida. A bola tocada no bloqueio não é contada como toque.
- Não é permitido atacar a bola que está no espaço do campo do adversário.
- No bloqueio, os bloqueadores podem tocar a bola além da rede, sem que sua ação interfira no golpe de ataque do adversário.
- A bola é considerada fora quando toca o solo fora das linhas demarcatórias, as antenas, cabos ou quando cruza o espaço fora das antenas.
- O jogador não pode tocar em qualquer parte da rede.

O voleibol brasileiro em competições internacionais

O Brasil é tricampeão Olímpico masculino (1992, 2004 e 2016) e bicampeão feminino (2008 e 2012); tricampeão mundial masculino (2002, 2006, 2010); duodecacampeão do World Grand Prix feminino (1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2013, 2014, 2016, 2017); eneacampeão da Liga Mundial masculina (1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2010); tricampeão da Copa dos Campeões masculino (1997, 2005 e 2009) e bicampeão feminino (2005, 2013); bicampeão da Copa do Mundo masculino (2003, 2007); tetracampeão Pan-Americano feminino (1959, 1963, 1999, 2011) e masculino (1963, 1983, 2007, 2011).

Funções dos jogadores no voleibol

- Levantador – jogador com habilidade específica para a preparação de jogadas de ataque.
- Líbero – é o jogador que tem como principal tarefa recepcionar bem os saques e defender os ataques, passando a bola com perfeição para o levantador.
- Ponta – jogador com alto poder de definição, força, velocidade e habilidade, que ataca pelas pontas ou saltando de trás da linha dos 3 metros.
- Meio de rede – é geralmente o jogador mais alto do time, que deve combinar duas qualidades: ser bom no bloqueio e ter velocidade para atacar.

Glossário do voleibol

- Condução – infração cometida quando um jogador, em vez de tocar a bola, a conduz por um breve espaço de tempo.
- Dois toques – infração em que a bola toca duas vezes nas mãos de um jogador, sem ser simultaneamente.
- Rodízio – movimentação dos jogadores no sentido horário após uma vantagem, mudando cada um sua posição.
- Invasão – infração marcada quando um jogador é flagrado com qualquer parte do corpo além da rede, na outra quadra.
- Cravar – bater com violência, mandando a bola no chão da quadra adversária.
- Deixadinha – jogada em que se dá um leve toque na bola, procurando o espaço vazio na defesa adversária.
- Bola de segunda – ataque feito no segundo toque, com intenção de surpreender a defesa adversária.
- Match point – ponto que pode definir o jogo.
- Set point – ponto que pode fechar o set.
- Tie break – o mesmo que set de desempate. É disputado quando cada uma das equipes vence dois sets.
- Rally – sequência de jogadas que começa no saque e termina no momento em que a bola estiver fora de jogo.
 - Manchete – tocar a bola com os braços esticados e com as mãos unidas.
- Toque – tocar a bola com os dedos, e as duas mãos acima da cabeça.

Curiosidades do voleibol

- O voleibol é o 2º esporte mais praticado no Brasil.
- A cortada de um jogador profissional de vôlei pode atingir velocidades superiores a 180 km/h.
- O saque jornada nas estrelas subia a uma altura de 15 metros. A bola descia a uma velocidade de 72 km/h.
- Durante uma partida de voleibol, um jogador dá de sessenta a oitenta saltos entre saques, ataques e bloqueios.
- O voleibol masculino é o único esporte coletivo do Brasil que já ganhou três medalhas de ouro nas olimpíadas e participou de todas as edições.

Por Professor José Costa 

domingo, 10 de outubro de 2010

Brasil: tricampeão mundial de voleibol masculino


O Brasil sagrou-se Tricampeão Mundial de Voleibol Masculino, ao derrotar na final, a equipe de Cuba por 3 a 0 (25-22, 25-14 e 25-22), no Palalottomatica, em Roma. Campeão em 2002, 2006 e 2010, o Brasil iguala feito da Itália, que foi campeã em 1990, 1994 e 1998.

A Sérvia ganhou da Itália por 3 a 1 (25-21, 25-20, 26-28 e 25-19) e conquistou o 3º lugar no Mundial.

sábado, 5 de junho de 2010

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE



Dia Mundial do Meio Ambiente 2010 - Muitas espécies. Um planeta. Um futuro.

O tema do Dia Mundial do Meio Ambiente 2010 (WED 2010, na sigla em inglês) é “Muitas espécies. Um planeta. Um futuro”. Ele reflete o apelo em prol da conservação da diversidade de vida no nosso planeta. Somos milhões de pessoas dividindo o mesmo planeta com outras milhões de espécies. Juntos podemos todos desfrutar de um futuro mais próspero e seguro. A mensagem também apoia o Ano Internacional da Biodiversidade, que se comemora em 2010.
Comemorado no dia 5 de Junho e coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o Dia Mundial do Meio Ambiente é a maior celebração global em torno de ações ambientais positivas. O objetivo é chamar a atenção de povos e países para a importância da preservação ambiental.

Kigali, capital da Ruanda, foi escolhida para sediar este ano as celebrações globais do Dia Mundial do Meio Ambiente. Segundo o PNUMA, a combinação de uma riqueza ambiental, incluindo espécies raras como os gorilas das montanhas, com a implementação de políticas verdes inovadoras foram os motivos deste país da África Central ter sido escolhido para as celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente.
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972 marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano.
Os principais objetivos das comemorações são:
1. Mostrar o lado humano das questões ambientais;
2. Capacitar as pessoas a se tornarem agentes ativos do desenvolvimento sustentável;
3. Promover a compreensão de que é fundamental que comunidades e indivíduos mudem atitudes em relação ao uso dos recursos e das questões ambientais;
4. Advogar parcerias para garantir que todas as nações e povos desfrutem um futuro mais seguro e mais próspero.
A data é um convite para todo o planeta se envolver com a causa ambiental. Todos podemos participar.

Fonte: site oficial do Dia Mundial do Meio Ambiente 2010