Em 1964 o célebre escritor Isaac Asimov, depois de
visitar a Feira Mundial de Ciência e Tecnologia, escreveu para o The New York
Times suas previsões para 50 anos no futuro, ou seja, para o ano de 2014.
Veja algumas de suas previsões:
A iluminação ambiente se dará por meio de painéis
eletroluminescentes. Tetos e paredes brilharão suavemente e em uma variedade de
cores que poderá ser alternada com o simples toque de um botão.
As janelas terão seus vidros cobertos por películas
polarizadas para bloquear total ou parcialmente a luz solar. O grau de
opacidade deste tipo de película poderá ser alterado automaticamente em função
da intensidade da luz que incide sobre ele.
Dispositivos eletrônicos serão aplicados nos
utensílios de cozinha para aliviar o peso das tarefas cotidianas repetitivas e
tediosas, tendo como destaque o preparo de “refeições automáticas”, como, por
exemplo, cafeteiras, máquinas de panificação, etc. que prepararão o
dejejum “automaticamente” bastando uma prévia programação na noite anterior.
Além de almoços e jantares completos, com pratos
semiprontos, disponíveis no congelador até que sejam necessários.
Os robôs, embora já existam em 2014, não serão muito
comuns. No entanto os computadores serão miniaturizados, e servirão como o
“cérebro” dos robôs.
Estarão em operação grandes estações de energia
solar, principalmente em regiões desérticas e semiáridas, tais como o Arizona,
Negev , Cazaquistão, etc.
Também existirão projetos de estações de coleta de
energia solar no espaço, por meio de enormes dispositivos com foco parabólico
que irradiarão a energia, assim recolhida, para a Terra.
Algas serão utilizadas para criar alimentos com alto
teor proteico e que terão o sabor e a textura de um filé ou de um peito de
peru.
Os sistemas automatizados substituirão as tarefas
repetitivas e o ser humano trabalhará menos e como consequência disso surgirá
um transtorno psicológico relacionado ao tédio fazendo com que a psiquiatria
seja de longe a especialidade médica mais importante.
E por aí vai.
É interessante observar que Isaac Asimov acerta um
contingente de previsões acima da estatística.
E qual é o mistério nisso? Ele é algum tipo de
profeta?
Muito longe disso!
É ciência pura. É futurologia.
Ele simplesmente se apoiou em dados disponíveis em
1964 que possibilitaram a construção de cenários possíveis a partir da projeção
dos avanços tecnológicos já desenhados naquela época.
Porém, tanto Isaac Asimov quanto a maioria dos
futurólogos de plantão não foram capazes de prever a internet e as suas
consequências mais diretas na forma do relacionamento interpessoal e no
tratamento das informações.
A meu ver, a rede mundial de computadores é tão
importante para a difusão da informação e a democratização do conhecimento, que
pode ser comparada com o advento da imprensa de Gutemberg e todo o seu contorno
revolucionário.
Mas bem, isso já é assunto para o ano que vem.
Um 2014 de muitos desafios e pleno de realizações.