terça-feira, 15 de março de 2011
Saúde e os seus porquês
Por que algumas pessoas não engordam?
A regulação do peso corporal depende tanto da genética quanto de fatores ambientais. Existem vários genes que podem fazer que seja mais difícil engordar, como aqueles que regulam a absorção de nutrientes ou que modulam o apetite. Outros favorecem a preferência por doces e há genes que afetam até mesmo a vontade de praticar esportes. Tudo isso resulta em que algumas pessoas concentrem no seu DNA um número maior de genes que tornam o metabolismo acelerado, ou seja, mais propenso à queima de calorias.
Quem responde: Marcio Mancini, endocrinologista responsável pelo Grupo de Obesidade do Hospital das Clínicas da USP
Como saber se estou entrando na menopausa?
A desconfiança de quem está entrando neste período é chamada de pré-menopausa. Esta fase - que normalmente acontece entre os 44 e 48 anos - tem sintomas como a irregularidade menstrual (que pode ocorrer mês sim, mês não ou duas vezes em 30 dias) e o excesso de calor na cabeça, pescoço e tórax. Também ocorrem sinais como a vermelhidão na pele e o ressecamento vaginal. Juntamente , a mulher apresenta instabilidade emocional, insônia ou excesso de sono e a diminuição da libido. Como são sintomas subjetivos, podem ser confundidos com um quadro depressivo. Para classificarmos uma mulher como menopausada, ela deve estar há pelo menos um ano sem menstruar e apresentar os sinais descritos.
Quem responde: Antonio Julio Tales Barbosa, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Catarina (SP)
Por que a pele descasca quando tomamos sol?
Quando nos expomos ao sol sem nenhuma proteção, estamos sujeitos a queimaduras na pele. Dependendo do tempo, da hora em que ocorreu e do tipo de epiderme, essa queimadura pode ser de primeiro grau, causando vermelhidão e inchaço, ou de segundo grau, ocasionando bolhas além dos primeiros sintomas. Quando há queimadura, as células afetadas morrem e, então, o organismo manda um sinal para que novas células sejam recrutadas para substituir as que não servem mais. No momento em que estão suficientemente amadurecidas, começa a renovação da pele danificada sobre a forma de descamação, e a nova epiderme assume as funções da anterior.
Quem responde: Sarita Martins, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Mulheres que procuram um banco de sêmen podem ter o mesmo doador?
Não existe essa possibilidade. Há um controle rígido do material doado. O banco de sêmen, criado para manter espermatozoides armazenados por tempo indefinido e posteriormente para utilização em inseminação artificial ou outras técnicas de fertilização assistida, é disponibilizado para as futuras mães em forma de fichas. Nestas, constam a descrição do rapaz, não identificado, como altura, peso, cor dos olhos, profissão e hobby. A amostra é selecionada, e, caso haja resultado positivo, a mãe entra em contato com o banco, e o material escolhido é retirado do banco para não haver casos de irmãos de mães diferentes.
Quem responde: Márcio Coslovsky, diretor do Huntington Centro de Medicina Reprodutiva
Fonte: Revista Viva Saúde
segunda-feira, 14 de março de 2011
Inteligência pode estar associada a tempo mais longo de vida
Experimento com abelhas demonstra que quem aprende rapidamente costuma resistir melhor a situações estressantes
Pessoas inteligentes vivem mais tempo. A correlação é tão forte quanto a existente entre fumo e morte prematura, embora não se saiba bem a razão disso. Um estudo recente sugere que, além de fazerem escolhas mais sábias no decorrer da vida, os longevos podem ter a biologia operando a seu favor. Intrigada com esse conceito, a bióloga Gro Amdam, da Universidade do Estado do Arizona e da Universidade de Ciências da Vida, na Noruega, realizou um experimento com abelhas europeias – animais usados com frequência como modelo neurobiológico para aprendizagem, com base em reforço positivo e negativo.
Na metodologia utilizada os insetos foram colocados individualmente em um tubo plástico e aprenderam a associar um odor a determinada recompensa alimentícia. Após uma ou duas tentativas, muitos já estendiam as probóscides (estruturas semelhantes a línguas), na certeza de que receberiam uma gotícula açucarada. Outros, no entanto, apresentaram aprendizado mais demorado. Para simular envelhecimento, os mesmos animais foram expostos a um ambiente com alta concentração de oxigênio. Dessa forma, as células liberam radicais livres nocivos que rompem as membranas e causam apoptose – processo de morte celular programada pelo próprio organismo. Como os pesquisadores já supunham, as abelhas que apresentaram maior facilidade em aprender sobreviveram por mais tempo: em média 58,8 horas. Os aprendizes considerados lentos suportaram, em média, 54,6 horas. Gro suspeita que a resiliência ao estresse geral talvez explique esse fato, já que os insetos mais resistentes foram os mesmos que rapidamente associaram odor à recompensa. A pesquisadora acredita que em humanos o processo pode ser semelhante. “Se forem desvendadas as diferenças biológicas subjacentes, será possível aliviar disparidades congênitas. Assim, existirá a possibilidade de ajudar todos a ter uma vida mais longa”.
Fonte: Revista Mente e Cérebro
domingo, 13 de março de 2011
Dicas para cultivar emoções positivas e manter a saúde
Se os sentimentos negativos podem deflagrar problemas de saúde, as pesquisas também mostram que emoções positivas, como felicidade e otimismo, além do desenvolvimento da espiritualidade, podem ser um antídoto contra doenças.
Um dos maiores pesquisadores desta área, Harold Koenig, da Duke University, Estados Unidos, cita evidências científicas em seu livro “Spirituality in patient care - Why, How, When, and What” ("Espiritualidade no cuidado com o paciente - por que, como, quando e o quê", em tradução livre) que relacionam os sentimentos e a saúde. Entre as descobertas está a de que as emoções positivas e o apoio social são associados a um melhor funcionamento do sistema imunológico e a uma saúde cardiovascular mais robusta.
Ainda segundo o livro, muitos estudos relatam que indivíduos religiosos têm propensão a pressão arterial e mortalidades mais baixas, possuem menor probabilidade em desenvolver depressão e se recuperam de doenças mais rapidamente.
O mesmo ocorre em relação à felicidade: “uma pesquisa americana envolvendo milhares de pessoas de diferentes países concluiu que as nações consideradas mais felizes relatam menos problemas de pressão arterial em suas estatísticas. O resultado sugere que leituras de pressão arterial façam parte de um índice nacional de bem-estar”, de acordo com o livro “Coração...É Emoção”.
Dicas
Adotar uma postura mais positiva em relação à vida, buscando qualidade de vida, bem-estar e espiritualidade, faz bem à saúde, segundo os médicos.
Veja algumas dicas para cultivar emoções saudáveis:
Pratique exercícios regularmente, o que vale principalmente para pessoas muito ansiosas, pois o exercício diminui a descarga de adrenalina e atua na liberação de endorfina (o hormônio do bem-estar).
Desenvolva a espiritualidade (aproxime-se da natureza e cultive uma crença). Segundo estudo do médico e pesquisador Barak Y., da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, a espiritualidade leva a pessoa a um estado mental que induz ao equilíbrio neurofisiológico e dos hormônios, além de atuar favoravelmente na imunidade. A fé também é uma potente fonte contra adversidades.
Dedique-se a hobbies, passatempos, leve uma vida mais tranquila, com menos ambições. Incluir momentos agradáveis em um dia de trabalho comum, por exemplo, pode tornar os indicadores fisiológicos do estresse – como secreção do cortisol e a frequência cardíaca – iguais aos de um dia de lazer, segundo o livro “Coração...É Emoção”.
Fique atento ao seu ritmo de vida. Se for muito competitivo, viver brigando ou se frustrar muito na vida, saiba que essas emoções podem ser prejudiciais à saúde. A mesma coisa vale para a desmotivação, a desesperança.
Alimente-se melhor, durma mais e cuide da saúde de forma geral. A saúde física está ligada a emocional e vice-versa.
Caso não consiga superar e lidar com as adversidades da vida e a ansiedade, não hesite em procurar ajuda, como um grupo de apoio, técnicas de meditação, relaxamento, oração, psicoterapia. Falar abertamente sobre o sofrimento e ser compreendido permite que essa dor psíquica seja elaborada no nível simbólico (das palavras, ideias e emoções) e não tenha que se expressar pela via corporal.
Mantenha uma rede de apoio social. Segundo uma pesquisa americana, um amigo íntimo que more em um raio de 1,5 km aumenta a chance de que uma pessoa esteja feliz em 25%.
Ao identificar uma dor emocional, procure um médico. Da mesma forma que costumamos checar colesterol, triglicérides, pressão arterial é preciso dar atenção especial às emoções que causam sofrimento por tempo prolongado e de forma intensa. É sempre possível fazer modificações.
Fonte: UOL - Por Carla Prates
sábado, 12 de março de 2011
Mensagem dos professores aos pais na secretária eletrônica
Infelizmente, há pais que querem que seus filhos sejam aprovados, mesmo com muitas faltas sem motivos e sem fazer os trabalhos escolares. Insatisfeitos com a situação, os professores de uma escola na Califórnia-EUA, decidiram gravar na secretária eletrônica a seguinte mensagem:
– “Olá! Para que possamos ajudá-lo, por favor, ouça todas as opções:
– Para mentir sobre o motivo das faltas do seu filho – tecle 1.
– Para dar uma desculpa por seu filho não ter feito o trabalho de casa – tecle 2.
– Para se queixar sobre o que nós fazemos – tecle 3.
– Para insultar os professores – tecle 4.
– Para saber por que não foi informado sobre o que consta no boletim do seu filho ou em diversos documentos que lhe enviamos – tecle 5.
– Se quiser que criemos o seu filho – tecle 6.
– Se quiser agarrar, esbofetear ou agredir alguém – tecle 7.
– Para pedir um professor novo pela terceira vez este ano – tecle 8.
– Para se queixar do transporte escolar – tecle 9.
– Para se queixar da alimentação fornecida pela escola – tecle 0.
– Mas se você já compreendeu que este é um mundo real e que seu filho deve ser responsabilizado pelo próprio comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelas tarefas de casa, e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!”
– “Olá! Para que possamos ajudá-lo, por favor, ouça todas as opções:
– Para mentir sobre o motivo das faltas do seu filho – tecle 1.
– Para dar uma desculpa por seu filho não ter feito o trabalho de casa – tecle 2.
– Para se queixar sobre o que nós fazemos – tecle 3.
– Para insultar os professores – tecle 4.
– Para saber por que não foi informado sobre o que consta no boletim do seu filho ou em diversos documentos que lhe enviamos – tecle 5.
– Se quiser que criemos o seu filho – tecle 6.
– Se quiser agarrar, esbofetear ou agredir alguém – tecle 7.
– Para pedir um professor novo pela terceira vez este ano – tecle 8.
– Para se queixar do transporte escolar – tecle 9.
– Para se queixar da alimentação fornecida pela escola – tecle 0.
– Mas se você já compreendeu que este é um mundo real e que seu filho deve ser responsabilizado pelo próprio comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelas tarefas de casa, e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!”
sexta-feira, 11 de março de 2011
Quando a mentirinha do seu filho passa a ser preocupante?
A mentira faz parte da infância, mas é preciso observar atentamente o comportamento das crianças
“Mamãe, hoje eu não tenho aula”. A mentirinha, vinda de uma criança que não quer ir à escola, pode parecer inocente. Mas, quando os filhos descobrem essa artimanha, todo cuidado é pouco.“Todos nós mentimos, o tempo todo. As pequenas mentiras são necessárias para que possamos viver em um meio social”, reconhece Blenda Marcelletti, terapeuta especializada em família. “Você não fala a verdade sobre tudo e para todos, pois magoaria as pessoas".
A especialista explica que, aos quatro ou cinco anos, as crianças descobrem a mentira, que serve como exercício para a evolução cognitiva e intelectual delas. Na infância, é comum imaginar histórias que se misturam à realidade. “Fantasiar faz parte do universo infantil. Isso auxilia no desenvolvimento, na capacidade de comunicação e percepção do mundo”. Mas os pais devem estar alertas, avisa a Blenda, que aconselha a acompanhar de perto a rotina dos filhos e observar se há sinais de que a mentira está passando dos limites.
Para Maurício de Souza Lima, médico hebiatra (especialidade que trata de jovens) da unidade de adolescentes do Hospital das Clínicas da USP, existe uma fase em que as crianças percebem que podem tirar proveito da mentira, que é facilmente detectável. “Elas não sabem mentir, por isso, se entregam. São ingênuas e, geralmente, se contradizem. Mas, quando adolescentes, podem tirar mais vantagem e manipular os pais.”
A mentira pode ser uma maneira de esconder alguma fragilidade
Não existe uma fórmula que defina quando a mentira passa dos limites. Mas é fato que a influência dos pais é crucial. Maurício avisa que o hábito de mentir pode ter sido alimentado, sem intenção, em casa.
“O filho tem os pais como modelo. Se a referência é falha, não dá para cobrar um comportamento adequado”. Maurício usa como exemplo o comum hábito dos pais que pedem aos filhos que digam que eles não estão, quando não querem atender a um telefonema. “Isso é o suficiente para que a criança aprenda errado”, afirma Maurício.
Existem, ainda, os casos extremos: os das pessoas que mentem compulsivamente. Esse tipo de comportamento pode denunciar um transtorno psiquiátrico, a mitomania, que exige acompanhamento especializado -outra prova de que é importante observar as atitudes dos filhos.
Mauricio diz, também, que a mentira pode surgir como forma de autoafirmação: “Quando ela existe sem finalidade, sem um benefício, ela pode estar escondendo uma espécie de fragilidade, como se a criança quisesse mostrar o tempo todo aquilo que não é, como uma autodefesa inconsciente.”
Lá em casa...
Paulo Baptista, empresário, diz que sua tática para que o filho Marcelo não minta é simples: acompanhar a rotina dele de perto. “Para mim, ele não conta mentiras, porque a única vez que tentou [sobre ter terminado a lição de casa], tomou uma bronca tão grande, que aprendeu. Ele sabe que, quando eu pergunto, geralmente, já sei a resposta ou vou verificar depois”, conta.
A terapeuta Blenda não concorda com a estratégia. “Dar bronca pode ter o efeito contrário: alimentar a ideia errada de que é melhor mentir. O ideal é tentar conversar e, se o processo não for interrompido, é necessário procurar ajuda profissional”, encerra.
Fonte: UOL
“Mamãe, hoje eu não tenho aula”. A mentirinha, vinda de uma criança que não quer ir à escola, pode parecer inocente. Mas, quando os filhos descobrem essa artimanha, todo cuidado é pouco.“Todos nós mentimos, o tempo todo. As pequenas mentiras são necessárias para que possamos viver em um meio social”, reconhece Blenda Marcelletti, terapeuta especializada em família. “Você não fala a verdade sobre tudo e para todos, pois magoaria as pessoas".
A especialista explica que, aos quatro ou cinco anos, as crianças descobrem a mentira, que serve como exercício para a evolução cognitiva e intelectual delas. Na infância, é comum imaginar histórias que se misturam à realidade. “Fantasiar faz parte do universo infantil. Isso auxilia no desenvolvimento, na capacidade de comunicação e percepção do mundo”. Mas os pais devem estar alertas, avisa a Blenda, que aconselha a acompanhar de perto a rotina dos filhos e observar se há sinais de que a mentira está passando dos limites.
Para Maurício de Souza Lima, médico hebiatra (especialidade que trata de jovens) da unidade de adolescentes do Hospital das Clínicas da USP, existe uma fase em que as crianças percebem que podem tirar proveito da mentira, que é facilmente detectável. “Elas não sabem mentir, por isso, se entregam. São ingênuas e, geralmente, se contradizem. Mas, quando adolescentes, podem tirar mais vantagem e manipular os pais.”
A mentira pode ser uma maneira de esconder alguma fragilidade
Não existe uma fórmula que defina quando a mentira passa dos limites. Mas é fato que a influência dos pais é crucial. Maurício avisa que o hábito de mentir pode ter sido alimentado, sem intenção, em casa.
“O filho tem os pais como modelo. Se a referência é falha, não dá para cobrar um comportamento adequado”. Maurício usa como exemplo o comum hábito dos pais que pedem aos filhos que digam que eles não estão, quando não querem atender a um telefonema. “Isso é o suficiente para que a criança aprenda errado”, afirma Maurício.
Existem, ainda, os casos extremos: os das pessoas que mentem compulsivamente. Esse tipo de comportamento pode denunciar um transtorno psiquiátrico, a mitomania, que exige acompanhamento especializado -outra prova de que é importante observar as atitudes dos filhos.
Mauricio diz, também, que a mentira pode surgir como forma de autoafirmação: “Quando ela existe sem finalidade, sem um benefício, ela pode estar escondendo uma espécie de fragilidade, como se a criança quisesse mostrar o tempo todo aquilo que não é, como uma autodefesa inconsciente.”
Lá em casa...
Paulo Baptista, empresário, diz que sua tática para que o filho Marcelo não minta é simples: acompanhar a rotina dele de perto. “Para mim, ele não conta mentiras, porque a única vez que tentou [sobre ter terminado a lição de casa], tomou uma bronca tão grande, que aprendeu. Ele sabe que, quando eu pergunto, geralmente, já sei a resposta ou vou verificar depois”, conta.
A terapeuta Blenda não concorda com a estratégia. “Dar bronca pode ter o efeito contrário: alimentar a ideia errada de que é melhor mentir. O ideal é tentar conversar e, se o processo não for interrompido, é necessário procurar ajuda profissional”, encerra.
Fonte: UOL
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