sábado, 23 de junho de 2012

A difícil convivência entre tecnologia, pais e seus filhos


Negligência

Gerações de crianças correm o risco de ficar viciadas em televisão, computadores e outros aparelhos eletrônicos, alertam especialistas.

Durante uma conferência da Faculdade Real de Pediatria e Saúde Infantil, o psicólogo Aric Sigman pediu que pais retomem o controle de seus lares.

Ele recomendou que a idade mínima para a primeira exposição da criança a uma tela seja de três anos de idade.

"Ser um pai passivo em relação às novas mídias é uma forma de negligência e não atende aos interesses das crianças".

Uma vez tela, sempre tela

Em sua pesquisa, Sigman coletou e analisou resultados de estudos em áreas como cardiologia, neurofarmacologia e obesidade infantil.

Segundo o especialista, quando completar sete anos de idade, uma criança nascida hoje terá passado o equivalente a um ano inteiro, 24 horas por dia, em frente a alguma tela.

Altos índices de exposição às telas quando a criança é pequena tendem a resultar em um estilo de vida com maior exposição às telas na vida adulta, disse.

Sigman citou também estudos que associaram o hábito de ver TV ou outras telas a riscos maiores de que a pessoa desenvolva diabetes e doenças cardiovasculares. Doenças que, por sua vez, estão relacionadas a maiores índices de mortalidade.

Alterações Neurológicas

Durante sua palestra, Sigman citou estudos demonstrando que os estímulos oferecidos na tela levam à liberação do neurotransmissor dopamina no cérebro da pessoa que a assiste.

"A dopamina está fortemente associada à sensação de prazer e tem papel fundamental na formação e manutenção de vícios," disse Sigman.

Segundo ele, períodos prolongados jogando videogames podem produzir alterações neurológicas de longo prazo nos cérebros das crianças. Essas alterações se assemelham aos efeitos da dependência por substâncias.Outros pesquisadores não concordam de forma tão veemente, afirmando que os videogames, por si sós, não são bons ou ruins, podem ser as duas coisas.

Regras eletrônicas

Estudos europeus revelaram que muitos pais com crianças pequenas não têm regras formais sobre a quantidade de horas que os filhos podem passar em frente à TV ou no computador.

Na Grã-Bretanha, adolescentes passam hoje em média 6,1 horas por dia em frente a uma tela. E esse índice está subindo.

Crianças britânicas com idade entre 10 e 11 anos têm hoje acesso a cerca de cinco telas em suas casas, e com frequência assistem a duas ou mais telas simultaneamente.

De acordo com as estatísticas, pais que mantêm altos índices de interação com telas (como iPads e iPhones) na presença de seus filhos tendem a influenciar os filhos a adotar comportamentos semelhantes.

Com informações da BBC

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=convivencia-tecnologia-pais-seus-filhos&id=7880&nl=nlds

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Onde reside o amor?


Sem qualquer misericórdia pela poesia, a ciência nos mostrou que os sentimentos (como o amor, por exemplo) e as emoções não “acontecem” no coração, mas no cérebro. Até aí, tudo bem. A questão é: em que regiões do cérebro o amor “acontece”? E o desejo sexual, por acaso é na mesma área?

Para responder estas e outras perguntas, uma equipe de cientistas dos Estados Unidos e da Suécia analisou os resultados de 20 estudos sobre o tema, nos quais pacientes tinham sua atividade cerebral examinada enquanto viam imagens eróticas ou fotografias de entes queridos.

“Vimos que amor e desejo ativam áreas do cérebro diferentes, mas relacionadas”, relata o professor de psicologia Jim Pfaus, da Universidade de Concórdia (EUA). Segundo dados da pesquisa, os dois fenômenos estimulam regiões do chamado corpo estriado.

Tanto o desejo sexual como outros estímulos considerados prazerosos, como sexo e comida, ativam a mesma região. Já a área ativada pelo amor envolve processos de condicionamento em que o cérebro gradativamente aprende que algo é agradável ou prazeroso.

Para acabar de vez com a poesia, eles contam que essa área do amor é a mesma relacionada com o vício em drogas. “O amor é, na verdade, um hábito formado a partir do desejo sexual, conforme este é recompensado. Funciona da mesma forma quando uma pessoa se torna viciada”, destaca Pfaus, para o horror dos românticos.

Embora a ciência venha progredindo cada vez mais em relação ao funcionamento do cérebro, ainda há muito a ser descoberto sobre o amor e outros sentimentos.

Levando em conta os resultados, porém, já podemos trocar aquele famoso trecho de Há Tempos, do Legião Urbana, para “parece cocaína, mas é só amor”.[Medical Xpress]

Fonte: http://hypescience.com/o-mapa-cerebral-do-amor/ - por Guilherme de Souza

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Nove maneiras de prevenir as estrias sem precisar de tratamento


Exercícios, massagens caseiras e dieta protegem a pele desse tipo de lesão

Quem se interessa pelo assunto, normalmente, já mostra marcas vermelhas ou esbranquiçadas na pele. As estrias não avisam que estão chegando, nem dão sinal de que cansaram de surgir e, para a piorar a situação, são difíceis de tratar. "Existem tratamentos capazes de melhorar o aspecto das lesões, mas não as estrias em si", afirma o dermatologista Mario Chaves, da clínica Derma Gávea. "O ideal é investir em hábitos saudáveis, fortalecendo a pele e prevenindo o surgimento de novas cicatrizes."

Pode parecer estranho, mas as estrias são lesões - a pele se rompe quando há um estiramento muito intenso. O problema é muito comum na adolescência se o crescimento acontece rapidamente, e não de forma gradual, ou na gravidez, por causa do ganho de peso. Se você quer evitar o problema, em vez de se preocupar com ele mais tarde, veja as dicas dos especialistas.

Exercícios físicos
De acordo com o dermatologista Mario Chaves, da clínica Derma Gávea, a prática de exercícios físicos e a manutenção do peso evita o estiramento da pele - o que causa as estrias. "A atividade física mantém a pele firme, evitando as estrias. Só é preciso tomar cuidado com exercícios muito intensos, que podem levar ao ganho rápido de massa muscular e à hipertrofia, esticando demais a pele", afirma o dermatologista Mario Chaves.

Cremes hidratantes
Uma pele hidratada tem mais resistência a rupturas. "Os hidratantes à base de óleo de semente de uva, macadâmia, amêndoas e rosa mosqueta são as melhores opções", diz a dermatologista Cristiane Dal Magro, da Universidade de Brasília. Duas aplicações por dia, pela manhã e antes de dormir, são suficientes. A região atrás dos joelhos, a barriga e a lateral do quadril são as áreas mais propensas às estrias e merecem cuidados especiais. Durante a gravidez, a aplicação dos hidratantes pode ser feita até três vezes ao dia, mas vale falar com o ginecologista antes de escolher o produto que você pretende usar, evitando riscos ao bebê.

Massagens localizadas
Você mesma pode massagear as áreas mais propensas a sofrer com estrias enquanto aplica o creme hidratante, fazendo uma espécie de drenagem linfática para melhorar a circulação da área. "Aplicar os cremes fazendo uma massagem é importante, porque estimula a absorção dos princípios ativos do produto", diz a dermatologista Cristiane. O ideal é aplicar os cremes e fazer a massagem após o banho, quando os poros estão abertos.

Água
Beber água ajuda a manter o corpo hidratado, incluindo a pele. "A pele é o primeiro órgão que se desidrata, pois está constantemente exposto a agressões como o sol", diz o dermatologista Mario Chaves. Segundo os especialistas, é essencial beber pelo menos dois litros de água por dia para manter a pele sempre hidratada, evitando rupturas no tecido e, consequentemente, as estrias.

Vitamina C
Esse nutriente participa ativamente da produção do colágeno, uma das principais substâncias de sustentação da pele, ajudando a prevenir estrias. O consumo regular de vitamina C também tem efeito calmante sobre a pele. "A vitamina C também ainda age como anti-inflamatório e protege a pele das radiações solares", afirma a nutróloga Daniela Hueb, especialista do Minha Vida. As maiores fontes de vitamina C são laranja, acerola, abacaxi, kiwi e goiaba.

Zinco
O zinco presente nos frutos do mar tem ação cicatrizante para a pele, mantendo-a sempre saudável e prevenindo o estiramento. "Além disso, o mineral tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que atuam em favor da pele evitando infecções e irritações", diz a esteticista Paula Vaz, do Spa Sorocaba. Castanha-do-Pará e gérmen de trigo são fontes de zinco.

Vitamina B5
"Esse nutriente promove a renovação celular, deixando a pele firme e saudável", afirma a nutróloga Daniela. Carne de boi, ovos e derivados do leite são as maiores fontes deste nutriente e devem fazer parte da dieta de quem busca prevenir as estrias. Brócolis, batata doce, abacate e lentilha são opções para quem é vegetariano.

Vitamina E
De acordo com Daniela Hueb, a vitamina E irá garantir a formação de colágeno, bem como manter a estrutura da elastina da pele. "Esse nutriente preserva a elasticidade da pele e previne danos na estrutura de colágeno e elastina, evitando as temidas marcas de estiramento", diz. Avelã, amêndoas, gérmen de trigo e óleos vegetais são boas fontes desse nutriente.

Silício
Aveia, milho, arroz, algas marinhas e frutos do mar são fontes desse nutriente. "O silício regenera as fibras de colágeno e elastina, evitando a perda da elasticidade da pele", afirma a esteticista Paula. Além disso, o nutriente protege o colágeno já existente contra os radicais livres, ação que também previne estrias.

Fonte: http://minhavida.uol.com.br/beleza/galerias/15277-nove-maneiras-de-prevenir-as-estrias-sem-precisar-de-tratamento - por POR CAROLINA GONÇALVES

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pouca higiene bucal pode causar câncer?


“Escove os dentes depois de comer”, mandava a mãe logo depois do almoço. Se você levou essa e outras recomendações a sério, tem boas chances de evitar uma série de doenças no futuro. Até mesmo câncer, sugerem alguns pesquisadores.

Câncer? O vínculo entre má higiene bucal e o risco de desenvolver a doença foi proposto por um grupo de pesquisadores da Suécia.

Eles avaliaram a saúde de 1.390 pessoas entre 1985 e 2009. Deste grupo, 58 pessoas morreram, sendo 35 devido a um câncer. Esses pacientes apresentavam índices de placa dentária (bactérias que se acumulam sobre os dentes) muito mais elevados do que os dos que continuam vivos. Além disso, esses pacientes morreram de forma prematura (60 a 61 anos de idade, mais de 8 anos abaixo da média).

Os próprios pesquisadores sugerem, contudo, que a má higiene bucal pode ser parte de um estilo de vida pouco saudável e, portanto, mais um fator de risco – não o único. Enquanto novos estudos são feitos, seguir os conselhos da mãe (e do dentista) parece uma boa ideia. [DailyMail]

Fonte: http://hypescience.com/escovar-dentes-cancer/ - por Guilherme de Souza

FIFA alerta para o abuso de analgésicos entre jogadores de futebol


Segundo o Dr. Jiri Dvorak, chefe médico da FIFA, o abuso de analgésicos pode colocar as carreiras e a saúde dos jogadores de futebol em perigo, em longo prazo.

Um estudo pedido pela equipe médica da FIFA, que requisitou uma lista de medicamentos que os jogadores tomavam antes de cada jogo na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, publicado no periódico British Journal of Sports Medicine, revelou que os níveis de uso de analgésicos estão maiores do que nunca: 39% dos jogadores tomaram medicação para dor antes de cada jogo na Copa.

As diferenças variavam bastante entre os times. E advinha que países tomavam mais analgésicos? Os da América do Sul e do Norte, que tiveram o maior relato de uso de medicamentos por partida e por jogador. “Acho que podemos usar a palavra abuso aqui”, disse Dr. Dvorak.

Como esses remédios são facilmente acessíveis, cada vez atletas estão lançando mão desse “recurso”. Segundo Dvorak, a situação é alarmante. O abuso de medicamentos é visto até nas competições sub-17, por cerca de 16 a 19% dos jogadores.

O curioso é que um estudo recente da Universidade de Heidelberg (Alemanha) concluiu que os atletas, de ambos os sexos, têm maior tolerância à dor do que não atletas. Não é que eles são mais resistentes que o resto da população, mas sua percepção da dor é diferente – eles a aguentam mais.

Será que esse resultado é honesto, ou tem a ver com o tanto de analgésicos que eles andam tomando? O que está por trás disso?
Segundo o médico da FIFA, os jogadores mais jovens estão imitando os mais velhos e tomando muitos medicamentos para dor, às vezes antes mesmo de senti-la. Isso corresponde à pressão sofrida pelos atletas – em alguns casos pelos médicos dos clubes também – para jogar e estar sempre bem, na sua melhor forma.

Ou seja, o médico que deixa algum jogador fora de alguma partida pode se tornar o vilão. E com certeza muitos jogadores nem sequer procuram os médicos em face de algumas dores, se esforçando ao máximo para permanecer em campo com medo de perder sua vaga para outro atleta – o analgésico então entra em ação.

Futebol é garra e negócios. Se você quer ganhar, se quer continuar sendo valorizado, precisa jogar o máximo de partidas possível, na sua melhor forma. Se o time precisa de você, não dá para ignorar isso. Caso conhecido, por exemplo, é do jogador Júlio César, que no Campeonato Brasileiro do ano passado, pelo Corinthians, sofreu uma grave fratura exposta no dedo mínimo da mão esquerda e continuou defendendo o gol, porque seu time já havia feito as três substituições permitidas por jogo.

As consequências

Jogadores que tomam analgésicos antes mesmo de sentir dor correm grandes perigos. Como eles provavelmente não vão perceber o sinal do corpo que diz que já estão esgotados ou no seu limite, podem acabar se machucando mais gravemente ainda – ou seja, o contrário do desejado ocorre.

Especialistas afirmam que os analgésicos podem ser particularmente perigosos no esporte profissional. Em exercícios de alta intensidade, como o futebol, os rins de um jogador são continuamente “cobrados”, o que os torna mais vulneráveis a danos causados por medicamentos fortes.

Também, os efeitos dos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) – grupo de remédios que controla a inflamação, reduz a dor e combate a febre – não estão apenas confinados a danos no rins e fígado.

Segundo o especialista na utilização destas drogas por atletas Stuart Warden, da Universidade de Indiana (EUA), existem preocupações sobre o impacto dos AINES ao coração (relacionado a outros fatores de risco). “Há um risco elevado de efeitos colaterais cardiovasculares em quase todos os AINEs, que aumenta com a duração do uso. É melhor limitar sua ingestão para indicação médica no tratamento de dor e inflamação agudas”, diz.[BBC, LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/fifa-alerta-para-o-abuso-de-analgesicos-entre-jogadores-de-futebol/ - por Natasha Romanzoti em