sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Como a vitamina D auxilia a imunidade?


Entenda como ela ajuda a modular o sistema imune e a melhorar nossas defesas contra vírus, bactérias e outros microrganismos patológicos

 

Já dizia a vovó: tomar um pouco de sol diariamente faz um bem danado à saúde. E ela, sem dúvida, estava certa: o sol, além de ajudar a regular o ciclo circadiano e modular alguns hormônios1, também é o grande responsável pela absorção de vitamina D2. E você sabia que essa vitamina tem um papel importantíssimo na imunidade?

 

A vitamina D, na verdade, é reconhecida atualmente como um hormônio esteroide, por conta de seu mecanismo de ação dentro do organismo3.

 

Embora tenha ação conhecida há tempos, a vitamina D ganhou destaque nos últimos anos e tem sido foco de muitos estudos, e estes têm demonstrado a sua ação além do metabolismo de cálcio e da saúde dos ossos. E o papel da vitamina D no sistema imunológico está cada dia mais claro4.

 

E não é surpresa que isso tenha acontecido, afinal, há receptores de vitamina D em muitas partes do corpo, entre elas ossos, rins, paratireoides, intestino, cérebro, coração, a própria pele, mamas, e, claro, nas células imunológicas4.

 

Portanto, a carência de vitamina D é prejudicial ao organismo, já que estudos têm relatado a associação entre níveis inadequados com várias doenças, como5:

 

Depressão

Doenças autoimunes e inflamatórias (doença de Crohn, esclerose múltipla)

Doenças cardiovasculares

Hipertensão arterial

Insuficiência cardíaca

Doença arterial coronariana

Câncer (cólon, mama e próstata)

Imunidade nas alturas

Manter o sistema imunológico competente para lidar com ataques externos, como de vírus e bactérias, é muito importante. A sua força, porém, depende de vários fatores, entre eles os níveis de vitamina D6.

 

Estudos têm sugerido que a vitamina D é capaz de modular o sistema imune inato. E o que seria ele? É a nossa primeira defesa, ou seja, é o exército interno que parte para o ataque imediatamente assim que o nosso corpo é invadido por microrganismos nocivos. Quando ele está em forma, portanto, geralmente consegue combater o invasor sem que ele provoque danos ao organismo6.

 

E é justamente por isso que a carência de vitamina D nos deixa mais suscetíveis a doenças infecciosas. Sabe-se também que a vitamina D tem uma ação antimicrobiana por estimular a produção de um composto chamado catelicidina, que é uma proteína que atua na destruição de agentes patológicos6.

 

Um estudo que analisou mulheres na pós-menopausa, por exemplo, mostrou que aquelas que ingeriram (por orientação médica) uma determinada quantidade de vitamina D diariamente tiveram redução de até 90% nas infecções das vias respiratórias superiores, quando comparadas às mulheres que ingeriram uma quantidade cinco vezes menor6.

 

Além disso, há estudos que demonstram que níveis baixos de vitamina D podem estar associadas à sepse, também conhecida popularmente por infecção generalizada6.

 

É por isso que é importante consultar um médico e fazer um check-up periódico para avaliar como estão os níveis de vitamina D no organismo, já que níveis adequados trazem grandes benefícios ao organismo.

 

Alimentação não é suficiente

Mas como conseguir a quantidade adequada de vitamina D? Somente a alimentação, infelizmente, não consegue suprir essa necessidade. Isso porque os alimentos que contêm vitamina D não apresentam quantidade suficiente para elevar os níveis no organismo7.

 

Para conhecimento, apenas um pequeno número de alimentos carrega vitamina D, como peixe, gema de ovo e vísceras - o fígado, por exemplo7.

 

O melhor meio de absorver vitamina D, portanto, é por meio do sol. Para isso, é necessária uma exposição diária ao sol forte do meio-dia, com a maior parte do corpo exposta, por 15 minutos8.

 

No entanto, quem vive nas grandes cidades e trabalha em locais fechados nem sempre tem disponibilidade de parar por esse período para se expor ao sol. É por isso que nesses casos a suplementação de vitamina D cai como uma luva.

 

Já na forma ativa da vitamina D, a suplementação é frequentemente indicada por especialistas quando os níveis de vitamina D estão baixos, pois ela consegue fazer com que eles sejam ajustados dentro do período estabelecido pelo médico6.

 

A dosagem de manutenção, porém, varia de acordo com a idade, e também com a deficiência que havia previamente. O ideal é que os níveis séricos estejam acima de 30ng/mL. No geral, para manter os níveis ajustados (sem ter de corrigi-los), as doses preconizadas são6:

 

Bebês de até 1 ano: 400 UI/dia.

Bebês e crianças de 1 a 8 anos: 400 UI/dia.

Pré-adolescentes e adolescentes de 9 a 18 anos: 600 UI/dia.

Jovens e adultos de 19 a 70 anos: 600 UI/dia.

Idosos acima de 70 anos: 800 UI/dia.

Gestantes: 600 UI/dia.

Lactantes: 600 UI/dia.

Lembre-se, porém, de suplementar vitamina D somente sob orientação médica.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36791-como-a-vitamina-d-auxilia-a-imunidade?utm_source=news_mv&utm_medium=B&utm_campaign=8740622 - Escrito por Informe Publicitário - Redação Minha Vida


Obrigado, Colégio Dom Bosco, por fazer parte da minha vida por 27 anos!

                                   


quinta-feira, 8 de outubro de 2020

9 cuidados para a pele não sofrer com o uso de máscara


Cuidados diários com a pele podem evitar danos causados pelo uso da máscara

 

As máscaras são essenciais para evitar a proliferação e transmissão do COVID-19 entre as pessoas. Entretanto, o uso prolongado e contínuo delas desencadeou vários problemas de pele, desde irritações, descamações e erupções, até mesmo surtos de espinhas e cravos.

 

Não à toa, já se fala em um problema novo: a "maskne", que seria a acne causada pelo uso de máscaras de proteção. E o que fazer quando isso acontece? Quais cuidados tomar com a pele?

 

A Academia Americana de Dermatologia listou nove maneiras de prevenir o desenvolvimento de problemas de pele decorrentes do uso da máscara facial.

 

1 - Limpe e hidrate a pele diariamente: Ter uma rotina diária de cuidados com a pele pode prevenir diversos problemas na derme. O indicado é sempre usar produtos suaves e sem fragrâncias.

O que passar de acordo com o tipo de pele:

Pele oleosa (ou para climas quentes e úmidos) - gel hidratante

Pele normal ou mista - loção hidratante (é mais líquida que o creme hidratante e é absorvida mais rapidamente pela pele)

Pele seca ou muito seca - creme hidratante (é mais consistente e sua absorção na pele é mais demorada)

Os componentes indicados são: ceramidas, ácido hialurônico e dimeticona.

 

2 - Proteja os lábios: O uso constante da máscara pode causar tanto pele seca quanto lábios rachados. Para manter os lábios hidratados e saudáveis é indicado o uso de vaselina como protetor labial.

O recomendado é usar o produto depois de lavar o rosto, antes de colocar a máscara e antes de dormir.

 

3 - Evite passar maquiagem ao usar a máscara: A possibilidade de obstruir os poros e causar erupções cutâneas na pele é maior ao usar maquiagem e colocar a máscara por cima. Se for necessário o uso de maquiagem, o ideal é usar produtos "não comedogênicos" ou "livre de óleo".

 

4 - Evite produtos ou tratamentos que possam irritar a pele: O uso da máscara - ainda que por um curto período - pode resultar em uma pele mais sensível. Por isso, para não estimular irritações, é importante que se evite o uso de produtos e tratamentos agressivos para a pele, como esfoliantes, peelings químicos ou retinóides.

 

5 - Use menos produtos de skincare caso a pele fique irritada: Ao cobrir o rosto com a máscara, certos produtos podem passar a irritar a pele. Quando isso acontecer, o recomendado é retirar da sua rotina produtos como: ácido salicílico, retinóides e loção pós-barba.

 

6 - Escolha a máscara certa: Pode não parecer, mas escolher qual máscara usar e qual tecido é o mais recomendado é tão importante quanto se proteger do coronavírus. Isso porque, ao mesmo tempo em que você pode estar se protegendo do vírus, você também pode estar causando problemas na sua pele.

Por isso, ao escolher uma máscara, busque as que oferecem as seguintes indicações:

Ajustável e confortável (principalmente na região do nariz, do queixo e nas laterais)

Tecido respirável, natural e macio, como o algodão (especialmente na parte interna da máscara e para quem tem acne ou pele oleosa)

A escolha da máscara certa reduz vários possíveis problemas de pele, e também evita que você fique o tempo todo tendo que ajustá-la no rosto e correr o risco de transferir os germes dela para as mãos.

Tecidos e fibras sintéticas, como nylon, poliéster e rayon, podem causar irritações e erupções na pele.

 

7 - Faça uma pausa da máscara: O recomendado é deixar a pele respirar por cerca de 15 minutos a cada 4 horas. É importante que, antes de retirar a máscara, você se certifique que está em um ambiente seguro e que tome as medidas sanitárias antes de fazê-lo.

Dos lugares considerados seguros para retirar a máscara são:

Ao ar livre (se certificando de que está a pelo menos dois metros de distância das pessoas)

Dentro do carro, quando estiver sozinho

Em casa

 

8 - Lave a máscara: A lavagem da máscara remove tanto as sujeiras e bactérias externas alojadas, quanto a oleosidade e as células da pele que se acumulam dentro dela.

Além disso, diversas organizações de saúde recomendam que as máscaras sejam sempre lavadas após o seu uso, tanto em uma máquina de lavar quanto manualmente.

Para a lavagem é necessário se certificar de:

Lavar a máscara em água quente (a menos que as instruções indiquem o contrário)

Usar sabão ou detergente hipoalergênico e sem fragrância

 

9 - Consulte um médico dermatologista: Para casos persistentes de acnes ou doenças de pele, como rosácea, é muito importante procurar ajuda profissional de um médico dermatologista. Isso porque só ele poderá fazer um diagnóstico preciso sobre a sua condição e criar um plano de tratamento adequado para você.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/beleza/materias/36856-9-cuidados-para-a-pele-nao-sofrer-com-o-uso-de-mascara  - Escrito por Redação Minha Vida


quarta-feira, 7 de outubro de 2020

10 hormônios que afetam o emagrecimento e como regulá-los


Saiba como o desequilíbrio hormonal pode influenciar na perda de peso e quais são as substâncias que prejudicam esse processo

 

O emagrecimento é um processo que depende de vários fatores além da alimentação. Entre esses elementos que contribuem para a redução de peso está a regulação hormonal. Por isso, para emagrecer de forma saudável, os níveis hormonais precisam estar equilibrados.

 

Como explica Henrique Passos, médico endocrinologista e ortomolecular, os hormônios são produzidos nas glândulas endócrinas e cada tipo exerce uma função específica no organismo. Essas substâncias naturais são capazes de regular as ações biológicas do nosso corpo - como o nível de açúcar no sangue, orientando as células quando é preciso metabolizar a glicose.

 

"Os hormônios funcionam como mensageiros, orientando a célula sobre o que fazer e o que produzir. Eles atuam como chaves para ligar e desligar o processo metabólico. Sem chaves, não há a ligação. Por outro lado, se tiver em excesso, o corpo pode diminuir o número de fechaduras (receptores das células) para tentar manter a harmonia metabólica. Logo, a falta e o excesso dessas substâncias são prejudiciais", explica o especialista.

 

Nessa lógica, os hormônios podem afetar a regulação do peso (para mais ou para menos) por direcionarem o metabolismo do corpo. "Eles são responsáveis pela quantidade de calorias que gastamos durante o dia. Se estiverem desregulados, não tem jeito: perder peso e até construir mais músculos ficará bem difícil", afirma o médico.

 

Desta forma, é importante compreender como essas substâncias agem no corpo e quais delas dificultam o processo de redução de peso. Confira a seguir dez hormônios que estão presentes no nosso organismo e podem atrapalhar o emagrecimento:

 

Hormônios que prejudicam o emagrecimento

Cortisol

De acordo com o médico Henrique Passos, o cortisol é um hormônio que desempenha diferentes funções no corpo, atuando no controle de estresse, na redução de inflamações, no funcionamento do sistema imunológico, entre outras. No que diz respeito ao peso, ele contribui para a glicemia de jejum e função muscular.

Porém, quando os níveis de cortisol estão altos, um dos sinais desse desequilíbrio no indivíduo é o humor bem irritado junto com o aumento de peso. 'A pessoa ganha alguns quilos na balança, pois há um aumento da gordura abdominal e diminuição da massa muscular", pontua o médico.

 

Grelina e GH

 

A grelina é o hormônio responsável pelo estímulo da ingestão alimentar. "É ela que diz para o cérebro que você quer comer em breve ou agora", diz Passos. Normalmente, o pico de grelina costuma acontecer antes das refeições, mas as taxas do hormônio variam ao longo do dia.

Ocorre que a grelina ajuda na diminuição do excesso de gordura ao estimular a produção de GH, o hormônio do crescimento, que também é fundamental para o metabolismo da gordura e manutenção da massa muscular, comenta Passos.

É comum que, após os 30 anos, os níveis de GH caiam bastante no organismo do indivíduo - assim como seus efeitos no corpo. Porém, isso pode piorar com hábitos como sedentarismo, tabagismo, dieta inadequada e sono de má qualidade.

 

T3 e T4

Você provavelmente já ouviu falar nos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), muito relacionados ao hipertireoidismo e hipotireoidismo. Ambos são produzidos pela tireoide, uma glândula localizada no pescoço, logo abaixo da laringe.

Segundo o endocrinologista, uma das funções do T3 e T4 é regular o metabolismo, ou seja, como cada célula do corpo gasta energia - o que influencia diretamente no processo de emagrecimento.

"Quando a tireoide produz muito T3 e T4, nosso metabolismo acelera. Quando a tireoide produz pouco, o oposto acontece. Se os hormônios estiverem em nível baixo (hipotireoidismo), seu metabolismo fica lento. O resultado é, entre outros problemas, a dificuldade de perder peso', esclarece Passos.

 

Leptina

A leptina é um hormônio que controla o apetite e a saciedade. Trata-se de uma substância produzida pelas células adiposas do corpo que sinalizam ao hipotálamo que há acúmulo de gordura e que ajustam o consumo alimentar.

"Em outras palavras, o hormônio adapta seu comportamento alimentar conforme seus estoques de energia. Se a quantidade de gordura for grande, mais leptina é produzida. Esse processo, contudo, pode gerar resistência à sua ação, quadro muito comum em indivíduos obesos", revela o médico.

Contudo, se ocorrer perda brusca de gordura, a leptina baixa bastante, o apetite aumenta e, ao mesmo tempo, o funcionamento do metabolismo também reduz - o que dificulta a perda de peso. Por isso, o ideal é que o hormônio esteja sempre em equilíbrio. "E para quem deseja emagrecer, o processo deve ocorrer de forma gradual", aconselha o endocrinologista.

 

 

Insulina

Bem famosa por sua relação com o diabetes, a insulina é um hormônio produzido no pâncreas e responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), uma vez que é a substância que regula a entrada de glicose nas células.

Com o ganho de peso e o aumento do tecido adiposo, o pâncreas sente mais necessidade de produzir insulina. Entretanto, quanto mais hormônio é produzido, mais as células tendem a se proteger do excesso dele, o que gera a resistência insulínica. E um dos principais riscos da resistência insulínica, além do diabetes tipo 2, é a obesidade.

 

Testosterona e estrógeno

Conhecidos por serem nossos hormônios sexuais, a testosterona e o estrógeno também influenciam no peso. Presente tanto em homens quanto mulheres, a testosterona é essencial no desenvolvimento da massa muscular. Por isso, baixos níveis do hormônio podem levar ao ganho de peso.

Já o estrógeno, que também atua nos organismos feminino e masculino, tem efeito contrário à testosterona: altos níveis desse hormônio levam ao ganho de massa gordurosa - o que favorece, inclusive, a presença de gordura localizada em diferentes partes do corpo.

 

Irisina

A irisina é um hormônio recém-descoberto. Identificado em 2012 pela comunidade científica, a substância é liberada pelas células musculares por meio do estímulo de exercícios físicos. "Por isso, ela favorece a termogênese e a oxidação de gordura. Ou seja, provoca maior perda calórica", afirma Passos.

Desse modo, quando a irisina está desregulada, o emagrecimento também é comprometido por tornar o processo mais lento. Portanto, além impactar diretamente na redução do peso e ganho de massa magra, a prática de atividade física também é importante para equilibrar os níveis deste hormônio.

 

Serotonina

Outro hormônio muito associado à prática de atividades física, a serotonina é uma substância que tem diversas finalidades no corpo, além de promover a sensação de felicidade. Uma delas é atuar no apetite. "Se a serotonina estiver baixa, a pessoa tem mais desejo em comer doces e carboidratos refinados", pontua Passos.

 

Como controlar os hormônios

Embora cada hormônio seja produzido por um conjunto de células diferentes e em regiões distintas do corpo, o conselho para manter sua produção sob controle segue um padrão. De acordo com Passos, se a pessoa não tiver nenhuma deficiência hormonal, a melhor estratégia para equilibrar as taxas hormonais é com o estilo de vida saudável.

A indicação do médico inclui ter noites de sono de 8 horas por dia, evitar alimentação com comidas gordurosas e ultraprocessadas, evitar o excesso de bebidas alcoólicas, modular o estresse, fazer atividades físicas, entre outros componentes.

 

Reposição hormonal ajuda?

A reposição hormonal com medicamentos é um método procurado por quem tem seus hormônios desregulados - principalmente mulheres na época da menopausa, para atenuar sintomas como ondas de calor e secura vaginal.

Embora essas substâncias sejam capazes de ditar a velocidade do metabolismo, intimamente ligado à perda de peso, nem sempre a reposição hormonal é indicada. "Em alguns casos, uma simples mudança na alimentação pode equilibrar os níveis hormonais", aponta Passos.

Em geral, o endocrinologista indica que os pacientes tentem guiar a regulação hormonal pela via comportamental, seguindo as recomendações sobre um estilo de vida saudável. "Incentivo os pacientes a terem uma rotina com mais atividade física, uma dieta melhor e opções alternativas. A medicação vem por último", diz o médico. Além disso, segundo o especialista, a dica de bons hábitos não é exclusiva para as mulheres que não podem repor os hormônios.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36851-10-hormonios-que-afetam-o-emagrecimento-e-como-regula-los - Escrito por Maria Beatriz Melero


terça-feira, 6 de outubro de 2020

Novas normas orientam exercícios físicos para quem precisa cuidar do coração


É melhor ler a reportagem até o fim, porque nem todos os tipos de atividade física são bons para os pacientes com problemas de coração.

 

Exercícios sem riscos para o coração

 

A Sociedade Europeia de Cardiologia divulgou as primeiras recomendações sobre esportes e atividade física em todos os tipos de doenças e riscos cardíacos.

 

"Com o aumento dos níveis de obesidade e estilos de vida sedentários, a promoção da atividade física é mais crucial agora do que nunca. O exercício regular não só previne doenças cardíacas, mas também reduz a morte prematura em pessoas com doenças cardíacas estabelecidas," disse o professor Antonio Pelliccia, do Instituto de Medicina e Ciência do Esporte (Itália).

 

"A chance de o exercício desencadear uma parada cardíaca ou ataque cardíaco é extremamente baixa," disse o professor Sanjay Sharma, da Universidade de Londres, também membro do painel de especialistas que elaborou as novas recomendações. Mas Sharma ressalta que "pessoas completamente inativas e com doença cardíaca avançada devem consultar seu médico antes de praticar esportes."

 

O documento cobre de exercícios de lazer a esportes competitivos, para pessoas com doenças cardíacas ou apenas com condições que aumentam o risco de doenças cardíacas, como obesidade e diabetes.

 

Também há recomendações e aconselhamentos sobre exercícios durante a gravidez ou em ambientes especiais, como em grandes altitudes, em alto mar, em áreas poluídas e em temperaturas extremas.

 

O documento afirma que é improvável que os gases do trânsito diminuam os benefícios da atividade física para a saúde cardíaca em pessoas que se exercitam nas cidades.

 

Exercícios de intensidade moderada

 

Da mesma forma que adultos saudáveis de todas as idades, as pessoas com doenças cardíacas devem se exercitar na maioria dos dias, totalizando pelo menos 150 minutos por semana de exercícios de intensidade moderada - intensidade moderada significa aumentar a frequência cardíaca e respiratória, mas ainda ser capaz de manter uma conversa.

 

Para pessoas obesas ou com pressão alta ou diabetes, as diretrizes recomendam exercícios de fortalecimento (por exemplo, levantar pesos leves) pelo menos três vezes por semana, além de exercícios aeróbicos moderados ou vigorosos, como andar de bicicleta, correr ou nadar.

 

Doença arterial coronariana

 

A doença arterial coronariana é o tipo mais comum de doença cardíaca e é causada pelo acúmulo de depósitos de gordura nas paredes internas das artérias. Se as artérias ficarem completamente bloqueadas, isso pode causar um ataque cardíaco.

 

A maioria das pessoas com doença arterial coronariana pode praticar esportes competitivos ou amadores, de acordo com as novas recomendações.

 

"Pessoas com doença arterial coronariana de longa data que desejam fazer exercícios pela primeira vez devem consultar seu médico primeiro," ressalta o professor Pelliccia. "O objetivo é ajustar a intensidade da atividade de acordo com o risco individual de causar um evento agudo, como um ataque cardíaco."

 

A atividade física regular e moderada também é recomendada para prevenir o distúrbio do ritmo cardíaco mais comum, chamado de fibrilação atrial. Pessoas com fibrilação atrial que estejam tomando anticoagulantes para prevenir acidente vascular cerebral devem evitar esportes de contato devido ao risco de sangramento.

 

Pessoas com marcapassos não devem ser desencorajadas a praticar esportes (exceto esportes que envolvam colisões) por causa do dispositivo. No entanto, elas precisam adaptar sua escolha de acordo com a doença.

 

"Se você achar que o exercício causa palpitações ou falta de ar incomum ou desconforto no peito, reduza sua atividade e marque uma consulta com seu profissional de saúde," recomenda o professor Pelliccia.

 

Em casos mais graves, qualquer pessoa com dor no peito por mais de 15 minutos deve chamar uma ambulância.

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=novas-normas-orientam-exercicios-fisicos-cardiacos&id=14321&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay