sábado, 13 de setembro de 2025

4 formas de identificar um AVC


Especialista alerta que fumantes têm risco duas vezes maior de sofrer AVC

 

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no Brasil em 29 de agosto, foi estabelecido pela Lei nº 7488, de 1986, com a finalidade de aumentar a conscientização sobre os perigos do tabagismo. Os cigarros contêm mais de 4 mil substâncias químicas, das quais aproximadamente 250 são reconhecidas como prejudiciais pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas substâncias podem enfraquecer as paredes das artérias, promover o acúmulo de placas de gordura e elevar o risco de obstrução arterial, o que pode resultar em infartos e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).

 

O neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola alerta para o risco elevado de AVC de entre fumantes. De acordo com o especialista, quem fuma tem o dobro de chances de sofrer um AVC em comparação com não-fumantes. "O cigarro atua diretamente na parede das artérias, favorecendo a formação de placas e interrompendo o fluxo sanguíneo", explica o médico.

 

Os cigarros eletrônicos, frequentemente considerados uma alternativa mais segura, também apresentam riscos significativos. Substâncias químicas presentes nos vapores podem danificar as artérias, e estudos indicam que usuários de cigarros eletrônicos têm 15% mais chances de sofrer um AVC antes dos 50 anos.

 

Além dos riscos para fumantes, o Dr. Espíndola alerta sobre os perigos do fumo passivo. “A fumaça do tabaco também afeta os não-fumantes, que podem enfrentar graves problemas de saúde devido à exposição”, ressalta.

 

O especialista enfatiza a importância de uma abordagem multidisciplinar para ajudar os pacientes a superar o vício e enfrentar os desafios emocionais e físicos durante o processo de abandono do cigarro.

 

Como identificar um AVC?

Os sintomas de AVC incluem fraqueza súbita, confusão, dificuldade na fala, perda de equilíbrio e dormência repentina em um lado do corpo. O neurocirurgião compartilha uma abordagem simples de ser abordada ao se deparar com alguém que possa ter sofrido um AVC. É importante lembrar das quatro palavras da escala SAMU: S (sorriso): Solicite que a pessoa sorria, e verifique se a pessoa apresenta um sorriso irregular ou  se há uma queda em um lado do rosto; A (abraço): Peça para que a pessoa erga os braços como se fosse dar um abraço. Fique atento para caso não consiga erguer um dos braços, ou se existir diferença de força entre um braço e outro, ou entre uma perna e outra; M (mensagem): Faça com que a pessoa repita uma mensagem ou cante uma música que ela conheça bem. Observe se a fala está estranha, com dificuldade em pronunciar palavras; U (urgente): Se qualquer um desses sinais estiver presente, é preciso procurar ajuda médica imediatamente.

 

Quanto mais cedo um AVC for diagnosticado e o tratamento adequado ser instituído, menores as chances de sequelas significativas, como comprometimento cognitivo e paralisia. “As consequências do AVC são derivadas, e dependem muito do tipo de AVC e qual a região do cérebro acometida. A partir desses fatores, o paciente pode ter desde sequelas leves até sequelas muito graves e irreversíveis”, explica Victor Hugo.

 

Fonte:   https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/videos/4-formas-de-identificar-um-avc,0df9983148cb9bed46869e1909fb917b0mxxa3bj.html

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Mal súbito e mal-estar: veja as diferenças


Saiba como identificar e tratar as condições adequadamente

 

O mal súbito é uma condição médica grave e repentina, indicando que algo não vai bem por meio de uma manifestação do corpo. Os sintomas podem se relacionar a inúmeras causas, desde um quadro mais simples de desidratação, até a ocorrência de doenças sérias como o AVC

 

De acordo com Carlos Eduardo Abrahão, que é cardiologista, o mal súbito pode decorrer de doenças cardíacas, como infarto e arritmias. Além disso, condições raras também podem influenciar nesse episódio, como são os casos de doenças genéticas e alterações congênitas

 

"Há também os casos de mal súbito que acometem atletas profissionais e amadores. Nestes casos, é possível que a condição decorra de uma doença estrutural genética que pode causar episódios de síncope e até parada cardíaca em raras situações, geralmente associadas a atividades físicas: a cardiomiopatia hipertrófica", explica o especialista do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP-RJ).

 

O mal súbito necessita de uma intervenção médica imediata. Dessa forma é possível minimizar as complicações, aumentando as chances de sobrevivência. O profissional ainda alerta que, em muitos casos, uma avaliação médica atenta é capaz de antecipar o diagnóstico da doença, prevenindo a condição.

 

Quais os sinais do mal súbito?

Falta de ar 

Dor de cabeça intensa

Dor no peito 

Fraqueza 

Tontura

Palpitação 

Obscurecimento da visão 

Paralisia do rosto ou da perna 

Dificuldade de fala ou compreensão da linguagem

Perda do equilíbrio ou da coordenação 

 

Quais suas causas?

A principal causa do mal súbito é a arritmia cardíaca. Esse distúrbio é o responsável por alterar o ritmo dos batimentos do coração, deixando-os mais acelerados ou lentos.

 

Dessa forma, o funcionamento desordenado do órgão compromete o bombeamento e a distribuição de sangue pelo corpo. Isso ocasiona a falta de oxigenação cerebral e pode levar à morte. Outros fatores cardiológicos como a obstrução das artérias e doenças dos músculos cardíacos também podem originar o mal súbito.

 

Além disso, a condição pode se associar a causas neurológicas, como crises convulsivas e AVCs hemorrágico e isquêmico. O uso de drogas e algumas doenças metabólicas também podem contribuir para desenvolver o estado. 

 

O especialista também chama a atenção para a importância de controlar as doenças de base. Isso porque o mais comum é que os episódios de mal súbito afetem pacientes que já possuem problemas cardíacos.

 

Então, o que é mal-estar?

O mal-estar é uma sensação geral de desconforto, podendo apresentar diversas causas. "O mal-estar pode ser resultado de condições como estresse, ansiedade, indigestão, desidratação ou até mesmo cansaço extremo. Embora não exija atendimento emergencial imediato, se for persistente, deve ser avaliado por um médico para identificar e tratar a causa", esclarece o cardiologista.

 

Dessa forma, é fundamental reconhecer os sinais de mal súbito para que a conduta de tratamento seja adequada. "O principal sintoma é uma história de perda súbita de consciência seguida de pronta recuperação, sem um mal-estar importante após a recuperação", alerta o profissional. 

 

Já no caso do mal-estar, os sintomas podem incluir dor de cabeça leve, náuseas, tontura ou sensação de desânimo. A recomendação, nestes casos, é descansar, hidratar-se e, se os sintomas persistirem, procurar um médico.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/mal-subito-e-mal-estar-veja-as-diferencas,07c9e9f20835237ca5b0145bbb1259fbl6eninhd.html?utm_source=clipboard - Shutterstock / Saúde em Dia


quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Perda de peso: 5 coisas que todos precisam saber, segundo uma especialista em nutrição


Entenda como genética, biologia e fatores socioeconômicos influenciam o peso e desafiam a ideia de controle pessoal

 

A perda de peso é um tema dominante em diversos públicos, muitas vezes enquadrada como uma questão de responsabilidade pessoal. Porém, depois de quase 15 anos trabalhando em pesquisas sobre saúde e nutrição, vi como a questão do peso é tratada de forma diferente de quase todos os outros problemas de saúde.

 

As pessoas são rotineiramente culpadas pelo tamanho de seu corpo, embora evidências robustas mostrem que o peso é moldado por uma mistura complexa de genética, biologia, ambiente e fatores socioeconômicos. O acesso limitado a alimentos saudáveis a preços acessíveis, a falta de locais seguros para a prática de exercícios, as longas jornadas de trabalho e o estresse crônico - todos mais comuns em áreas desfavorecidas - podem dificultar significativamente a manutenção de um peso saudável.

 

Aqui estão cinco coisas que eu gostaria que mais pessoas entendessem sobre perda de peso.

 

1. Ela vai contra nossa biologia

A obesidade tem sido reconhecida como uma prioridade nacional de saúde na Inglaterra desde a década de 1990, com inúmeras políticas introduzidas em resposta. No entanto, as taxas de obesidade não diminuíram. Isso sugere que as abordagens atuais, que tendem a se concentrar na responsabilidade pessoal, não estão funcionando.

Mesmo quando os métodos de perda de peso são bem-sucedidos, os resultados geralmente não duram. Pesquisas mostram que a maioria das pessoas que perde peso acaba recuperando-o, e as chances de alguém com obesidade atingir e manter um peso corporal "normal" são muito baixas.

Isso se deve, em parte, ao fato de nossos corpos reagirem quando perdemos peso - uma resposta enraizada em nosso passado evolutivo. Esse processo é chamado de adaptação metabólica: quando reduzimos a ingestão de energia e perdemos peso, nosso metabolismo fica mais lento e os hormônios da fome, como a grelina aumentam, incentivando-nos a comer mais e a recuperar o peso perdido.

Essa resposta biológica fazia sentido em nosso passado de caçadores-coletores, quando era comum haver períodos de comida disponível e de escassez. Mas, hoje, em um mundo em que alimentos ultraprocessados e de alto teor calórico são baratos e acessíveis, essas mesmas características de sobrevivência facilitam o ganho de peso - e dificultam a perda.

Portanto, se você tem tido dificuldades para perder ou manter o peso, isso não é um fracasso pessoal - é uma resposta fisiológica previsível.

 

2. Não se trata de força de vontade

Algumas pessoas parecem manter um peso estável com relativa facilidade, enquanto outras têm dificuldades. A diferença não está apenas na força de vontade.

O peso corporal é influenciado por uma série de fatores. A genética desempenha um papel importante, por exemplo, afetando a rapidez com que queimamos calorias, a fome que sentimos ou o quanto ficamos saciados depois de comer. Algumas pessoas são geneticamente predispostas a sentir mais fome ou a desejar alimentos altamente energéticos, o que torna a perda de peso ainda mais desafiadora.

Fatores ambientais e sociais também desempenham um papel importante. Ter tempo, dinheiro ou apoio para preparar refeições saudáveis, ser ativo e priorizar o sono faz uma diferença real - e nem todo mundo tem esses recursos.

Quando ignoramos essas complexidades e presumimos que o peso é puramente uma questão de autocontrole, contribuímos para o estigma. Esse estigma pode fazer com que as pessoas se sintam julgadas, envergonhadas ou excluídas, o que, ironicamente, pode aumentar o estresse, reduzir a autoestima e dificultar ainda mais a adoção de hábitos saudáveis.

 

3. As calorias não são tudo

A contagem de calorias é geralmente a estratégia padrão para perda de peso. E embora a criação de um déficit calórico seja essencial para a perda de peso na teoria, na prática é muito mais complicado.

Para começar, os rótulos de calorias dos alimentos são apenas estimativas e nossas próprias necessidades energéticas variam de um dia para o outro. Até mesmo a quantidade de energia que absorvemos dos alimentos pode variar de acordo com a forma como são cozidos, digeridos e a composição de nossas bactérias intestinais.

Há também a ideia persistente de que "uma caloria é apenas uma caloria", mas nossos corpos não tratam todas as calorias da mesma forma. Um biscoito e um ovo cozido podem conter calorias semelhantes, mas afetam nossa fome, digestão e níveis de energia de forma muito diferente. Um biscoito pode causar um rápido pico de açúcar no sangue e uma queda, enquanto um ovo proporciona saciedade (plenitude) e valor nutricional mais duradouros.

Esses mal-entendidos alimentaram o aumento das dietas da moda, como tomar apenas shakes ou cortar grupos alimentares inteiros. Embora elas possam levar à perda de peso a curto prazo, criando um déficit calórico, raramente são sustentáveis e, muitas vezes, carecem de nutrientes essenciais.

Uma abordagem mais realista e equilibrada é concentrar-se em mudanças de longo prazo: comer mais alimentos integrais, reduzir as refeições para viagem, diminuir o consumo de álcool e criar hábitos que favoreçam o bem-estar geral.

 

4. O exercício é ótimo para sua saúde, mas não necessariamente para a perda de peso

Muitas pessoas presumem que quanto mais se exercitarem, mais peso perderão. Mas a ciência conta uma história mais complexa.

Nossos corpos são muito bons em conservar energia. Depois de um treino intenso, podemos inconscientemente nos movimentar menos pelo resto do dia, ou sentir mais fome e comer mais - compensando as calorias queimadas.

De fato, pesquisas mostram que o gasto energético diário total não continua aumentando com mais exercícios. Em vez disso, o corpo se ajusta tornando-se mais eficiente e reduzindo o uso de energia em outros lugares, o que torna a perda de peso somente com exercícios mais difícil do que muitos esperam.

Dito isso, o exercício ainda oferece uma enorme variedade de benefícios: estimula a saúde cardiovascular, melhora o bem-estar mental, mantém a massa muscular, aprimora a função metabólica, fortalece os ossos e reduz o risco de doenças crônicas.

Mesmo que o número na balança não mude, o exercício ainda é uma das ferramentas mais poderosas que temos para melhorar a saúde e a qualidade de vida.

 

5. Melhorias na saúde nem sempre exigem perda de peso

Você não precisa perder peso para ficar mais saudável.

Embora a perda de peso intencional possa reduzir o risco de doenças como doenças cardíacas e alguns tipos de câncer, estudos também mostram que melhorar a dieta e ser mais ativo podem melhorar significativamente os indicadores de saúde - como colesterol, pressão arterial, açúcar no sangue e sensibilidade à insulina - mesmo que seu peso permaneça o mesmo.

 

Portanto, se você não estiver vendo grandes mudanças na balança, pode ser mais útil mudar o foco. Em vez de perseguir um número, concentre-se no comportamento: nutrindo seu corpo, movimentando-se regularmente de forma prazerosa, dormindo bem e controlando o estresse.

 

O peso é apenas uma peça do quebra-cabeça, e a saúde é muito mais do que isso.

 

Rachel Woods é professora sênior de Fisiologia, na Universidade de Lincoln.

 

Esse conteúdo foi publicado originalmente emThe Conversation.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/perda-de-peso-5-coisas-que-todos-precisam-saber-segundo-uma-especialista-em-nutricao,5f3fb58d23425d1b8458cf2567c28bb1gdzgk1g4.html?utm_source=clipboard - Rachel Woods - Foto: Shutterstock

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

6 alimentos para ajudar a aumentar a libido


Veja como a alimentação pode contribuir para melhorar o desejo sexual

 

A libido é o desejo sexual natural do ser humano, influenciado por fatores hormonais, psicológicos e emocionais. Ela tem grande importância para a saúde física e mental, pois está ligada ao prazer, à intimidade e até ao fortalecimento dos vínculos afetivos. Quando está equilibrada, contribui para o bem-estar geral e para a qualidade de vida.

 

Segundo a nutricionista Patrícia Davidson, expert em equilíbrio hormonal e na saúde da mulher, entre as múltiplas causas na diminuição do apetite sexual, estão:

 

Fatores hormonais: baixa de testosterona em homens e alterações de estrogênio/progesterona em mulheres;

Estresse psicológico: depressão, ansiedade, fadiga mental;

Doenças crônicas: diabetes, hipertensão, obesidade, síndrome metabólica;

Uso de medicamentos: antidepressivos, anti-hipertensivos, contraceptivos hormonais;

Estilo de vida: consumo excessivo de álcool, tabagismo, sedentarismo.

 

Alimentos para aumentar a libido

A alimentação pode ser uma grande aliada para ajudar a aumentar a libido. "Alguns alimentos têm associação com melhora da função sexual e aumento da libido, principalmente pelo impacto em circulação sanguínea, hormônios e estresse oxidativo", Patrícia Davidson.

 

Abaixo, ela lista algumas opções:

 

Chocolate amargo: rico em flavonoides, melhora o fluxo sanguíneo;

Frutas vermelhas e uvas: antioxidantes, melhoram a função endotelial;

Nozes e castanhas: aumentam óxido nítrico, melhorando a ereção;

Romã: antioxidante potente, melhora a função erétil;

Alimentos termogênicos: pimenta, canela, gengibre;

Alimentos ricos em zinco (ostras, carne magra, sementes): essenciais para produção de testosterona.

 

Alimentos que prejudicam a libido

Por outro lado, de acordo com Patrícia Davidson, alguns alimentos e padrões alimentares podem prejudicar a libido por favorecer inflamação, alterar hormônios ou reduzir circulação sanguínea. São eles:

 

Alimentos ultraprocessados: ricos em gorduras trans e açúcares, aumentam o risco de disfunção erétil;

 

Excesso de álcool: reduz a testosterona e pode comprometer a ereção;

Gorduras saturadas e frituras: pioram o fluxo sanguíneo e a saúde vascular;

Refrigerantes e bebidas adoçadas: causa resistência à insulina e inflamação.

Receita de shot para melhorar a libido

A nutricionista ensina uma receita de shot para a libido, natural e fácil de fazer. Veja:

 

Ingredientes

 

50 ml de suco de romã

30 ml de suco de beterraba

5 g de gengibre fresco ralado

1 colher de chá de cacau 100% em pó

1 colher de chá de mel

1 pitada de pimenta caiena

Modo de preparo

 

Misture todos os sucos de romã e de beterraba em um copo pequeno. Adicione o gengibre ralado, o cacau, o mel e a pimenta caiena. Bata rapidamente no mixer e tome em jejum ou 30 minutos antes da refeição principal.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/6-alimentos-para-ajudar-a-aumentar-a-libido,71d5d7fe1600f2cd52c77bfae66ca2d7bqmwo9tt.html?utm_source=clipboard - Por Thiago Martins de Freitas - Foto: Pixel-Shot | Shutterstock / Portal EdiCase