“Imagine um mundo onde, quando o sol se põe, esse é o fim do
seu dia também. Você não pode mais ver nada”, diz Jessica Matthews, 25 anos,
cofundadora de Uncharted Play. “Essa é a realidade para 1,3 bilhão de pessoas,
quase um quinto do mundo, e uma realidade que nos propusemos a resolver”.
Jessica é uma das inventoras de Soccket, uma bola de futebol
que aproveita a energia cinética de cada pontapé para alimentar uma lâmpada por
três horas a partir de apenas 30 minutos de jogo.
A ideia incrível nasceu em 2008, quando ela e Julia
Silverman, calouras na Universidade de Harvard (EUA), foram colocadas juntas em
uma aula de engenharia para não engenheiros. O professor desafiou a dupla a
criar algo que combinasse arte e ciência para resolver um problema global.
A solução que elas criaram era muito interessante, mas
colocar tecnologia em uma bola sem ar e fazer com que ela se movesse como uma
bola de futebol normal não parecia fácil. Na verdade, os engenheiros que elas
procuraram tanto em Harvard quanto no Instituto de Tecnologia de Massachusetts
(EUA) lhe disseram que isso era impossível.
A dificuldade não desmotivou as garotas, no entanto – muito
pelo contrário. Elas se dedicaram a tornar sua invenção uma realidade.
Primeiro, elas colocaram uma lanterna “chacoalhe para recarregar” (a bateria é recarregável por meio de vibração) em uma bola de hamster e a chacoalharam, de forma que luz foi gerada. Utilizando este conceito, mas em uma bola de futebol, elas levaram seu protótipo a outros países para testá-lo junto a “profissionais”: crianças de 10 anos de idade que jogam futebol em campos, playgrounds e lajes de concreto na Nigéria, África do Sul e Brasil, lugares onde o esporte é onipresente, mas a eletricidade não é.
Hoje, a bola Soccket é distribuída em seis países por meio
de organizações não governamentais locais, que estão garantindo que comunidades
possam se beneficiar da invenção. [Yahoo, TecMundo]
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