Na semana passada fui
assistir ao espetáculo do circo Irmãos Power e dentre as atrações tinha a
tourada, na qual eles enfrentavam os bois numa arena pequena. Neste momento, lembrei-me
de uma história que o professor Gabriel (in memorian) contou quando lecionou
matemática no Colégio Estadual Murilo Braga.
Ele descreveu uma situação no mínimo
engraçada quando foi assistir a um espetáculo do circo de tourada armado na
Praça João Pessoa, no espaço entre o monumento central e o quiosque, de frente
ao cine Santo Antônio (atualmente o Supermercado Nunes Peixoto).
Gabriel, desconfiado que algum boi pudesse
fugir da arena, preferiu ficar na
entrada do circo, pois poderia sair rapidamente na sua cadeira de rodas, já que
era uma pessoa com deficiência física, e entrar no bar da esquina, onde hoje
fica a Joalheria O Garimpo. Pois bem, durante a apresentação o boi enfurecido
derrubou o cercado e correu em direção a Gabriel que de imediato deu a volta na
sua cadeira e começou a se deslocar com a maior velocidade possível e entrou no
bar por umas das portas. Os toureiros correram atrás do boi e conseguiu laça-lo.
Após o ocorrido, Gabriel resolveu sair do
bar. Foi quando aconteceu algo de fenomenal: a sua cadeira não passava pela
porta que entrou, pois era mais larga que ela. Ele não soube explicar como
aconteceu, só sabia que a cadeira de rodas tinha entrado pela porta, mas não
saiu do jeito que entrou. As pessoas que estavam no bar tiraram Gabriel da
cadeira e passaram a mesma de lado. Se foi mentira ou não esta história, eu e
meus colegas nunca soubemos, porque quem iria duvidar da palavra de um
professor.
Grande Gabriel, deixou muitas saudades, pois
foi um incansável professor, apesar de suas limitações físicas em cima de uma
cadeira de rodas, empurrada por professores ou alunos nas dependências do CEMB,
já que não tinha rampas apropriadas para seu deslocamento. Gabriel era um entusiasta
pela vida contando suas histórias para seus alunos nas aulas de matemática.
Saudades!
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