Escurecimento das axilas e frequência cardíaca
alterada são sinais que podem levantar suspeitas de doenças
Você já parou para medir a sua frequência
cardíaca? Um procedimento relativamente simples que você mesmo pode fazer em
casa pode trazer alertas importantes à sua saúde. É importante estar atento a
alguns sinais do corpo que podem indicar doenças, principalmente em pessoas que
tem histórico familiar e outros fatores de risco. Separamos alguns autoexames
simples que servem de alerta para você conversar com o médico e pedir exames
laboratoriais e clínicos complementares. Confira:
Circunferência da cintura
Estar com as medidas da cintura acima do recomendado
indica uma concentração de gordura na região. O acúmulo de gordura no abdômen
se relaciona com diversas disfunções metabólicas, que elevam o risco de hipertensão arterial,
diabetes, colesterol alto.
Quando associados, esses fatores de risco elevam as chances de doenças
cardíacas e diabetes. "As recomendações atuais são as de que a
circunferência abdominal não ultrapasse 102 cm nos homens ou 88 cm nas
mulheres", afirma o cardiologista Raffael Fraga, do Núcleo de Cardiologia
do Hospital Samaritano de São Paulo. Para fazer essa medida, explica o
profissional, basta posicionar uma fita métrica em volta do abdômen, na altura
do umbigo, mantendo a barriga relaxada e tendo o cuidado de verificar se em
toda a sua extensão a fita está paralela ao plano do chão. Caso você esteja
acima do indicado, é necessário ir ao médico fazer alguns exames de rotina e
procurar um plano de emagrecimento e atividade física.
A medição dos batimentos cardíacos pode ser feita
manualmente ou através de frequencímetros (relógios que possuem uma fita
torácica com sensores e transmissores que indicam os batimentos cardíacos). De
acordo com o cardiologista Raffael, a frequência cardíaca pode ser medida de
forma manual em qualquer lugar do corpo onde possa ser detectada a pulsação
arterial, sendo os locais mais comuns o pulso carotídeo (pescoço, logo abaixo
da mandíbula) e radial (no pulso).
Podemos medir a frequência da pulsação arterial pressionando estes locais com os dedos indicador e médio. "A medida da pulsação arterial deve ser realizada acompanhando e contanto os pulsos de um minuto completo", afirma o cardiologista Raffael. A frequência cardíaca em repouso é um parâmetro utilizado para avaliar o grau de condicionamento físico da pessoa, além de poder representar a presença eventual de alguma patologia. "Essa contagem habitualmente é feita em repouso pela manhã antes de sair de cama, em deitado de barriga para cima, e por 3 ou 4 dias diferentes, calculando-se a média", explica o cardiologista Hélio Castello, e diretor da clínica Angiocardio.
A medida ideal está entre 60 e 80 batidas por minuto (bpm), porém a pessoa pode ser absolutamente saudável com frequências maiores ou menores - quem determinará isso é o médico. Segundo os especialistas, uma frequência entre 80 e 100 seria considerada como limítrofe e acima de 100 bpm uma frequência aumentada, que recebe o nome de taquicardia. Frequência cardíaca abaixo de 60 bpm pode ser verificada em pessoas que praticam esporte ou atletas. Frequências cardíacas muito baixas devem ser avaliadas para descartar problemas cardíacos.
Podemos medir a frequência da pulsação arterial pressionando estes locais com os dedos indicador e médio. "A medida da pulsação arterial deve ser realizada acompanhando e contanto os pulsos de um minuto completo", afirma o cardiologista Raffael. A frequência cardíaca em repouso é um parâmetro utilizado para avaliar o grau de condicionamento físico da pessoa, além de poder representar a presença eventual de alguma patologia. "Essa contagem habitualmente é feita em repouso pela manhã antes de sair de cama, em deitado de barriga para cima, e por 3 ou 4 dias diferentes, calculando-se a média", explica o cardiologista Hélio Castello, e diretor da clínica Angiocardio.
A medida ideal está entre 60 e 80 batidas por minuto (bpm), porém a pessoa pode ser absolutamente saudável com frequências maiores ou menores - quem determinará isso é o médico. Segundo os especialistas, uma frequência entre 80 e 100 seria considerada como limítrofe e acima de 100 bpm uma frequência aumentada, que recebe o nome de taquicardia. Frequência cardíaca abaixo de 60 bpm pode ser verificada em pessoas que praticam esporte ou atletas. Frequências cardíacas muito baixas devem ser avaliadas para descartar problemas cardíacos.
Avaliação do sono
Excesso de trabalho, estresse, insônia, acúmulo de
tarefas e distúrbios do sono são alguns dos vilões mais comuns de uma boa noite
de descanso. Um estudo realizado em 2013 pelo Instituto de Pesquisa e
Orientação da Mente (IPOM) afirma que 69% dos brasileiros avaliam seu próprio
sono como ruim e insatisfatório, com problemas que vão desde a dificuldade para
pegar no sono até acordar diversas vezes durante a noite. Embora as poucas horas
de sono já façam parte da rotina dos brasileiros, dormir menos do que nosso
corpo necessita pode afetar a nossa saúde como um todo - impedindo a síntese de
hormônios, dificultando o emagrecimento, enfraquecendo a imunidade, etc.
Segundo a Academia Brasileira de Neurologia, pelo menos um desses sintomas diurnos abaixo é relatado nas pessoas com sono insuficiente:
- Fadiga;
- Déficit de atenção, concentração e memória;
- Disfunção social e/ou baixa produção escolar;
- Distúrbio do humor e irritabilidade;
- Sonolência diurna;
- Redução de energia para as tarefas diárias e desmotivação;
- Predisposição a erros e acidentes no trabalho e no trânsito;
- Tensão, dor de cabeça ou sintomas gastrintestinais devido à perda de sono e estresse.
Os critérios utilizados são o de tempo, frequência e período - conhecido como regra TFP. "O tempo que uma pessoa demora para dormir ou voltar a dormir não deve ser superior a 30 minutos", explica a neurologista Rosa Hasan, responsável pelo Laboratório do Sono do Hospital São Luiz. Além disso, essa dificuldade em iniciar ou manter o sono indica um problema se ocorrer pelo menos três vezes por semana e já deve estar ocorrendo há pelo menos seis meses. Esse é um bom indicativo para buscar tratamentos para insônia.
Além disso, sintomas diurnos como cansaço, perda de concentração e interesse e dificuldade para permanecer acordado são fortes indícios de que a qualidade do seu sono está ruim. "Isso não quer dizer necessariamente que você dorme pouco, mas indicar distúrbios que afetam a qualidade do sono, como apneia", afirma a especialista. Tente seguir algumas dicas para melhorar a higiene do sono e, caso o problema persista, procure um médico.
Segundo a Academia Brasileira de Neurologia, pelo menos um desses sintomas diurnos abaixo é relatado nas pessoas com sono insuficiente:
- Fadiga;
- Déficit de atenção, concentração e memória;
- Disfunção social e/ou baixa produção escolar;
- Distúrbio do humor e irritabilidade;
- Sonolência diurna;
- Redução de energia para as tarefas diárias e desmotivação;
- Predisposição a erros e acidentes no trabalho e no trânsito;
- Tensão, dor de cabeça ou sintomas gastrintestinais devido à perda de sono e estresse.
Os critérios utilizados são o de tempo, frequência e período - conhecido como regra TFP. "O tempo que uma pessoa demora para dormir ou voltar a dormir não deve ser superior a 30 minutos", explica a neurologista Rosa Hasan, responsável pelo Laboratório do Sono do Hospital São Luiz. Além disso, essa dificuldade em iniciar ou manter o sono indica um problema se ocorrer pelo menos três vezes por semana e já deve estar ocorrendo há pelo menos seis meses. Esse é um bom indicativo para buscar tratamentos para insônia.
Além disso, sintomas diurnos como cansaço, perda de concentração e interesse e dificuldade para permanecer acordado são fortes indícios de que a qualidade do seu sono está ruim. "Isso não quer dizer necessariamente que você dorme pouco, mas indicar distúrbios que afetam a qualidade do sono, como apneia", afirma a especialista. Tente seguir algumas dicas para melhorar a higiene do sono e, caso o problema persista, procure um médico.
Alterações na memória
A fluência verbal aparece alterada em pessoas com
diversos distúrbios patológicos, tais como Alzheimer,
esquizofrenia e depressão. Isso porque a prova de fluência verbal mostra
como está a capacidade do indivíduo de armazenar informações, recuperá-las e
organizá-las. O teste de fluência verbal funciona da seguinte forma: a pessoa
deve dizer o maior número de palavras possíveis dentro de um tema num período
de tempo fixado. Existe o teste com a evocação de palavras que começam com uma
letra específica ou teste por categoria, com a geração de palavras de certa
classe semântica como, por exemplo, "animais" e "frutas".
Além da velocidade para encontrar as palavras ser um índice importante de avaliação, os erros devem ser cuidadosamente analisados, como repetições, inclusão de outras letras ou categorias e troca de palavras. Além disso, a generalização de palavras dentro de subcategorias também indica um bom andamento da acuidade mental. Por exemplo: na categoria "animais" a pessoa pode começar pelos felinos (gato, tigre, pantera, etc) e depois passar para as aves (canário, pavão, galinha, pato) - indicando que ela se organizou mentalmente em subcategorias, fazendo associações.
Você pode pedir para que outra pessoa te ajude na avaliação do teste. Pensar em um número muito pequeno de palavras - abaixo de três ou cinco, por exemplo - pode indicar algum problema. Além disso, erros e dificuldade na categorização das palavras também são indicativos de algum problema, sendo necessário procurar um médico e expor sua vontade de fazer mais exames neurológicos.
Além da velocidade para encontrar as palavras ser um índice importante de avaliação, os erros devem ser cuidadosamente analisados, como repetições, inclusão de outras letras ou categorias e troca de palavras. Além disso, a generalização de palavras dentro de subcategorias também indica um bom andamento da acuidade mental. Por exemplo: na categoria "animais" a pessoa pode começar pelos felinos (gato, tigre, pantera, etc) e depois passar para as aves (canário, pavão, galinha, pato) - indicando que ela se organizou mentalmente em subcategorias, fazendo associações.
Você pode pedir para que outra pessoa te ajude na avaliação do teste. Pensar em um número muito pequeno de palavras - abaixo de três ou cinco, por exemplo - pode indicar algum problema. Além disso, erros e dificuldade na categorização das palavras também são indicativos de algum problema, sendo necessário procurar um médico e expor sua vontade de fazer mais exames neurológicos.
Coloração das axilas e pescoço
Alteração de coloração nas dobras das axilas,
acompanhada de escurecimento da parte posterior do pescoço, pode aparecer em
pessoas com obesidade e de pele morena. "Esta alteração chama
acantose nigricans e está associada ao risco de diabetes, pois reflete um
estado de resistência insulínica", diz a endocrinologista Roberta Frota,
do Hospital 9 de Julho. Está relacionada a uma proliferação de melanócitos na
pele, que ocorre pela resistência insulínica. "Ela é mais comum no excesso
do peso porque a insulina produzida pelo pâncreas não consegue agir
adequadamente devido à obesidade", explica. Portanto, as manchas podem ser
um indicativo de risco para diabetes. Observe a região uma vez por mês após o
banho e, na presença de alteração com outros sintomas associados, como casos de
diabetes na família, vontade de urinar diversas vezes e sede insaciável,
procure um médico e peça exames de glicemia.
Grânulos nas pálpebras, joelhos ou cotovelos
Nódulos amarelados nesses locais podem significar um
acúmulo de gordura. No autoexame, vemos nódulos que podem ser pontos minúsculos
ou ter diâmetro superior a 5 cm. "Os xantelasmas (grânulos nas pálpebras)
e os xantomas (grânulos no cotovelo, joelhos e articulações) podem estar
relacionados a elevados níveis de colesterol e triglicérides no sangue",
diz a endocrinologista Roberta. Quando há um elevado nível de gorduras no
sangue, elas podem acabar se depositando nesses locais. De acordo com a
especialista, há uma predisposição genética para esse problema. Dessa forma, na
presença desses grânulos é importante procurar um médico para fazer exames de
colesterol e triglicérides, principalmente se você apresenta histórico familiar
do problema e obesidade.
Pele
Examinar sua pele periodicamente é uma maneira
simples e fácil de detectar precocemente o câncer
de pele. Com a ajuda de um espelho, o paciente pode enxergar áreas que
raramente consegue visualizar. "É importante observar se há manchas que
coçam, descamam ou sangram e que não conseguem cicatrizar, além de perceber se
há pintas que mudaram de tamanho, forma ou cor", explica a dermatologista
Tatiana Steiner, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O diagnóstico precoce
é muito importante, já que a maioria dos casos detectados no início apresenta
bons índices de cura. "Por isso, como regra geral, qualquer novo sinal na
pele ou mudança em uma pinta/mancha que já existia deve servir de alerta para
procurar um dermatologista", diz a especialista. É importante procurar um
médico sempre que notar uma nova lesão, ou quando uma lesão antiga tiver algum
tipo de modificação. Existe uma regra didática para os pacientes, chamada ABCD,
cujo objetivo é reconhecer uma lesão suspeita de câncer de pele. Veja os
critérios abaixo, que devem aparecer todos juntos:
- Assimetria: imagine uma divisão no meio da pinta e verifique se os dois lados são iguais. Se apresentarem diferenças deve ser investigado
- Bordas irregulares: verifique se a borda está irregular, serrilhada, não uniforme
- Cor: verificar se há várias cores misturadas em uma mesma pinta ou mancha
- Diâmetro: veja se a pinta ou mancha está crescendo progressivamente.
Não necessariamente um nevo (ou pinta) em relevo e com diversas cores ou contorno irregular será maligna, mas ele deverá ser avaliado por um médico dermatologista que poderá, com propriedade, dizer se esta lesão deverá ou não ser removida.
- Assimetria: imagine uma divisão no meio da pinta e verifique se os dois lados são iguais. Se apresentarem diferenças deve ser investigado
- Bordas irregulares: verifique se a borda está irregular, serrilhada, não uniforme
- Cor: verificar se há várias cores misturadas em uma mesma pinta ou mancha
- Diâmetro: veja se a pinta ou mancha está crescendo progressivamente.
Não necessariamente um nevo (ou pinta) em relevo e com diversas cores ou contorno irregular será maligna, mas ele deverá ser avaliado por um médico dermatologista que poderá, com propriedade, dizer se esta lesão deverá ou não ser removida.
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