O ataque cardíaco mata mais do que o câncer de mama
e, no sexo feminino, suas manifestações nem sempre dão pistas de que o problema
está no coração
Sintomas clássicos: são os mesmos que aparecem nos
homens
Dor no peito em aperto, que pode irradiar para o
braço esquerdo, o pescoço, a mandíbula, o estômago e até as costas
Náusea
Vômito
Suor frio
Desmaio
Sintomas atípicos: mais frequentes no sexo feminino
Enjoos
Falta de ar
Cansaço inexplicável
Desconforto no peito
Arritmia
Como surgem os sintomas
Não existe uma regra para a forma como os sinais do
infarto dão as caras. Eles podem tanto se manifestar todos juntos como surgir
separadamente. Isso quer dizer que a dor no peito, por exemplo, pode tanto vir
acompanhada de suor frio ou vômito como aparecer sozinha.
Quando me preocupar
O fato de você sentir uma dor no peito, um enjoo ou
um cansaço não significa, é claro, que se trata de um piripaque no coração. De
qualquer forma, é bom ficar atenta, principalmente se você se encaixa no grupo
de risco para sofrer um ataque cardíaco. “Somente por meio de exames clínicos é
possível saber se a pessoa está tendo um infarto. Por isso, o ideal é que, na
dúvida, o paciente vá a um hospital”, orienta o cardiologista Cesar Jardim,
coordenador do Clinic Check-Up do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.
Como sei se estou no grupo de risco?
Entre os fatores que aumentam a probabilidade de uma
mulher sofrer um ataque cardíaco estão: hipertensão, diabetes, colesterol alto,
sedentarismo, estresse, obesidade, histórico familiar e tabagismo. No caso
desse último item, vale alertar para os casos em que o hábito de fumar é
associado ao uso de pílulas anticoncepcionais. “Essa combinação é trombogênica,
ou seja, propicia a formação de coágulos que podem entupir os vasos”, explica
Jardim.
Outro ponto de atenção deve ser a menopausa, período
em que a mulher perde a proteção vascular proporcionada pelos hormônios
femininos, como o estrógeno. “Ele facilita a circulação do sangue pelas
artérias e protege o endotélio, tecido que reveste o interior dos vasos”,
esclarece o cardiologista Carlos Costa Magalhães, diretor de Promoção da Saúde
Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Uma vida saudável é a melhor prevenção
Além de tratar os fatores de risco – isto é,
controlar a pressão, o diabetes e o colesterol, parar de fumar, perder peso… ,
é fundamental adotar um estilo de vida saudável. Por isso, pratique atividade física
regularmente, procure relaxar e adote uma alimentação balanceada com muitas
frutas, verduras e legumes e baixo consumo de itens ricos em sódio, nutriente
que contribui para o aparecimento da hipertensão.
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