Médica explica como saber diferenciar os sintomas e como se prevenir
Com a chegada do outono, a mudança de temperatura e o tempo
mais seco podem favorecer o surgimento de diversas doenças respiratórias. Entre
elas, gripe, resfriado, pneumonia, COVID-19 e viroses são algumas das mais
comuns. Mas você sabe distinguir uma da outra? Cada uma dessas enfermidades tem
suas particularidades, sintomas e formas de prevenção.
Por isso, a pneumologista Dra. Maria Vera Cruz, do
Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), diferencia as principais doenças
e esclarece quais são as mais comuns neste período. Confira!
1. Alergias e crises de rinite, sinusite e faringite
Por conta da maior concentração de poeira e poluentes
no ar, ocorrem com mais frequência os quadros alérgicos neste período do ano.
As mucosas ficam ressecadas e há aumento de crises de rinite, sinusite,
faringite e asma.
O que difere as doenças é que a rinite é uma
inflamação de crises alérgicas e que acomete o nariz. A asma é uma doença
inflamatória crônica que ataca o sistema respiratório, especialmente os
brônquios. A faringite e a sinusite são infecções causadas por vírus e
bactérias, e não só simples alergias, inflamando a faringe e os seios da face,
respectivamente.
2. Resfriados e pneumonias
A baixa umidade durante os meses de outono irrita as
mucosas das vias aéreas e aumenta a probabilidade de infecções por diversos vírus
como rinovírus e adenovírus, responsáveis pelos resfriados e pneumonias.
O que pode contribuir para o aparecimento dessas
doenças são as mudanças bruscas de temperatura, como é possível ver neste ano,
saindo de um calor intenso de verão para uma frente fria que atinge o Brasil na
mesma semana que o outono chega. O brusco resfriamento das vias aéreas aumenta
o risco de infecções virais. Isso também pode acontecer com o uso de
ar-condicionado, devido ao possível acúmulo de bactérias e outros agentes.
3. Gripe/Influenza
Com a queda de temperatura, normalmente as pessoas
tendem a ficar mais tempo em locais fechados. Isso ajuda a proliferar doenças respiratórias,
uma vez que o vírus Influenza tem alta transmissibilidade por espirro e tosse,
além do contato direto das mãos e objetos comuns como corrimões e maçanetas.
4. Viroses
O mesmo explicado no caso de gripe acontece em quadros
de virose, pois o tempo seco de outono favorece a colonização de vírus e
infecções respiratórias, que têm rápida transmissão entre as pessoas. É comum
as viroses causarem diarreia, febre, vômito, enjoo, dor muscular, dor na
barriga, dor de cabeça, secreção nasal e entre outros sintomas.
5. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
É um grupo de doenças respiratórias muito relacionadas
ao tabagismo. Com o ar seco e a inflamação de mucosas entre os meses março e
junho, há maior incidência da bronquite crônica (estreitamento das vias aéreas)
e do enfisema (danos irreversíveis nos alvéolos).
6. COVID-19
Além de todas as doenças do outono, após a pandemia
iniciada em 2020, é possível ainda confundir os sintomas provocados pelo
coronavírus. Para diferenciar, normalmente, há o aparecimento de quadro
inflamatório da garganta, evoluindo para tosse seca, seguida de espirros,
coriza, mal-estar, febre, bem como fraqueza. É possível, ainda, identificar
diminuição do olfato e paladar.
Resfriados podem ser diagnosticados com sintomas de
mal-estar, espirros, coriza e obstrução nasal, febre, mas que, em geral, se
tornam leves depois de 48 horas. Já o quadro inicial da gripe se assemelha ao
do resfriado, porém o tempo do paciente sintomático é maior, tendo duração em
torno de uma semana, podendo até levar à falta de apetite e à perda de peso.
Prevenindo as doenças respiratórias de outono
Conforme a pneumologista Dra. Maria Vera Cruz, a boa
hidratação é o ponto-chave, bem como manter a imunidade alta. É possível repor
líquidos com água, chás e sucos e se alimentar adequadamente com alimentos
leves, sem deixar o estômago vazio por muitas horas.
“É bom evitar a aglomeração de pessoas em locais
fechados, manter os ambientes arejados e umidificados para não facilitar a
transmissão dos agentes infecciosos, além de se preocupar com a higiene das
mãos”, acrescenta.
A especialista também enfatiza a importância de manter
a vacinação em dia. A vacina bivalente protege o agravamento tanto da COVID-19
quanto do vírus Influenza da gripe, indicada para todas as pessoas com mais de
60 anos e de qualquer idade com comorbidades e fatores de risco.
“Hidratação e lavagem nasal com soro também ajudam
nessa época”, explica. Vale lembrar que a vacina contra a gripe protege contra
o vírus H1N1, que é a infecção respiratória em humanos causada por uma cepa de
Influenza que surgiu pela primeira vez nos porcos.
Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2024-03-22/6-doencas-respiratorias-comuns-durante-o-outono.html
- Por Bernadete Druzian - Imagem: Wat cartoon | Shutterstock
Adora o SENHOR, teu Deus, e a sua bênção estará sobre
a tua comida e água. Tirarei as doenças de entre vós. (Êxodo 23:25)
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