O consumo de determinados alimentos pode melhorar o humor e diminuir os impactos dessa reação no corpo
O estresse é uma resposta natural do corpo a situações
desafiadoras, que podem ser físicas, emocionais ou psicológicas. Ele acontece
quando o organismo percebe uma ameaça ou pressão e ativa mecanismos de defesa,
liberando hormônios como o cortisol e a adrenalina.
Esses hormônios aumentam a frequência cardíaca, elevam
os níveis de energia e preparam o corpo para reagir à situação. No entanto,
quando o estresse é constante ou prolongado, pode trazer prejuízos à saúde,
como problemas cardiovasculares, digestivos e no sistema imunológico.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da
International Stress Management Association (ISMA) revelam que o estresse afeta
90% da população mundial. O Brasil, por sua vez, ocupa a segunda posição entre
os países com maiores níveis, com mais de 70% da população apresentando
sintomas, segundo a Associação Brasileira de Gerenciamento de Estresse Brasil.
Influência da alimentação
A alimentação desempenha um papel importante na
regulação do estresse. Isso porque alguns alimentos podem ajudar a melhorar o
humor e reduzir a resposta ao estresse, enquanto outros podem aumentar os
níveis de inflamação e piorar os sintomas.
Segundo Jéssica Felipe, professora de Nutrição da
Faculdade Anhanguera, o estresse aumenta a fome e reduz o gasto energético em
repouso, favorecendo o ganho de peso. Além disso, ele está relacionado com
aumento da resistência à insulina e à redistribuição da gordura visceral,
causando maior deposição na região abdominal e aumentando o risco de doenças
cardiovasculares – além de estar intimamente ligada ao desenvolvimento de
depressão.
Alimentos que agravam o estresse
É bastante comum nesta condição a maior inclinação
para o consumo de alimentos ricos em açúcar, gordura e cafeína como efeito
compensatório, o que pode agravar os sintomas. “Esses alimentos causam picos de
energia seguidos por quedas bruscas, aumentando a irritabilidade e a ansiedade,
o que retroalimenta a compulsão por alimentos ricos em açúcar e gordura”,
explica.
Dessa maneira, conforme a profissional, elevam-se os
níveis de cortisol, o hormônio do estresse, perpetuando o ciclo. “Já uma dieta
equilibrada, rica em nutrientes, ajuda a regular o humor e a fortalecer o
organismo contra os efeitos do estresse”, afirma.
Alimentos para reduzir o estresse
Jéssica Felipe explica que o consumo diário de
alimentos ricos em vitamina C (como mamão, goiaba, acerola e laranja), magnésio
(presente em vegetais verde-escuros, cereais integrais, feijões e nozes), e ômega
3 (presente nos peixes gordurosos como atum e salmão), ajudam a reduzir os
níveis de cortisol.
Além disso, carboidratos complexos e alimentos ricos
em triptofano (como banana, kiwi, sementes de girassol e de abóbora e aveia),
aumentam a produção de serotonina, promovendo a melhora do humor e do
bem-estar.
Chocolates amargos (acima de 70% cacau), gengibre e
cúrcuma também são recomendados, pois ajudam a combater a inflamação no corpo,
além de ter efeitos neuroprotetores. O uso de chás, como passiflora incarnata,
mulungu e maracujá, ajudam na promoção do relaxamento.
Mantenha a hidratação adequada
A professora aponta que, além da alimentação, a
hidratação adequada também é fundamental para o controle do estresse. “A
desidratação, mesmo em níveis leves, pode afetar negativamente o humor, a
concentração e aumentar os níveis de cortisol. Incluir uma quantidade adequada
de água ao longo do dia, que seria de aproximadamente 35 ml para cada quilo de
peso, além de bebidas como chás de ervas e água de coco, pode ajudar a manter o
corpo e a mente equilibrados, contribuindo para a redução do estresse”,
finaliza.
Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2024-09-23/veja-como-a-alimentacao-pode-ajudar-a-reduzir-o-estresse.html
- Por Bianca Lodi Rieg - Imagem: GBJSTOCK | Shutterstock
Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida.
Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não
morrerá eternamente. Você crê nisso?"
João 11:25-26
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