Pequenas atitudes do dia a dia são capazes de
oferecer mais qualidade de vida
Ficar mais saudável parece não ser uma tarefa fácil,
principalmente para pessoas que sempre conviveram com maus hábitos. Mas, com
pequenas mudanças no dia a dia, é possível ganhar mais vitalidade e saúde.
Atitudes como evitar ficar sentado por muito tempo,
deixar de dormir na sala com a televisão ligada e beber água mais vezes ao
longo do dia não sao difíceis de colocar em prática com uma dose de boa
vontade. E isso vale para qualquer idade, dos 20 aos 80 anos. Qualidade de vida
não tem data de validade e sempre é tempo de melhorar.
Para ajudar, especialistas selecionaram oito
mudanças importantes na rotina para viver de maneira mais saudável e ainda
aumentar sua expectativa de vida. Confira:
Ficar na frente da televisão
Quem não chega em casa e vai logo ligar a TV? Ficar
sentado no sofá e na frente da tela da televisão é um dos principais sinais de
sedentarismo. Esse quadro aumenta as chances de obesidade, hipertensão,
derrame, problemas vasculares, colesterol alto e outras doenças que podem levar
à morte.
Sugestão: pular na cama elástica por meia hora
Para sair do lugar e combater o sedentarismo, não é
preciso tempo e nem sair de casa. Alguns acessórios que ocupam pouco espaço
podem trazes grandes benefícios ao seu corpo. Segundo o professor da Academia
BioRitmo Marcelo Jaime, apenas 10 minutos de exercício na cama elástica já
podem queimar muitas calorias e ainda trazer benefícios para os sistemas
circulatório e respiratório.
Comer doces
Um estudo publicado no Journal of American Medical
Association sugere que a ingestão de açúcar pode afetar as taxas de lipídios,
ou seja, gorduras no sangue. Os pesquisadores descobriram que pessoas que
consumiam mais açúcar tinham maior propensão de ter uma doença cardiovascular e
outras doenças cardíacas e, por isso, tinham menor expectativa de vida do que
as pessoas que controlavam o consumo de açúcar.
Sugestão: comer frutas entre as refeições
Na hora que a fome bater entre uma refeição e outra,
uma boa maneira de driblar a gula é comer frutas. "Frutas são mais
nutritivas e menos calóricas do que qualquer doce servido entre as
refeições", diz a nutricionista Amanda Epifânio. Um estudo realizado pelo
Salk Institute for Biological Studies, na Califórnia, constatou que a fisetina,
flavonoide presente nas frutas vermelhas, em especial no morango, estimula a
área do cérebro responsável pela memória de longo prazo e o protege de doenças
degenerativas, como o Mal de Alzheimer e a esclerose múltipla.
Além disso, um estudo publicado pela American
Journal of Clinical Nutrition comprova que existem compostos bioativos nas
frutas vermelhas capazes de oferecer proteção contra hipertensão
Beber apenas durante as refeições
Na hora da refeição, é comum o hábito de ingerir
líquidos. Mas beber água apenas na hora de comer não é o suficiente para manter
o corpo hidratado. "A água tem um papel regulador de muitas funções de
nosso organismo. A quantidade de água que consumimos tem um papel fundamental
desde o controle da temperatura até o bom funcionamento do sistema
circulatório", explica o fisiologista Raul Santo de Oliveira, da Unifesp.
Para saber a quantidade certa de água para consumir,
basta multiplicar o seu peso corporal por 0,03. Assim, uma pessoa com 70
quilos, por exemplo, deve tomar aproximadamente 2,1 litros de líquido por dia.
"É importante lembrar que esse cálculo é feito de maneira geral, mas a
necessidade de água varia de pessoa para pessoa. Uma atleta de alto rendimento,
por exemplo, pode perder um litro de água por hora e, por isso, precisa de uma
maior ingestão", diz o fisiologista.
Sugestão: sempre ter uma garrafa de água por perto
Manter o corpo hidratado constantemente ajuda a
controlar a pressão sanguínea, previne cãibras, limpa o organismo e melhora o
funcionamento do intestino e a absorção de vitaminas. Além disso, segundo um
estudo feito pela Loma Linda University, nos Estados Unidos, pessoas que bebem
mais de cinco copos de água diariamente - o que equivale, em média, a dois
litros - têm menos chances de sofrer ataques cardíacos ou outras doenças do
coração do que aquelas que bebem menos do que isso. "Com o sangue mais diluído,
ele flui com mais facilidade pelos vasos sanguíneos, diminuindo as chances de
infartos e derrames", explica o fisiologista.
Consumo exagerado de sal
Na hora da refeição, muita gente coloca sal na
comida antes mesmo de experimentá-la. Esse hábito é muito perigoso e pode
diminuir a expectativa de vida, já que o excesso de sódio na circulação é capaz
de provocar a retenção de líquidos, o que aumenta a sensação de sede. "Com
isso, mais água passa a ser ingerida com o objetivo de diluir o sódio e maior será
o volume de liquido na corrente sanguínea, o que pode levar ao aumento da
pressão arterial e à sobrecarga do coração", diz o endocrinologista
Fillipo Pedrinola, especialista do Minha Vida.
No Brasil, o Ministério da Saúde definiu como
quantidade recomentada de consumo de sal seis miligramas por dia. Mas, segundo
dados do próprio ministério, o consumo médio do brasileiro é de 12 miligramas.
"Para facilitar a medição, a Sociedade Brasileira de Hipertensão mostrou
que seis miligramas equivalem a duas colheres rasas de café", diz o
endocrinologista.
Sugestão: usar outros temperos na comida
Diminuir a quantidade de sal na comida pode ser uma
tarefa complicada, já que, sem ele, a comida pode parecer sem sabor. Para
evitar esse problema, o uso de algumas ervas e temperos é indicado. "Os
aromas e sabores das especiarias e temperos podem tornar os pratos saudáveis.
Ervas aromáticas como alecrim, estragão, tomilho, hortelã, salsa, erva-doce, ou
sálvia assim como temperos do tipo pimenta, curry, noz-moscada, canela, açafrão
e cravo podem fazer uma grande diferença na preparação de pratos", explica
Fillipo Pedrinola. Além deles, o uso de alho, limão e vinagre em maior
quantidade ajudam a dar mais gosto à comida, sem trazer malefícios ao
organismo.
Dormir na sala com a televisão ligada
Além de interromper a ação da melatonina -
neuro-hormônio responsável por regular o sono - devido à claridade, a televisão
também atrapalha por fazer barulho de forma não contínua. "O nosso sono é
dividido em fases: o sono superficial e o sono profundo. É apenas na segunda
fase que o corpo consegue recuperar as energias. Quando há uma alternância
entre sons altos e baixos, o organismo fica em estado de alerta e não
conseguimos passar para a fase profunda do sono", diz o especialista em
sono, Daniel Inoue, diretor do Instituto do Sono do Hospital Santa Cruz.
Outro ponto negativo da televisão é que, quando uma
pessoa está com insônia, ela vai logo ver um programa na TV. "Isso só nos
deixa com menos sono ainda", explica o especialista.
Sugestão: dormir em um ambiente silencioso
Uma boa qualidade do sono é fundamental para
recuperar as energias gastas durante o dia. Um estudo da American Academy of
Sleep comprovou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. Outra
pesquisa da Associated Professional Sleep Societies afirma que quem sofre de
insônia crônica corre três vezes mais risco de morrer em comparação a pessoas
que não sofrem com o problema.
Dormir em ambiente adequado é essencial para uma boa
qualidade de sono. "Dormir por volta de sete horas em um colchão adequado
e em um quarto silencioso é o suficiente para a maioria das pessoas recuperarem
as energias", diz Daniel Inoue.
Ficar estressado no trânsito
O dia a dia em cidades grandes pode ser muito
estressante, principalmente pelo tumultuado tráfego de veículos. Mesmo que
ainda não seja considerado uma doença, o estresse aumenta as chances do
aparecimento de várias complicações. Ele também é fator de risco para os
problemas do coração, segundo uma pesquisa feita em Campinas e São Paulo pela
Secretaria do Estado da Saúde. Entre as mais de 100 mil pessoas analisadas,
46,8% sofriam algum tipo de estresse e tiveram seus níveis de problemas
cardiovasculares aumentados.
Sugestão: aproveitar o som do carro para ouvir
música
Um estudo realizado pela Universidade de Maryland
(EUA), com 10 participantes que não tinham nenhuma doença aparente, constatou
que, quando eles ouviam por 30 minutos as suas músicas preferidas, ocorria um
aumento de 26% no diâmetro dos vasos sanguíneos. Esse gesto se equipara à
reação de gargalhar, fazer atividades físicas ou tomar medicações para o
sangue. Isso mostrou que ouvir a sua música preferida pode ser um ótimo hábito
que ajuda na prevenção de doenças, pois, dessa forma, o sangue flui mais
facilmente, reduzindo as chances de formação de coágulos que causam infartos e
derrames, além de reduzir os riscos do endurecimento dos vasos, característicos
da aterosclerose.
Ficar muito tempo sentado
A Sociedade Americana de Câncer descobriu que não é
apenas a falta de atividade física que pode encurtar a vida, mas também a
grande quantidade de tempo gasto sentado. Tudo porque, quando ficamos
frequentemente sentados e por muito tempo, o nosso metabolismo se altera e
influencia em fatores como colesterol alto e repouso da pressão arterial, que
são indicadores de obesidade, problemas cardiovasculares e outras doenças
crônicas. Por isso, nada de ver a vida passar sentado em uma cadeira.
Sugestão: levantar da cadeira a cada meia hora
"Para quem precisa trabalhar sentado,
exercícios simples de alongamento vão trazer maior oxigenação e ajudar no
reposicionamento do corpo para alcançar o equilíbrio postural", ensina o
fisiologista Raul Santo de Oliveira. Para lembrar-se de fazer o alongamento,
coloque um despertador no celular ou um aviso no email para lembrar você de
levantar um pouco da cadeira. Isso evita que o metabolismo sofra alterações que
causam aumento do colesterol ruim e da pressão arterial.
Trabalhar demais
Para muitos, o trabalho é o principal causador de
estresse no dia a dia. Segundo a psicoterapeuta Juliana Cardoso Holcman, o
ambiente de trabalho causa tanto estresse psicológico - por exigir
responsabilidades e cumprimento de metas - como estresse físico, por causa do
ruído, da falta de privacidade, iluminação deficiente ou má ventilação. Pessoas
que convivem tempo demais com estresse têm mais chances de apresentar problemas
cardíacos e psicológicos. Por isso, é importante saber dividir bem o tempo
entre trabalho e outras atividades mais relaxantes.
Sugestão: aproveitar o tempo com família e amigos
Pesquisas feitas pela Universidade de Chicago (EUA)
mostraram que pessoas que não têm relações estreitas de amizade estão mais
vulneráveis a sofrer insônia, doenças cardiovasculares e estresse.
Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/13635-oito-mudancas-simples-para-ficar-mais-saudavel
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