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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Apenas sete questões podem dizer o quanto você é sábio



Medidas de sabedoria

 

Pesquisadores da Universidade da Califórnia de San Diego desenvolveram uma escala abreviada de sete itens que determina com alta precisão o nível de sabedoria de uma pessoa.

 

A sabedoria é um traço de personalidade potencialmente modificável que demonstrou ter uma forte associação com o bem-estar.

 

A mesma equipe já havia desenvolvido uma escala de 28 itens - eles a chamam de SD-WISE-28 (San Diego Wisdom Scale) - que tem sido usada em grandes estudos nacionais e internacionais, pesquisas biológicas e ensaios clínicos para avaliar a sabedoria.

 

Mas eles agora descobriram que uma versão reduzida, com apenas sete questões, dá praticamente os mesmos resultados e é confiável - a equipe batizou o teste de SD-WISE-7 ou Índice de Sabedoria de Jeste-Thomas.

 

"As medidas de sabedoria estão cada vez mais sendo usadas para estudar fatores que afetam a saúde mental e o envelhecimento. Queríamos testar se uma lista de apenas sete itens poderia fornecer informações valiosas para testar a sabedoria," disse o professor Dilip Jeste.

 

Questionário para medir sabedoria

 

Estudos anteriores mostraram que a sabedoria é composta por sete componentes: Autorreflexão, comportamentos pró-sociais (como empatia, compaixão e altruísmo), regulação emocional, aceitação de perspectivas diversas, determinação, aconselhamento social (como dar conselhos racionais e úteis a outros) e espiritualidade.

 

Para validar seu novo questionário, a equipe entrevistou 2.093 voluntários, com idades entre 20 e 82 anos, por meio de uma plataforma online.

 

As sete afirmações foram extraídas do teste mais amplo (SD-WISE-28) por estarem relacionadas aos sete componentes da sabedoria, e foram avaliadas em uma escala de 1 a 5, de "discordo totalmente" a "concordo totalmente". São elas:

 

Eu permaneço calmo sob pressão.

Eu evito a autorreflexão.

Eu gosto de ser exposto a pontos de vista diversos.

Eu tendo a adiar a tomada de decisões o mais que posso.

Eu frequentemente não sei o que dizer às pessoas quando elas me pedem conselhos.

Minha crença espiritual me dá força interior.

Eu evito situações que sei que minha ajuda será necessária.

Os resultados foram praticamente os mesmos entre o teste de 28 questões e o teste de 7 questões.

 

"Mais curto não significa menos válido," disse Jeste. "Selecionamos o tipo certo de perguntas para obter informações importantes que não apenas contribuem para o avanço da ciência, mas também dão suporte aos nossos dados anteriores de que a sabedoria se correlaciona com saúde e longevidade."

 

Sabedoria contra a solidão


 

Outro dado importante que este novo experimento mostrou é que o SD-WISE-7 se correlaciona forte e positivamente com resiliência, felicidade e bem-estar mental, e se correlaciona forte e negativamente com solidão, depressão e ansiedade.

 

"Existem intervenções baseadas em evidências para aumentar os níveis de componentes específicos da sabedoria, o que ajudaria a reduzir a solidão e promover o bem-estar geral," disse Jeste. "Do mesmo modo que a vacina da covid-19 nos protege do novo coronavírus, a sabedoria pode ajudar a nos proteger da solidão. Assim, podemos potencialmente ajudar a acabar com uma pandemia comportamental de solidão, suicídios e abuso de opioides que vem ocorrendo nos últimos 20 anos."

 

A equipe pretende continuar suas pesquisas sobre a sabedoria, incluindo a seguir estudos genéticos, biológicos, psicossociais e culturais de um grande número de populações diversas, para avaliar tanto a sabedoria, como vários fatores relacionados à saúde mental, física e cognitiva das pessoas ao longo da vida.

 

"Precisamos de sabedoria para sobreviver e prosperar na vida. Agora, temos uma lista de perguntas que levam alguns minutos para serem respondidas e que podem ser colocadas em prática clínica para tentar ajudar os indivíduos," concluiu Jeste.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Abbreviated San Diego Wisdom Scale (SD-WISE-7) and Jeste-Thomas Wisdom Index (JTWI)

Autores: Michael L. Thomas, Michael L. Thomas, Barton W. Palmer, Barton W. Palmer, Ellen E. Lee, Jinyuan Liu, Rebecca Daly, Xin M. Tu, Dilip V. Jeste

Publicação: International Psychogeriatrics

DOI: 10.1017/S1041610221002684

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=sete-questoes-dizer-quanto-voce-sabio&id=15078&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Michael L. Thomas Open the et al. - 10.1017/S1041610221002684 - Imagem: Gerd Altmann/Pixabay


Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.

1 Coríntios 15:57


sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Tchau IMC: cientistas desenvolveram uma maneira mais simples e precisa de medir sua gordura corporal


O índice de massa corporal, ou IMC, é atualmente o método mais utilizado para avaliar se alguém está acima ou abaixo do peso.

No entanto, os cientistas há muito sabem que essa ferramenta é problemática. Ela não é perfeita – não leva em conta as diferenças de gênero, nem sempre reflete com exatidão a massa muscular, e os resultados podem ser distorcidos para crianças e idosos.

O IMC é uma boa medida para um peso saudável?
Agora, um novo estudo do Cedars-Sinai Medical Center (Califórnia, EUA) propõe uma alternativa que os pesquisadores dizem ser mais precisa: o índice de massa gorda relativa, ou IMR.

Como funciona
O IMR pode ser determinado apenas com uma fita métrica. Não é necessário balança para calculá-lo.
Isso porque é a circunferência em torno de sua cintura em relação à sua altura que conta, ao invés de seu peso. Os pesquisadores dizem que esse dado dá uma ideia melhor se a gordura corporal de alguém está em um nível saudável ou não.

Tamanho da cintura prediz melhor risco de doenças cardíacas do que IMC
“Queríamos identificar um método mais confiável, simples e barato para avaliar a porcentagem de gordura corporal sem usar equipamentos sofisticados”, explicou um dos membros do estudo, Orison Woolcott. “Nossos resultados confirmaram o valor da nossa nova fórmula em um grande número de indivíduos. A massa gorda relativa é uma medida melhor da gordura corporal do que muitos índices usados atualmente na medicina e na ciência, incluindo o IMC”.

Como calcular seu IMR
Para obter seu IMR, você mede sua altura e a circunferência da sua cintura e, em seguida, insere os números nesta fórmula:

HOMENS: 64 – (20 x altura / circunferência da cintura) = IMR
MULHERES: 76 – (20 x altura / circunferência da cintura) = IMR

Os cálculos do IMR se mostraram mais precisos do que mais de 300 outras fórmulas que os pesquisadores tentaram.
Com base em dados de 3.456 pacientes adultos nos EUA, as medições de IMR foram as que mais se aproximaram das medições tomadas por uma tecnologia conhecida como “densitometria por DEXA do corpo inteiro”, amplamente considerada o padrão de ouro para medir tecido corporal, ossos, músculos e gordura.
Em outras palavras, o IMR se mostrou um medidor de gordura corporal quase tão bom quanto um equipamento médico especializado – e tudo o que é necessário é uma fita métrica.

IMC: os problemas
Para calcular o seu IMC, você divide seu peso em quilogramas pela sua altura em metros, depois divide a resposta pela sua altura novamente. Este valor pode então ser comparado com um gráfico de pesos saudáveis para cada altura. Um IMC normal está entre 18,5 e 25.
Embora tenha sido útil para rastrear problemas como obesidade ao longo do tempo e entre populações, os pesquisadores há muito procuram uma fórmula mais precisa que ajude qualquer pessoa que esteja lutando com problemas de peso e problemas de saúde associados (como diabetes e pressão alta) a acompanhar melhor seus níveis de gordura corporal.
Vale notar, contudo, que mais pesquisas em um número maior e em uma variedade maior de pessoas são necessárias para garantir que o IMR seja tão preciso quanto seus criadores acham que é. Se for o caso, talvez seja hora de dizer adeus ao IMC.
“Ainda precisamos testar o IMR em estudos longitudinais com grandes populações para identificar quais faixas de percentual de gordura corporal são consideradas normais ou anormais em relação a sérios problemas de saúde relacionados à obesidade”, resume Woolcott.

A pesquisa foi publicada na revista científica Scientific Reports. [ScienceAlert]