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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Febre amarela: Conheça os sintomas e precauções

Estado de atenção
A febre amarela continua se disseminando, e agora as áreas rurais de quase todo o país são consideradas áreas sujeitas à doença, conforme nota emitida nesta semana pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

Enquanto o Ministério da Saúde luta para que o surto da doença não se transforme em epidemia, é bom ficar atento e, se for o caso, tomar providências para se precaver.

Entenda mais sobre a doença e saiba como se proteger.

O que é a febre amarela?
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus, que pode levar o indivíduo infectado à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. De acordo com Ministério da Saúde, a doença é transmitida por mosquitos e comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.

Quais são os sintomas da febre amarela?
Os sintomas iniciais incluem febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, insuficiência de órgãos. Entre 20% e 50% das pessoas que desenvolvem a doença grave podem morrer.
A febre amarela pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.

Como se manifesta a febre amarela?
O período em que o vírus irá se manifestar no homem varia de três a seis dias após a picada do mosquito infectado, podendo se estender para até 15 dias.
A maioria das pessoas apresenta melhora após os sintomas iniciais, mas cerca de 15% dos infectados desenvolvem uma forma mais grave da doença. Nesse caso, a pessoa infectada pode servir como fonte de infecção para outros mosquitos transmissores durante no máximo 7 dias (de um a dois dias antes do aparecimento dos sintomas até três a cinco dias após).
Nos casos em que a doença não é fatal, a pessoa que contraiu a doença fica com imunidade duradoura, ou seja: só é possível ter febre amarela uma vez na vida.

O que você deve fazer se apresentar os sintomas?
Depois de identificar alguns dos sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas ou caso tenha observado mortandade de macacos próximo aos lugares que visitou. Informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.

Como a febre amarela é tratada?
Não há nenhum tratamento específico contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como as dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos. Remédios que contenham ácido acetilsalicílico (AAS e Aspirina) devem ser evitados, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico.

Como a doença é transmitida?
O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados. Embora não haja transmissão direta de uma pessoa infectada para outra, se um pernilongo picar uma pessoa infectada e, a seguir, picar outras pessoas, ele transmitirá o vírus.
A doença possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. Nos dois casos, o vírus transmitido é o mesmo, assim como os sintomas da doença. O que difere um ciclo do outro é o mosquito transmissor.
No ciclo silvestre da febre amarela, os macacos são os principais hospedeiros do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os principais na América Latina. Quando o mosquito pica um macaco doente, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e também ao homem. Nesse ciclo, o homem é um hospedeiro acidental quando entra em áreas de mata.
No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre pelo mosquito Aedes aegypti, comum nas cidades e que também transmite os vírus causadores da dengue, zika e chikungunya.

O que está acontecendo no Brasil é um surto ou uma epidemia?
Um surto, pois, de acordo com o Ministério da Saúde, o aumento do número de casos da doença acima do normal ocorre em regiões específicas, sem espalhamento. Já a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões.
Por que este surto de febre amarela é chamado de selvagem?
Porque os casos registrados ocorrem em regiões rurais ou de mata, transmitidos pelos mosquitos Haemagogus ou Sabethes. Por enquanto, não foi detectada a transmissão da doença pelo Aedes aegypti.

Como é feita a prevenção contra a febre amarela?
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes aegypti, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação.
Qualquer recipiente como caixas d'água, latas e pneus contendo água limpa são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos, de onde nascerão larvas que, após desenvolverem-se na água, se tornarão novos mosquitos. Portanto, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados.

Como posso me proteger contra a febre amarela?
A única forma de evitar a doença é através da vacinação. No Brasil, o imunizante é desenvolvido pelo laboratório Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desde 1937.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como medida adicional de proteção, o Brasil adota esquema de duas doses da vacina: uma aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos.
Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo.

Quem deve ser vacinado?
Além das doses na primeira infância, o Ministério da Saúde está recomendando a vacinação imediata para todas as pessoas que vivem em áreas rurais nas regiões com risco da doença ou nas imediações, e nas cidades que vivem surto de febre amarela.
Quem nunca recebeu imunização contra a doença também deve procurar um posto de saúde.

Quem não pode receber a vacina?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda a vacina para pessoas com doenças que baixam a imunidade - como lúpus, câncer e HIV -, nem para quem tem mais de 60 anos, grávidas e alérgicos a gelatina e ovo.


Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=febre-amarela-conheca-sintomas-precaucoes&id=11883&nl=nlds - Com informações da Fiocruz e Agência Brasil - Foto Reprodução

terça-feira, 10 de junho de 2014

6 atitudes para manter o coração saudável

Pressão e colesterol altos deixaram de ser um problema só de homens. As mulheres também precisam mantê-los sob controle. Entenda por que e proteja-se.

Fique alerta: cada vez mais os males cardíacos atingem mulheres de diversas idades. Não é à toa que, de acordo com o Ministério da Saúde, o infarto hoje é a principal causa de morte entre brasileiras acima dos 50 anos.
A população feminina precisa se conscientizar de que também está em risco, diz o médico cardiologista Otávio Gebara, diretor de cardiologia do Hospital Santa Paula e um dos autores do livro Coração de Mulher, da Editora Abril. E ninguém deve esperar a menopausa chegar para tomar providências. Quanto antes a mulher começa a medir e a controlar o colesterol e a pressão (dois fatores que ameaçam o coração), maiores as chances de evitar problemas no futuro quando o estrogênio, hormônio que protege a saúde cardiovascular, começa a cair naturalmente. Veja a seguir os cuidados que devemos tomar durante a vida toda.
 
Conheça seu histórico familiar e perceba sua rotina
· As doenças cardiovasculares estão ligadas a fatores hereditários. Se alguém da sua família teve infarto, insuficiência cardíaca, angina, AVC (acidente vascular cerebral) ou já fez alguma cirurgia cardíaca, procure um médico para avaliar sua saúde. Mas nada de bobear só porque na sua família não existe histórico. Fatores não hereditários (os que estão ligados a nossos hábitos de vida) pesam bem mais que a genética quando o assunto é saúde cardiovascular.
·  Faça uma lista do que você faz ou deixa de fazer. Você come bem? Pratica atividades físicas regularmente? Cuida das emoções? Fuma ou convive muito com fumantes? Sabe qual é sua pressão arterial normal? Na próxima consulta leve estes dados para seu médico ver.

Vá ao médico
Fazer aquele monte de exames que o médico pede todos os anos é fundamental, sim. Esse controle anual é a melhor maneira de verificar as taxas de colesterol, de glicemia (o excesso de açúcar pode levar ao diabetes, doença perigosa para o coração!) e de triglicérides, entre outras.
A partir dos 50 anos, os exames devem ser mais rigorosos. Dependendo do caso, o médico pede com uma frequência maior. A chegada da menopausa ameaça a saúde do coração feminino porque o hormônio estrogênio, que diminui muito nessa fase da vida, é um protetor natural. Ele ajuda a tirar o colesterol ruim de circulação.
 
Mude seu hábitos
· Fique de olho no seu prato: Aumente a quantidade de verduras, legumes e frutas, diminua as frituras, as comidas industrializadas e muito gordurosas e segure o sal. O brasileiro ingere três vezes mais sódio por dia do que deveria. Esse controle está literalmente nas suas mãos.
· Afaste-se do cigarro. Se você ainda fuma, faça um esforço para parar, pois o cigarro não faz nenhum bem à saúde. Se convive com pessoas que fumam, evite ao máximo ficar perto da fumaça.
· Ninguém precisa virar atleta para estar em dia com as atividades físicas. Se você conseguir fazer exercícios por 30 minutos, três vezes por semana, seu coração já estará bem mais protegido. Tente!
 
Conheça o perigo
O alerta de que o coração não vai bem é diferente nas mulheres e nos homens. Sinal de infarto nos homens é aquela dor forte no peito que irradia para os braços. Na mulher isso não ocorre. Os sintomas são dor nas costas, náusea, muito suor e palidez. Isso pode confundir até os médicos e o socorro chegar tarde demais! Se você notar inchaços pelo corpo, falta de ar e dor no peito, pode ser sinal de insuficiência cardíaca ou angina. Corra logo para o pronto-socorro.
 
Controle o colesterol
O colesterol é uma substância que existe naturalmente em nosso organismo e no de outros animais. Ele é importante para produzir hormônios e vitaminas, por exemplo. Existe o bom (HDL) e o ruim (LDL). O segundo, quando em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias e dificultar a passagem do sangue, causando sobrecarga e problemas no coração. O problema é que a gente não percebe quando isso está acontecendo, pois não há sintomas. Você pode estar à beira de um infarto ou AVC sem nem suspeitar que tem um problema. Por isso é preciso controlar os níveis de colesterol no sangue fazendo exames todos os anos e mantendo uma alimentação saudável, sem exageros nos ovos, frituras e carnes gordurosas. Além disso, atividades físicas ajudam a manter os níveis de colesterol no lugar certo.
 
Monitore a pressão
A hipertensão não provoca sintomas, então toda atenção vale a pena para controlar essa bandida. Entre as mulheres, veja só, ela provoca mais males do que entre os homens, como mostrou uma pesquisa recente feita nos Estados Unidos. Além de medir a pressão de vez em quando, maneire no sal e nos alimentos industrializados, quase sempre ricos em sódio. Tente evitar o estresse e aprenda a relaxar. Que tal fazer um alongamento em casa toda noite, respirando profundamente? Alguns alimentos têm ação comprovada pela ciência como auxiliares no controle da pressão. A beterraba é um deles, principalmente se for tomada como suco. Um copo de 250 ml, feito com duas beterrabas, pode ajudar bastante, mas de maneira nenhuma substitui a medicação receitada pelo médico nem as outras medidas preventivas citadas aqui.