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terça-feira, 21 de maio de 2019

Vício em cigarro pode prejudicar a visão


Estudo revela que fumar um maço por dia diminui a capacidade de distinguir cores e contrastes dos objetos

Foi encontrado mais um possível malefício do tabagismo. Um estudo da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, e da Universidade Federal da Paraíba revela que quem fuma pelo menos 20 cigarros por dia teria sua visão prejudicada.

Segundo os pesquisadores brasileiros e americanos, trabalhos anteriores já haviam abordado o tema, mas nenhum foi conclusivo. Por isso, eles se uniram para começar a desfazer esse nó.

Os cientistas selecionaram 71 indivíduos saudáveis que fumaram, no máximo, 15 cigarros em toda a vida. Eles foram comparados a 63 pessoas que fumavam, no mínimo, 20 cigarros diariamente. As idades dos voluntários variavam entre 25 e 45 anos e todos tinham visão normal ou corrigida com óculos e afins. Ou seja: problemas como miopia, astigmatismo e cegueira não interferiram na análise.

Os testes foram feitos em laboratório a partir de um monitor de 19 polegadas que exibia diferentes estímulos visuais. Os participantes deveriam olhar as imagens através de um binóculo posicionado a 150 centímetros da tela, enquanto os pesquisadores monitoravam os dois olhos simultaneamente.

Através de um software ligado a essa aparelhagem, os experts checaram como cada sujeito discriminava as cores e os níveis de contraste — aquelas diferenças sutis no sombreamento.

Os resultados indicam mudanças significativas na percepção das cores vermelho, verde, azul e amarelo dos tabagistas. Além disso, constatou-se que a capacidade de eles discernirem contrastes é menor.

Os estudiosos não determinaram a causa dessas alterações, mas acreditam que ela esteja ligada ao fato de o tabagismo prejudicar o sistema vascular do corpo inteiro. Portanto, ele danificaria os vasos sanguíneos que irrigam a retina.

De acordo com um dos autores do experimento, o psicólogo Steven Silverstein, a fumaça do cigarro também tem sido associada a pequenas lesões cerebrais que afetam regiões como o lobo frontal. “Essa é uma área que desempenha um papel […] no processamento da visão”, afirma o especialista, em comunicado à imprensa.

Esse fato, claro, ainda precisa ser melhor estudado. Mas ele pode servir como um motivador extra para abandonar as tragadas.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/vicio-em-cigarro-pode-prejudicar-a-visao/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: GI/Getty Images

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Adolescentes que fumam e bebem já podem ter problemas nas artérias


Não é preciso enfiar o pé na jaca ao longo da vida inteira para ter problemas graves. Estudo revela que álcool e tabagismo podem afetar o sistema cardiovascular já a partir dos 13 anos de idade

Não há dose segura de álcool – nem idade em que a bebida não seja prejudicial. E o mesmo vale para o cigarro. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade College London, na Inglaterra, publicada no periódico European Heart Journal.

Ao analisar 1.266 adolescentes, os cientistas perceberam que as artérias de jovens que têm o hábito de fumar e beber já apresentam sinais de enrijecimento, algo que só costuma acontecer a partir dos 40 anos. A longo prazo, artérias mais duras – condição conhecida como aterosclerose – prejudicam a circulação sanguínea e aumentam o risco de infarto e derrame, por exemplo.

O trabalho foi feito com meninos e meninas de 13, 15 e 17 anos de idade, que passaram por exames para avaliar como estava o funcionamento de suas artérias e também responderam a questionários sobre quantos cigarros já haviam fumado na vida e a frequência com que consumiam álcool.

Os participantes foram divididos em grupos, de acordo com o modo como usavam as duas drogas. Em relação ao fumo, aqueles que haviam tragado até 20 cigarros ao longo da vida ficaram na turma de baixa intensidade; quem já tinha consumido entre 20 e 99 cigarros foi classificado como moderado; e os que já haviam ultrapassado a marca de 100 cigarros foram considerados usuários de alta intensidade. Esses últimos apresentaram um risco 3,7% maior de enrijecimento das artérias em relação à turma que fumou pouco.

Quanto ao álcool, os voluntários foram agrupados de acordo com a quantidade de bebida que ingeriam nos dias em que saíam com os amigos. Entornar mais de 10 drinques foi considerado um consumo intenso; entre três e nove, moderado; e menos de dois, baixo. A galera que pegava mais pesado na bebida tinha uma probabilidade 4,7% maior de desenvolver o problema cardiovascular. Mais: entre aqueles que abusavam do álcool e do cigarro, esse risco subia para 10,8%.

A boa notícia é que o quadro pode ser reversível. “Vimos que, se os adolescentes param de fumar e beber, suas artérias tendem a voltar ao normal”, relata John Deanfield, líder da investigação, em nota divulgada à imprensa.

Os autores alertam ainda que a idade em que os jovens começam a consumir cigarro e álcool não importa – os efeitos são os mesmos aos 13 ou aos 17 anos. Para Marietta Charakida, que também conduziu a pesquisa, os governantes têm um papel fundamental em cuidar da saúde dessas pessoas. “Precisamos implementar estratégias educacionais eficientes, já na infância, para desestimular os adolescentes a fumar e beber”, opina.

No Brasil
Por aqui, 1,8 milhão de adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos assumem que já fumaram pelo menos um cigarro, o que representa 18,5% das pessoas dessa faixa etária. O dado, divulgado no início de 2018, é do Erica – Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, conduzido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras instituições estrangeiras. Apesar de esse número ser alto, ele mostra que o hábito está caindo entre os jovens – em 2009, 24% assumiam já terem tragado ao menos uma vez, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao álcool, a tendência é inversa: 1,5 milhão de adolescentes de 13 ou 14 anos confessam já ter experimentado alguma bebida, de acordo a pesquisa do IBGE. Esse montante representa 55% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental – índice 5% maior do que a mesma pesquisa havia apontado em 2012.


sexta-feira, 31 de maio de 2013

31 de Maio: Dia mundial sem tabaco

Cessação do Tabagismo

 O tabagismo é uma das principais causas de doença em todo o mundo, sendo estimadas mais de 400.000 mortes a cada ano devido a esse hábito, somente nos EUA. Além disso, a exposição passiva ao tabagismo parece ser responsável por aproximadamente 40.000 mortes por ano, devido a doenças cardíacas. O tabagismo é, também, uma das principais causas de doenças não-fatais, como a osteoporose, as rugas, a doença ulcerosa péptica, a impotência e complicações da gravidez.

A maioria dos tabagistas aceita o fato de que o tabagismo é perigoso, porém pensam que o risco atua como se fosse uma roleta: acreditam que cada cigarro que fumam é como se fizessem uma aposta. O “prêmio” seria um ataque cardíaco, câncer de pulmão ou outra doença. Se seu “número” for sorteado, você terá a doença; se seu número nunca aparecer, você pode evitar os efeitos maléficos do cigarro e viver toda a vida não sendo afetado pelo cigarro. No entanto, esse é um conceito errado. Todo cigarro que um indivíduo fuma afeta o organismo do mesmo. A verdade é que, quanto mais se fuma, maior será o malefício. Parar de fumar e se manter assim é difícil, porém não é impossível.

Riscos do Tabagismo

- Câncer de pulmão: o risco de câncer de pulmão aumenta aproximadamente 50% a 100% para cada cigarro fumado por dia.
- Doença cardíaca: o risco aumenta aproximadamente 100% para cada maço de cigarro consumido por dia.
- Cigarros de filtro: a troca para consumo de cigarro de filtro (ao invés de cigarro de palha) reduz o risco de câncer de pulmão em cerca de 20%, mas não reduz o risco de doença cardíaca.
- Os tabagistas passam 26% mais de tempo internados e mais de duas vezes em centros de terapia intensiva (CTI), quando comparados aos indivíduos que não fumam.
- Cada cigarro consumido relaciona-se a menos 5-20 minutos de vida.
- Os tabagistas apresentam um risco duas vezes maior de morrer antes dos 65 anos, em comparação aos não-tabagistas.
- Além do que já foi citado, o tabagismo se associa a aumento do risco de diversas outras doenças, como cânceres da região da cabeça e pescoço, câncer de bexiga e de pâncreas, osteoporose, doença ulcerosa, enfisema, entre outras.

Benefícios da Cessação do Tabagismo

A cessação do tabagismo apresenta efeitos importantes e imediatos na saúde de homens e mulheres de qualquer idade. Quando mais cedo a pessoa pára de fumar, maior o benefício. Sabemos que os indivíduos que param de fumar antes dos 50 anos de vida, reduzem seu risco de morte nos próximos 15 anos em 50%, em comparação àqueles que continuam fumando. Além disso, a cessação também beneficia os indivíduos expostos ao tabagismo passivo, que é responsável por algumas doenças também.

1. Doença Cardíaca
O tabagismo aumenta duas vezes o risco de doença coronariana (que causa infarto e angina), e a cessação leva a redução rápida desse risco. Um ano após ter parado de fumar, o risco de morte do indivíduo é reduzido em 50% e continua a reduzir ao longo do tempo.
2. Doença Pulmonar
O tabagismo aumenta o risco de doenças pulmonares a longo prazo, como a doença pulmonar obstrutiva crônica. Embora muito do dano pulmonar causado pelo tabagismo seja irreversível, a cessação do tabagismo pode reduzir dano pulmonar adicional, e muitos tabagistas que apresentam tosse crônica e expectoração relatam melhora desses sintomas nos primeiros 12 meses após a interrupção do hábito. A asma é mais comum entre as crianças expostas ao tabagismo, além do que nesses casos o tratamento é mais difícil.
3. Câncer
O tabagismo é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão. A cessação do tabagismo reduz o risco desse câncer nos primeiros cinco anos, embora os ex-tabagistas ainda apresentem um risco maior do que os indivíduos que nunca fumaram. A interrupção do tabagismo também reduz o risco de outros cânceres, como de cabeça e pescoço, esôfago, pâncreas e bexiga. O benefício existe mesmo após um desses cânceres tenha sido diagnosticado, já que reduz o risco de um segundo câncer e aumenta a chance de sobrevida ao primeiro câncer.
4. Doença Ulcerosa Péptica
O tabagismo se associa a aumento do risco de doença ulcerosa péptica. A cessação reduz o risco de desenvolvimento das úlceras e acelera a taxa de cicatrização, caso elas já tenham se desenvolvido.
5. Osteoporose
A cessação do tabagismo aumenta a perda óssea e aumenta o risco de fraturas, em mulheres. A interrupção começa a reverter esse risco após cerca de 10 anos. Aumento da perda óssea também foi notado em homens, porém ainda não se sabe o quanto o risco de fratura é aumentado, nesses pacientes.

Preparando-se Para Parar de Fumar

Após decidir parar de fumar, o primeiro passo é definir uma data. Esse será o dia de interromper completamente o tabagismo. Essa data, idealmente, deve ser em no máximo duas semanas, embora a escolha de datas especiais (como um aniversário, datas comemorativas) possa ser útil.
A redução gradual pode ser ocasionalmente bem sucedida, porém a interrupção abrupta se associa a maior êxito. Algumas pessoas modificam o consumo para um cigarro com menor teor de nicotina e tabaco, antes da cessação, porém isso faz com que a pessoa inale cada vez mais profundamente, não trazendo benefício.
Outras ações que ajudam na cessação são as seguintes:
Conte aos amigos, familiares e colegas de trabalho e solicite apoio;
Evite fumar em casa e no carro e outros locais onde você passe grande parte do seu tempo;
Relembre suas tentativas anteriores, tentando identificar o que deu certo e o que não deu;
Prepare-se para lidar com os sintomas de abstinência de nicotina, como ansiedade, frustração, depressão, vontade intensa de fumar. Algumas semanas após a interrupção, fica mais fácil lidar com os mesmos;
Prepare-se para manejar situações que levam você a fumar, como eventos estressantes e o consumo de álcool.
Converse com seu médico sobre seu desejo de parar de fumar. As duas abordagens mais bem sucedidas são as comportamentais e os medicamentos, podendo-se empregá-las concomitantemente.

Abordagem Comportamental (Terapia)

Esse tipo de abordagem pode ser feito de maneira independente ou em sessões individuais e em grupo. No processo de cessação do tabagismo, é importante identificar situações ou atividades que aumentam o risco de se fumar ou se voltar a fumar. Após essa identificação, novas habilidades para lidar com elas serão necessárias. Recomenda-se modificação do estilo de vida para se reduzir o estresse e melhorar a qualidade de vida, como iniciar a prática de atividade física regular ou de técnicas de relaxamento. Exercícios vigorosos podem melhorar a capacidade de se interromper o tabagismo e se evitar a recaída, além de evitar/minimizar o ganho de peso.
Reduza o tempo que você passa com tabagistas. As pessoas que convivem com tabagistas podem considerar a negociação com os mesmos para que eles parem de fumar em casa ou no carro. Reconheça que a “fissura” pode freqüentemente levar a recaídas. Isso pode ser prevenido, pelo menos em parte, evitando-se situações associadas ao tabagismo, como estresse e consumo de álcool. Mantenha disponíveis substitutos orais (como chicletes, cenouras, sementes de girassol) à mão, para quando a “fissura” ocorrer. Evite pensamentos como “fumar apenas um cigarro não me fará mal”; um cigarro normalmente leva a outro.
A chave para o sucesso na interrupção do tabagismo é ter o máximo de informação possível sobre o que esperar e como lidar com o que ocorrer. Materiais de auto-ajuda podem ser úteis.

Medicamentos

Existem diversos medicamentos que podem auxiliar uma pessoa no processo de cessação do tabagismo, devendo os mesmos ser prescritos e orientados por um médico.

1. Reposição de Nicotina
Na ausência de nicotina, o tabagista perde as boas sensações que a nicotina induz, desenvolvendo sintomas de abstinência, que incluem humor deprimido, dificuldades para dormir, irritabilidade, frustração ou raiva, ansiedade, dificuldade de concentração. A terapia de reposição foi desenvolvida para reduzir a intensidade desses sintomas, enquanto o ex-tabagista lida com os aspectos comportamentais do programa de cessação. No entanto, a reposição não prevenirá completamente os sintomas. O uso da reposição concomitante ao tabagismo não é recomendado. A nicotina para reposição está disponível em diversas formas: gomas de mascar, adesivo cutâneo, spray nasal e inalador.
2. Bupropion
O bupropion é um antidepressivo que pode ser usado para auxiliar as pessoas a parar de fumar. No início, é tomado uma vez ao dia, por três dias, com aumento progressivo até a dose recomendada, antes da data escolhida para a cessação. Após a interrupção, o medicamento é mantido por mais sete a doze semanas. O bupropion parece ser mais eficaz que a terapia de reposição de nicotina, e a combinação dos dois parece ser mais eficaz. É um medicamento bem tolerado, podendo se associar a sintomas de boca seca e insônia.
3. Vareniclina
Esse medicamento atua no cérebro e reduz os sintomas de abstinência de nicotina e a “fissura” pelo cigarro. Em diversos estudos esse medicamento foi mais eficaz que o bupropion e à não utilização de medicamento. Deve ser tomado após a refeição, juntamente com um copo cheio de água. Os pacientes iniciam o uso uma semana antes de interromper o tabagismo, e devem continuar o uso por doze semanas antes que se determine a eficácia. Aquelas pessoas que continuam sem fumar, após doze semanas, podem continuar usando o medicamento por mais doze semanas. Os efeitos colaterais mais comuns são náusea e sonhos anormais. No entanto, em 2007 foi informado que alguns pacientes desenvolveram alterações do comportamento, tornando-se agressivos, além de terem desenvolvido pensamentos suicidas. Por isso, o medicamento deve ser usado com acompanhamento médico cuidadoso.

Referências Bibliográficas
Sackey JA, Rennard SI. Patient information: Smoking cessation. In: UptoDate Software v. 16.1, 2008.
Smoking Cessation – Quit Smoking Today. < http://www.smoking-cessation.org/>. Acessado em 22 de setembro de 2008.
WebMD - Smoking Cessation Health Center. <http://www.webmd.com/smoking-cessation/default.htm>.


sexta-feira, 22 de março de 2013

Os efeitos do cigarro no cérebro


Pesquisa britânica revela que fumar afeta o aprendizado, a memória e o raciocínio lógico

A lista de prejuízos provocados pelo tabagismo parece não ter fim - e cientistas da Universidade King’s College de Londres, na Inglaterra, descobriram mais um. Eles submeteram quase 9 mil pessoas a testes de memorização, que foram repetidos depois de quatro e oito anos. E os fumantes levaram a pior. De acordo com os pesquisadores, isso acontece porque o cigarro danifica as partes do cérebro ligadas à cognição e aumenta o risco de derrame e infarto, associado a esse declínio. "Essa relação já foi comprovada por outros estudos e acontece de maneira lenta e em parte controlável, se o tabagismo for interrompido", reforça o neurologista Paulo Bertolucci, chefe do Setor de Neurologia do Comportamento da Universidade Federal de São Paulo.

O fumo tranquiliza?

Artigos recentes mostraram que, ao contrário do que se pensa, o efeito do vício é o oposto. Isso porque a nicotina é rapidamente excretada pelo organismo, fazendo com que a pessoa se sinta muito tensa e ansiosa até acender o cigarro seguinte.

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0360/medicina/efeitos-cigarro-cerebro-731914.shtml - por Thais Szegö | ilustração Daniel Almeida

sábado, 3 de novembro de 2012

Fumante: saiba quanto tempo você vai perder de expectativa de vida

Não é segredo que o tabagismo pode prejudicar a saúde, especialmente se você fuma muitos cigarros por dia. Muita gente acredita, porém, que o problema não é “tão grave assim” – e, até pouco tempo atrás, estudos realizados no Japão sugeriam que o cigarro poderia diminuir em “apenas” quatro anos a expectativa de vida da pessoa. Contudo, uma nova pesquisa mostrou que o impacto pode ser maior do que se imaginava: 10 anos a menos.

Em 1950 teve início o Life Span Study, que tinha como objetivo investigar os efeitos da radiação na saúde de moradores de Hiroshima e Nagasaki – cidades que haviam sido bombardeadas pelos Estados Unidos cinco anos antes. Cientistas acompanharam 100 mil cidadãos e, como grande parte não foi exposta a níveis altos de radiação, o estudo trouxe informações importantes sobre outros fatores de risco para a saúde.

Foram acompanhados 68 mil fumantes durante uma média de 23 anos. Por terem começado a fumar em geral depois de adultos, aqueles que nasceram antes de 1920 sofreram um impacto menor em sua expectativa de vida (cerca de 4 anos, resultado que aparecia em estudos anteriores). Na geração seguinte (1920-1945), porém, era muito comum que a pessoa começasse a fumar antes dos 20 anos – nesses casos, a expectativa de vida caiu em média 10 anos, e o índice de mortalidade era duas vezes maior do que o de não fumantes.

Além dos riscos do tabagismo, os pesquisadores também analisaram os benefícios de se cortar o hábito: aqueles que largaram o cigarro antes dos 35 anos acabaram evitando praticamente todos os riscos excessivos enfrentados pelos fumantes (parar antes dos 40 também se mostrou efetivo).

O estudo foi publicado no periódico British Medical Journal.[ScienceDaily, Foto]

Fonte: http://hypescience.com/fumante-saiba-quanto-tempo-voce-vai-perder-de-expectativa-de-vida/ - por Guilherme de Souza

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Tabagismo pode causar mais de 50 doenças


Atualmente, mais de 30 milhões de brasileiros são fumantes. A cada ano, doenças relacionadas ao tabaco são responsáveis por aproximadamente cerca de 200 mil mortes.

Os cigarros são extremamente danosos ao organismo. O tabagismo pode causar mais de 50 doenças diferentes. A fumaça liberada pelos cigarros contém mais de 4.700 substâncias consideradas maléficas e a nicotina exerce uma série de efeitos negativos no cérebro. Além disso, o fumo está associado ao surgimento de tumores malignos em diversos órgãos do corpo humano.

De acordo com a OMS, a Organização Mundial de Saúde, se programas eficientes antitabagismo não forem implantados em breve, em 2025 o cigarro será a causa de 11 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

Fonte: Blog de Boa Saúde – por Ana Cláudia Xavier