Mostrando postagens com marcador Sistema cardiovascular. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sistema cardiovascular. Mostrar todas as postagens

domingo, 1 de dezembro de 2019

9 hábitos comuns que podem prejudicar a saúde do seu coração


Dormir pouco, passar muito tempo sentado e não beber água suficiente são alguns fatores que podem comprometer seu sistema cardiovascular

É no dia a dia que construímos e mantemos uma boa saúde cardiovascular. Porém, ao longo do tempo, alguns hábitos corriqueiros podem gerar problemas e comprometer o funcionamento do coração, trazendo consequências para todo o organismo.

O mundo, hoje, exige cada vez mais do nosso corpo e mente. Grande parte dos brasileiros vive uma rotina estressante, com múltiplas funções, responsabilidades e atividades. Para acompanhar esse ritmo, muitas vezes acabamos deixando a saúde em segundo plano.

Como anda a sua alimentação? Você tem mantido na rotina a prática de exercícios físicos e atividades que gerem bem-estar? Sente sempre o corpo e a mente esgotados? E seu sono, tem conseguido manter horas suficientes para o corpo relaxar e descansar?

São essas e outras reflexões que devemos fazer constantemente para monitorar fatores que podem interferir em nosso sistema cardiovascular, provocando doenças crônicas, como o diabetes e a hipertensão. Veja abaixo 9 hábitos que merecem atenção:


Hábitos prejudiciais para o coração

1. Ter uma alimentação desequilibrada
Sua alimentação diária inclui o consumo de frituras, produtos processados, gordura saturada, açúcar e embutidos? Então, reavalie os alimentos que estão fazendo parte da sua dieta. Um cardápio rico em carnes magras, aves e peixes oleosos (salmão, sardinha e atum, por exemplo), azeite extravirgem, frutas frescas, castanhas, cereais e grãos integrais, verduras e legumes reduz em cerca de 30% o risco de eventos cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
É importante também moderar o consumo de sal e ler o rótulo dos alimentos, pois algumas marcas chegam a ter sete vezes mais sódio que outras. Além disso, evite o consumo excessivo de carnes vermelhas. A dica é: experimente e diversifique, com outras fontes de proteína.
Busque ainda incluir porções de frutas e verduras da estação no consumo diário, assim como cereais e grãos integrais. Uma alimentação equilibrada é fundamental para manter o nível de colesterol adequado, além de controlar o diabetes, a pressão arterial e o peso.

2. Passar muito tempo sentado
Passar a maior parte do dia sentado pode estimular o ganho de peso, faz mal para a coluna, dificulta a circulação do sangue, aumenta o risco de varizes e ainda pode complicar a saúde do coração.
Por isso, se você trabalha ou faz alguma atividade que exige que permaneça sentado por muitas horas seguidas, a recomendação é que, em intervalos de 40 minutos a uma hora, você levante e movimente o corpo. Aproveite para esticar as pernas e estimular a circulação sanguínea.
Beber água durante todo o dia e ir ao banheiro com regularidade também podem parecer recomendações simples, mas fazem muita diferença no seu bem-estar. A água, por exemplo, dilui o sangue e reduz o risco de formação de trombos (coágulos de sangue) na circulação.
Já segurar o xixi por muito tempo aumenta os batimentos cardíacos e a pressão arterial, estressando o sistema cardiovascular. Portanto, fazer pequenas pausas durante o expediente vai muito além de um descanso para a cabeça: é fundamental para a saúde do seu coração.

3. Ser sedentário
A prática regular de exercícios físicos, pelo menos três vezes por semana, favorece a diminuição do colesterol ruim (LDL) e aumenta o nível do bom colesterol (HDL) no sangue.
Além disso, já foi constatado por diversas pesquisas e estudos realizados ao redor do mundo que a prática de atividades físicas ajuda a melhorar o humor, a acuidade mental, o equilíbrio, a massa muscular e os ossos, além de combater a obesidade.
Muito além da estética, o excesso de peso é um dos fatores mais graves para o aparecimento de doenças cardiovasculares. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde da atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais.

4. Não controlar o estresse
O estresse, em maior ou menor grau, está presente no cotidiano de todos. Diante de situações tensas, o corpo reage imediatamente: a respiração fica ofegante, o coração acelera, os músculos enrijecem. Mas a questão complica quando esses episódios estressantes ocorrem de maneira constante.
A região do cérebro chamada de amígdala - aquela que processa emoções como raiva e medo - envia sinais para a medula óssea produzir mais células brancas para o sangue. Essas células causam inflamação nas artérias, o que pode levar a ataques cardíacos, angina e derrames.
Além disso, quem vive uma rotina estressante libera altos níveis de hormônios, entre eles a adrenalina e o cortisol. A adrenalina é responsável por aumentar a respiração e a frequência cardíaca, alterando a pressão arterial. Já o cortisol, quando produzido em excesso ou de maneira constante, pode afetar o sistema imunológico.
Em contrapartida, há hormônios que aumentam a sensação de bem-estar. É comprovado cientificamente que o ato de abraçar estimula a liberação de oxitocina, hormônio que ajuda a reduzir a pressão arterial e aliviar o estresse.

5. Consumir bebidas alcoólicas em excesso
O álcool, em grande quantidade, causa enfraquecimento das células musculares cardíacas, levando a uma doença chamada de miocardiopatia alcoólica. A substância também pode estimular o fechamento das artérias, além de desencadear arritmias, aumentar os perigos de hipertensão arterial, obesidade e AVC. Portanto, o segredo é a moderação no consumo de bebidas alcoólicas.

6. Dormir pouco ou mal
A finalidade do sono é oferecer recuperação ao corpo - e consequentemente ao coração. O organismo de quem dorme mal não faz adequadamente essa pausa, estando assim mais propenso aos problemas cardíacos.
Durante o período em que estamos dormindo, há diminuição dos batimentos cardíacos e redução da pressão arterial, situações que protegem o coração. Em casos de pouco sono profundo ou fragmentado, poderá ocorrer um aumento da pressão e do estresse, amplificando o trabalho do coração e a possibilidade de aparecimento da doença coronária, por exemplo.
Uma das principais causas do sono ruim é a apneia, um distúrbio que causa a pausa respiratória. Além de interromper o sono, o problema pode prejudicar a oxigenação do sangue e liberar substâncias que estimulam a vasoconstrição, elevando os níveis da pressão sanguínea e aumentando o risco de hipertensão, aterosclerose, infarto e AVC.
Portanto, preste atenção em como anda o seu sono. O ideal é ter de 6 a 8 horas de sono contínuo por noite. Além disso, a recomendação é dormir sempre no mesmo horário, em um ambiente calmo, silencioso e tranquilo. Evite também estímulos eletrônicos, como smartphones, tablets, computadores e televisão, quando já estiver na cama.

7. Não cuidar da higiene bucal
Um estudo da Universidade de Nova York (EUA) revelou que usar o fio dental diariamente reduz a quantidade de bactérias em nosso organismo. Esses microrganismos podem entrar na corrente sanguínea e desencadear uma inflamação e o entupimento nas artérias, fatores de risco para doenças do coração.
É sempre importante reforçar que a boca é uma porta de entrada para bactérias causadoras de várias doenças. Sem a higiene bucal necessária, esses microrganismos podem desencadear graves problemas cardiovasculares.

8. Fumar
Fumantes correm 70% mais risco de sofrer um infarto quando comparados àqueles que não fumam. Isso porque o cigarro promove o depósito de colesterol na parede das artérias, além de sua oxidação, o que favorece a formação de coágulos que podem provocar um derrame cerebral.
O tabagismo também facilita a coagulação do sangue e, consequentemente, dificulta a circulação. Esse hábito, para quem toma pílula anticoncepcional, ainda aumenta o perigo: o estrogênio presente no remédio estimula o sangue a coagular mais rápido, aumentando os riscos de formação de trombos.

9. Deixar a saúde de lado
Não deixe que a correria diária coloque em segundo plano a sua saúde. Quando nosso corpo está bem e nossa saúde em pleno funcionamento, conseguimos encontrar soluções para todos os outros problemas e demandas do cotidiano.
Faça os exames de rotina conforme a orientação do seu médico, como medir os níveis de açúcar no sangue, a pressão sanguínea e os níveis de colesterol. Procure ter hábitos saudáveis e consulte regularmente um especialista para manter sua saúde em dia. Cuidar do nosso coração é essencial para uma vida longa e de qualidade.


sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Adolescentes que fumam e bebem já podem ter problemas nas artérias


Não é preciso enfiar o pé na jaca ao longo da vida inteira para ter problemas graves. Estudo revela que álcool e tabagismo podem afetar o sistema cardiovascular já a partir dos 13 anos de idade

Não há dose segura de álcool – nem idade em que a bebida não seja prejudicial. E o mesmo vale para o cigarro. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade College London, na Inglaterra, publicada no periódico European Heart Journal.

Ao analisar 1.266 adolescentes, os cientistas perceberam que as artérias de jovens que têm o hábito de fumar e beber já apresentam sinais de enrijecimento, algo que só costuma acontecer a partir dos 40 anos. A longo prazo, artérias mais duras – condição conhecida como aterosclerose – prejudicam a circulação sanguínea e aumentam o risco de infarto e derrame, por exemplo.

O trabalho foi feito com meninos e meninas de 13, 15 e 17 anos de idade, que passaram por exames para avaliar como estava o funcionamento de suas artérias e também responderam a questionários sobre quantos cigarros já haviam fumado na vida e a frequência com que consumiam álcool.

Os participantes foram divididos em grupos, de acordo com o modo como usavam as duas drogas. Em relação ao fumo, aqueles que haviam tragado até 20 cigarros ao longo da vida ficaram na turma de baixa intensidade; quem já tinha consumido entre 20 e 99 cigarros foi classificado como moderado; e os que já haviam ultrapassado a marca de 100 cigarros foram considerados usuários de alta intensidade. Esses últimos apresentaram um risco 3,7% maior de enrijecimento das artérias em relação à turma que fumou pouco.

Quanto ao álcool, os voluntários foram agrupados de acordo com a quantidade de bebida que ingeriam nos dias em que saíam com os amigos. Entornar mais de 10 drinques foi considerado um consumo intenso; entre três e nove, moderado; e menos de dois, baixo. A galera que pegava mais pesado na bebida tinha uma probabilidade 4,7% maior de desenvolver o problema cardiovascular. Mais: entre aqueles que abusavam do álcool e do cigarro, esse risco subia para 10,8%.

A boa notícia é que o quadro pode ser reversível. “Vimos que, se os adolescentes param de fumar e beber, suas artérias tendem a voltar ao normal”, relata John Deanfield, líder da investigação, em nota divulgada à imprensa.

Os autores alertam ainda que a idade em que os jovens começam a consumir cigarro e álcool não importa – os efeitos são os mesmos aos 13 ou aos 17 anos. Para Marietta Charakida, que também conduziu a pesquisa, os governantes têm um papel fundamental em cuidar da saúde dessas pessoas. “Precisamos implementar estratégias educacionais eficientes, já na infância, para desestimular os adolescentes a fumar e beber”, opina.

No Brasil
Por aqui, 1,8 milhão de adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos assumem que já fumaram pelo menos um cigarro, o que representa 18,5% das pessoas dessa faixa etária. O dado, divulgado no início de 2018, é do Erica – Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, conduzido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras instituições estrangeiras. Apesar de esse número ser alto, ele mostra que o hábito está caindo entre os jovens – em 2009, 24% assumiam já terem tragado ao menos uma vez, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao álcool, a tendência é inversa: 1,5 milhão de adolescentes de 13 ou 14 anos confessam já ter experimentado alguma bebida, de acordo a pesquisa do IBGE. Esse montante representa 55% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental – índice 5% maior do que a mesma pesquisa havia apontado em 2012.