Eles ajudam a identificar algumas doenças mais comuns
no sexo feminino
Com a correria do dia a dia, notar se algo não vai bem
no nosso organismo se torna mais difícil. Uma cólica intensa pode ser aliviada
com analgésicos, enquanto um chá ajuda a reduzir a sensação de queimação ou de
abdômen distendido. Porém, você sabia que esses podem ser sinais de doenças
mais graves e que acometem as mulheres com frequência?
Por isso, conhecer os principais sintomas das
condições e das enfermidades mais comuns para o sexo feminino é essencial para
garantir melhor qualidade de vida. Veja, a seguir, 12 sintomas que podem
indicar problemas de saúde e que as mulheres não devem ignorar:
1. Mudanças no aspecto do mamilo
Saber examinar e analisar o aspecto das mamas é um dos
passos essenciais na prevenção e na identificação do câncer de mama. Afinal,
esse é o tipo de câncer que mais mata mulheres no mundo. Por isso, é importante
notar se houve alguma mudança na aparência das mamas e dos mamilos,
principalmente a partir dos 50 anos.
“Temos que prestar atenção na presença de nódulo ou
caroço na mama, principalmente quando não dói, na cor do mamilo, se sai secreção
dele ou não, se há assimetria notável entre as mamas, inchaço e se as veias
estão muito visíveis”, elenca Erika Kawano Machado Ferreira, ginecologista,
obstetra e mastologista da Clínica Mantelli, que possui atendimento
especializado à saúde da mulher.
Além disso, a especialista explica que coceira intensa
no mamilo e endurecimento da pele, junto com um aspecto de “casca de laranja”,
são outros exemplos de alterações mamárias que podem indicar o câncer de mama.
2. Distensão e desconforto abdominal
Sabe aquela sensação de desconforto, dor e distensão
abdominal? Muitas vezes, ela pode estar relacionada a problemas
gastrointestinais, como síndrome do intestino irritável e gastrite. Porém,
esses também são sintomas de câncer de ovário, conforme explica Erika.
“Essa dor pode vir acompanhada de cólicas, tanto na
região da pelve quanto nas costas. Isso acontece porque os ovários ficam
localizados um pouco para trás, irradiando essa dor para a lombar. Além disso,
pode haver perda de peso e perda de apetite”, elenca a ginecologista.
Esse tipo de câncer pode ocorrer em qualquer faixa
etária, mas acomete, principalmente, mulheres acima de 50 anos. Sua frequência
é baixa, porém sua letalidade é alta. Isso acontece porque a doença é
assintomática em seu estágio inicial, dificultando o diagnóstico que, muitas
vezes, é feito já em estágio avançado.
3. Queimação e falta de ar
O infarto agudo do miocárdio é uma condição que
acomete com maior frequência os homens. Porém, os sintomas são diferentes em
mulheres e, por isso, é muito importante que o público feminino saiba
identificar corretamente os sinais de infarto.
De acordo com o cardiologista Pedro Mekhitarian, da
Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a doença é mais comum em mulheres
acima dos 55 anos, mas pode acometer qualquer faixa etária. Seus principais
sintomas são dores no peito que se assemelham à queimação, acompanhada de falta
de ar, náuseas, fraqueza, dores nas costas, braço e pescoço e sentimento de
pavor.
É importante que, ao notar os sinais, a mulher busque
atendimento médico e não desvalorize esses sintomas. "Dizemos que 'tempo é
músculo', ou seja, quanto mais tempo se levar para ir ao pronto socorro, mais
músculo cardíaco se perde", frisa Mekhitarian, em entrevista prévia ao
MinhaVida.
4. Sangramento vaginal após a menopausa
Quando a mulher já passou pela menopausa, parou de
menstruar e, de repente, começa a ter um sangramento vaginal, é preciso acender
o sinal de alerta. Isso porque esse é um sintoma comum de câncer de corpo
uterino, que acomete mulheres a partir dos 60 anos, principalmente.
“Quando a paciente já passou pela menopausa e
apresenta um sangramento vaginal, é preciso investigar o endométrio, que é o
revestimento do útero”, considera Erika. Porém, a especialista não descarta a
possibilidade de haver casos em mulheres mais novas ou que ainda apresentam
fluxo menstrual.
“Se essa menstruação passa a ser mais abundante, mais
intensa, com cólicas, dores pélvicas, dor na relação sexual e dificuldade para
urinar, também é necessário fazer uma investigação”, afirma a ginecologista.
Além disso, sangramentos fora do período menstrual,
como escapes, ou menstruação prolongada também são sinais de câncer de colo de
útero, que é induzido pelo vírus HPV. Em casos mais avançados, em que há
metástase, a paciente também pode sentir inchaço nas pernas e dificuldade para
urinar e evacuar.
5. Perda súbita da força
As mulheres correm maior risco de sofrer um acidente
vascular cerebral (AVC) do que os homens, de acordo com estudo da Associação
Americana do Coração. Por isso, é importante que o público feminino conheça os
principais sintomas da condição, entre elas, a perda súbita da força,
principalmente na região da face, do braço ou da perna, acometendo um lado do
corpo.
Além desse sinal, há outros sintomas comuns da doença,
como formigamento da face, do braço ou da perna de um lado do corpo, perda
súbita da visão, alteração da fala, dor de cabeça súbita e desequilíbrio
acompanhado de náuseas e vômitos.
6. Cólicas menstruais intensas
Cólicas intensas, que podem ser, muitas vezes,
incapacitantes, são indícios de endometriose. A doença, caracterizada pelo
crescimento do endométrio fora da cavidade uterina, acomete uma a cada dez
mulheres no Brasil, tendo atingido mais de 26 mil brasileiras em 2021, segundo
dados do Sistema Único de Saúde (SUS).
A incidência é maior entre mulheres de 25 a 35 anos,
mas pode ter início nos primeiros meses após a menstruação. “A dor na relação
sexual, principalmente quando há uma penetração mais profunda, também é um
sintoma comum, junto com barriga estufada e inchada mesmo após o período
menstrual, fadiga, cansaço e mal-estar”, completa Erika.
7. Dores no corpo persistentes
Dores intensas e generalizadas, ou seja, que afetam
diferentes regiões do corpo, são os principais sintomas de fibromialgia. A
síndrome pode atingir pessoas de todas as idades, mas é mais comum em mulheres,
principalmente entre os 30 e 60 anos - em cada 10 pacientes com a doença, de
sete a nove são do sexo feminino.
Por isso, se você sente dor persistente em todo o
corpo, acompanhada de insônia, dificuldade de memória, concentração e
alterações intestinais, é importante buscar ajuda médica.
8. Menstruação irregular
A menstruação irregular, caracterizada,
principalmente, por longos períodos sem sangramentos, pode ser um importante
sinal de síndrome dos ovários policísticos. “A mulher menstrua em um mês e
depois passa dois ou três meses sem menstruar. Essa é uma tendência que pode
estar associada à síndrome”, explica a ginecologista.
Por se tratar de uma síndrome metabólica, é importante
notar se há outras doenças que acompanham os ovários policísticos, como
pré-diabetes ou diabetes tipo 2. “É preciso cuidar para que não haja uma
evolução dessas doenças e, consequentemente, complicações mais sérias, como uma
hipertensão”, conclui Erika.
9. Corrimento com cor ou cheiro anormal
É normal que uma mulher tenha corrimento. Porém, é
preciso ficar de olho na cor e no cheiro dessa secreção. “Se o corrimento está
com uma cor amarela, tem cheiro ruim e coça, é preciso investigar para ver se
não é alguma infecção sexualmente transmissível (IST), como clamídia,
gonorreia, ureaplasma, micoplasma, entre outras”, explica a ginecologista.
Quanto mais cedo identificar a IST, mais fácil é o
tratamento e melhor será a saúde reprodutiva e sexual da mulher no futuro.
10. Nódulos na tireoide
A presença de nódulos na tireoide pode ser benigna,
mas em mulheres que possuem histórico de irradiação prévia no pescoço ou
possuem familiares com câncer da tireoide, é preciso investigar se não se trata
de algo maligno.
É interessante notar se outros sintomas comuns da
doença não estão acompanhados do nódulo, como aumento do tamanho dos gânglios
linfáticos no pescoço e rouquidão. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer
(INCA), o câncer da tireoide afeta três vezes mais mulheres do que os homens,
sendo o quinto tumor mais comum em mulheres das regiões Sudeste e Nordeste.
11. Fezes escuras ou com sangue
Alterações no aspecto das fezes, como cor mais escura
ou presença de sangue, são sinais de câncer colorretal. Também de acordo com o
INCA, depois do câncer de mama e de pulmão, esse é o tumor que mais acomete
mulheres.
Além desse sintoma, outros indicativos que devem
servir de alerta para procurar ajuda médica são as mudanças nos hábitos
intestinais (diarreia ou constipação), desconforto abdominal frequente,
sensação de que o intestino não esvazia completamente, fraqueza ou fadiga,
náuseas e vômito e perda de peso sem causa aparente.
12. Ardência ao urinar
Cerca de 30% das mulheres vão apresentar infecção
urinária leve ou grave em algum momento da vida. Isso acontece porque a mulher
tem 50 vezes mais chance de ter a doença do que o homem. Por isso, se você está
sentindo ardência ao urinar, é interessante marcar uma consulta médica e ver a
possibilidade de estar com infecção.
Outros sintomas importantes são: vontade frequente de
urinar, mesmo tendo acabado de ir ao banheiro, urina escura, com sangue ou com
odor intenso, dor pélvica, principalmente no “pé da barriga”, dor no reto e
incontinência urinária. Se não tratada, a infecção urinária pode causar
infecções recorrentes e gerar danos permanentes aos rins e, em casos mais
graves, levar ao óbito.
Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-22463
- Escrito por Gabriela Maraccini/GettyImages
Adora o SENHOR, teu Deus, e a sua bênção estará sobre
a tua comida e água. Tirarei as doenças de entre vós. (Êxodo 23:25)