quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Check-up do bebê


Um guia para mostrar o que os primeiros exames da criança podem diagnosticar e quais doenças são capazes de prevenir. Entenda a importância desse cuidado já nos primeiros instantes de vida dela

A chegada de um filho é só alegria para toda a família. Decorar o quarto, comprar as roupinhas, pensar no chá de bebê e, principalmente, não deixar de visitar com frequência o ginecologista/obstetra. Em meio a essa excitação, as mamães de primeira viagem não podem esquecer uma série de avaliações que deverão ser feitas dentro das primeiras 48 horas de vida do pequeno, uma vez que antes disso o metabolismo da progenitora pode influenciar nos resultados.

No primeiro minuto de vida é aplicado o teste de Apgar, em que são avaliados a cor da pele, a musculatura, a frequência cardíaca, a respiração e os reflexos. Cada um desses itens possui uma nota, que vai de zero a dois, e, caso a soma delas resulte num valor menor que sete, será necessária uma repetição a cada cinco minutos até que se consiga alcançar a nota mínima.

Após isso, o check-up será iniciado. Composto por quatro exames obrigatórios, além da vacina contra hepatite B, pode ser complementado por outros testes e imunizações particulares. Doenças como hipotireoidismo, constituída por uma falha na tireoide, fenilcetonúria, hereditária e que desordena o metabolismo, e anemia falciforme, também genética e causadora de uma dificuldade no transporte de oxigênio, conseguem ser diagnosticadas. "Além delas, fazer essas avaliações é crucial para o conhecimento do tipo sanguíneo e para a prevenção de casos de fibrose cística", afirma José Claudionor Souza, pediatra do Hospital Pró-Matre (SP). Essa detecção precoce é importante, já que muitas enfermidades não costumam apresentar sintomas imediatos e, passando assim despercebidas, comprometem a saúde do neném já nos primeiros meses de vida.

A preocupação não é somente dos pais, como também do pediatra, que costuma visar um crescimento saudável para a criança desde o pré-natal. O médico precisa ser o primeiro a alertar sobre os riscos de não seguir corretamente a sequência de tais análises, além dos benefícios que elas trarão. Realizar todos os métodos, ainda na maternidade, torna mais fácil tratar e evitar o comprometimento tanto do desenvolvimento físico como mental da criança. Em algumas situações é preciso que a mãe refaça determinados exames um tempo depois, para reforçar ou tirar dúvidas pendentes. Portanto, o melhor é sair do hospital com tudo em dia e conhecendo bem seu filho.
Para não deixar nada para trás, confira alguns detalhes sobre os diagnósticos e o que eles indicam. Lembre- se de que todos os exames são gratuitos e obrigatórios em maternidades tanto da rede pública como da privada.

1 TESTE DO PEZINHO BÁSICO

Como é feito: Também conhecido como Triagem Neonatal, é obrigatório e realizado com uma amostra de sangue retirada por meio de um furinho no calcanhar do bebê ou de uma veia ao redor do local. Essa picadinha, que dói no coração das mamães, acontece nessa região graças ao fato de ela ser rica em vasos sanguíneos, o que possibilita uma coleta rápida e com um único furo. "Essa coleta é feita num papel-filtro depois de 48 horas, uma vez que o recém-nascido precisa ser alimentado antes do exame para ativar o metabolismo, pois as enfermidades que possivelmente serão detectadas são de desordens metabólicas", explica Maria Esther Ceccon, chefe da UTI neonatal do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). A picada é quase indolor, mas não impede que os nenéns chorem, já que a sensação é desconhecida.

Quais doenças podem ser diagnosticadas: Com a triagem, pode-se localizar hipotireoidismo, cujos sinais não aparecem rapidamente e causam retardo mental e de crescimento, e fenilcetonúria, que também causa doenças mentais e só apresenta sintomas depois de 6 meses, e, mesmo não tendo cura, uma dieta evita seu desenvolvimento. O exame descobre fibrose cística, causadora de desnutrição e dificuldades pulmonares e anemia falciforme, uma alteração da hemoglobina que é capaz de gerar lesões em determinados órgãos e, embora seja incurável, pode ser diminuída com tratamentos.

O pezinho por inteiro

O teste do pezinho estendido, também feito no papel-filtro, descobre mais de 30 doenças metabólicas, como toxoplasmose e infecções congênitas. Ele é concretizado em laboratórios particulares e contempla patologias muitas vezes relacionadas a doenças enzimáticas, as quais são ainda mais importantes de se obter um diagnóstico precoce. Outras enfermidades detectadas têm relação com alimentos que não poderão ser ingeridos ou medicamentos que devem ser evitados pelo bebê. "São, portanto, casos tratáveis e que se descobertos a tempo possibilitam a modificação de sua evolução. Por isso a importância dos pais investirem nessa avaliação mais completa", alerta Ivani Mancini, pediatra do Fleury Medicina e Saúde. Essa triagem pode ser realizada até os 3 anos de idade, e o valor é, em média, R$ 430. O preço é alto, uma vez que o sangue coletado é comumente mandado para avaliação em laboratórios na Europa.

2 TIPAGEM SANGUÍNEA

Como é feito: "É realizada 48 horas depois do nascimento da criança, por meio de uma amostra de sangue retirada no teste do pezinho, diz respeito à identificação do tipo de sangue, se é A, B, AB ou O, assim como o fator Rh, que pode ser positivo ou negativo", diz o pediatra José Claudionor Souza.

Quais doenças podem ser diagnosticadas: Um dos exames obrigatórios, ele é fundamental para informar se o neném terá algum problema de incompatibilidade sanguínea com a mãe. Esse resultado também será muito importante em casos de emergências médicas.

3 TESTE DA ORELHINHA

Como é feito: A triagem auditiva verifica, com um equipamento de fone de ouvido acoplado a um computador, se o bebê escuta perfeitamente. O exame é obrigatório e deve ser feito pelo menos dois dias após o nascimento. "Caso seu resultado seja positivo, ele será refeito depois de cerca de um mês. Se persistir, a chance da presença de uma deficiência auditiva aumentará, e recomenda-se outro retorno aos 6 meses de idade", explica Maria Esther.
Quais doenças podem ser diagnosticadas: Deficiências auditivas, como o rastreamento de surdez acentuada, severa ou profunda, quando encontradas cedo, tornam mais fáceis a reabilitação e a obtenção da fala.

4 TESTE DO OLHINHO

Como é feito: Obrigatório e também chamado de reflexo vermelho, ele acontece por meio de um oftalmoscópio, aparelho que lança luz e dá origem a uma cor avermelhada e contínua nos olhos. "Logo nas primeiras 12 horas de vida o médico irá analisar através da pupila, e, para que essa demonstre estar saudável, será necessário apresentar uma coloração avermelhada e assimétrica", explica Izilda das Eiras Tamega, neonatologista e coordenadora da Liga de Pediatria da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Sorocaba).

Quais doenças podem ser diagnosticadas: Com a realização do exame o médico pode checar a existência de tumores oculares ou catarata congênita.

5 VACINA DE HEPATITE B

Como é feito: Parte do calendário de vacinação, ela é aplicada em três doses, sendo a primeira na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do bebê. Depois disso, a segunda dose será dada após 30 dias e a terceira, 180 dias depois da primeira. Bebês com 2 quilos ou menos precisam receber quatro doses. É normal que ocorra um pouco de dor ou febre no local da aplicação, e não há tratamento para o mal, sendo assim, o mais indicado é a vacinação logo na maternidade. A BCG tem necessidade de ser tomada rapidamente, ainda que seja paga.

Quais doenças podem ser diagnosticadas: Esta vacina, como o nome diz, previne contra a hepatite B, uma doença causada por um vírus e que pode ser transmitida de mãe para filho, durante a amamentação. "Entretanto, a mãe deve saber que cada vacina atua contra uma doença diferente e deve dar ao seu filho todas as que estão disponíveis", recomenda Isabella Ballalai, pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

6 meses depois...

É recomendável que 6 meses após o nascimento seja feita uma audiometria comportamental, uma medida da reação da criança aos sons. O exame é uma avaliação especializada e indicada mesmo para quem teve resultado normal no teste da orelhinha. Consiste na resposta do recém-nascido a alguns estímulos sonoros por meio de um espectro. Isso proporcionará o rastreamento de surdez acentuada, severa ou profunda. "Ele é executado facilmente, tem duração pequena e se elaborado de maneira profissional, é de extrema confiança", enaltece Maria Esther. O teste do pezinho muitas vezes também solicita retorno. "Há chance de ocorrerem algumas alterações relativas à hemoglobinopatias e anemias familiares", argumenta Ivani Mancini. As mamães, no entanto, não precisam se preocupar, pois nem sempre refazê-los implica que existem problemas na saúde do filho, trata-se somente de um reforço que por vezes entende-se como necessário.

HORA DE VACINAR!

Veja a relação de vacinas que o bebê precisa tomar até os seis meses de idade! E lembre-se: a partir de 2011 o Sistema Público passa a vacinar todas as crianças entre seis meses e dois anos de idade.

BCG Id: Deverá ser dada ainda na maternidade, em todos os recém-nascidos com peso superior ou igual a 2 quilos.
Hepatite B: Aplicar a primeira dose (dose 0) na maternidade e, posteriormente, as outras duas doses (esquema 0-1-6 meses). Nos nenéns com menos de 33 semanas de gestação e/ou com menos de 2 quilos de peso ao nascimento, usar o esquema com quatro doses ( 0-1-2-7 meses).
Palivizumabe: Aplicar durante o período de circulação do vírus respiratório em nosso país, normalmente entre março e setembro.
Pneumocócica conjugada: Iniciar o mais precocemente possível (aos 2 meses). São três doses: aos 2, 4 e 6 meses, com reforço aos 15.
Meningocócica C conjugada: Aos 3 e 5 meses.
Influenza (gripe): Duas doses a partir dos 6 meses com intervalo de 30 dias entre elas.
Poliomielite: Utilizar somente vacina inativada (por meio injetável) em recém-nascidos internados na unidade neonatal. Rotavírus: Duas ou três doses, de acordo com o fabricante, entre os 2 e 6 meses. Nunca utilizar a vacina em ambiente hospitalar.
Tríplice bacteriana: A primeira dose deve ser dada aos 2 meses, a segunda aos 4 e, por fim, a terceira aos 6 meses de idade. É importante que aconteça o reforço aos 15 meses.
Hemófilos tipo B: Deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses.

CONSULTORIA: RECOMENDAÇÕES DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES (SBIM)

Fonte: Revista Viva Saúde - Por Fernanda Emmerick | Fotos Danilo tanaka | Ilustração Amanda Matsuda

Como a droga age no corpo


No último dia 23 de julho, mais uma vitima sucumbiu devido ao uso de drogas. A cantora Amy Winehouse, de 27 anos, foi encontrada morta em sua casa, em Londres. Apesar da autopsia ainda não ter sido concluída, a decadência física e emocional da cantora era evidente ao longo dos anos, e tudo devido ao uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas.

Outras personalidades, assim como várias pessoas “comuns”, ficam reféns das drogas e podem acabar morrendo devido a essas. São vários os tipos de drogas, e cada uma tem uma ação diferente no organismo. O Boa Saúde busca esclarecer algumas dúvidas sobre essa questão.

O que são drogas?

Entende-se como droga as substâncias ou produtos que, quando aplicados ou administrados no organismo, podem modificar o seu funcionamento, a maneira como está trabalhando. Algumas destas substâncias podem ser úteis em situações em que o corpo não funciona bem. Nestas situações, drogas corretamente receitadas por médicos, os chamados medicamentos ou remédios, ajudam a aliviar dores ou a curar doenças.

No entanto há também as drogas popularmente conhecidas como "tóxicos". Estas também modificam o funcionamento do organismo, porém de forma descontrolada e imprevisível, o que causa danos e alterações a todo o corpo, em especial ao cérebro. As drogas psicotrópicas são as que provocam dependência, ou seja, quem faz uso deste tipo de substância sente necessidade psíquica e/ou física de usá-la novamente, o que caracteriza o vício.

Álcool

As bebidas alcoólicas são consideradas drogas lícitas, ou seja, seu consumo e sua venda não são classificados como crime. Contudo, elas são capazes de causar tantos danos como as drogas ilícitas. As bebidas alcoólicas são as drogas de uso abusivo mais constante no mundo.

Os efeitos do álcool podem potencializar os efeitos de alguns medicamentos, como alguns xaropes, pílulas para dormir, antialérgicos, tranqüilizantes e relaxantes musculares. Como resultado, um drinque pode ter o efeito de vários, causando sonolência e bebedeira. Isto é perigoso e pode ser fatal.

O álcool não deve ser ingerido por quem sofre com a epilepsia, pois pode ocasionar convulsões. Deve ser evitado durante a gravidez, por diabéticos e por pessoas com queixas de gastrite. O álcool vicia e seu uso repetido freqüentemente resulta na necessidade de beber mais e mais para produzir intoxicação. Quando o consumo de álcool vira vício, essa condição é conhecida como alcoolismo.

Cigarro

Assim como as bebidas alcoólicas, o cigarro é uma droga lícita, o que contribui para sua disseminação pelo mundo. Pelo menos um terço da população mundial adulta, ou 1,1 bilhão pessoas, fuma. Estima-se que 48% dos homens e 7% das mulheres fumem nos países em desenvolvimento; em países industrializados, 42% dos homens e 24% das mulheres fumam. O uso do tabaco é também uma epidemia pediátrica: a maioria dos fumantes começa a usar o tabaco durante a infância e adolescência.

Um fumante, a longo prazo, tem uma chance de 50% de morrer prematuramente de uma doença causada pelo cigarro. A cada ano o tabaco causa aproximadamente 4 milhões de mortes prematuras.

Maconha

A maconha, também conhecida como marijuana ou marihuana, é uma das drogas mais consumidas no mundo. Apesar de sua origem natural (é uma planta, de nome científico Cannabis sativa), é possível encontrar nela mais de 400 substâncias químicas. A mais importante é o THC (tetrahidrocanabinol), seu princípio ativo alucinógeno. Quando absorvido o THC fica estocado nos tecidos ricos em gorduras, com cérebro, testículos e ovários, por bastante tempo. Isto permite sua detecção no organismo mesmo 14 dias após um individuo ter fumado um único cigarro de maconha.

A maconha é capaz de alterar as percepções de tempo e espaço, o que traz dificuldades às pessoas que manobram máquinas, como os motoristas. O uso crônico pode causar oligospermia (diminuição do número de espermatozóides), pode haver diminuição da produção de hormônios sexuais, tanto em homens com em mulheres, e conseqüente diminuição da atividade sexual. Os princípios ativos da maconha atravessam facilmente a placenta e dificultar o desenvolvimento físico e mental do feto.

Cocaína, Crack e Oxi

A cocaína e o crack são drogas estimulantes do SNC (Sistema Nervoso Central) extraídas da folha de coca, de nome científico Erythroxylon coca e que cresce principalmente no Peru e na Bolívia. A cocaína é geralmente aspirada pelo nariz ou dissolvida e injetada na veia, enquanto que o crack e o oxi são fumados. O crack é uma forma impura de cocaína, contendo cerca de 40% de cocaína pura. O oxi é uma versão mais impura da cocaína, que leva em sua composição derivados do diesel.

Os usuários experimentam excitação, aumento de atividade, agressividade, idéias delirantes com suspeita de tudo e todos, palidez acentuada e dilatação da pupila. Em doses elevadas, todos podem provocar intensa excitação, com nervosismo, inquietação, irritabilidade, insônia, estados de paranóia (mania de perseguição). Às vezes, há aumento da agressividade, com atos de violência. Um efeito importante que a droga produz, é a sensação de poder que dá aos usuários.

Se em um primeiro momento essas drogas provocam excitação, em um segundo momento podem levar à depressão e resultar em morte por overdose (dose alta), freqüente com o crack e o oxi, devido à maior quantidade de impurezas.

Êxtase (Ecstasy)

Droga sintetizada há alguns anos cujo nome químico é metilendioximetanfetamina. Provoca excitação e efeitos alucinógenos em seus usuários. Muito utilizada em festas, essa droga pode provocar hipertensão, sudorese, embotamento da visão e bruxismo (ranger involuntário dos dentes e mordida das bochechas). Em doses altas pode provocar reações psicóticas e não de êxtase. Algumas pessoas sob o seu efeito assumem posição fetal por várias horas.

Heroína

Heroína é uma droga processada da morfina, apresenta-se usualmente como um pó branco ou marrom e leva a dependência facilmente. O abuso da heroína está associado com graves problemas físicos, incluindo overdose fatal, aborto espontâneo, colapso venoso e doenças infecciosas, incluindo HIV/AIDS e hepatite. Complicações pulmonares, incluindo vários tipos de pneumonia, podem resultar da condição de saúde precária do usuário, assim como do efeito depressor da heroína na respiração.

Além dos próprios efeitos da heroína, a droga pode conter aditivos que não se dissolvem bem e resultar em obstrução dos vasos sanguíneos dos pulmões, fígado, rins ou cérebro. Isso causa infecção ou mesmo a morte de parte desses órgãos vitais.

Fonte: Revista Boa Saúde

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cuidados na execução de exercícios evitam tendinite


Esforços prolongados e sobrecarga são algumas de suas causas

Conta a lenda que Aquiles, filho do rei Peleu e da rainha Tétis, tinha um único ponto vulnerável no corpo e ele ficava exatamente na altura do calcanhar, ao nível do tendão da parte posterior do tornozelo. Entretanto, para pessoas comuns, a dor e a inflamação neste local podem ter como causa frequente esforços prolongados e repetitivos, além de sobrecarga.

A tendinite de Aquiles, inflamação no tendão do calcâneo, é um quadro frequente nos atletas, principalmente entre os corredores de longa distância. É uma típica lesão por excesso de uso e, normalmente, origina-se com aumento repentino da atividade esportiva, mudança de calçados ou piso de treinamento inadequado.

Em geral, é provocada por micro-rupturas das fibras de colágeno que constituem o tecido tendinoso, que é muito pobre em vascularização. Estas pequenas lesões, associadas ao excesso de esforço repetitivo, podem provocar uma inflamação ou degeneração do tecido tendinoso.

Em geral, origina-se com aumento repentino da atividade esportiva, mudança de calçados ou piso de treinamento inadequado.

Fatores que favorecem a tendinite de Aquiles:

1. Aumento não gradativo da distância ou velocidade percorrida;

2. Treinamento em aclive ou subidas de escadas;

3. Traumatismo causado pela contração vigorosa da musculatura flexora do joelho, como um aumento na velocidade final na corrida;

4. Sobrecarga de treinamento;

5. Tênis inadequado para a corrida;

6. Falta de equilíbrio muscular.

Muitas vezes o paciente pode sentir dor ao caminhar, ao subir e descer escadas ou quando começa a correr. Esta dor pode variar de intensidade e de frequência e, em casos avançados, levam a grande limitação com dor mesmo em repouso.

Ao realizar o exame, encontramos dor ao apalpara parte mais baixa do tendão, de três a cincocentímetros acima de sua inserção. Também são atestados inchaço local, limitação dos movimentos e dificuldade para o início da corrida, que pode ser claudicante.

A ultrassonografia pode ser indicada para confirmação diagnóstica, como método de baixo custo e rápido, embora a ressonância magnética possa dar com maior precisão detalhes do processo.

O tratamento da tendinite de Aquiles consiste, basicamente, no repouso relativo, no afastamento temporário das atividades físicas, no uso de antinflamatórios e analgésicos, nacrioterapia - aplicação de gelo no local por 20 minutos de três a quatro vezes ao dia - e reabilitação através da fisioterapia com medidas analgésicas e exercícios específicos.

Antes de se pensar em cirurgia, porém, alguns métodos alternativos poderão ser utilizados, como terapia por ondas de choque. Tratamento cirúrgico é uma exceção, uma vez que a maioria dos casos são resolvidos com um tratamento clínico adequado. Nos casos crônicos pode ocorrer ruptura total do tendão de Aquiles. Quando isso ocorre, o tratamento cirúrgico pode ser indicado.

Fonte: Minha Vida

Saúde e os seus porquês


Por que a estrutura dos fios de cabelo muda na adolescência?

A modificação no aspecto dos fios pode ocorrer devido a três fatores principais. O primeiro deles é gerado por uma tendência genética. O segundo é devido a alterações hormonais. Nessa fase da vida ocorrem mudanças importantes nos níveis de diversos hormônios que controlam o equilíbrio do corpo, e eles podem interferir na aparência dos fios. Já no terceiro caso, os fatores externos como os tratamentos químicos — tinturas, alisamentos etc. —, podem influenciar a estrutura dos cabelos das jovens.
Quem responde: Francisco Le Voci, dermatologista especialista em cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Por que a voz das mulheres é mais fina que a dos homens?

Até a puberdade a voz dos meninos e das meninas é bastante parecida. Na adolescência, por causa do aumento dos hormônios estrogênio (mulheres) e testosterona (homens) há um crescimento da laringe, que fica maior nas pessoas do sexo masculino. Esse fator, também associado ao tamanho do trato vocal, e a velocidade em que as pregas vibram por segundo é o que determina se a voz será mais aguda ou grave. Nos meninos, o timbre da voz desce uma oitava, e nas meninas, de dois a três semitons. Ou seja, a laringe humana é como um sino: quanto maior, mais grave — e seu tamanho é ditado sempre por características genéticas.
Quem responde: Keila A. B. Knobel e Ana Carolina Constantini, fonoaudiólogas da UNICAMP.

Por que um seio geralmente é maior que o outro?

A assimetria nessa região é bastante comum, estima-se que 40% das mulheres tenham essa característica. Ela acontece quando um dos botões mamários começa a se desenvolver antes do amadurecimento hormonal, fazendo com que a alteração fique visível quando ambos começam a crescer proporcionalmente (após a menarca). É importante ressaltar que a assimetria não é uma doença e não pode ser tratada com medicamentos. Nos casos em que há muita diferença a única alternativa é a cirurgia plástica. Quando a mulher tem assimetria e está amamentando, recomenda-se que ela use mais o seio menor – para que ele se desenvolva – caso contrário poderá aumentar essa diferença.
Quem responde: Denise Coimbra, ginecologista e membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo.

Por que preciso fazer jejum antes de uma cirurgia?

O jejum se dá quando o paciente não come nem bebe num determinado período antes da cirurgia. A principal razão dessa exigência é evitar que o ácido clorídrico do estômago volte pelo esôfago e adentre o pulmão, já que ele estará anestesiado e não conseguirá expeli-lo. Quando isso acontece é necessário terapia intensiva, já que aumenta a probabilidade de sequelas e morbidade — além do próprio risco à vida. No caso de uma cirurgia de emergência, onde a pessoa não está em jejum, a técnica do anestesiologista para proteger as vias aéreas do paciente é diferente. Uma das alternativas é a entubação traqueal com o paciente ainda acordado.
Quem responde: Adimilson Gonzaga, médico anestesiologista do Hospital Samaritano (SP).

Fonte: Revista Viva Saúde

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Como será seu corpo daqui a 100 anos?


Mais alto, mais precoce e mais tecnológico. Nos próximos 100 anos, a humanidade vai seguir um padrão que já foi identificado atualmente. Vamos viver melhor e por mais tempo (a expectativa de vida no Brasil será de 84,3 anos, contra 73,2 hoje). A altura média dos homens vai aumentar, dos atuais 1,75 m para 1,79 m. Nas meninas, a data da primeira menstruação (que foi de 15 anos, em 1900, para 12 anos, em 2011) vai acontecer aos 10 anos, e o organismo vai estar plenamente desenvolvido com 16 (hoje é aos 18). Quem nasceu com a pele clara vai dispensar o bronzeado de praia porque o sol mais forte será perigoso

Minúsculas revoluções
O futuro é da clonagem, da nanotecnologia e dos chips no corpo

NÓS, ROBÔS
Ainda vai demorar uns 30 anos, mas a nanotecnologia promete mudar para sempre nosso corpo. Robôs microscópicos prevenirão o câncer ao evitar a multiplicação das células que sofrerem mutações indesejadas. Também vão circular nas veias e artérias, minimizando casos de infarto e AVC. "A grande inovação dessa tecnologia é atuar no nível celular, em que toda doença começa", diz Robert Freitas Jr., do Institute for Molecular Manufacturing

O FIM DOS TRANSPLANTES
Além de braços e pés, peças fabricadas poderão substituir certos órgãos, como o coração (que nada mais é do que uma bomba bem sincronizada). Rins e pulmões, porém, têm uma estrutura muito mais complexa. Nesses casos, o problema será resolvido com uma impressora de órgãos em 3D, cujo protótipo já funciona no Instituto de Medicina Regenerativa da Universidade Wake Forest, nos EUA

PÍLULAS ESPERTAS
Você vive esquecendo aquele remédio que sua mãe mandou você tomar três vezes ao dia? No futuro, as cápsulas vão ficar no estômago e liberar o medicamento na dosagem e no horário certos. E nem vamos ter que esperar 100 anos para ver isso acontecer: já existem projetos em fases adiantadas de teste. Uma delas está sendo desenvolvida pela Philips

CONSTRUA SEU FILHO
Muita gente não vai aceitar, mas, daqui a 100 anos, a clonagem humana será uma realidade. "Em muitos países, certamente essas técnicas nem serão permitidas. Mas não há dúvida de que a tecnologia vai estar disponível", diz Paul Yock, pesquisador de biodesign de Stanford. Os pais terão a chance de selecionar, antes do nascimento, as características dos filhos - que poderão ser bem diferentes da geração anterior

BELEZA MAGRA
O conceito de beleza já mudou bastante - os antigos romanos, por exemplo, gostavam de pessoas cheinhas. Nas últimas décadas, o Ocidente passou a cultuar a magreza, e o mundo veio atrás. Tudo indica que o magro continuará sendo valorizado. A atual "epidemia de obesidade" será combatida como se faz atualmente com o cigarro: campanhas públicas e muitos impostos sobre alimentos doces e gordurosos

FAZENDO SUA CABEÇA
Hoje já é possível controlar o funcionamento do cérebro usando correntes elétricas que corrijam conexões falhas. No futuro, isso vai ser feito com o uso de chips implantados na cabeça, indicados principalmente para casos de epilepsia. Eles também estarão disponíveis para outras funções - recentemente um canadense sem noção inseriu no braço uma peça eletrônica que abre a porta de sua casa automaticamente

EM TERRA DE CEGO...
Em 2111, só países muito pobres ainda terão deficientes visuais. Isso porque, neste exato momento, já há versões iniciais de olhos biônicos, que capturam a luz e enviam as informações visuais para o cérebro. Nos próximos anos, elas estarão ainda mais avançadas, assim como as cirurgias a laser para correções oftalmológicas. Pode dizer adeus aos óculos de grau!

MUNDO CYBORG
Cadeiras de rodas também vão desaparecer. Próteses atuais já concedem um bom grau de mobilidade - daqui a um século, também serão capazes de simular perfeitamente a textura e a temperatura dos membros originais. Teremos dedos artificiais altamente articulados e chips que "ensinam" os músculos. "É possível até que esses implantes sejam adaptados para fins estéticos ou para dar mais força", diz a engenheira biomédica Jennifer Elisseeff, pesquisadora da Universidade Johns Hopkins

• Desodorante e talco antichulé vão ser coisa do passado. Com a nanotecnologia, as roupas (incluindo as meias) vão controlar a emissão de odores

FONTES Robert Freitas Jr., pesquisador do Institute for Molecular Manufacturing; Jennifer Elisseeff, engenheira biomédica da Universidade Johns Hopkins; Paul Yock, pesquisador de biodesign da Universidade Stanford; IBGE

Fonte: Revista Mundo Estranho - por Tiago Cordeiro

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Alimentação deve ser planejada de acordo com a atividade física


O exercício físico pode ser muito beneficiado pela escolha de alimentos consumidos. Os horários da ingestão da comida devem ser planejados de acordo com os horários dos exercícios. Essa atitude pode alterar significativamente a forma como a pessoa se sente durante o exercício e influencia também os benefícios que serão obtidos com a atividade.

“O momento (do consumo) do nutriente é muito importante. Você não consegue obter o melhor do exercício sem prestar atenção à sua dieta”, afirma o Dr. Shawn Arent, da Universidade Rutgers (EUA). A dieta não precisa ser especial, mas deve sempre ser constituída de alimentos saudáveis e porções de tamanhos adequados ao objetivo da pessoa.

A comida consumida por uma pessoa, assim como o tamanho das porções, variam para cada indivíduo de acordo com peso, objetivos específicos e exercício praticado. Por isso, o acompanhamento com um nutricionista é essencial e extremamente benéfico.

Fonte: Blog da Saúde

Aumento da massa muscular pode reduzir o risco de pré-diabetes


Estudo publicado no The Endocrine Society's Journal, publicação da Sociedade Americana de Endocrinologia e Metabolismo, constatou que uma maior massa muscular total reduz os riscos de a pessoa ter resistência à insulina, principal precursor do diabetes tipo 2.

A resistência à insulina pode elevar os níveis de glicose no sangue, fato que contribui para o desenvolvimento do diabetes. Estudos anteriores mostraram que a massa muscular muito baixa é um fator de risco para a resistência à insulina, mas até agora, nenhum estudo tinha examinado se aumento da massa muscular média e acima da média, independente dos níveis de obesidade, levaria a uma melhor regulação de glicose no sangue.

"Nossas descobertas representam um desvio do foco habitual dos clínicos e seus pacientes, em apenas perder peso para melhorar a saúde metabólica", diz Preethi Srikanthan, autor da pesquisa. "Em vez disso, esta pesquisa sugere que ganhar massa muscular pode ser o caminho", completa.

Os pesquisadores examinaram a associação da massa muscular esquelética com resistência à insulina e doenças metabólicas do sangue, em 13.644 indivíduos. O estudo demonstrou que maior massa muscular em relação ao tamanho do corpo está associada à melhor sensibilidade à insulina e menor risco de diabetes.

"Nossa pesquisa mostra que, além de monitorar as mudanças na circunferência da cintura ou o índice de massa corporal (IMC), a massa muscular também deve ser monitorada”, explica Srikanthan. "Agora, são necessárias mais pesquisas para determinar a natureza e duração do exercício e as intervenções necessárias para melhorar a sensibilidade à insulina e o metabolismo de glicose em indivíduos em risco", completa.

Fonte: EurekAlert! - Bibliomed

domingo, 31 de julho de 2011

Viva até 20 anos mais com seis hábitos, entre eles sorrir mais

Comer mais fibras, dormir melhor e fazer sexo também favorecem a longevidade

Dois americanos parecem ter encontrado a fórmula para viver até 20 anos mais sem recorrer a tratamentos absurdos. No livro Diminua Sua Idade (editora Best Seller), o médico Frederic J. Vagnini e o jornalista Dave Bunnell apresentam hábitos que aumentam em décadas a longevidade - com justificativas cientificamente comprovadas. As principais recomendações dos americanos são: comer mais fibras, fugir do açúcar, cortar gorduras saturadas, dormir bem, fazer mais sexo e sorrir mais. No Brasil, a expectativa de vida é de 72 anos. No entanto, poucos são os que sonham viver somente até esta idade. Fomos conversar com um time de especialistas para entender como essas simples mudanças são capazes de garantir que você chegue à velhice com uma vida e saúde mais plenas.

Coma mais fibras
As fibras fazem bem para o bom funcionamento do intestino. É verdade, mas elas não servem apenas para isso. "Fibras desempenham uma série de funções importantes, como auxiliar a assimilação de outros nutrientes, reduzir o mau colesterol (LDL), prevenir doenças e até evitar o mau hálito", explica a nutricionista Daniela Jobst.

E para atingir bons níveis de fibras não são necessários grandes esforços, pois elas são encontradas em alimentos que ingerimos comumente. A quantidade ideal de ingestão gira em torno de 25 a 30 gramas por dia e é importante não exagerar, como explica a nutricionista Daniela Jobst. "O estômago se adapta ao 'efeito esponja' das fibras e acaba se dilatando. Se a pessoa ultrapassa essa quantidade, precisará comer mais do que antes para se sentir saciada". Além disso, é importante ingeris as fibras com um pouco de líquido, pois a seco sua ingestão é mais difícil.

Vários alimentos do dia a dia possuem fibras: cereais (farelos), hortaliças, frutas (com cascas), leguminosas, verduras, trigo, cereais integrais (arroz, pão, torrada), aveia, cevada, bagaço de frutas cítricas, maçã, goiaba, castanha, nozes, ervilha e leguminosas em geral.

Uma das frutas com mais fibras na composição é a goiaba com casca, que tem 5 gramas por cada unidade média. Uma porção de 40g de cereal matinal integral tem 12g de fibras, enquanto meia unidade de abacate tem pouco mais de 7g de fibras - mas tome cuidado com a escolha do cereal, pois muitos contêm açúcar e com a grande quantidade de açúcares e gorduras do abacate.

Uma colher de sopa de aveia possui 1,5g de fibra, assim como uma banana média - ótima combinação, não? E quem gosta do feijão, vale saber que ele possui 2g de fibra para cada 40g, enquanto a mesma quantidade de lentilha (que pode ser uma boa substituta) possui um pouco mais de 5g, assim como o mamão papaia, velho e bom companheiro de quem sofre de prisão de ventre.

Fuja do açúcar
De acordo com a dermatologista Marcella Delcourt, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, depois da preocupação com radicais livres e raios UV, o alvo para combater o envelhecimento é diminuir oaçúcar. Isso porque ele libera um processo que liga moléculas de glicose maléficas às moléculas de proteína saudáveis.

"A glicação ocorre quando uma molécula de açúcar em excesso, por aumento da ingestão ou por lentidão do metabolismo da glicose, se adere a uma molécula de proteína (colágeno, elastina) formando os AGEs, que alteram a estrutura dessas proteínas, impedindo a eficácia no desempenho de seus papéis mais importantes e, na pele, leva ao aparecimento das rugas", explica a especialista.

Além de alterarem a estrutura da proteína, os AGEs são fábricas de radicais livres que se acumulam ao longo do tempo, piorando seus efeitos no organismo e também deixando a pele com um aspecto opaco e envelhecido. Mesmo com a corrida para tentar combater os AGEs, é possível diminuir seus efeitos com hábitos alimentares saudáveis:

- Amêndoas e quinua são uma boa pedida para as refeições, da mesma forma que o consumo de maçã também é recomendado (rica em antioxidantes e flavonoides)

- As fibras também são importantíssimas: feijão, lentilha, ervilha. Agem como estabilizadores do açúcar e ajudam a queimar a gordura;

- Beba seis a oito copos de água por dia e prefira alimentos orgânicos;

- Evite comidas industrializadas, como flocos de milho, salgadinhos, bolachas, ketchup, refrigerantes e alimentos que contêm corante caramelo na sua composição, dentre outros.

- Tome chá verde ou suplementos à base dessa bebida com probióticos, antioxidantes e substâncias anti-AGEs de ultima geração na composição (prescritos pelo médico).

Dormir bem
Um estudo realizado pela American Academy of Sleep Medicine mostrou que dormirbem é um dos segredos para a longevidade. Alguns problemas de saúde foram associados com pior qualidade de sono. Entre os avaliados, 46% dos participantes que tiveram a autoavaliação de saúde insatisfatória também relataram não dormir bem. As chances de um bom sono foram também menores em pessoas que muitas vezes se sentiam ansiosas, que tinham pelo menos uma doença crônica e dificuldades com as tarefas diárias.

De acordo com o neurologista Renato Lima Ferraz, a quantidade ideal de horas de sono varia de pessoa para pessoa. "Mas o mínimo recomendado é de seis horas ao dia, sendo importante não ultrapassar nove para adultos, porque quem dorme mais que isso acaba ficando, na verdade, menos descansado", explica o especialista.

A importância do sono, também se estende ao aprendizado. "A fase REM, quando acontecem os sonhos, tudo que aprendemos durante o dia é processado e armazenado. Quando dormimos menos que o necessário, a memória de curto prazo não é processada e não conseguimos transformar em conhecimento aquilo que foi aprendido", explica o neurologista.

Não se sature de gordura
Viver com gordura pode ser ruim, mas viver sem ela é péssimo para seu paladar e inviável para seu organismo. As gorduras servem de base para a formação de diversos hormônios, inclusive os hormônios sexuais. Entretanto, as gorduras saturadas são as mais nocivas para a saúde do organismo. Para identificá-las, basta lembrar da banha de porco que sua avó tinha guardada na cozinha ou a capa da picanha que causa arrepios no seu cardiologista. As gorduras saturadas contêm o número máximo possível de átomos de hidrogênio (daí o termo saturadas), e ingeri-las em excesso é um passaporte garantido para um infarto no miocárdio.

Derrames e alguns tipos de câncer, como o de próstata e o de mama, também têm a origem associada aos excessos dessas gorduras no organismo - sem contar que a gordura saturada é inimiga número um do emagrecimento. Para prevenir tudo isso, restrinja o consumo diário desse nutriente a, no máximo, 7% das calorias totais da sua dieta.

Fazer mais sexo
Aqui cabe uma ressalva: priorize a qualidade, em vez da quantidade. O sexo, quando em uma frequência que atrapalha a rotina da pessoa, pode ser um sintoma da compulsão por sexo. Mas, nos dias atuais, o que vem acontecendo com muita gente é deixar o sexo de lado, por conta da falta de tempo e do estresse do dia a dia, que detonam a libido. Segundo o ginecologista Neucenir Gallani, o sexo é importante para a saúde física e emocional, pois o orgasmo libera substâncias como as endorfinas, que atuam no sistema nervoso. "Elas diminuem a sensibilidade à dor, relaxando a musculatura e melhorando o humor", afirma.

Estabelecer uma quantidade normal de desejo sexual não é algo satisfatório, pois cada um lida com a própria libido de forma diferente - e ao longo da vida ela costuma oscilar e até se modificar por completo. "No entanto, quando há insatisfação pessoal, há algo de errado provavelmente", de acordo com o sexólogo Paulo Bonança.

Sorrir mais
Manter uma fisionomia pacífica é essencial para a boa convivência, afinal a expressão "cara de poucos amigos" não surgiu à toa: quem vive de cara feia, afasta todos ao redor.

E sorrir vale até para ajudar a manter aquela linda história de amor. Um estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, identificou que pessoas que sorriem de forma sincera e verdadeira têm mais chances de manter o casamento. Isso porque a sinceridade do sorriso revela a atitude da pessoa diante da vida. "Sabemos também que a falta de senso de humor, ou uma vida acompanhada de impaciência, raiva e atitudes hostis, estão associados a um maior risco de desenvolver pressão alta, piorar o controle dos níveis de glicose e ainda aumentar o risco de doença isquêmica do coração e de morte", de acordo com o neurologista de Unifesp Ricardo Teixeira.

Fonte: Minha Vida - Por Ana Maria

sábado, 30 de julho de 2011

Caminhar 30 minutos retarda envelhecimento mental em mulheres

Segundo estudo, atividade física diária pode adiar declínio cognitivo em até sete anos

Estudo realizado pela Foundation of Public Health at Mutuelle Generale de l'Education Nationale in Paris, França, mostra que mulheres mais velhas que praticam atividades físicas apresentam menor declínio cognitivo do que as mais sedentárias. Os resultados foram publicados no periódico Archives of Internal Medicine.

Aproximadamente 2800 mulheres de 65 anos ou mais foram examinadas. Todas elas possuíam alguma doença cardiovascular ou, ao menos, três fatores de risco - elementos que substancialmente aumentam o declínio cognitivo.

No começo do estudo, as voluntárias responderam a questionários sobre as atividades físicas que praticavam, como caminhada, bicicleta e, até mesmo, subir escadas. Então, foram divididas em cinco grupos, baseados em seus níveis de atividades físicas. Dois anos depois, elas responderam o mesmo questionário.

Elas também passaram por uma bateria de testes cognitivos diversas vezes, desde o começo do estudo até mais de cinco anos depois. Os testes mediram a memória verbal, facilidade para cumprir tarefas e outras habilidades mentais.

Os resultados mostraram que as mulheres dos dois grupos mais ativos tiveram taxas substancialmente mais baixas de declínio cognitivo do que aquelas dos grupos que menos praticavam exercícios.

Para os pesquisadores, uma caminhada de meia hora por dia pode retardar o envelhecimento mental em até sete anos. Isso porque estudos anteriores mostraram que existe uma relação entre risco cardíaco e declínio cognitivo, embora pouco ainda se saiba sobre o assunto.

Lazer que protege a mente

Outro estudo, publicado pelo periódicoNeurology, jornal oficial da Academia Americana de Neurologia, revela que as atividades de lazer entre os idosos são capazes de proteger o cérebro da perda de memória.

Quase 500 americanos com idades entre 75 e 85 anos sem problemas cognitivos foram estudados por uma média de cinco anos. Os pesquisadores avaliaram periodicamente o nível de participação dos idosos em seis diferentes atividades de lazer: leitura, escrita, palavras cruzadas, jogos de tabuleiro ou cartas, reuniões para discussão em grupo, e hábito de tocar um instrumento musical.

Durante o estudo, cerca de um quinto dos voluntários desenvolveu um quadro de demência, e a velocidade da perda de memória foi menor entre os idosos que tinham mais atividade de lazer, independentemente do nível educacional.

Vivemos numa época em que esperamos viver muitos e muitos anos, graças aos grandes avanços da ciência. Sabemos que muito de nossa estrutura cerebral modifica-se com o envelhecimento, mas também já sabemos que essas alterações não provocam necessariamente perdas da função cerebral.

É como se fosse um cabo-de-guerra: de um lado o envelhecimento cerebral e de outro uma série de estratégias já bem conhecidas que podem fazer com que as perdas sejam menores ao longo dos anos.

Dentre essas estratégias, as atividades de lazer podem ser colocadas lado a lado com uma dieta saudável e atividade física e intelectual, todas elas voltadas para uma mesma direção: aumentar nossa reserva cerebral. Quem tem muita reserva pode até perder um pouquinho que não sentirá tanta falta e o nível educacional é um dos fatores mais importantes dessa nossa reserva.

O presente estudo não é o primeiro a revelar que o lazer tem efeito protetor sobre o cérebro. Não podemos esquecer que o tipo de lazer pode fazer a diferença. Uma das pesquisas revelou que várias atividades de lazer foram positivas ao estado cognitivo dos idosos, mas já o tempo em que eles passavam em frente à TV teve impacto negativo.

Fonte: Minha Vida

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Jogos e tarefas do dia a dia ajudam a preservar a memória


Alimentação e boa noite de sono colaboram para o funcionamento do cérebro

Assim como o corpo, o cérebro também apresenta mudanças ao longo dos anos e o mais comum com a idade é a perda de memória. No entanto, pequenas atitudes podem evitar este mal. Exercitar a mente melhora a recordação, a concentração e a qualidade de vida.

O primeiro passo é se distrair. Uma pesquisa da Clínica Mayo, em Minnesota, nos Estados Unidos, concluiu que as pessoas que se ocuparam com leitura, jogos ou em hobbies, como costura ou tricô, apresentaram 40% menos risco de ter perda das lembranças.

Outra medida é trabalhar a concentração. "A memória precisa da atenção e da concentração para poder armazenar dados. Se a atenção falha, a memória também", diz a psicóloga e psicanalista especializada em psicogeriatria Claudia Finamore.

A memória pode ser estimulada desde situações simples como tentar lembrar o que fez pela manhã, o que comeu no almoço, que roupa usou no dia anterior, até a utilização de jogos, quebra-cabeça, palavras-cruzadas, damas, xadrez e etc.

Pode-se treinar a memória, por exemplo, contando o que leu e aprendeu no dia para outras pessoas. Se dedicar a novas habilidades como um curso de idiomas, música, pintura e informática também ajudam. "Um trabalho mental sempre utilizará alguma parte da memória da pessoa. O importante é dedicar-se aos exercícios de modo frequente", afirma Claudia.

A psicóloga Marina Vasconcellos acrescenta que o sono também é fundamental para prolongar a memória. "Durma pelo menos 8 horas por noite. Enquanto dormimos, o cérebro grava tudo o que aprendemos durante o dia".

Outros fatores essenciais são os exercícios físicos e a boa alimentação. Uma pesquisa realizada por cientistas alemães e publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences mostrou que diminuir em 30% a ingestão de calorias pode melhorar a memória.

Voluntários com idade média de 60 anos foram divididos em três grupos. O primeiro seguiu uma dieta normal, o segundo recebeu mais ácidos graxos insaturados e o terceiro adotou a dieta com 30% menos calorias. Depois de três meses, os voluntários do terceiro grupo superaram os demais em um teste de memória.

Outra pesquisa, realizada por cientistas da Duke University, na Carolina no Norte, nos Estados Unidos, comprovou que os exercícios físicos podem melhorar a capacidade mental nas pessoas idosas e adiar o declínio mental.

Fonte: Minha Vida