"Páscoa!
É vida renovada...
É amor manifestado na doação do dia a dia.
É a libertação das amaras pessoais.
É busca de igualdades sociais, de vencer a dominação e lutar pela justiça.
Páscoa é fazer memória, não de um acontecimento remoto da história, mas de uma realidade vivida e constante entre os homens.
É perceber que é possível retirar a pedra do túmulo que nos mantém inertes diante de um sistema de morte que nos toma áridos perante o sofrimento da humanidade.
Cristo ressuscitou?
Ressuscitou e quer se fazer presente de forma mais intensa na nossa vida, para que também nós sejamos libertados e promovamos a liberdade.
Cristo vive."
Autor desconhecido
sábado, 7 de abril de 2012
As sutilezas e intenções dos sorrisos
O que é um sorriso? É muito mais do que uma expressão alegre: é um ímã social, um medidor de confiabilidade, um dispositivo para difusão da raiva, um caminho para laços interpessoais desgastados, e um lubrificante para manter laços sociais em boas condições de funcionamento.
Tudo isso? Talvez por tamanhas boas características, o puxar dos cantos da boca para cima seja a expressão facial mais reconhecida do mundo.
Quem explicou tudo isso foi Marianne LaFrance, professora de psicologia da Universidade Yale, EUA, que investiga a ciência por trás do sorriso e seu efeito sobre política, trabalho, relacionamentos, e cultura.
Apesar do sorriso muitas vezes sinalizar felicidade, também pode transmitir uma gama de outras emoções, de diversão e constrangimento ao desprezo e decepção.
Há ainda diferenças de gênero no ato de sorrir: estudos sugerem que meninas e mulheres sorriem em média mais que meninos e homens.
Segundo LaFrance, uma razão para isso pode ser biológica. Pesquisadores descobriram que o músculo primário do sorriso, conhecido como zigomático maior, é mais grosso em mulheres do que em homens.
O que eles ainda não sabem, entretanto, é se as mulheres nascem com um músculo do sorriso mais bem-dotado e por isso o usam mais cedo, ou se o músculo engrossa porque elas o usam mais.
Uma segunda explicação poderia ser profissional: as mulheres ocupam mais serviços do setor de empregos como enfermeiras, professoras, assistentes de voo, na qual elas podem ser obrigadas a sorrir mais.
Mas há alguma evidência de que homens nestas profissões sorriem a mesma quantidade. Talvez ambos os sexos reconheçam que sorrir gera mais gorjeta!
Uma terceira razão pode ser que as meninas nascem com uma orientação mais positiva para a socialização. “Muitas vezes são as mulheres que organizam o calendário social, reduzem conflitos, e se preocupam com a vida emocional de outras pessoas”, aponta LaFrance.
Embora os sorrisos normalmente lancem um brilho positivo, nem todos podem ser tomados pelo seu valor nominal: eles têm um lado bom – o prazer de um pai ao ver o primeiro sorriso do bebê -, e um lado negro – um sorriso de duas faces em que a agradabilidade camufla os verdadeiros sentimentos de uma pessoa.
Outra desvantagem é que um sorriso pode ser uma grande máscara, e podemos ser facilmente ser enganados por um. Golpistas costumam usar um sorriso para entrar em nossas boas graças, e psicóticos os usam para parecerem encantadores. “Sorrir é um método que usamos para obter o que queremos, quando outras abordagens diretas não funcionam”, explica LaFrance.
Aqui estão outros fatos interessantes sobre sorrisos:
• Os psicólogos sociais consideram o sorriso uma expressão facial padrão para as mulheres, e impassibilidade como a exibição de costume facial para os homens.
• Os sorrisos tipicamente britânicos exibem tanto os dentes superiores quanto os inferiores, enquanto os americanos principalmente expõem seus dentes superiores.
• Um estudo descobriu que os sorrisos falsos ou deliberados são, em média, 10 vezes maiores do que sorrisos genuínos, provavelmente porque os falsos são feitos para serem vistos.
• Nos EUA, o emoticon feliz típico é : – ), e o triste : – (. Isso porque os americanos tendem a se concentrar na parte inferior do rosto para expressar emoções. Mas a atenção dos japoneses vai também para os olhos. Sendo assim, (^ _ ^) quer dizer feliz, e (;_;) significa triste.[MSN]
Fonte: http://hypescience.com/as-sutilezas-e-intencoes-dos-sorrisos/ - Por Natasha Romanzoti
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Conheça os perigos do açúcar
Robert Lustig é um médico americano da Universidade da Califórnia (San Francisco, EUA), especialista em obesidade. Recentemente, ele tem promovido uma campanha para que haja leis restritivas de consumo de açúcar semelhantes às existentes para o álcool e tabaco, o que limitaria especialmente o acesso das crianças a produtos açucarados. Será que existe motivo para tanta preocupação?
O endocrinologista, que lançou um vídeo no Youtube no qual fala sobre o assunto (que já ultrapassou 2 milhões de visualizações), cita como exemplo uma série de doenças. Ele defende que o número de problemas de saúde como pressão alta, doenças do coração e vícios alimentares eram muito menores há 30 anos, e o responsável pelo salto nos índices foi o açúcar.
Como exemplo, o médico cita diabetes. Em 2011, havia 366 milhões de diabéticos no mundo (o equivalente a 5% da população), mais do que o dobro em 1980. Mais ou menos nessa época, o mundo começou a se preocupar e eliminar a quantidade excessiva de gordura na alimentação. Mas ninguém sabia que alguns lipídios são bons para o organismo: a ordem era cortar o máximo de gordura possível.
De lá para cá, fomos substituindo a gordura por açúcar. No Reino Unido, por exemplo, os índices são alarmantes: desde 1990, o consumo de açúcar cresceu 35%. Entre as crianças, a ingestão de glicose representa 17% do total de calorias diárias. Como é que chegamos a esse ponto?
A resposta do médico americano está nos produtos industrializados. Nos últimos anos, conforme ele explica, todos já sabem que açúcar em excesso pode fazer mal. Por isso, substituímos o açucareiro pelo adoçante, por exemplo, e tentamos cortar o açúcar dos alimentos que nós mesmos preparamos.
O problema é que o “açúcar invisível”, já embutido no alimento que vem da fábrica, atinge uma quantidade cada vez maior de produtos. Se você examinar o rótulo dos produtos que colocou em seu carrinho de supermercado, vai descobrir que existe açúcar em coisas que você nem imaginava.
Muitas pessoas engordam, por exemplo, porque o açúcar é um inibidor natural da leptina, o hormônio através do qual o estômago diz ao corpo que “já está bom, pode parar de comer”. Algo como uma trava natural. Este e outros efeitos nocivos indiretos à saúde por parte do açúcar também são objeto de estudo do endocrinologista americano.
O caminho para a restrição de tais produtos, conforme o próprio Robert Lustig afirma, é complicado. A indústria alimentícia resiste às tentativas de baixar os índices de açúcar nos produtos por que acreditam – provavelmente com razão – que o consumo vai cair significativamente se os alimentos nas formas em que as pessoas estão acostumadas mudarem. A vontade de mudar, dessa forma, deve partir primeiramente do consumidor. [Telegraph]
Fonte: http://hypescience.com/conheca-os-perigos-do-acucar/ - Por Dalane Santos
O endocrinologista, que lançou um vídeo no Youtube no qual fala sobre o assunto (que já ultrapassou 2 milhões de visualizações), cita como exemplo uma série de doenças. Ele defende que o número de problemas de saúde como pressão alta, doenças do coração e vícios alimentares eram muito menores há 30 anos, e o responsável pelo salto nos índices foi o açúcar.
Como exemplo, o médico cita diabetes. Em 2011, havia 366 milhões de diabéticos no mundo (o equivalente a 5% da população), mais do que o dobro em 1980. Mais ou menos nessa época, o mundo começou a se preocupar e eliminar a quantidade excessiva de gordura na alimentação. Mas ninguém sabia que alguns lipídios são bons para o organismo: a ordem era cortar o máximo de gordura possível.
De lá para cá, fomos substituindo a gordura por açúcar. No Reino Unido, por exemplo, os índices são alarmantes: desde 1990, o consumo de açúcar cresceu 35%. Entre as crianças, a ingestão de glicose representa 17% do total de calorias diárias. Como é que chegamos a esse ponto?
A resposta do médico americano está nos produtos industrializados. Nos últimos anos, conforme ele explica, todos já sabem que açúcar em excesso pode fazer mal. Por isso, substituímos o açucareiro pelo adoçante, por exemplo, e tentamos cortar o açúcar dos alimentos que nós mesmos preparamos.
O problema é que o “açúcar invisível”, já embutido no alimento que vem da fábrica, atinge uma quantidade cada vez maior de produtos. Se você examinar o rótulo dos produtos que colocou em seu carrinho de supermercado, vai descobrir que existe açúcar em coisas que você nem imaginava.
Muitas pessoas engordam, por exemplo, porque o açúcar é um inibidor natural da leptina, o hormônio através do qual o estômago diz ao corpo que “já está bom, pode parar de comer”. Algo como uma trava natural. Este e outros efeitos nocivos indiretos à saúde por parte do açúcar também são objeto de estudo do endocrinologista americano.
O caminho para a restrição de tais produtos, conforme o próprio Robert Lustig afirma, é complicado. A indústria alimentícia resiste às tentativas de baixar os índices de açúcar nos produtos por que acreditam – provavelmente com razão – que o consumo vai cair significativamente se os alimentos nas formas em que as pessoas estão acostumadas mudarem. A vontade de mudar, dessa forma, deve partir primeiramente do consumidor. [Telegraph]
Fonte: http://hypescience.com/conheca-os-perigos-do-acucar/ - Por Dalane Santos
quinta-feira, 5 de abril de 2012
10 Maneiras de mudar sua vida em 59 segundos
Você pode mudar sua vida em 59 segundos inserindo histórias sobre seu sapo de estimação nas conversas ou colocando uma foto de um bebê em sua carteira, de acordo com um livro com bases científicas escrito pelo popular psicólogo Richard Wiseman e publicado recentemente no Reino Unido.
O ex-mágico, que tem um PhD em psicologia da fraude, afirma que pequenas mudanças no nosso cotidiano pode fazer uma enorme diferença em nossa felicidade.
O novo livro “59 Seconds: Think a Little. Change a Lot” (“59 Segundos: Pense um Pouco. Mude Muito”, ainda não lançado no Brasil) esmiuça provas de estudos empíricos em uma variedade de publicações cientifícias em pequenos pedaços de conselhos capazes de mudar vidas.
O livro tem capítulos sobre trabalho, relacionamentos, atração, tomada de decisões e stress, e foi aprovado pelo ilusionista britânico Darren Brown como “um triunfo dos conselhos cientificamente provados contra mitos enganosos da auto-ajuda”.
Wiseman acredita que os conselhos baseados na ciência oferecidos em seu livro são mais objetivos que aqueles de muitos outros do gênero da auto-ajuda.
“Alguns livros de auto-ajuda são simplesmente conduzidos por especialistas”, ele contou ao The Times. “Um especialista diz que ‘eu acho que seria bom se você fizesse isso ou aquilo’ e se houver provas para sustentar isso, ótimo, mas muitas vezes eles estão falando qualquer coisa sem pensar muito.”
O livro sugere que a melhor maneira de evitar infidelidade é manter uma foto de seu cônjuge na carteira, enquanto você pode garantir que sua carteira será devolvida quando perdida se você deixar a foto de um bebê “fofinho” em destaque dentro dela.
A melhor maneira de conseguir o que se deseja é amenizar conversas mencionando seu sapo de estimação e você pode espantar mentirosos em potencial fechando seus olhos e pedindo que eles se comuniquem por e-mail.
Outras dicas, antecipadas pelo The Times, incluem:
• Na próxima vez que você for a uma reunião importante, obtenha uma fácil e rápida vantagem psicológica sentando-se no meio do grupo.
• Durante um encontro, comece indiferente e depois torne-se mais positivo; foque em coisas que ambos desgostem e imite a linguagem corporal de seu par.
• Para proporcionar um aumento significativo em sua felicidade, force seu rosto a sorrir e segure essa expressão por 20 segundos.
• A melhor maneira de conseguir que alguém goste de você não é fazendo um favor, mas fazendo com que essa pessoa faça um pequeno favor para você.
• Para diminuir com a bebida e a comida, use copos estreitos, coloque um espelho em sua cozinha e mantenha um diário alimentar.
• Compre experiências e não bens. Vá a um show, filme, lugar diferente ou um restaurante estranho: qualquer coisa que forneça uma oportunidade de fazer algo com outras pessoas ou de contar aos outros depois.
• Ajude a atingir seus objetivos contando-os a amigos, familiares e colegas.
• Para ajudar a manter um relacionamento vivo, lembre-se de balancear cada comentário negativo com cinco positivos.
• Quando for procurar um emprego, aumente sua credibilidade mencionando qualquer fraqueza óbvia no começo da entrevista.
• Vá atrás de mudanças “intencionais” começando um novo hobby, filiando-se a uma organização, aprendendo uma habilidade, iniciando um projeto ou conhecendo novas pessoas. [Telegraph, Foto]
Fonte: http://hypescience.com/18714-dez-maneiras-de-mudar-sua-vida-em-59-segundos/ - Por Alessandra Nogueira
Falar dois idiomas retarda sintomas de Alzheimer
Vantagens de ser bilíngue
Falar mais de um idioma pode ser diretamente traduzido como uma melhor saúde mental.
É o garantem Ellen Bialystok e seus colegas da Universidade de Iorque (Canadá), em um artigo publicado nesta quinta-feira na revista Cell Press.
Os pesquisadores descobriram que ser bilíngue pode oferecer proteção contra os sintomas da demência.
Como decorrência, sugerem eles, a crescente diversidade das populações no mundo contemporâneo pode ter um impacto positivo inesperado sobre a resiliência do cérebro adulto a longo prazo.
Flexibilidade mental
Vários estudos já confirmaram os benefícios de aprender um segundo idioma entre crianças.
"Em nosso trabalho, revisamos estudos recentes, usando tanto métodos comportamentais quanto de neuroimagens, para examinar os efeitos do bilinguismo na cognição de adultos," diz Bialystok.
Os resultados indicam que a necessidade de monitorar duas línguas, a fim de selecionar aquela que é apropriada em cada contexto, recruta regiões docérebro que são críticas para a atenção geral e o controle cognitivo.
Usar essas redes de controle cognitivo para o processamento de dois idiomas parece reconfigurá-las e fortalecê-las, eventualmente aumentando a "flexibilidade mental" - a capacidade de se adaptar às mudanças e processar informações de forma mais eficiente.
Reserva cognitiva
Estudos analisados pela equipe também sugerem que falar dois idiomas melhora a "reserva cognitiva", o efeito protetor que estimular a atividade mental tem sobre o funcionamento cognitivo durante o envelhecimento.
A reserva cognitiva também pode adiar o início dos sintomas em pessoas que sofrem de demência.
Esta opinião é corroborada por estudos que mostram que os bilíngues que sofrem de Alzheimer demoram anos a mais a apresentar os sintomas do que as pessoas que falam apenas um idioma.
"Nossa conclusão é que a experiência ao longo da vida na gestão da atenção para duas línguas reorganiza redes específicas do cérebro, criando uma base mais eficaz para o controle executivo, sustentando um melhor desempenho cognitivo ao longo da vida," diz a Dra. Bialystok.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=falar-dois-idiomas-retarda-sintomas-alzheimer&id=7593&nl=nlds
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Os olhos são mesmo as janelas da alma?
Seus olhos podem realmente ser a janela para sua alma. Segundo um novo estudo realizado por psicólogos da Universidade Yale, EUA, a maioria das pessoas sentem intuitivamente que seu “eu”, também conhecido como a sua alma, ou ego, existe no ou perto de seus olhos.
Em três experimentos, os pesquisadores estudaram as intuições de crianças pré-escolares (4 anos) e adultos sobre a localização precisa de seu “autossenso” no corpo.
Os participantes viram imagens de personagens de desenhos animados, e em cada foto um pequeno objeto (uma mosca zumbindo ou um floco de neve) foi posicionado perto de uma seção diferente do corpo do personagem (face, tronco, pés, etc.), sempre na mesma distância.
Os participantes deveriam indicar quais fotos mostravam o objeto mais próximo do corpo. A hipótese é que as pessoas interpretariam como o objeto mais próximo o que estivesse mais perto do que eles intuitivamente acreditavam ser a localização da alma.
A grande maioria das crianças e dos adultos achou que o objeto estava mais próximo ao personagem quando estava perto dos olhos dele.
Isto se manteve verdade mesmo quando o personagem de desenho animado era um alienígena de pele verde, cujos olhos estavam sobre seu peito e não em sua cabeça – o que sugere que são os olhos, e não o cérebro, que pareciam mais intimamente ligados à alma.
“A natureza indireta do nosso método, e o fato de que esses julgamentos são compartilhados por adultos e pré-escolares, sugere que nossos resultados não refletem uma compreensão culturalmente aprendida, mas poderiam ser enraizados em um sentido mais intuitivo ou fenomenológico de onde, em nossos corpos, nós residimos”, concluíram os autores Christina Starmans e Paul Bloom.
Controvérsias
Alguns especialistas discordam sobre as implicações da pesquisa. O neurologista Robert Burton, ex-chefe de neurologia da Universidade da Califórnia em São Francisco, EUA, acha que os resultados não descartam a possibilidade de que o sentido ocidental de que nós existimos (nossa alma fica) em nossos olhos seja culturalmente doutrinado.
Burton disse que o resultado mais interessante do estudo parece ter sido ignorado pelos pesquisadores: o fato de que as crianças e os adultos não deram as mesmas respostas durante o experimento com o personagem de desenho animado alienígena.
Quase tantas crianças pensaram que a mosca estava mais próxima do alienígena quando estava perto de sua cabeça sem olhos do que quando estava perto de seu peito com olhos.
Ao mesmo tempo, os adultos, quase por unanimidade, selecionaram os olhos no peito. “Isto sugere que algo que aconteceu entre os 4 anos até a idade adulta que afetou a nossa compreensão de identidade”, comentou Burton.
Em outras palavras, pode ser que nós aprendemos a associar a identidade com os olhos, ao invés de fazê-lo naturalmente, desde o nascimento.
Talvez, por exemplo, os olhos assumem mais importância à medida que crescemos e temos consciência dos sinais sociais que outras pessoas transmitem com os olhos. Ou talvez seja porque os adultos aprenderam que é educado fazer contato visual.
Além disso, os participantes do estudo podem não ter interpretado a ideia da mosca e do floco de neve estarem “mais perto” de um personagens de desenho animado como sendo que eles estavam mais perto de sua alma ou seu “eu”.
Os objetos parecem maiores quando estão mais perto dos olhos, e isso pode ter confundido os participantes.
O neuropsiquiatra Georg Northoff, da Universidade de Ottawa, Canadá, concorda que a interpretação dos autores de seus resultados experimentais é “exagerada”.
Apesar disso, Northoff disse que um grande corpo de evidências sugere que a maioria das pessoas têm um senso de “eu” que se manifesta fisicamente em seus corpos. “Nós temos a tendência de localizar algo e materializá-lo no corpo como mente ou como alma”, disse.
É importante notar também que a parte do cérebro em que a autoconsciência surge, chamada córtex pré-frontal ventromedial, está localizada atrás dos olhos. Burton acredita que é possível que as pessoas sintam que a alma está fisicamente localizada perto dos olhos porque nossa identidade emerge nos neurônios dessa região.[LiveScience, Foto]
Fonte: http://hypescience.com/os-olhos-sao-mesmo-as-janelas-da-alma/ - Por Natasha Romanzoti
Em três experimentos, os pesquisadores estudaram as intuições de crianças pré-escolares (4 anos) e adultos sobre a localização precisa de seu “autossenso” no corpo.
Os participantes viram imagens de personagens de desenhos animados, e em cada foto um pequeno objeto (uma mosca zumbindo ou um floco de neve) foi posicionado perto de uma seção diferente do corpo do personagem (face, tronco, pés, etc.), sempre na mesma distância.
Os participantes deveriam indicar quais fotos mostravam o objeto mais próximo do corpo. A hipótese é que as pessoas interpretariam como o objeto mais próximo o que estivesse mais perto do que eles intuitivamente acreditavam ser a localização da alma.
A grande maioria das crianças e dos adultos achou que o objeto estava mais próximo ao personagem quando estava perto dos olhos dele.
Isto se manteve verdade mesmo quando o personagem de desenho animado era um alienígena de pele verde, cujos olhos estavam sobre seu peito e não em sua cabeça – o que sugere que são os olhos, e não o cérebro, que pareciam mais intimamente ligados à alma.
“A natureza indireta do nosso método, e o fato de que esses julgamentos são compartilhados por adultos e pré-escolares, sugere que nossos resultados não refletem uma compreensão culturalmente aprendida, mas poderiam ser enraizados em um sentido mais intuitivo ou fenomenológico de onde, em nossos corpos, nós residimos”, concluíram os autores Christina Starmans e Paul Bloom.
Controvérsias
Alguns especialistas discordam sobre as implicações da pesquisa. O neurologista Robert Burton, ex-chefe de neurologia da Universidade da Califórnia em São Francisco, EUA, acha que os resultados não descartam a possibilidade de que o sentido ocidental de que nós existimos (nossa alma fica) em nossos olhos seja culturalmente doutrinado.
Burton disse que o resultado mais interessante do estudo parece ter sido ignorado pelos pesquisadores: o fato de que as crianças e os adultos não deram as mesmas respostas durante o experimento com o personagem de desenho animado alienígena.
Quase tantas crianças pensaram que a mosca estava mais próxima do alienígena quando estava perto de sua cabeça sem olhos do que quando estava perto de seu peito com olhos.
Ao mesmo tempo, os adultos, quase por unanimidade, selecionaram os olhos no peito. “Isto sugere que algo que aconteceu entre os 4 anos até a idade adulta que afetou a nossa compreensão de identidade”, comentou Burton.
Em outras palavras, pode ser que nós aprendemos a associar a identidade com os olhos, ao invés de fazê-lo naturalmente, desde o nascimento.
Talvez, por exemplo, os olhos assumem mais importância à medida que crescemos e temos consciência dos sinais sociais que outras pessoas transmitem com os olhos. Ou talvez seja porque os adultos aprenderam que é educado fazer contato visual.
Além disso, os participantes do estudo podem não ter interpretado a ideia da mosca e do floco de neve estarem “mais perto” de um personagens de desenho animado como sendo que eles estavam mais perto de sua alma ou seu “eu”.
Os objetos parecem maiores quando estão mais perto dos olhos, e isso pode ter confundido os participantes.
O neuropsiquiatra Georg Northoff, da Universidade de Ottawa, Canadá, concorda que a interpretação dos autores de seus resultados experimentais é “exagerada”.
Apesar disso, Northoff disse que um grande corpo de evidências sugere que a maioria das pessoas têm um senso de “eu” que se manifesta fisicamente em seus corpos. “Nós temos a tendência de localizar algo e materializá-lo no corpo como mente ou como alma”, disse.
É importante notar também que a parte do cérebro em que a autoconsciência surge, chamada córtex pré-frontal ventromedial, está localizada atrás dos olhos. Burton acredita que é possível que as pessoas sintam que a alma está fisicamente localizada perto dos olhos porque nossa identidade emerge nos neurônios dessa região.[LiveScience, Foto]
Fonte: http://hypescience.com/os-olhos-sao-mesmo-as-janelas-da-alma/ - Por Natasha Romanzoti
terça-feira, 3 de abril de 2012
Como resfriados causam tosse
Embora quase todo mundo saiba que geralmente um resfriado nos leva a tossir, nem todos conhecem qual é a relação biológica entre estas duas coisas. O problema é especialmente complicado para os asmáticos, que geralmente padecem com tosse e problemas de respiração de maneira mais acentuada.
Parece difícil de acreditar, mas a medicina ainda não sabe exatamente como combater a tosse crônica em simples resfriados.
A origem da tosse como reação a um resfriado está na estrutura celular. Na membrana plasmática de determinadas células existem canais iônicos (conjuntos de proteínas que formam “túneis” para os íons), chamados de Canal Receptor de Potencial Transiente (TPR, na sigla em inglês). Tais canais seriam uma espécie de “sensores de tosse”.
Os canais TPR funcionam sob uma lógica de ação e reação. Perturbações ambientais externas, tais como poluentes no ar, mudanças de temperatura, fumaça de cigarro ou outras, além da inalação de substâncias tóxicas, são identificadas pelos canais TPR, que ativam o mecanismo de tossir.
Entre estes fatores que nos fazem tossir, o principal talvez seja o Rinovírus, agente dos resfriados mais corriqueiros que contraímos.
Pesquisadores irlandeses fizeram um estudo no qual pacientes asmáticos e pessoas saudáveis foram infectados com uma versão amena do Rinovírus. Comparando os resultados, eles perceberam que os asmáticos têm uma tendência natural a tossir mais ao serem infectados, mesmo que os outros sintomas do resfriado se manifestem de forma igual.
Isso sugere que há um vínculo exclusivo entre as duas coisas – resfriado e tosse -, ou seja, poderíamos obter um tratamento específico para reduzir a tosse durante o período de uma infecção. Este é o próximo obstáculo que os cientistas querem ultrapassar. [ScienceDaily, Foto]
Fonte: http://hypescience.com/como-resfriados-causam-tosse/ - Por Dalane Santos
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Os 10 maiores mistérios da evolução humana
Teóricos antigos, Charles Darwin, a genética e a ciência moderna ainda não foram capazes de solucionar completamente os mistérios relacionados à nossa evolução. Existe sólido conhecimento produzido sobre os conceitos de evolução, mas o senso comum ainda desconhece a maior parte deles. Confira uma lista com dez destes pontos obscuros.
10 – POR QUE NÃO SOMOS MAIS PARECIDOS COM OS ACOS?
Coloque lado a lado o DNA do homem e o do chimpanzé e você descobrirá que existe uma diferença de pouco mais de 1% entre nós e eles. Até as cadeias de cromossomos de ratos e camundongos, por exemplo, têm menos em comum entre si do que nós e os outros primatas. Apesar disso, somos muito diferentes.
A principal razão para isso é a própria genética. Quando se trata de cadeias de DNA, uma ínfima mudança de ordem pode incorrer em uma grande alteração no fenótipo. Apenas 1% difere entre chimpanzés e humanos, mas estas alterações se espalham por 80% dos nossos cerca de 30 mil genes. Dessa maneira, fica fácil haver duas espécies completamente distintas.
9 – POR QUE NOS TORNAMOS BÍPEDES?
Os ancestrais do homem são bípedes há muito mais tempo do que se imagina. Darwin sugeriu que o ser humano passou a caminhar sobre duas pernas com o intuito biológico de deixar as mãos livres para a confecção de ferramentas. Cientistas posteriores, no entanto, derrubaram essa tese ao afirmar que o bipedalismo é 4 milhões de anos mais antigo que as primeiras ferramentas, logo, uma coisa está desvinculada da outra.
Um exame evolutivo mais apurado, feito por vários pesquisadores, mostra que há várias razões para que nós tenhamos deixado de ser quadrúpedes. Em parte, pode haver vínculo com a velha seleção natural, em que os bípedes levavam vantagem entre brigar melhor, economia de energia ao se movimentar, etc. O bipedalismo teria começado em árvores ou outros ambientes em que os quadrúpedes precisam de maior habilidade de locomoção.
8 – POR QUE O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO FOI TÃO O?
Uma descoberta relativamente recente (há cerca de duas décadas), em Afar, na Etiópia, mudou o modo como os cientistas enxergam a evolução dos instrumentos manuais. Lascas de pedra neste local foram datadas de 2,6 milhões de anos, muito mais antigamente do que se imaginava. A nova questão a intrigar os pesquisadores passou a ser o motivo de a revolução tecnológica seguinte levar tanto tempo para acontecer.
Uma das razões foi o lento amadurecimento do sistema nervoso central. Nos dois milhões de anos posteriores ao aparecimento das primeiras ferramentas, o cérebro humano dobrou de volume, atingindo 900 centímetros cúbicos. Entre os ganhos neste aumento, incluem-se as capacidades motoras, o que propiciou a evolução.
7 – QUANDO DESENVOLVEMOS A LINGUAGEM?
Anatomicamente falando, o Homo sapiens não foi a única espécie do mundo a ter habilidade para a fala. Os Neandertais tinham língua e estrutruras vocais e respiratórias próprias para a função de se comunicar, e indícios apontam para a existência de fala na espécie há cerca de 500 mil anos. O pontapé inicial da comunicação pode estar por volta desta época.
Apesar de não propriamente falarem, no entanto, hominídeos que teriam vivido na Terra algumas centenas de milhares de anos antes já gesticulavam. Ainda antes da fala em si, seu corpo já apresentava um órgão primitivo que se assemelhava a uma “caixa de voz”, e permitia a emissão de sons altos.
6 – POR QUE NOSSO CÉREBRO É TÃO GRANDE?
Alguns primatas, durante sua linha evolutiva, desenvolveram fortes músculos na mandíbula. Isso amplia a pressão sobre o crânio, inibindo o desenvolvimento físico do cérebro. O ancestral do ser humano, há cerca de dois milhões de anos, tomou o sentido contrário: uma mutação genética favoreceu o crescimento do cérebro.
Pouca gente imagina, mas um cérebro bem desenvolvido é literalmente faminto, ou seja, foi preciso que os hominídeos desenvolvessem uma dieta mais rica em vários nutrientes (derivados da carne, inclusive) para ampliar o próprio potencial.
5 – POR QUE SOMOS PELADOS?
Uma ideia já levantada para o fato de os hominídeos terem perdido os pelos foi o fato de entrarem mais na água (em rios e lagos). Com a mudança de adaptação à temperatura externa, teríamos perdido a necessidade de tanta “cobertura”. A teoria mais aceita, no entanto, defende que nos livramos dos pelos porque estávamos superaquecendo, e não nos resfriando.
Enquanto nos restringimos a florestas tropicais, onde a temperatura é amena devido à cobertura vegetal, ser peludo não era problema. Mas a partir do momento em que nossos ancestrais passaram a habitar áreas abertas e com a mesma alta temperatura, o único artifício para resfriamento corporal era o suor. Nesta etapa, os pelos se tornaram um entrave evolutivo, e foram pouco a pouco descartados.
4 – COMO ACONTECEU NOSSA DIÁSPORA?
Já é famosa a postulação de que os hominídeos partiram da África em direção a outras regiões do planeta. Há cerca de 1,8 milhões de anos houve ancestrais na Ásia e há uns 800 mil na Europa, mas estas espécies primitivas foram extintas. O ser humano se expandiu a partir do continente africano há cerca de 65 mil anos, um feito inédito para qualquer espécie animal.
Uma das explicações para a diáspora foi a instabilidade climática que a África vivenciava naquela época. O que estimulou o crescimento populacional foram as conquistas materiais dos hominídeos, tais como o domínio do fogo e tecnologias rudimentares de defesa, transporte e obtenção de alimento. O fato de andar, conforme explicam os cientistas, não era suficiente. Era preciso saber transformar os novos ambientes conquistados.
3 – ALGUNS HUMANOS PODEM SER “HÍBRIDOS”
A ideia de que todos os humanos de hoje possuem uma genética descendente de um ancestral único parece ser um erro. Estudos recentes mostram que os melanésios (etnia que habita ilhas no Pacífico Sul) têm 7% dos genes derivados do Hominídeo de Denisova, espécie primitiva descoberta recentemente, que teria sido extinta na região onde hoje está a Sibéria, na Rússia.
Isso significa que diferentes espécies ancestrais do homem teriam acasalado entre si, e algumas diferenças de DNA permanecem até hoje. Dessa maneira, a grosso modo, nem todos seríamos completamente Homo sapiens. Mas estas teorias nunca foram completamente confirmadas e ainda enfrentam grande contestação da comunidade científica.
2 – AINDA HÁ OUTROS HOMINÍDEOS VIVOS HOJE?
Provavelmente não. Embora haja lendas tais como o “Pé Grande” ou o Iéti (abominável homem das neves), de criaturas que lembram humanos, nada passou perto de ser comprovado. As supostas pegadas do Pé Grande (que habitaria a América do Norte), por exemplo, parecem ter sido simplesmente impressas por ursos, de acordo com pesquisas recentes.
Apesar disso, alguns sinais apontam para a ideia de que certas espécies coexistiram com o Homo sapiens mesmo depois que ele já havia superado os estágios evolutivos e as espécies primitivas “clássicas”, como o Homo erectus, já estavam extintas há muito tempo. Uma delas, o Homo florensis, foi descoberta da Ilha de Flores, na Indonésia, e teria vivido há até 18 mil anos atrás.
1 – NÓS MATAMOS OS NEANDERTAIS?
Aparentemente, a culpa para a extinçao dos Neandertais recai justamente sobre os ancestrais do Homo sapiens moderno. Os Neandertais teriam se instalado há mais de cem mil anos em cavernas da Rocha de Gibraltar, na Espanha, e de lá se espalharam pela Europa e Ásia. Quando chegou a nossa vez de se expandir a partir da África, no entando, teríamos levado doenças que dizimaram pouco a pouco os Neandertais, até sua extinção há cerca de 24 mil anos.
O cérebro deles, conforme apontam os estudos, era de tamanho semelhante ao nosso. O que determinou nossa “vitória” sobre eles na face da Terra, no entanto, teria sido diferentes atribuições da massa cerebral: enquanto eles dedicavam boa parte a habilidades como a visão noturna, nosso cérebro foi programado para tarefas mais versáteis em termos de adaptação. Dessa maneira, eles sucumbiram.[NewScientist]
Fonte: http://hypescience.com/os-10-maiores-misterios-da-evolucao-humana/ - Por Dalane Santos
10 – POR QUE NÃO SOMOS MAIS PARECIDOS COM OS ACOS?
Coloque lado a lado o DNA do homem e o do chimpanzé e você descobrirá que existe uma diferença de pouco mais de 1% entre nós e eles. Até as cadeias de cromossomos de ratos e camundongos, por exemplo, têm menos em comum entre si do que nós e os outros primatas. Apesar disso, somos muito diferentes.
A principal razão para isso é a própria genética. Quando se trata de cadeias de DNA, uma ínfima mudança de ordem pode incorrer em uma grande alteração no fenótipo. Apenas 1% difere entre chimpanzés e humanos, mas estas alterações se espalham por 80% dos nossos cerca de 30 mil genes. Dessa maneira, fica fácil haver duas espécies completamente distintas.
9 – POR QUE NOS TORNAMOS BÍPEDES?
Os ancestrais do homem são bípedes há muito mais tempo do que se imagina. Darwin sugeriu que o ser humano passou a caminhar sobre duas pernas com o intuito biológico de deixar as mãos livres para a confecção de ferramentas. Cientistas posteriores, no entanto, derrubaram essa tese ao afirmar que o bipedalismo é 4 milhões de anos mais antigo que as primeiras ferramentas, logo, uma coisa está desvinculada da outra.
Um exame evolutivo mais apurado, feito por vários pesquisadores, mostra que há várias razões para que nós tenhamos deixado de ser quadrúpedes. Em parte, pode haver vínculo com a velha seleção natural, em que os bípedes levavam vantagem entre brigar melhor, economia de energia ao se movimentar, etc. O bipedalismo teria começado em árvores ou outros ambientes em que os quadrúpedes precisam de maior habilidade de locomoção.
8 – POR QUE O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO FOI TÃO O?
Uma descoberta relativamente recente (há cerca de duas décadas), em Afar, na Etiópia, mudou o modo como os cientistas enxergam a evolução dos instrumentos manuais. Lascas de pedra neste local foram datadas de 2,6 milhões de anos, muito mais antigamente do que se imaginava. A nova questão a intrigar os pesquisadores passou a ser o motivo de a revolução tecnológica seguinte levar tanto tempo para acontecer.
Uma das razões foi o lento amadurecimento do sistema nervoso central. Nos dois milhões de anos posteriores ao aparecimento das primeiras ferramentas, o cérebro humano dobrou de volume, atingindo 900 centímetros cúbicos. Entre os ganhos neste aumento, incluem-se as capacidades motoras, o que propiciou a evolução.
7 – QUANDO DESENVOLVEMOS A LINGUAGEM?
Anatomicamente falando, o Homo sapiens não foi a única espécie do mundo a ter habilidade para a fala. Os Neandertais tinham língua e estrutruras vocais e respiratórias próprias para a função de se comunicar, e indícios apontam para a existência de fala na espécie há cerca de 500 mil anos. O pontapé inicial da comunicação pode estar por volta desta época.
Apesar de não propriamente falarem, no entanto, hominídeos que teriam vivido na Terra algumas centenas de milhares de anos antes já gesticulavam. Ainda antes da fala em si, seu corpo já apresentava um órgão primitivo que se assemelhava a uma “caixa de voz”, e permitia a emissão de sons altos.
6 – POR QUE NOSSO CÉREBRO É TÃO GRANDE?
Alguns primatas, durante sua linha evolutiva, desenvolveram fortes músculos na mandíbula. Isso amplia a pressão sobre o crânio, inibindo o desenvolvimento físico do cérebro. O ancestral do ser humano, há cerca de dois milhões de anos, tomou o sentido contrário: uma mutação genética favoreceu o crescimento do cérebro.
Pouca gente imagina, mas um cérebro bem desenvolvido é literalmente faminto, ou seja, foi preciso que os hominídeos desenvolvessem uma dieta mais rica em vários nutrientes (derivados da carne, inclusive) para ampliar o próprio potencial.
5 – POR QUE SOMOS PELADOS?
Uma ideia já levantada para o fato de os hominídeos terem perdido os pelos foi o fato de entrarem mais na água (em rios e lagos). Com a mudança de adaptação à temperatura externa, teríamos perdido a necessidade de tanta “cobertura”. A teoria mais aceita, no entanto, defende que nos livramos dos pelos porque estávamos superaquecendo, e não nos resfriando.
Enquanto nos restringimos a florestas tropicais, onde a temperatura é amena devido à cobertura vegetal, ser peludo não era problema. Mas a partir do momento em que nossos ancestrais passaram a habitar áreas abertas e com a mesma alta temperatura, o único artifício para resfriamento corporal era o suor. Nesta etapa, os pelos se tornaram um entrave evolutivo, e foram pouco a pouco descartados.
4 – COMO ACONTECEU NOSSA DIÁSPORA?
Já é famosa a postulação de que os hominídeos partiram da África em direção a outras regiões do planeta. Há cerca de 1,8 milhões de anos houve ancestrais na Ásia e há uns 800 mil na Europa, mas estas espécies primitivas foram extintas. O ser humano se expandiu a partir do continente africano há cerca de 65 mil anos, um feito inédito para qualquer espécie animal.
Uma das explicações para a diáspora foi a instabilidade climática que a África vivenciava naquela época. O que estimulou o crescimento populacional foram as conquistas materiais dos hominídeos, tais como o domínio do fogo e tecnologias rudimentares de defesa, transporte e obtenção de alimento. O fato de andar, conforme explicam os cientistas, não era suficiente. Era preciso saber transformar os novos ambientes conquistados.
3 – ALGUNS HUMANOS PODEM SER “HÍBRIDOS”
A ideia de que todos os humanos de hoje possuem uma genética descendente de um ancestral único parece ser um erro. Estudos recentes mostram que os melanésios (etnia que habita ilhas no Pacífico Sul) têm 7% dos genes derivados do Hominídeo de Denisova, espécie primitiva descoberta recentemente, que teria sido extinta na região onde hoje está a Sibéria, na Rússia.
Isso significa que diferentes espécies ancestrais do homem teriam acasalado entre si, e algumas diferenças de DNA permanecem até hoje. Dessa maneira, a grosso modo, nem todos seríamos completamente Homo sapiens. Mas estas teorias nunca foram completamente confirmadas e ainda enfrentam grande contestação da comunidade científica.
2 – AINDA HÁ OUTROS HOMINÍDEOS VIVOS HOJE?
Provavelmente não. Embora haja lendas tais como o “Pé Grande” ou o Iéti (abominável homem das neves), de criaturas que lembram humanos, nada passou perto de ser comprovado. As supostas pegadas do Pé Grande (que habitaria a América do Norte), por exemplo, parecem ter sido simplesmente impressas por ursos, de acordo com pesquisas recentes.
Apesar disso, alguns sinais apontam para a ideia de que certas espécies coexistiram com o Homo sapiens mesmo depois que ele já havia superado os estágios evolutivos e as espécies primitivas “clássicas”, como o Homo erectus, já estavam extintas há muito tempo. Uma delas, o Homo florensis, foi descoberta da Ilha de Flores, na Indonésia, e teria vivido há até 18 mil anos atrás.
1 – NÓS MATAMOS OS NEANDERTAIS?
Aparentemente, a culpa para a extinçao dos Neandertais recai justamente sobre os ancestrais do Homo sapiens moderno. Os Neandertais teriam se instalado há mais de cem mil anos em cavernas da Rocha de Gibraltar, na Espanha, e de lá se espalharam pela Europa e Ásia. Quando chegou a nossa vez de se expandir a partir da África, no entando, teríamos levado doenças que dizimaram pouco a pouco os Neandertais, até sua extinção há cerca de 24 mil anos.
O cérebro deles, conforme apontam os estudos, era de tamanho semelhante ao nosso. O que determinou nossa “vitória” sobre eles na face da Terra, no entanto, teria sido diferentes atribuições da massa cerebral: enquanto eles dedicavam boa parte a habilidades como a visão noturna, nosso cérebro foi programado para tarefas mais versáteis em termos de adaptação. Dessa maneira, eles sucumbiram.[NewScientist]
Fonte: http://hypescience.com/os-10-maiores-misterios-da-evolucao-humana/ - Por Dalane Santos
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