sexta-feira, 23 de março de 2012
Como reduzir em 30% sua chance de ter câncer
Se você costuma ler artigos científicos, já deve ter perdido a conta de quantos métodos preventivos contra o câncer você já ouviu falar. A maioria, no entanto, sequer está relacionada a medicamentos. São dicas de alimentação, hábitos de vida ou consumo de certas substâncias.
Agora, cientistas da Universidade Oxford, na Inglaterra, afirmam que um produto muito simples e presente na nossa rotina pode nos proteger do câncer: a aspirina.
A pesquisa se baseia no fundamento de que a melhor forma de evitar o câncer é combatendo a formação de metástases. São lesões tumorais malignas secundárias, criadas a partir de uma primeira, que se espalham pelos órgãos do corpo humano e aumentam as chances de contração da doença.
A aspirina, conforme os cientistas apuraram, teria propriedades ideais para restringir as metástases. Basta tomar um comprimido ao dia, durante três a cinco anos, para que as chances de formação de tumor se reduzam em 19%.
Fazer uso do medicamento por mais de cinco anos pode diminuir tais riscos em até 30%. Este efeito vale, inclusive, para pessoas que já ultrapassaram os 60 anos de idade. [Telegraph, foto de jlodder]
Fonte: http://hypescience.com/como-reduzir-em-30-sua-chance-de-ser-diagnosticado-com-cancer/ - Por Dalane Santos
quinta-feira, 22 de março de 2012
Para atrair as mulheres, pele é mais importante do que o rosto
No jogo do amor e do sexo, uma pele bonita pode formar a linha divisória entre os perdedores e os vencedores: uma nova pesquisa mostra que uma pele saudável é mais importante do que um rosto masculino.
Estudos anteriores revelaram que mulheres heterossexuais acham homens com rostos masculinos – aqueles com o queixo proeminente e quadrado, sobrancelhas espessas e um rosto relativamente longo com um queixo bem definido – mais atraentes, principalmente durante a ovulação. Pesquisas propuseram que as mulheres instintivamente escolhem homens com características masculinas devido ao indicativo de boa saúde, que então poderia ser passada para os filhos.
Entretanto, o psicólogo Ian Stephen, da Universidade de Nottingham, na Malásia, descobriu que uma pele “dourada” também é indicativo de boa saúde, e que as pessoas tendem a achar isso bonito. Mas então o que as mulheres preferem: uma pele bonita e dourada ou um rosto “macho”?
Para descobrir, Stephen e seus colegas tiraram fotos de 34 homens brancos e 41 negros. Eles então calcularam a cor das faces e usaram um programa de computador para classificar a masculinidade das faces.
“Nós usamos essa técnica de computador para comparar matematicamente o formato dos rostos dos homens com amostras similares de rostos de mulheres, das mesmas populações”, comenta Stephen.
Os pesquisadores então mostraram as fotos para 32 mulheres brancas e 30 negras, para que elas classificassem a atração.
Os cientistas descobriram que a masculinidade facial não era nem de perto tão importante quando o tom da pele, para as mulheres de ambos os grupos étnicos. Eles não encontraram uma ligação entre a masculinidade e a atração, mas sim entre a pele.
Apesar da cor dourada ser muito importante para as mulheres ao classificarem os rostos do próprio grupo étnico, elas não pareceram se importar muito com esse traço em outro grupo étnico. Os pesquisadores sugerem que elas não conseguem detectar diferenças tão relativas em homens de outras raças.
Os traços dourados em nossa pele vêm de pigmentos de frutas e vegetais da nossa alimentação, promovendo saúde e fertilidade.
“Nosso estudo mostra que ser saudável pode ser a melhor forma dos homens ficarem atrativos”, comenta Stephen. “Nós sabemos que você pode conseguir uma pele mais atrativa comendo mais frutas e vegetais, então aí pode ser um bom começo”. [LiveScience]
Fonte: http://hypescience.com/para-atrair-as-mulheres-pele-e-mais-importante-do-que-o-rosto/ - Por Bernardo Staut
quarta-feira, 21 de março de 2012
Você sabe o que é Síndrome do Esgotamento Profissional?
Doenças do trabalho
Fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, problemas digestivos e depressão.
Estes são alguns dos sintomas de uma doença invisível chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional (SEP) ou Síndrome de Burnout - do inglês burn out, que significa queimar-se por completo.
Na década de 1970, os problemas de saúde do trabalhador mais relevantes eram as doenças fisiológicas, tais como silicose ou a intoxicação por chumbo.
Na de 1980 eram as lesões por esforços repetitivos (LER) e doenças osseomusculares relacionadas ao trabalho (DORT).
De 1990 em diante, contudo, os casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho e as doenças como depressão e Síndrome do Esgotamento Profissional não pararam de crescer.
Síndrome do Esgotamento Profissional
A característica mais marcante da Síndrome do Esgotamento Profissional é a dedicação exagerada à atividade profissional, marcando o que se convencionou chamar de workaholic, uma pessoa viciada em trabalho.
Mas não é a única.
O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: a pessoa passar a avaliar e sustentar sua auto-estima na capacidade de realização e sucesso profissionais.
O que tem início como uma vocação, envolvendo satisfação e prazer no trabalho, acaba quando o trabalhador não obtém o reconhecimento de que se acha merecedor.
Nesse estágio, necessidade de se afirmar e desejo de realização profissional se transformam em obstinação e compulsão, tornando a pessoa incapaz de levantar os olhos e ver a situação de um ponto de vista mais amplo.
Estágios da síndrome de Burnout
Segundo os especialistas, a Síndrome do Esgotamento Profissional possui doze "degraus", que a pessoa geralmente percorre sem se dar conta do caminho que está seguindo:
• Necessidade de se afirmar;
• dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
• descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir e sair com os amigos começam a perder o sentido;
• recalque dos conflitos - a pessoa percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as primeiras manifestações físicas;
• reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa e amigos. A única medida da auto-estima é o trabalho;
• negação de problemas - nessa fase, os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, sendo cinismo e agressão os sinais mais evidentes;
• recolhimento;
• mudanças evidentes de comportamento;
• despersonalização;
• vazio interior;
• depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
• e, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental.
O último degrau é considerado de emergência, e a única saída à qual essa escada leva é o consultório médico, para os remendos de urgência, e o psicólogo, para uma auto-reconstrução de longo prazo.
Sanidade mental dos trabalhadores
De acordo com Sérgio Roberto de Lucca, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, os casos de DORT e transtornos mentais associadas à Síndrome do Esgotamento Profissional são uma tendência demonstrada pelas estatísticas da Previdência Social e pelos pacientes atendidos no ambulatório de medicina do trabalho do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.
Dos 858 casos de DORT atendidos no ambulatório nos últimos anos, 280 destes casos apresentam como comorbidade algum tipo de transtorno mental.
"O novo desafio da medicina do trabalho é a de preservar a sanidade mental dos trabalhadores. Passamos do risco tecnológico, possível de controlar, para o risco invisível, difícil de controlar.
"Na história clínica há relatos de assédio moral e alguns pacientes apresentam sintomas que podem caracterizar-se como Síndrome de Burnout. O medo de perder emprego e os fatores da organização do trabalho são invisíveis e muito mais complexos de lidar. Este problema é mundial", disse de Lucca.
Precarização do trabalho
Segundo o pesquisador, esse problema foi agravado com o advento das novas tecnologias e da globalização, que impuseram uma reestruturação produtiva.
A precarização do trabalho se dá por meio da terceirização, flexibilização das atividades e instabilidade dos postos de trabalho.
"As exigências das empresas são tamanhas que o indivíduo precisa de uma qualificação cada vez mais exigente. A maioria dos trabalhadores, hoje, não tem essa qualificação. Eles ficarão na periferia do sistema, em subempregos ou desempregados", disse.
Com informações do Jornal da Unicamp
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=sindrome-esgotamento-profissional&id=7547&nl=nlds - Imagem: Wikimedia/Doryana02
terça-feira, 20 de março de 2012
Casamento pode ser o melhor remédio para o coração
Questão de sobrevivência
Pesquisas já haviam mostrado que o casamento é bom para o coração - fisiologicamente falando -, sobretudo para as mulheres.
E parece que isto é verdade também quando o coração está envolvido em situações muito críticas.
Adultos casados que passam por uma cirurgia cardíaca têm três vezes mais probabilidade de sobrevivência do que os solteiros.
"Esta é uma diferença dramática nas taxas de sobrevivência das pessoas solteiras, durante a parte mais crítica da recuperação pós-operatória," diz a Dra. Ellen Idler, da Universidade Emory (EUA), que liderou o estudo.
"Nós descobrimos que ser casado aumenta a chance de sobrevivência do paciente, seja ele um homem ou uma mulher," afirma.
Efeito protetor do casamento
Embora as diferenças mais marcantes estejam nos primeiros três da cirurgia - o período mais crítico e que pode determinar as chances de sobrevivência de longo prazo - o estudo confirmou que o forte efeito protetor do casamento continua por até cinco anos.
No período inicial de três meses após a cirurgia, o risco de que uma pessoa solteira morra é três vezes maior do que o risco de uma pessoa casada.
No geral, considerando o período todo, o risco de morte dos solteiros é duas vezes maior do que o risco de morte dos casados.
"Os resultados destacam a importância do papel das esposas como cuidadoras durante as crises de saúde. E os maridos são aparentemente tão bons em cuidar quanto as esposas," diz a médica.
Sobrevivência na crise
Colocar as alianças tem sido associado com uma vida mais longa desde 1858, quando William Farr observou que o casamento protegia contra a mortalidade precoce na França.
Os indícios vêm-se acumulando desde então de que viúvos, solteirões e divorciados têm menor expectativa de vida.
A maior parte dos estudos, contudo, observa grandes populações durante toda a vida.
Neste caso, os pesquisadores se concentraram em uma época definida, de uma crise grave de saúde. E os benefícios de ter alguém do lado se confirmaram também nestes casos.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=casamento-melhor-remedio-coracao&id=7546&nl=nlds
segunda-feira, 19 de março de 2012
Porque algumas pessoas bebem e esquecem o que fizeram?
Quem aqui nunca passou por uma situação em que bebeu muito, além da conta, e no outro dia não lembrava de nada ou da maioria das coisas?
Você não está só. Uma nova pesquisa sugere que algumas pessoas são mais suscetíveis a esquecimentos do que outras.
A diferença entre os que esquecem e os que não é visível no cérebro. Aqueles com tendência a esquecer as besteiras do dia anterior mostram respostas diferentes nas áreas relacionadas à memória e atenção, mesmo que a quantidade de álcool ingerida seja pequena.
A boa e velha desculpa
“Estamos estudando basicamente a perda parcial de memória após beber muito. Você consegue lembrar ‘pedaços’ das coisas, se tiver dicas sobre elas”, afirma o pesquisador Reagan Wetherill. “Às vezes, o cérebro não está necessariamente online, pegando a informação e registrando o que está acontecendo”.
E como todos nós sabemos, esses esquecimentos podem trazer consequências. Os especialistas ainda não estão estudando a total amnésia (esquecimento completo da noite anterior), mas sugerem que isso seria uma extensão do esquecimento parcial: quando mais álcool, maior o esquecimento.
Bêbado no laboratório
Os pesquisadores estudaram 24 amigos estudantes que costumam sair duas ou três vezes por semana, consumindo cerca de cinco bebidas por noite, uma quantidade considerada suficiente para ficar “alterado”.
Eles dividiram os bebedores em dois grupos: os que têm um histórico de esquecer as coisas após a noite, e os que não têm. Imagens cerebrais foram coletadas enquanto eles faziam testes de memória, estando sóbrios ou após alguns drinks.
Quando sóbrios, os dois grupos mostraram resultados similares. Mas mesmo após quantidades pequenas de álcool, até duas cervejas ou taças de vinho, os pesquisadores observaram grandes diferenças na atividade cerebral.
Por exemplo, aqueles que costumam ser “esquecidos” mostram menos atividade nas partes responsáveis por transformar experiências em memórias, bem como nas partes responsáveis pela atenção e funções cognitivas.
“O que pode acontecer é que alguns indivíduos têm um cérebro que consegue compensar até o ponto em que você põe uma carga cognitiva muito grande, como o álcool, e ele fica sobrecarregado”, afirma Wetherill.
A máxima “Se eu não lembro, eu não fiz” não pode mais ser usada. De fato, é possível se esquecer do que fez, mas para se esquecer, você tem que ter feito algo, não? O seu cérebro apenas não registrou a sua ação (quem sabe até ele ficou com vergonha e preferiu “deixar pra lá”). [LiveScience]
Fonte: http://hypescience.com/porque-algumas-pessoas-bebem-e-esquecem-o-que-fizeram/ - Por Bernardo Staut
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