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terça-feira, 9 de julho de 2019

Ciência confirma: esquecer coisas é um sinal de inteligência


Ser uma pessoa esquecida pode ser um sinal muito bom: de acordo com um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, esquecer coisas é normal e inclusive pode nos deixar mais inteligentes.

Como assim?
A pesquisa, liderada por Paul Frankland e Blake Richards e publicada em 2018, revela que esquecer detalhes menores é perfeitamente natural.

Não estamos falando de ser tão esquecido a ponto de não funcionar bem no dia a dia, mas sim de dar um branco ao tentar se lembrar de um endereço, ou ir embora de um restaurante e abandonar seu guarda-chuva lá sem querer.

Isso tudo porque o maior objetivo do nosso cérebro é otimizar as informações que guardamos para realizar processos como reflexão e tomada de decisão. Logo, é melhor se lembrar daquilo que importa e esquecer todos os detalhes insignificantes e desnecessários que não colaboram tanto assim com o nosso nível de inteligência.

“É importante que o cérebro esqueça detalhes irrelevantes e se concentre em coisas que nos ajudarão a tomar decisões no mundo real”, explicou Richards à CNN.

Faz sentido, não?

Esquecer às vezes é essencial
Nosso cérebro faz uma série de coisas para nos tornar mais inteligentes.

Por exemplo, ele nos ajuda a “esquecer” de detalhes específicos sobre eventos passados enquanto ainda somos capazes de nos lembrar deles de uma forma universal, o que nos dá a habilidade de generalizar experiências anteriores e aplicar nossas conclusões a situações atuais.

Além disso, conforme novas células são formadas em uma área do cérebro conhecida como hipocampo, dedicada ao aprendizado, novas conexões substituem memórias antigas, tornando-as mais difíceis de serem acessadas. Apesar do que possa parecer, essas “substituições” constantes têm benefícios, permitindo que nos adaptemos a novas situações sem nos preocupar com informações antigas que poderiam nos levar a cometer erros.

O propósito de dormir? Esquecer, dizem cientistas
“Se você está tentando navegar pelo mundo e seu cérebro está constantemente trazendo memórias conflitantes à tona, fica mais difícil para você tomar uma decisão informada”, esclarece Richards.

E como os pesquisadores sabem de tudo isso?
A dupla já realizou diversas pesquisas com ratos, modelos animais interessantes por sua proximidade biológica com algumas funções humanas.

Frankland e Richards chegaram à conclusão que ser esquecido era um sinal de inteligência depois de anos de dados acumulados sobre memória e atividade cerebral em experiências com os roedores.

“Todos nós admiramos a pessoa que é muito boa em trivias ou que sempre vence jogos de perguntas e respostas, mas o fato é que a evolução moldou nossa memória não para ganhar um jogo de trivia, e sim para tomar decisões inteligentes. Quando olhamos para o que é necessário para tomar decisões inteligentes, argumentamos que é saudável esquecer algumas coisas”, resume Richards.

Na medida certa
Ok, então tudo bem esquecer coisas, principalmente aquelas que não precisamos mais nos lembrar por conta de todos os nossos computadores e smartphones, como números de telefone.

Mas se você anda esquecido demais, é melhor procurar ajuda médica. “Você não quer esquecer tudo e, se você está esquecendo muito mais do que o normal, isso pode ser motivo de preocupação. Já se você é alguém que esquece detalhes ocasionais, isso é provavelmente um sinal de que seu sistema de memória está perfeitamente saudável e fazendo exatamente o que deveria estar fazendo”, conclui Richards.

Se você está procurando por uma forma fácil de “limpar” detalhes desnecessários do seu cérebro que você não precisa para tomar boas decisões, Richards recomenda algo muito simples: exercícios físicos regulares.

“Sabemos que o exercício aumenta o número de neurônios no hipocampo. Isso pode fazer com que algumas lembranças se percam, mas são exatamente aqueles detalhes de sua vida que realmente não importam, e que podem te impedir de tomar boas decisões”, explica.

Um artigo sobre a pesquisa foi divulgado na revista científica Neuron. [TheScienceandSpace, CNN]


segunda-feira, 10 de junho de 2013

7 forças culturais que estão se perdendo

A partir do século passado, a mídia de massa e a comunicação global começaram a moldar a cultura humana mais fortemente, e na segunda metade desse período esse processo tornou-se exponencial. Tecnologias e entretenimentos são implementados a todo instante, deixando marcas gigantescas na paisagem cultural e se tornando obsoletos dentro de períodos ridiculamente curtos de tempo. Por conta disso, é inevitável que essas mudanças causem o desaparecimento de muitas facetas da nossa cultura. Confira alguns hábitos que já foram fortes, mas hoje estão quase “extintos” e em breve podem cair no esquecimento:

7. Telejornais

Quando a televisão começou como um meio de comunicação, estrelas do cinema e do rádio, que eram destaque na época, criticaram o novo veículo. Passado algum tempo, os jornalistas foram os primeiros a inovarem no formato transmitindo notícias pela TV, com os telejornais funcionando como formadores de opinião pública. Entre 2002 e 2008, no entanto, o consumo de fontes de notícias online aumentou em 100%, enquanto a transmissão de notícias de notícias via televisão tem perdido cada vez mais força, já que é mais prático para o público obter informações através dos portais e até pelas redes sociais, em computadores ou celulares.

6. Videolocadoras

Leitores de certa idade vão se lembrar da primeira vez que entraram em uma videolocadora e se alegraram com a imensidão de filmes que poderiam levar para assistir em casa, o que era revolucionário. Desde o tempo em que os vídeos caseiros explodiram na paisagem cultural no final dos anos 70 até o advento do DVD, era difícil ir a alguns quarteirões em qualquer cidade grande sem ver um videolocadora. Com o surgimento de ainda novos formatos, as vendas e aluguéis de DVD não atenderam às expectativas da indústria, perdendo até para o aluguel online, algo inesperado. Netflix foi criada em 1997, mesmo ano em que os DVDs se tornaram amplamente disponíveis, e o modelo ultraconveniente de pedidos online e entrega pelo correio enfraqueceu ainda mais as lojas de aluguel.

5. Jornal

Dado o que temos visto até agora, não é nenhuma surpresa que a circulação de jornais esteja caindo constantemente à medida que mais e mais pessoas migram para a web para se informarem sobre eventos atuais. O problema maior é que o jornal não está nem caindo constantemente – a queda está se acelerando, e muito rapidamente. As receitas publicitárias estão diminuindo e, enquanto essas empresas podem ser capazes de se adaptar bem o suficiente para sobreviver em uma paisagem digital, as publicações físicas, que naturalmente exigem sobrecarga para imprimir e distribuir, possivelmente serão coisas do passado em pouco tempo.

4. Catálogos

A venda por catálogos foi uma febre quando surgiu, pois permitia que os consumidores fizessem compras de casa, recebendo as mercadorias por correspondência. Quando criou a ideia, a Aaron Montgomery Ward provavelmente não sabia que foi pioneira de um tipo inteiramente novo de comércio global, o de conveniência. Hoje, estas compras foram quase que completamente substituídas pelas online, seja de roupas, supermercados, eletrônicos ou o que mais estiver na web, em qualquer canto do país.

3. Linhas fixas de telefone

Nós não precisamos afirmar a importância do telefone, uma das principais invenções do mundo, que permite a comunicação instantânea de voz em qualquer lugar, em todo o mundo. Bem, em qualquer lugar que as linhas telefônicas possam ser executadas. É igualmente óbvio que o uso do telefone celular tem aumentado a cada ano, uma vez que se tornou amplamente disponível. Muitas crianças de hoje nunca usaram um telefone que não celular.
O fim das linhas fixas tem implicações na infraestrutura construída que em breve estará em completo desuso. Postes e todas as linhas distribuídas por quilômetros não terão utilidade, como aconteceu com os atendedores de chamadas, que quando surgiram eram considerados uma revolução, e hoje poucos se lembram deles.

2. Meio Físico

Alguns de vocês podem ter visto esse argumento crescendo em proeminência: que em um futuro próximo, todas as mídias serão digitais. Nós já vimos o impacto insignificante da introdução do DVD, mas não é apenas isso. Quando o acesso à internet de banda larga por cabo estiver disponível em todo lugar, qualquer formato de mídia física vai ser visto mais como uma barreira para a obtenção de conteúdo do que qualquer outra coisa.

1. Televisão

Embora tenha sido dito que estamos vivendo em uma época de ouro da programação da televisão, a televisão em si, a caixa quadrada grande ou tela plana, que fica no meio da sala de estar, com cabo, antena ou satélite conectado a ela para receber transmissões, parece um conceito arcaico a cada ano. Não quer dizer que as telas planas não continuarão a serem vendidas, afinal elas ficam mais baratas com o passar do tempo. É que elas não podem ser consideradas televisores, e sim monitores, pois não dependem mais de programação fixa, e é possível assisti-las através de computadores, tablets e smartphones.[ListVerse]

Fonte: http://hypescience.com/7-forcas-culturais-que-estao-se-perdendo/ - Por Ana Claudia Cichon

segunda-feira, 19 de março de 2012

Porque algumas pessoas bebem e esquecem o que fizeram?


Quem aqui nunca passou por uma situação em que bebeu muito, além da conta, e no outro dia não lembrava de nada ou da maioria das coisas?

Você não está só. Uma nova pesquisa sugere que algumas pessoas são mais suscetíveis a esquecimentos do que outras.

A diferença entre os que esquecem e os que não é visível no cérebro. Aqueles com tendência a esquecer as besteiras do dia anterior mostram respostas diferentes nas áreas relacionadas à memória e atenção, mesmo que a quantidade de álcool ingerida seja pequena.

A boa e velha desculpa

“Estamos estudando basicamente a perda parcial de memória após beber muito. Você consegue lembrar ‘pedaços’ das coisas, se tiver dicas sobre elas”, afirma o pesquisador Reagan Wetherill. “Às vezes, o cérebro não está necessariamente online, pegando a informação e registrando o que está acontecendo”.

E como todos nós sabemos, esses esquecimentos podem trazer consequências. Os especialistas ainda não estão estudando a total amnésia (esquecimento completo da noite anterior), mas sugerem que isso seria uma extensão do esquecimento parcial: quando mais álcool, maior o esquecimento.

Bêbado no laboratório

Os pesquisadores estudaram 24 amigos estudantes que costumam sair duas ou três vezes por semana, consumindo cerca de cinco bebidas por noite, uma quantidade considerada suficiente para ficar “alterado”.

Eles dividiram os bebedores em dois grupos: os que têm um histórico de esquecer as coisas após a noite, e os que não têm. Imagens cerebrais foram coletadas enquanto eles faziam testes de memória, estando sóbrios ou após alguns drinks.

Quando sóbrios, os dois grupos mostraram resultados similares. Mas mesmo após quantidades pequenas de álcool, até duas cervejas ou taças de vinho, os pesquisadores observaram grandes diferenças na atividade cerebral.

Por exemplo, aqueles que costumam ser “esquecidos” mostram menos atividade nas partes responsáveis por transformar experiências em memórias, bem como nas partes responsáveis pela atenção e funções cognitivas.

“O que pode acontecer é que alguns indivíduos têm um cérebro que consegue compensar até o ponto em que você põe uma carga cognitiva muito grande, como o álcool, e ele fica sobrecarregado”, afirma Wetherill.

A máxima “Se eu não lembro, eu não fiz” não pode mais ser usada. De fato, é possível se esquecer do que fez, mas para se esquecer, você tem que ter feito algo, não? O seu cérebro apenas não registrou a sua ação (quem sabe até ele ficou com vergonha e preferiu “deixar pra lá”). [LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/porque-algumas-pessoas-bebem-e-esquecem-o-que-fizeram/ - Por Bernardo Staut