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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Quer melhorar sua memória? Então preste mais atenção


O que se sabia anteriormente é que suas pupilas indicam se você está prestando atenção.

 

Por que eu esqueço?

 

Neurocientistas descobriram como prever se um indivíduo vai se lembrar ou esquecer de uma coisa com base em sua atividade neural e no tamanho da sua pupila.

 

"À medida que navegamos em nossas vidas, passamos por períodos em que ficamos frustrados porque não somos capazes de trazer o conhecimento à mente, expressando o que sabemos," contextualiza o professor Anthony Wagner, da Universidade de Stanford (EUA). "Felizmente, a ciência agora tem ferramentas que nos permitem explicar por que um indivíduo, de momento a momento, pode deixar de se lembrar de algo armazenado em sua memória."

 

Além de investigar por que as pessoas às vezes se lembram e outras vezes se esquecem das coisas, a equipe também queria entender por que alguns de nós parecem ter melhor memória do que outros, e como fazer muitas coisas ao mesmo tempo pode influenciar esse lembrar e esquecer.

 

Os resultados podem ter implicações importantes para as condições médicas envolvendo a memória, como a doença de Alzheimer, e podem levar a aplicações para melhorar a atenção das pessoas na vida diária.

 

Relação entre pupilas e cérebro

 

Para monitorar lapsos de atenção em relação à memória, 80 voluntários com idades entre 18 e 26 anos tiveram suas pupilas medidas e sua atividade cerebral monitorada por meio de um eletroencefalograma (EEG) - especificamente, as ondas cerebrais conhecidas como potência alfa posterior - durante a execução de tarefas como relembrar ou identificar mudanças em itens previamente estudados.

 

"Aumentos na potência alfa na parte de trás do crânio têm sido relacionados a lapsos de atenção, divagações da mente, distração e assim por diante," explica o pesquisador Kevin Madore. "Também sabemos que constrições no diâmetro da pupila - em particular, antes de você fazer diferentes tarefas - estão relacionadas a falhas de desempenho, como tempos de reação mais lentos e mais divagações mentais."

 

Os pesquisadores também estudaram as diferenças na capacidade das pessoas de manter a atenção, examinando o quão bem os voluntários conseguiam identificar uma mudança gradual em uma imagem enquanto se deparavam com vários tipos de distração (TV, celular, computador etc).

 

Atenção sustentada e multitarefa

 

Ao compararam o desempenho da memória entre os indivíduos nas diversas situações, a equipe descobriu que aqueles com menor capacidade de atenção sustentada e de multitarefa tiveram desempenho pior em tarefas de memória.

 

Em outras palavras, a capacidade da memória parece estar diretamente relacionada ao que ocorre no momento do registro do evento a ser lembrado, e não em "defeitos" posteriores no sistema de relembrança.

 

Wagner e Madore enfatizam que seu trabalho demonstra uma correlação, mas não causalidade.

 

"Não podemos dizer que multitarefas de mídia mais pesadas causam dificuldades com atenção sustentada e falhas de memória," disse Madore, "embora estejamos aprendendo cada vez mais sobre as direções das interações."

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Memory failure predicted by attention lapsing and media multitasking

Autores: Kevin P. Madore, Anna M. Khazenzon, Cameron W. Backes, Jiefeng Jiang, Melina R. Uncapher, Anthony M. Norcia, Anthony D. Wagner

Publicação: Nature

Vol.: 587, pages 87-91

DOI: 10.1038/s41586-020-2870-z

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quer-melhorar-sua-memoria-entao-preste-mais-atencao&id=14427&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: JaymzArt/Pixabay

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Para ganhar massa muscular você deve esquecer esse velho conselho alimentar


Dietas com alto teor de carboidratos costumam ser recomendadas como parte de protocolos de exercícios para melhorar a recuperação e aumentar o desempenho. No entanto, pesquisas recentes tem mostrado que os carboidratos talvez não ajudem na recuperação da atividade física, além do mais seu vínculo potencial com distúrbios e doenças metabólicas coloca em dúvida se tal dieta seria realmente um bom conselho.

O estado energético muscular durante os exercícios costuma ser considerado um elemento fundamental no desempenho do esporte desde a década de 1960 . Sabemos que os carboidratos são a fonte de energia favorita na contração muscular em exercícios de moderados e de alta intensidade, por isso as diretrizes usuais para a nutrição esportiva incentivam comer alimentos ricos em carboidratos em três momentos: antes, durante e depois dos exercícios para potencializar o próprio desempenho.

Esses critérios, que são preponderantemente voltados a atletas profissionais, indicam o consumo, a cada hora e por quatro horas, de um pouco mais de um grama de carboidrato para cada quilograma de massa corpórea, para um reabastecimento potencializado. Mas seria realmente necessário ingerir tanto carboidrato com o objetivo de potencializar a recuperação dos exercícios? E seria adequado para aqueles que não estão tão preocupadas com o desempenho em competições?

Desempenho versus Recuperação
Antes de nos aprofundarmos nessas perguntas, é fundamental fazermos distinção entre recuperação e desempenho do exercício.
A recuperação são processos musculares que foram estimulados pelo estresse dos exercícios. Esses processos são acumulativos e levam a maior resistência e crescimento do músculo. Estas adaptações ampliam a capacidade corporal de suportar o estresse em exercícios futuros.
O desempenho no exercício, entretanto, se refere à capacidade de fazer o exercício no tempo e intensidade desejados.
A nutrição tem um papel importante em ambos. Além do mais a qualidade da recuperação afeta em potencial o desempenho dos exercícios no futuro. No entanto recomendações de nutrição para melhor desempenho podem não são necessariamente ideais para ampliar a recuperação em todos os casos.

Treinamento de resistência e carboidratos
Embora o benéfico da ingestão dos carboidratos na melhora do desempenho dos exercícios seja aceito amplamente, os pesquisadores observaram recentemente que a restrição na ingestão de carboidratos próxima dos treinos de resistência pode efetivamente contribuir na recuperação muscular. Os estudos observaram a redução na disponibilidade de carboidratos (seja através de jejum noturno ou apenas reduzir a ingestão de carboidratos perto dos horários de treinos) pode contribuir a promoção de uma recuperação precoce, levando possivelmente a melhorias de longo prazo na resistência.
Diversos estudos descobriram que alimentação com alto teor de carboidratos pode suprimir a ativação de vários genes conectados a adaptações aos exercícios físicos. Essa pesquisa recente mostra que é possível realizar duas sessões de exercícios intervalados de alta intensidade (HIIT), com até 12 horas de intervalo em de restrição de carboidratos. Também foi descoberto que é mais provável haver recuperação precoce quando os exercícios são em estado de baixa disponibilidade de carboidratos no corpo.
Comer muito carboidrato durante a recuperação inicial também pode ser pior para aqueles que querem perder gordura corporal. Pesquisadores observaram que uma restrição de carboidratos durante o período de recuperação dos exercícios incrementou o metabolismo da gordura corporal e reduziu o metabolismo dos carboidratos. Aproximadamente três vezes mais gordura foi usada como fonte de energia quando se restringiu a ingestão de carboidratos durante o período de recuperação do exercício.
Levando em conta que costumamos nos exercitar para emagrecer (perda de gordura corporal), consumir carboidratos tanto antes quanto depois do exercício pode estar causando um efeito contrário do esperado.

Exercícios de resistência e o carboidrato
Mas e a função carboidratos no processo de recuperação dos exercícios de resistência, que incluem levantar pesos ou fazer exercícios com o peso corporal para de aumentar a força e os músculos?
Sabemos que o consumo de proteínas nesse tipo de exercício beneficia o crescimento muscular. A recomendação tradicional, é uma alimentação com alto teor de carboidratos para melhorar o desempenho e a recuperação dos exercícios de resistência.
Mas inúmeros estudos agora mostram que os carboidratos não ampliam a recuperação depois de exercícios de resistência, ao compararmos com a proteína isolada.
Além do mais, a realização de exercícios de resistência quando as reservas de carboidratos dos músculos estão baixas também não compromete a recuperação. Pensando como um todo, isso sugere que o carboidrato ingerido desempenha um papel pequeno ou nenhum papel na recuperação dos exercícios de resistência.
Outro mito frequente diz que os atletas de resistência necessitam ingerir energia extra (ou seja, comer mais) para ganhar massa muscular. Aumentar os carboidratos na alimentação seria uma maneira de fazer isso. Não existem evidências para tal crença. Por outro lado as pesquisas demonstram recuperação muscular após o exercício de resistência sendo promovida pelas proteínas, mesmo que o atleta esteja com déficit energético.

Riscos potenciais à saúde
Além dos conselhos de consumo de altas taxas de carboidrato não serem úteis para a recuperação do atleta não profissional eles são motivos para nos preocuparmos. Carboidratos em excesso potencialmente causam doenças metabólicas como obesidade e diabetes tipo 2.
Se alimentar com excesso de carboidratos hiper estimula o hormônio insulina, levando a níveis cronicamente nocivos de açúcar no sangue. Uma das várias funções da insulina é o bloqueio do uso de gorduras como combustível. A insulina também promove o deposita o excesso de carboidratos em forma de gordura corporal e prejudica a capacidade do corpo controlar seus níveis de açúcar no sangue.
Para pessoas fisicamente ativas recreativamente, que tem objetivos como melhorar a saúde em geral, reduzir a gordura corporal e aumentar a massa magra muscular – se alimentar com uma dieta rica em carboidratos pode levar exatamente ao resultado oposto. [The Conversation]


quarta-feira, 10 de julho de 2019

10 mitos de medicina que pacientes e médicos devem esquecer


Uma nova pesquisa da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos EUA, fez uma descoberta apavorante: mais de 400 práticas médicas comuns foram desacreditadas por estudos científicos.

Isso significa que diversas práticas rotineiras podem estar sendo realizadas em pacientes sem apoio científico que corrobore sua eficácia.

O estudo: metodologia
Os pesquisadores analisaram 3.000 estudos publicados em três importantes revistas científicas médicas: JAMA, The Lancet (artigos divulgados entre 2003 e 2017) e The New England Journal of Medicine (artigos divulgados entre 2011 e 2017).

A conclusão? Mais de um a cada dez estudos podem ser classificados como uma “controvérsia médica”, significando que os resultados foram opostos ao senso comum sobre a prática entre os médicos.

“Você ganha um senso de humildade. Pessoas muito inteligentes e bem-intencionadas praticam essas coisas por muitos e muitos anos. Mas estavam erradas”, disse um dos autores do estudo, o Dr. Vinay Prasad, ao The New York Times.

10 mitos médicos
Abaixo, você pode conferir dez sensos comuns médicos versus as descobertas dos estudos que os contradizem:

Estouro da bolsa e decisão de fazer o parto
A prática mais comum, quando a bolsa d’água de uma grávida estoura, é realizar o parto da criança imediatamente, mesmo que tal parto seja prematuro. Isso porque, sem a membrana e o fluido amniótico que protege o feto, os obstetras têm medo (e com razão) de que o bebê seja exposto a uma infecção bacteriana. Logo, seria melhor puxá-lo para fora.
Contudo, um estudo clínico rigoroso descobriu que, se os médicos monitorarem atentamente o feto enquanto aguardam o parto ocorrer naturalmente, o bebê não fica em risco maior de infecção. Além disso, há uma vantagem óbvia em esperar: crianças que são deixadas na barriga até o momento do parto natural são mais saudáveis, com menos problemas respiratórios e menos risco de morte do que aquelas que são imediatamente retiradas na barriga da mãe quando a bolsa estoura.

Peixes gordurosos ricos em ômega-3 e risco de doença cardíaca
Peixes gordurosos ricos em ácidos graxos ômega-3 sempre foram considerados um bom alimento para diminuir o risco de doenças cardíacas. Parece óbvio: pessoas com dietas ricas em peixes gordos têm menos incidentes cardíacos; suplementos de ômega-3 diminuem o nível de triglicérides no organismo, e sabemos que níveis altos dessa gordura levam a um risco maior de doença cardíaca; e o ômega-3 parece diminuir a inflamação, outro fator de risco para doença cardíaca.
Apesar de tudo isso, a pesquisa não tem encontrado eco desses benefícios na vida real: um suplemento diário de ômega-3 não forneceu nenhuma vantagem para os participantes de um estudo com 12.500 pessoas em grande risco de doença cardíaca.

Alergia a amendoim
Uma das alergias mais comuns, muitos médicos pensam que ela ocorre com mais frequência se a criança for exposta a amendoins antes dos 3 anos, de forma que pediatras têm aconselhado os pais a manter seus filhos longe do alimento até essa idade.
A pesquisa científica mostrou, porém, que crianças expostas a amendoim antes mesmo de completarem um ano de idade não tinham risco maior de desenvolver a alergia do que crianças que não foram expostas.

Ginkgo biloba, memória e demência
Ginkgo biloba é uma árvore de origem chinesa, conhecida também como nogueira-do-japão ou simplesmente ginkgo, utilizada na medicina tradicional chinesa como uma forma de preservar a memória.
Suplementos feitos de folha de gingko são populares: pelo menos nos EUA, movimentam um mercado de US$ 249 mi (cerca de R$ 956 mi, no câmbio atual). O único problema é que um grande estudo nacional americano descobriu que eles não ajudam a impedir a perda de memória, diminuindo assim o risco de demência, por exemplo.

Dor aguda e opioides
Aparentemente, muitos médicos tratam pacientes em extrema dor que chegam ao pronto-socorro com uma dose única de um opioide oral (por exemplo, um opioide comum é a morfina).
De fato, opioides são medicamentos poderosos, mas um estudo clínico chegou à conclusão de que opções muito mais seguras, como aspirina e ibuprofeno, funcionam igualmente para aliviar a dor.

Testosterona e perda de memória em homens
Pesquisas iniciais indicaram que alguns homens com níveis baixos de testosterona podem ter problemas de memória. Os homens com níveis mais altos pareciam ter mais tecido cerebral em boas condições em algumas partes do órgão. Homens idosos com níveis maiores de testosterona também se saíram melhores em testes para avaliar a função mental.
Dito isso, um estudo clínico bem conduzido concluiu que pílulas de testosterona não eram melhores que placebo para evitar perda de memória em idosos.

Asma e pestes domésticas
Médicos normalmente recomendam que as casas de pessoas com asma sejam dedetizadas para se livrarem de ácaros, ratos e baratas. A hipótese por trás desse conselho é que reações alérgicas a tais animais podem levar a ataques de asma.
Um estudo que incluiu dedetização intensa nas residências com crianças sensíveis a alérgenos descobriu que isso não é capaz de reduzir a frequência de ataques de asma.

Contar calorias e perder peso
Será que usar um aplicativo de smartphone ou um diário para contar quantas calorias você perdeu diariamente pode te ajudar a emagrecer, te mantendo consciente do seu progresso?
Alguns médicos acham que sim, mas um estudo de longo alcance, com 470 participantes seguidos por dois anos, concluiu o oposto. Os participantes que registraram suas atividades e as calorias que perderam emagreceram menos do que aqueles que apenas seguiram recomendações gerais.

Lesões de menisco e cirurgia
Rupturas de menisco estão entre as lesões mais comuns no joelho, principalmente entre atletas. Nos EUA, cerca de 460.000 pacientes realizam operação nessa parte do corpo anualmente. Isso porque tais lesões são muito dolorosas, e as pessoas pensam que a dor não aliviará a menos que façam a cirurgia.
No entanto, um estudo que seguiu diversos pacientes com rupturas no menisco e artrite moderada descobriu que seis meses de fisioterapia têm o exato mesmo efeito que a cirurgia para melhorar a dor e qualidade de vida dos indivíduos.

Bonecas realistas, adolescentes e gravidez precoce
Alguns médicos parecem acreditar que dar a uma adolescente uma boneca realista que exige cuidados maternos pode desencorajar a gravidez precoce, uma vez que as garotas entenderiam o trabalho que ter um filho realmente dá.
Um estudo, entretanto, concluiu o oposto: adolescentes que tiveram uma boneca realista eram na verdade ligeiramente mais propensas a engravidar que garotas que não ganharam uma boneca.

A revisão de estudos foi publicada na revista eLife. [TheNewYorkTimes]


terça-feira, 9 de julho de 2019

Ciência confirma: esquecer coisas é um sinal de inteligência


Ser uma pessoa esquecida pode ser um sinal muito bom: de acordo com um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, esquecer coisas é normal e inclusive pode nos deixar mais inteligentes.

Como assim?
A pesquisa, liderada por Paul Frankland e Blake Richards e publicada em 2018, revela que esquecer detalhes menores é perfeitamente natural.

Não estamos falando de ser tão esquecido a ponto de não funcionar bem no dia a dia, mas sim de dar um branco ao tentar se lembrar de um endereço, ou ir embora de um restaurante e abandonar seu guarda-chuva lá sem querer.

Isso tudo porque o maior objetivo do nosso cérebro é otimizar as informações que guardamos para realizar processos como reflexão e tomada de decisão. Logo, é melhor se lembrar daquilo que importa e esquecer todos os detalhes insignificantes e desnecessários que não colaboram tanto assim com o nosso nível de inteligência.

“É importante que o cérebro esqueça detalhes irrelevantes e se concentre em coisas que nos ajudarão a tomar decisões no mundo real”, explicou Richards à CNN.

Faz sentido, não?

Esquecer às vezes é essencial
Nosso cérebro faz uma série de coisas para nos tornar mais inteligentes.

Por exemplo, ele nos ajuda a “esquecer” de detalhes específicos sobre eventos passados enquanto ainda somos capazes de nos lembrar deles de uma forma universal, o que nos dá a habilidade de generalizar experiências anteriores e aplicar nossas conclusões a situações atuais.

Além disso, conforme novas células são formadas em uma área do cérebro conhecida como hipocampo, dedicada ao aprendizado, novas conexões substituem memórias antigas, tornando-as mais difíceis de serem acessadas. Apesar do que possa parecer, essas “substituições” constantes têm benefícios, permitindo que nos adaptemos a novas situações sem nos preocupar com informações antigas que poderiam nos levar a cometer erros.

O propósito de dormir? Esquecer, dizem cientistas
“Se você está tentando navegar pelo mundo e seu cérebro está constantemente trazendo memórias conflitantes à tona, fica mais difícil para você tomar uma decisão informada”, esclarece Richards.

E como os pesquisadores sabem de tudo isso?
A dupla já realizou diversas pesquisas com ratos, modelos animais interessantes por sua proximidade biológica com algumas funções humanas.

Frankland e Richards chegaram à conclusão que ser esquecido era um sinal de inteligência depois de anos de dados acumulados sobre memória e atividade cerebral em experiências com os roedores.

“Todos nós admiramos a pessoa que é muito boa em trivias ou que sempre vence jogos de perguntas e respostas, mas o fato é que a evolução moldou nossa memória não para ganhar um jogo de trivia, e sim para tomar decisões inteligentes. Quando olhamos para o que é necessário para tomar decisões inteligentes, argumentamos que é saudável esquecer algumas coisas”, resume Richards.

Na medida certa
Ok, então tudo bem esquecer coisas, principalmente aquelas que não precisamos mais nos lembrar por conta de todos os nossos computadores e smartphones, como números de telefone.

Mas se você anda esquecido demais, é melhor procurar ajuda médica. “Você não quer esquecer tudo e, se você está esquecendo muito mais do que o normal, isso pode ser motivo de preocupação. Já se você é alguém que esquece detalhes ocasionais, isso é provavelmente um sinal de que seu sistema de memória está perfeitamente saudável e fazendo exatamente o que deveria estar fazendo”, conclui Richards.

Se você está procurando por uma forma fácil de “limpar” detalhes desnecessários do seu cérebro que você não precisa para tomar boas decisões, Richards recomenda algo muito simples: exercícios físicos regulares.

“Sabemos que o exercício aumenta o número de neurônios no hipocampo. Isso pode fazer com que algumas lembranças se percam, mas são exatamente aqueles detalhes de sua vida que realmente não importam, e que podem te impedir de tomar boas decisões”, explica.

Um artigo sobre a pesquisa foi divulgado na revista científica Neuron. [TheScienceandSpace, CNN]


terça-feira, 19 de agosto de 2014

8 hábitos que melhoram a memória

Confira dicas para ajudar a não esquecer os afazeres da rotina

Fugir uma coisa ou outra da cabeça é comum. Mas, segundo a neurologista Flavia Abido (RJ), o esquecimento constante deve ser valorizado. “Pode ser sinal de transtornos de humor (depressão e ansiedade) e do sono, déficit de atenção, doenças da tireoide, diabete, entre outros”, alerta Flavia. Veja quais hábitos cotidianos você deve adotar para melhorar sua memória e prevenir futuras doenças.

Vá para a academia e ponto
O exercício, segundo a personal trainer e consultora de qualidade de vida, Luciana Piccoli, melhora o trabalho cerebral e aumenta a capacidade de concentração. “Além disso, durante a atividade, o fígado produz uma substância que cai no sangue e entra no cérebro, fazendo o hipocampo produzir BNDF, que estimula o nascimento de novos neurônios. O hipocampo é a principal sede da memória a longo prazo e a área de maior importância para o aprendizado e emoções. Todo esse processo só é gerado através da atividade física”, explica Luciana.

Você mais cult
Toda e qualquer atividade intelectual é bem-vinda: palavras cruzadas, leitura, jogos, estudos… “Isso ativa todas as áreas do cérebro, estimulando a atenção e a memorização”, fala a neurologista, membro da Academia Brasileira de Neurologia, Sonia Brucki.

Já para a acupuntura
“A acupuntura estimula pontos que ativa regiões variadas do cérebro e do sistema nervoso central. Quando o foco é melhorar a memória, utiliza-se pontos que estão relacionados com o hipocampo e as múltiplas áreas do córtex cerebral, onde há integração dos estímulos sensoriais, afinal, a lembrança é visual, auditiva, emocional, olfativa, de curta e longa duração, etc.”, esclarece a médica acupunturista Helen Nasser, do Espaço Lavanda, em São Conrado (RJ).

Bons sonhos
O sono de boa qualidade, de acordo com Flavia, é fundamental para a consolidação das informações adquiridas no dia anterior, contribuindo, portanto, para uma boa memória.

De olho na diabete
O cérebro precisa de energia para funcionar e, por isso, requer bastante glicose (açúcar), a forma mais rápida de energia. “Ele consome cerca de 50% do total de glicose que ingerimos diariamente, então é fundamental manter estável o fluxo, pois vai beneficiar o aprendizado e aumentar a capacidade de memorizar”, explica a médica ortomolecular e nutróloga, Tamara Mazaracki.

Cigarro nunca mais
Até na memória ele influencia. “O vício pode deixar os neurônios envolvidos na formação de nova memória mais lentos. Há ainda uma diminuição significativa nos níveis de acetilcolinesterase e na síntese de óxido nítrico, fragilizando também o processo de armazenamento de informações”, explica o neurocirurgião Eduardo Barreto (RJ).

Um pouquinho de sol, pode
Nossa principal forma de obtenção de vitamina D é através dos raios solares. “A vitamina D é, na verdade, um hormônio e age como um anti-inflamatório neuronal, ou seja, ajuda a tonificar cérebros velhos, e trata a perda de memória ligada ao envelhecimento”, fala Tamara. Apenas 15 minutinhos já são suficientes. Bom para prevenir, né?

Bye, bye zona de conforto
Coloque seu cérebro para fazer coisas novas. “Realize as tarefas do dia a dia de um jeito diferente. Por exemplo: mude os caminhos, a mão que você come e escova os dentes, troque o mouse de lado. Isso mantém o cérebro ativo”, sugere o neurologista Leandro Teles (SP).

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

10 tipos de homens que você deve esquecer

Descubra quais são os homens com os quais você não deve se envolver

Existem alguns homens dos quais você deve passar à quilômetros de distância e nem pensar em se relacionar com eles. Confira a seguir quais são estes tipos e fuja logo da encrenca.

1 – Aquele que só te liga pra sair na segunda-feira
Sabe aquele tipo de homem que só aparece durante a semana e desaparece quando o fim de semana começa? Dia chuvoso e segunda-feira é a especialidade desse tipo de homem. Fuja dessa porque no fim de semana ele vai te largar sozinha para ir para a balada.

2 – Aquele que só te leva para sair com o grupo de amigos dele
Outro tipo de homem do qual devemos passar longe é aquele que sempre te leva para a balada com os amigos dele. Nunca quer saber de nada mais romântico e nenhum programa de casal. Provavelmente ele não quer nada sério, então se você quiser, é melhor procurar outro gato.

3 – Aquele que só aparece no fim da noite
Esse é um tipo perigoso. Aparece no fim da noite com a desculpa de que teve um dia muito corrido, mas na verdade foi para a balada e como não conseguiu nenhuma gata por lá veio atrás de você. Em inglês, chamam esse tipo de aparição no fim da noite como “booty call”. Ou seja, o rapaz vai atrás de você às 3 da madrugada e depois desaparece.

4 – Aquele que está enrolado, mas diz que vai terminar
Essa promessa é típica de homens que querem o namoro ou casamento, mas que não abrem mão de sair com qualquer mulher que ele queira. Ou seja, ele sempre diz que vai terminar, mas acaba enrolando e nunca termina o compromisso que tem. Se você não quer ser “a outra” para sempre, fuja desse tipo de homem.

5 – Aquele que te chama para sair e te leva para a balada
Ele te chama para um encontro, você passa a semana inteira pensando em como se vestir, como se portar, com que maquiagem você vai e chega na hora ele te leva para uma balada com os amigos. Tem algo mais desanimador? Se você não é da turma da balada, talvez esse não seja o homem para você. E considere também que é possível que ele não queira compromisso nessa altura da vida.

6 – Aquele que atrasa ou que nem aparece nos encontros
Esse é outro tipo que não tem os relacionamentos como uma prioridade na vida. Ele está mais preocupado com o futebol com os amigos ou com o happy hour após o trabalho. Se ele combina e nunca aparece ou sempre atrasa, pense melhor se compensa mesmo investir no gato.

7 – Aquele que tem várias amigas “irmãzinhas”
Essas amigas que eles dizem considerar irmãs podem ser um verdadeiro pesadelo na vida de qualquer namorada, noiva ou esposa. Elas chegam com intimidades, abraçam seu gato e ficam cheias de liberdade com ele. Se você é ciumenta, esses homens cheios de amigas não são os ideais para você.

8 – Aquele que arruma briga em qualquer lugar
Esse tipo de homem deveria se chamar “homem problema”, porque pode causar confusão pelas coisas mais insignificantes, pode maltratar um garçom ou vendedor de uma loja e ser grosso por motivos banais. Sendo assim, fique longe dos homens que são violentos e mal educados.

9 – Aquele que diz que vai ligar e não liga
O homem que diz que vai ligar e não liga demonstra que não tem palavra e que possivelmente não está a fim de compromisso. Se ele der essa mancada logo de cara, talvez ele não seja a pessoa ideal para você.

10 – Aquele que não quer aparecer em público com você
Se ele tem vergonha de você, será que ele merece mesmo estar contigo? Outra possibilidade é que ele não queira aparecer com você em público porque já está comprometido com outra. Sendo assim, fique de olho e não se deixe cair na lábia dele.

E estes tipos de homem que você deve esquecer estão por toda a parte. Alguns podem não ser exatamente tão péssimos, mas certamente merecem cuidado redobrado antes de você se deixar envolver. Cautela é sempre bom para evitar frustrações e decepções.