domingo, 14 de outubro de 2018

Pequenos truques para emagrecer e manter a perda de peso, por um professor de Harvard


Nos dias atuais, perder peso não é uma tarefa simples.
“Há tanta comida saborosa, abundante e na sua cara o tempo todo. Para mim, é um milagre que as pessoas não estejam mais pesadas do que são”, opina o Dr. Meir Stampfer, professor de epidemiologia e nutrição da Universidade de Harvard (EUA).

Além da abundância de alimentos, a maioria das pessoas também tem um estilo de vida muito mais sedentário do que as gerações passadas. “Mesmo pessoas ativas que se exercitam bastante não gastam as mesmas calorias que seus ancestrais gastavam”, explica o professor.

Portanto, embora pareça fácil na teoria, reduzir a ingestão de calorias é um desafio na prática. Mais difícil ainda é manter essa perda, o que é particularmente verdadeiro para mulheres após a menopausa.

“Quando as pessoas envelhecem, torna-se mais complicado dissipar a energia dos alimentos. Elas precisam modificar seus hábitos alimentares, seguir padrões mais saudáveis. É um desafio mudar quaisquer hábitos”, esclarece o Dr. Lu Qi, também professor de nutrição de Harvard.

Então, como ter sucesso?
Hoje, comida não significa apenas sustento. Comer é uma fonte de gratificação; é uma atividade social; é uma recompensa.

É por isso que muitas dietas funcionam a curto prazo, mas falham ao longo do tempo. “Muitas dietas são uma mudança radical do que as pessoas normalmente comem, e isso não é sustentável”, defende Stampfer.
De pouco em pouco é que se chega longe. Confira algumas estratégias que podem ajudá-lo a eliminar o excesso de peso de maneira saudável:

Não faça dieta; melhore sua dieta
Não se concentre apenas na perda de peso. Foque na saúde em geral. Siga uma dieta rica em frutas, vegetais e gorduras saudáveis.
“Mesmo hoje, depois de todos os dados que temos, as pessoas ainda pensam que comer gordura as engorda e tentam encontrar produtos com baixo teor de gordura. Comer gordura não engorda. Há bons estudos que mostram que a ingestão de gorduras saudáveis ajuda as pessoas a controlarem seu peso melhor do que excluí-las da dieta”, esclarece Stampfer.
Acima de tudo, a escolha de uma dieta sustentável voltada para a saúde e não apenas para o peso pode ajudá-lo a obter melhorias duradouras. “Adote um regime saudável e coma um pouco menos”, sugere Stampfer.

Exercite-se regularmente
Esse é o conselho mais conhecido, mas não pode deixar de ser compartilhado. Aumentar o nível de atividade física pode ajudar a manter o peso. “Para a maioria das pessoas, o controle de peso a longo prazo é difícil sem alguma atividade física”, afirma Stampfer.

O metabolismo diminui com a idade, o que significa que você queima menos calorias para manter as funções básicas do corpo funcionando. Ao mesmo tempo, a massa óssea e muscular diminuem e a massa gorda aumenta. Esse padrão acontece naturalmente, a menos que você tome medidas para evitá-lo.
“Sou um forte defensor não só da atividade aeróbica, mas também da musculação e da ginástica calistênica. A construção muscular não só pode melhorar a taxa metabólica do seu corpo, como também trazer seus próprios benefícios de saúde distintos que muitas vezes não são tão bem apreciados quanto aqueles associados à atividade aeróbica”, explica.

Tente diferentes estratégias
Diferentes dietas funcionam para pessoas diferentes. Encontrar a estratégia certa para você depende de tentativa e erro.
Por exemplo, você pode experimentar uma abordagem promissora conhecida como “comer com atenção”. Isso significa que, toda vez que você for comer, deve parar tudo o que está fazendo e realmente se concentrar e desfrutar da sua comida.
“A evidência científica a meu ver é escassa, mas gosto do conceito. Todos já tivemos a experiência de comer um prato de algo e nem sequer lembrar de ter comido”, argumenta Stampfer.
Outro truque simples é soltar o garfo entre mordidas, em vez de segurá-lo nas mãos. Pequenas atitudes como essa fazem as pessoas comerem menos. Pesquise e dê uma chance a várias abordagens para saber qual combina com você.

Persevere
Todo mundo sabe que perder peso é realmente difícil. Simplesmente não desista. A cada dia, comprometa-se a comer um pouco menos.
Se você desviar do caminho, não se preocupe. Volte a se comprometer no dia seguinte e continue nele ao longo do tempo. O sucesso virá, a menos que você decida que falhou precocemente. [Harvard]


sábado, 13 de outubro de 2018

7 alimentos saudáveis que pensávamos fazer mal


Nos últimos anos, a ciência dietética passou por mudanças dramáticas de orientações, no que diz respeito a quais alimentos fazem bem ou mal para a saúde.

Confira sete deles que costumavam ter má reputação, mas agora os especialistas dizem que não podemos viver sem:

Abacates: uma deliciosa fonte de energia nutricional
Na era da dieta com baixo teor de gordura de uma geração atrás, os nutricionistas consideravam os abacates suspeitos devido ao seu alto teor de gordura.
Eles têm muita gordura, realmente: uma xícara de abacate possui cerca de 21 gramas. No entanto, 14 gramas são de gorduras monoinsaturadas, e estudos mostraram que essas gorduras podem na verdade reduzir nosso nível de lipoproteína de baixa densidade (LDL), conhecida como colesterol ruim.
“É preciso ter em mente o tipo de gordura que se está consumindo. É importante incorporar boas gorduras”, explica Ashley Amaral, nutricionista da Banner Health em Arizona (EUA).
Abacates também são recheados de vitaminas e minerais, incluindo potássio, magnésio, folato, vitaminas K, C, E, B5 e B6.
Por fim, oferecem outros benefícios. “Os abacates têm um maior valor de saciedade, o que significa que você se sentirá satisfeito por mais tempo”, esclarece Samantha Coogan, nutricionista e diretora do programa didático de nutrição e dietética da Universidade de Nevada em Las Vegas (EUA).
A única ressalva é que o abacate é um alimento de alto teor calórico, por isso Coogan recomenda comê-lo com moderação.

Ovos: uma fonte de proteína tradicional
O consumo excessivo de ovos já foi associado ao aumento do colesterol e de condições cardiovasculares. Ao mesmo tempo, diversas pesquisas mostraram que eles não afetam negativamente os níveis de colesterol.
No geral, os especialistas reconhecem que os ovos têm um lado muito saudável.

A Associação Americana do Coração recomenda até quatro ovos inteiros (ou seja, com gemas) por semana. As gemas abrigam praticamente todas as vitaminas que o corpo humano precisa, incluindo folato e vitaminas D e B12.

Batatas: alimento para o cérebro e para os músculos
Quando dietas com baixo teor de carboidratos se tornaram populares, certas frutas e vegetais ganharam má reputação por seu alto teor de açúcar ou amido. A batata é um desses vilões sem fama merecida.
Usina de potássio, oferece cerca de duas vezes mais desse mineral crítico por porção que uma banana. Além disso, é livre de gordura e colesterol. Ou seja, você pode comer sem culpa, desde que seja uma quantidade moderada de uma versão não frita deste alimento rico em carboidratos.
A humilde batata também é boa para o cérebro, segundo Coogan – oferece a glicose necessária para o órgão funcionar. Por fim, é ótima para restaurar as reservas de glicogênio muscular depois de se exercitar.

Arroz branco: energia rápida com benefícios
O arroz branco com baixo teor de gordura contém vitamina B6, magnésio e algumas proteínas. Essa é uma boa notícia, já que seu gosto leve e prazeroso atrai praticamente todo mundo.
“Não há razão para substituí-lo por arroz integral, especialmente para reabastecer após o exercício”, argumenta Coogan.
Embora nem todos os especialistas em nutrição concordem – muitos ainda preferem o perfil nutricional geral do arroz integral -, é seguro integrá-lo à sua dieta como uma opção de acompanhamento semanal.

Nozes: boas gorduras em pequenas doses
Esse é outro alimento que atraiu muitas críticas por seu alto teor de gordura. A pesquisa científica já corrigiu esse erro: nozes são cheias de gorduras mono e poli-insaturadas, os tipos bons. Também oferecem muita fibra e proteína.
Você pode incorporá-las em pratos salgados ou doces na sua rotina diária, ou abocanhar um punhado durante a hora do lanche para matar a fome.

Pipoca: um lanche que você pode comemorar
Em sua forma mais simples, a pipoca é um lanche saudável repleto de fibras integrais e antioxidantes, incluindo polifenóis, nutrientes que promovem a saúde do cérebro.
Então vá em frente e sacie seu desejo!

Chocolate amargo: uma escolha virtuosa de sobremesa
 chocolate meio amargo é rico em antioxidantes chamados flavonoides, que são ótimos para o coração e podem melhorar o funcionamento cognitivo.
O truque é comer porções pequenas, cerca de 30g, pois, mesmo nas versões amargas, ainda é um alimento altamente calórico.
Quanto maior a porcentagem de cacau no chocolate, maior a concentração de nutrientes que ele conterá e menos doce será. Para um bom equilíbrio entre nutrição e sabor, 72% de cacau é a melhor opção. [Forbes]


terça-feira, 9 de outubro de 2018

Pesquisadores descobriram como adiar o envelhecimento


Pesquisas da Universidade de Minnesota publicadas no começo de 2018 na revista Nature Medicine mostraram que é possível reduzir células danificadas, eliminar células que estão envelhecendo e estender a vida de ratos de laboratório. Agora a mesma equipe usou um tratamento com Fisetina para conseguir resultados também positivos.

Conforme os seres vivos envelhecem, seus corpos acumulam células danificadas. Quando as células atingem um certo nível de deterioração, elas começam um processo de envelhecimento nelas mesmas chamado de senescência. Elas liberam fatores inflamatórios que informam ao sistema imunológico que está na hora de livrar-se daquelas células. Mas quando as pessoas começam a envelhecer, esta células não são retiradas de forma eficiente e começam a se acumular, o que causa um nível baixo de inflamação que libera enzimas, que por sua vez podem degradar o tecido.

Vida mais longa
O pesquisador principal Paul Robbins e sua equipe usaram uma substância natural encontrada em frutas e verduras, chamada Fisetina, para reduzir a quantidade dessas células danificadas no corpo. Eles a identificaram ao tratar ratos de meia-idade com este componente. O resultado foi que os animais tiveram uma melhora na saúde e tiveram uma vida mais longa. O artigo que apresenta a pesquisa foi publicada na revista EBioMedicine.

“Esses resultados sugerem que podemos estender o período de saúde, até mesmo no período mais próximo do fim da vida”, diz Robbins. “Mas ainda há muitas questões para ser discutidas, incluindo a dosagem correta”.

Tecnologia pioneira
Mas por que eles não fizeram isso antes? Sempre existiram limitações importantes sobre como determinar em quais tecidos um determinado medicamento está atuando. Até agora, os pesquisadores não tinham uma forma de identificar se um tratamento estava atacando as células em particular que estão envelhecendo.

Com a ajuda de Edgar Arriaga, professor do departamento de química da universidade, os pesquisadores usaram citometria de massa, ou CyTOF, uma tecnologia aplicada pela primeira vez na pesquisa de envelhecimento. O CyTOF só foi utilizado nesta universidade até agora.

“Além de mostrar que o medicamento funciona, esta é a primeira demonstração que mostra os efeitos da droga em um conjunto de células danificadas em um tecido específico”, explica o pesquisador.

A Fisetina é encontrada em vegetais como morango, maçã, caqui, cebolas e pepinos. [Science Daily]


segunda-feira, 8 de outubro de 2018

5 formas que seus genes estão dificultando a sua vida sem você saber


Todo mundo só é o que é por conta dos seus genes. Desde as características físicas à propensão a ter várias doenças são determinadas por eles. Mas e algumas características que todo mundo tem certeza que são controláveis ou que não têm nada a ver com os genes? Veja 5 delas que não estão sob o seu controle:

5. Dirigir bem
O Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF na sigla em inglês) é secretado pela área do cérebro responsável pela tarefa que você está realizando neste momento. Pode ser a fala, a leitura, o movimento de alguns músculos. Mas cerca de 30% dos norte-americanos têm uma variável genética que limita a secreção do BDNF.
Pesquisadores resolveram testar a habilidade de direção dessas pessoas. O estudo de 2009 foi publicado na revista Cerebral Cortex, e teve como o pesquisador principal Steven Cramer.
“Essas pessoas cometem mais erros no dia a dia e esquecem mais o que eles aprenderam depois de um tempo”, explica Cramer.
O estudo envolveu 29 participantes, que precisaram dar 15 voltas em um circuito com curvas difíceis. Entre eles, 22 não tinham a variável genética, e 7 tinham. O teste foi repetido quatro dias depois. As pessoas com a variável tiveram piores resultados nas duas vezes.
“Fico curioso sobre a genética das pessoas que se envolvem em acidentes de carro. Queria saber se a taxa de acidentes é maior para motoristas com a variável”, disse ele.

4. Dificuldade em dormir cedo
Algumas pessoas gostam de dormir com as galinhas e acordar cedo, enquanto outras só conseguem dormir de madrugada e acordam perto da hora do almoço. Esta preferência pode ser resultado dos genes.
Muitas pessoas que sofrem ao dormir muito tarde e acordar cedo têm uma mutação em seu gene CRY1, que afeta o ritmo circadiano. É este ritmo que regula os padrões de sono, e as pessoas com esta mutação têm dificuldade em dormir e acabam ficando acordados até duas horas mais tarde do que as pessoas sem a mutação.
Esta mutação está associada com a síndrome do atraso das fases do sono, que acomete 10% da população. Quem tem esta síndrome também costuma sofrer com ansiedade, depressão, doenças vasculares e diabetes. A boa notícia é que é possível melhorar o sono com algumas estratégias como não receber estímulo de luzes artificiais no final do dia.

3. Odiar coentro
Algumas pessoas odeiam coentro, e dizem que ele tem gosto de sabonete. Outras dizem que ele é refrescante e saboroso. Afinal de contas, por que as pessoas parecem amá-lo ou odiá-lo?
Alguns estudos relacionaram o gosto por coentro com genes relacionados à detecção de odores e do sabor amargo. Uma pequena variação do DNA no gene da recepção olfativa está ligado a pessoas que acham que o coentro tem gosto de sabão.
Lembre-se que esta é uma correlação grosseira, e não uma explicação para 100% dos casos. É possível que muita gente não goste do sabor do tempero simplesmente porque tem uma memória negativa associada ao coentro ou por outro motivo subjetivo.

2. Ouvido absoluto
Pessoas com ouvido absoluto são aquelas que conseguem identificar as notas musicais fora de contexto. Se você tocar ou cantar qualquer nota musical sem o acompanhamento do resto da música, elas conseguem dizer se aquilo é um dó, um mi ou um sol.
Até recentemente sabia-se que poucas pessoas têm este dom, mas ninguém sabia o motivo. Um levantamento dos anos 1990 mostrou que apenas 10% dos músicos da prestigiosa escola Juilliard (EUA) têm ouvido absoluto.
Vários pesquisadores têm sugerido que existe aqui um componente genético importante.
Uma pesquisa de 2012 da Universidade da Califórnia mostrou que os genes são parte importante do ouvido absoluto, muito mais que o treinamento musical desde a infância. Um estudo que envolveu 27 adultos que tiveram aulas de música desde a primeira infância testou esta habilidade, e apenas 7 tinham ouvido absoluto.

1. Chamariz de pernilongos
Você já notou que os pernilongos parecem perseguir ou evitar pessoas específicas? Se eles parecem sempre estar atrás de você, é possível que você faça parte dos 20% das pessoas do mundo que são especialmente apetitosas para eles.
Claro que há muitos fatores que atraem ou afastam esses incômodos insetos, como cor da roupa, dieta e até tipo sanguíneo. Mas o fator mais importante parece ser o odor liberado pela pele.
Em um estudo que envolvia gêmeos dispostos a serem picados em nome da ciência, cada irmão expôs as mãos aos pernilongos. A conclusão foi que os gêmeos idênticos receberam números semelhantes de picadas. Os gêmeos fraternos, porém, receberam número diferente de picadas.


domingo, 7 de outubro de 2018

Por que alguns casais não conseguem engravidar?


Há diversos fatores, que envolvem tanto a mulher quanto o homem

FATORES FEMININOS – 60%

10% – ESTERILIDADE SEM CAUSA APARENTE
A mulher ovula normalmente, não há obstrução nas trompas, os espermatozoides estão saudáveis e, ainda assim, não consegue engravidar
POR QUE ACONTECE Os médicos não sabem explicar o motivo

15% – FATORES OVARIANOS
Problemas hormonais que impedem a ovulação, ou seja, o ovário não produz óvulo nenhum
POR QUE ACONTECE Ovários policísticos (formação de cistos na ovulação)

35% – FATORES PERITONEAIS
Alteração na anatomia nas trompas de Falópio que impede o espermatozoide de chegar ao óvulo
POR QUE ACONTECE DSTs, como clamídia e gonorreia, podem causar infecções e alterar a anatomia do órgão. Endometriose (leia mais abaixo) também é um fator

PROBLEMAS DA MULHER
Podem ser falhas hormonais ou alterações anatômicas, como a endometriose, doença em que as células do útero que seriam eliminadas na menstruação se acoplam na bexiga, intestino ou nas trompas

De 10 a 15% das mulheres têm ovário policístico
20% das mulheres têm endometriose
PROBLEMAS DO HOMEM
Alterações na quantidade e na qualidade dos espermatozoides (o normal são 20 milhões por mililitro de sêmen). Em geral, o problema acontece com homens obesos, fumantes ou que usam anabolizantes

PROBLEMAS NOS DOIS
Pode ser alguma infertilidade genética, como alterações no epidídimo (duto de coleta e armazenamento de espermatozoides), no caso do homem, ou a presença de miomas benignos, por exemplo, no útero, no caso da mulher

A produção de hormônios cai com o tempo. Quanto mais tarde o casal esperar ter filhos, maior a dificuldade de ocorrer uma fecundação

Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-alguns-casais-nao-conseguem-engravidar/ - Por Carol Castro - Rômolo D'Hipólito/Mundo Estranho