sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Uso de máscara não afeta desempenho de atletas velocistas e saltadores

 


Testes foram realizados nos atletas, com e sem o uso de máscara, em treinamentos de “sprints” e saltos com contramovimentos

 

Com a chegada dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e ainda em plena pandemia, o uso de máscara facial durante os exercícios físicos ainda suscita controvérsia. No caso dos atletas velocistas e saltadores, não há mais dúvida de que esse item de segurança e proteção contra a covid-19 possa vir a atrapalhar o desempenho dos atletas. Foi o que constatou um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina (FM) da USP e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que avaliou a performance dos atletas, com e sem o uso de máscara, em uma sessão de treinamento de sprints (corrida que exige explosão e é feita o mais rápido possível dentro de um curto espaço de tempo). Os resultados estão em artigo pré-print (em revisão pelos pares) no repositório da revista SportRxiv.

 

“Durante os treinos, o desempenho dos atletas não ficou comprometido, mas eles se sentiram desconfortáveis e tiveram maior percepção de esforço”, explica ao Jornal da USP Bryan Saunders, orientador do estudo e pesquisador em Fisiologia do Esporte e do Exercício da FM. Segundo o pesquisador, “diante da pandemia ainda sem controle, o benefício de se proteger contra o sars-cov-2 é maior do que qualquer desconforto causado pelo uso da máscara”, ressalta.

 

“diante da pandemia ainda sem controle, o benefício de se proteger contra o sars-cov-2 é maior do que qualquer desconforto causado pelo uso da máscara”

 

A pesquisa

Matheus Dantas e Rui Barboza Neto, ambos pesquisadores da UFRN, acompanharam os treinos dos atletas durante parte da temporada competitiva. Ao todo, foram dez participantes (seis velocistas, três saltadores em distância e um atleta de 110 metros com barreiras), com idade média de 23 anos, sendo sete homens e três mulheres. A avaliação consistiu em duas sessões de treinamento de sprints curtos (cinco sprints de 30 metros, com intervalo de quatro minutos). A máscara utilizada foi a de tecido, com três camadas, o tipo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso no dia a dia para o público em geral.

 

Antes dos sprints, todos os atletas realizaram aquecimento com corrida de moderada intensidade, seguida de exercícios de mobilidade e educativos de corrida. Todos os participantes realizaram a sessão de treino duas vezes em dias separados, sendo uma sessão com uso da máscara e outra sessão sem o uso da máscara. “Verificamos o desempenho de sprint ao longo da sessão e avaliamos o desempenho de salto antes e após a sessão de treinamento”, relata Dantas.

 

Como resultado, os pesquisadores observaram que não houve nenhuma diferença entre usar ou não usar a máscara na performance de sprint e do salto. “A diferença entre os dias em que os atletas estavam usando ou não máscara nos treinos de tiros de 30 metros foi de apenas 0,2%”, disse Bryan. Já com relação à percepção de esforço, foi demonstrado para ambos os grupos comportamento similar e foi aumentando de acordo com a quantidade de sprints.

 

Provas do atletismo

O atletismo é um conjunto de atividades esportivas formado por corridas, lançamentos e saltos, que por sua vez estão subdivididas em provas da modalidade. As corridas são de curta distância (ou de velocidade), média distância (ou meio fundo) e longa distância (ou de fundo). As provas oficiais de arremesso e lançamentos incluem arremesso de peso, lançamentos de martelo, disco e dardo. E as provas de saltos abrangem provas de salto horizontal (salto em distância e salto triplo) e de salto vertical, sendo salto em altura e salto com vara.

 

Nas provas de corridas, alguns nomes fizeram a história nesta categoria: Usain Bolt, Shellu Ann Franser-Pryce e os brasileiros Joaquim Cruz, ex-meio fundista, campeão olímpico dos 800 metros, e Wanderlei Cordeiro de Lima, ex-maratonista brasileiro, bicampeão dos Jogos Pan-americanos. Wanderlei foi o único brasileiro a ser agraciado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) com a medalha Pierre de Coubertin pelo fato de ter mantido o espírito esportivo e continuado a corrida mesmo após ter sido atacado por um ex-padre irlandês, que o jogou fora da pista, durante a maratona olímpica de Atenas, em 2004.

 

Para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o atletismo brasileiro levou 52 atletas, incluindo Alison dos Santos (400 metros com barreiras), Rosângela Cristina Santos (100 metros rasos) e Ana Carolina (200 metros rasos e revezamento), que estarão juntos disputando medalhas olímpicas.

 

Percepção de esforço - adaptação ao uso da máscara

Segundo os treinadores, o aumento de percepção de esforço e o desconforto pelo uso da máscara, provavelmente, estavam relacionados à adaptação da proteção durante o exercício físico.

 

Foi perguntado aos atletas qual era a sensação de esforço no pós-sprint, que respondiam olhando uma tabela de escala linear de 100 pontos, na qual o “0” correspondia a nenhum esforço e “100” ao esforço máximo. Segundo os pesquisadores, a máscara fornece uma barreira mecânica para a respiração, que pode prejudicar a percepção de esforço e de prazer dos atletas. “Baseado nesta tabela, durante a coleta de dados, percebemos relatos individuais e espontâneos de que havia uma sensação de sufocamento e dificuldade em respirar com o uso da máscara”, disse Barboza Neto.

 

“A partir do terceiro sprint foi verificado maior percepção de esforço para o grupo que treinou com a máscara. No final da sessão de treino, o uso de máscara promoveu uma percepção de esforço aproximadamente 45% maior do que o treino sem máscara. Com relação à percepção de prazer, verificamos que o treino com máscara pode prejudicar a percepção de prazer ao exercício. Por exemplo, em média os participantes perceberam o treino como bom e razoavelmente bom quando performaram sem máscara. Quando fizeram uso da máscara, o treino foi percebido como ruim e razoavelmente ruim”, explica Dantas.

 

Dessa forma, os pesquisadores afirmam que por mais que o treino com máscara prejudique as respostas psicológicas dos atletas, o seu uso não é capaz de prejudicar o desempenho físico. “Os achados da pesquisa trazem mais tranquilidade para atletas e treinadores quanto ao uso da máscara durante os treinamentos de sprints e saltos com pausa longa, dado que a performance não será afetada”, diz Saunders.

 

Perguntado se os resultados do estudo poderiam ser extrapolados para outras modalidades esportivas, Barboza Neto salienta que é válido para atividades que exijam potência e/ou velocidade com períodos de recuperação consideravelmente grandes. Essas demandas são diferentes em esportes como o futebol ou a maratona, onde o primeiro requer sprints curtos com pausas pequenas e no segundo há corridas mais longas e raramente há sprints nas sessões de treino.

 

Os autores ainda destacam uma possível limitação da análise, visto que não foi possível realizar cegamento dos participantes, que é impedir que os participantes saibam em qual condição eles estão alocados. “Isso seria importante pois os atletas podem apresentar uma tendência de reportar piores sensações de prazer e maiores esforços percebidos simplesmente por fazerem uso da máscara”, diz Dantas.

 

O artigo pré-print A cloth facemask increased ratings of perceived exertion and reduced affect, but did not affect sprint or muscular performance during training in athletes, tem autoria de Matheus Dantas, Rui Barboza Neto, Natália Mendes Guardieiro, Ana Lucia de Sá Pinto, Bruno Gualano e Bryan Saunders.

 

Fonte: https://jornal.usp.br/ciencias/uso-de-mascara-nao-afeta-desempenho-de-atletas-velocistas-e-saltadores/ - Por Ivanir Ferreira - Imagem cedida pelo pesquisador

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Uma dose de AAS a cada três dias é suficiente para prevenção de infarto e AVC

 


Em artigo no “The Journal of Clinical Pharmacology”, pesquisadores brasileiros mostram que benefício do novo esquema terapêutico é equivalente ao da dose diária e tem menor risco gastrointestinal

 

Para pacientes de risco, a ingestão de uma dose de ácido acetilsalicílico (AAS) a cada três dias pode ser tão eficiente na prevenção de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doença vascular periférica quanto consumir o medicamento diariamente. E com uma vantagem: a probabilidade de complicação gastrointestinal diminui.

 

A conclusão é de um estudo brasileiro apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Biolab Farmacêutica. Os resultados foram publicados no The Journal of Clinical Pharmacology e o artigo foi destacado como “escolha do editor”.

 

“Há 50 anos o AAS tem sido adotado na prevenção de eventos cardiovasculares, mas seu uso constante pode causar irritação e sangramento gástrico – muitas vezes sem sintomas prévios. Por isso, nos últimos anos, vem se tentando reduzir a dose. Neste estudo, propomos um esquema terapêutico diferente”, disse Gilberto De Nucci, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, coordenador do Projeto Temático ao qual está vinculado o estudo.

 

Conforme explicou De Nucci, o ácido acetilsalicílico inibe a ação da enzima cicloxigenase (COX). Nas plaquetas, isso diminui a produção de tromboxano, um tipo de lipídeo que favorece a agregação plaquetária. Por essa razão, na linguagem popular, costuma-se dizer que o AAS “afina” o sangue, ou seja, diminui a probabilidade de formação de coágulos que podem obstruir o fluxo sanguíneo.

 

Por outro lado, na mucosa gástrica, a inibição da enzima COX diminui a produção de prostaglandinas – substâncias lipídicas que protegem o estômago e o intestino.

 

“Originalmente, o AAS americano tinha 325 miligramas (mg) do princípio ativo. Na tentativa de diminuir os efeitos adversos, a dose foi reduzida para 162 mg e, depois, para 81 mg. Também há comprimidos de 75 mg. Mas a verdade é que, até hoje, ainda não se sabe ao certo qual é a dose necessária para obter o benefício cardiovascular”, comentou De Nucci.

 

No ensaio clínico realizado durante o doutorado de Plinio Minghin Freitas Ferreira, na USP, sob orientação de De Nucci, foi adotada a dose de 81 mg. Vinte e quatro voluntários sadios foram divididos em dois grupos. Metade recebeu AAS todos os dias durante um mês. Os demais receberam o fármaco a cada três dias e, no intervalo, apenas placebo.

 

Antes e ao final do tratamento, todos os voluntários passaram por diversos exames, entre eles endoscopia, biópsia gástrica e teste de agregação plaquetária. Também foi medido no sangue o nível de tromboxano e, no estômago, o de prostaglandina do tipo 2 (PGE2).

 

“No grupo que tomou AAS todos os dias, houve uma redução de 50% na síntese de PGE2, enquanto nos voluntários que tomaram a cada três dias não foi observada diferença em relação aos níveis basais. Por outro lado, em ambos os grupos, a inibição de tromboxano foi superior a 95% e o resultado no teste de agregação plaquetária foi equivalente”, contou De Nucci.

 

Na avaliação de Ferreira, os dados permitem concluir que o uso de AAS a cada 72 horas é tão eficaz – e mais seguro – quanto seu uso diário. Essa descoberta, segundo o pesquisador, abre a possibilidade de adotar o fármaco também na prevenção primária de eventos cardiovasculares.

 

Atualmente, o Food and Drug Administration (FDA) – órgão que regulamenta o consumo de alimentos e de medicamentos nos Estados Unidos – recomenda que o AAS seja usado apenas na prevenção secundária de doenças cardiovasculares, ou seja, em pacientes diagnosticados com doença vascular periférica e os que já tiveram algum episódio de infarto ou AVC e correm risco de um segundo evento. Somente nessa situação, segundo o FDA, os benefícios da terapia suplantariam os riscos de efeitos adversos.

 

“Com esse novo esquema terapêutico, o AAS também poderia ser usado no tratamento de pacientes que nunca tiveram um evento cardiovascular, mas apresentam alto risco, como os diabéticos”, disse Ferreira.

 

Os dois grupos de voluntários que participaram do ensaio clínico receberam, além de AAS, o anti-hipertensivo losartan. Conforme explicou De Nucci, o objetivo foi mostrar que uma droga não influencia a ação da outra.

 

Em um estudo anterior, publicado no Journal of Bioequivalence & Bioavailability, o grupo já havia mostrado que o AAS não diminui a biodisponibilidade do losartan. As duas drogas são frequentemente associadas no tratamento de pessoas com insuficiência cardíaca, hipertensão e doenças isquêmicas.

 

“Em parceria com a Biolab, nós solicitamos nos Estados Unidos a patente do esquema terapêutico adotado no estudo. Umas das possibilidades em estudo é lançar um produto que associe, na mesma cartela, o AAS e o losartan ou algum outro medicamento. No primeiro dia, o paciente tomaria os dois fármacos, no segundo e no terceiro, apenas o anti-hipertensivo e placebo e assim por diante. Isso ajudaria as pessoas a tomar os medicamentos corretamente”, afirmou De Nucci.

 

O artigo Acetylsalicylic Acid Daily vs Acetylsalicylic Acid Every 3 Days in Healthy Volunteers: Effect on Platelet Aggregation, Gastric Mucosa, and Prostaglandin E2 Synthesis (doi: 10.1002/jcph.685) pode ser acessado no seguinte link.

 

Fonte: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/uma-dose-de-aas-a-cada-tres-dias-e-suficiente-para-prevencao-de-infarto-e-avc/ - Karina Toledo/Agência Fapesp - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Saiba diferenciar os tipos mais comuns de dor de cabeça

 

Conheça os sintomas dos principais tipos do mal-estar que atinge mais de 70% dos brasileiros

 

As dores de cabeça atingem mais de 70% da população brasileira, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), que estima existirem mais de 200 tipos da dor, entre enxaqueca e cefaleias.

 

O desconforto causado pelas dores afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas, por isso é importante saber identificar seus tipos e sintomas. Pensando nisso, a rede de farmácias Extrafarma preparou um guia para orientar sobre as diferenças entre as dores de cabeça mais comuns.

 

“Além de conhecer as características de cada dor, é importante seguir as orientações de um farmacêutico ou médico para combatê-las de forma eficaz e segura. Na Extrafarma, há uma seção de farmácia em casa, com diversas opções de medicamentos isentos de prescrição para dor de cabeça. O recomendado é consultar um médico para identificar as causas e saber qual é o tratamento mais adequado para tratar o problema”, afirma Adriano Heleno Ribeiro, farmacêutico da Extrafarma.

 

Descubra 8 possíveis causas para acordar com dor de cabeça.

 

Enxaqueca

 

Caracterizada por dores que geralmente acometem um dos lados da cabeça e podem durar de quatro até 72 horas. As dores são crônicas (ocorrem mais de 15 vezes em um mês), e as crises podem ser desencadeadas por alterações hormonais, alimentação desequilibrada ou ingestão de um determinado tipo de bebida ou alimento, entre outros fatores. O distúrbio ocorre em pessoas geneticamente suscetíveis e, eventualmente, as dores são associadas a náusea, tontura, vômito, fotofobia (intolerância à luz) e fonofobia (intolerância a ruídos).

 

Cefaleia Tensional

 

Esse tipo de desconforto é caracterizado por uma sensação de aperto ou pressão, como se a cabeça estivesse envolvida por uma faixa compressora. Pode ser desencadeada por episódios de estresse ou ansiedade ou ocorrer por alterações na atividade química cerebral, nos nervos ou vasos sanguíneos do crânio, ou tensões nos músculos do pescoço.

 

Cefaleia em Salvas

 

Diferentemente da cefaleia tensional, a cefaleia em salvas é caracterizada por dor intensa e unilateral, geralmente em torno da órbita ocular. Pode ser acompanhada por vermelhidão nos olhos, lacrimejamento, congestão nasal e queda da pálpebra no mesmo lado da dor. As crises duram entre 15 e 180 minutos e podem ocorrer mais de uma vez por dia, geralmente se repetindo por períodos de quatro a seis semanas.

 

Cefaleia Hípnica

 

São crises de dor de cabeça que ocorrem no meio do sono, despertando a pessoa. Costuma ocorrer pela primeira vez após os 50 anos. Esse tipo de mal-estar geralmente é caracterizado por dores de intensidade fraca a moderada, mas um a cada cinco pacientes relata a ocorrência de dores fortes. Na maior parte dos casos, a dor atinge os dois lados da cabeça, e a crise dura de 15 a 180 minutos.

 

Cefaleia Primária em Facada

 

Caracteriza-se por dores de curta duração (cerca de três segundos), sentidas em pontadas. Sua ocorrência é comum em pacientes que sofrem de enxaqueca ou cefaleia em salvas

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1837545/saiba-diferenciar-os-tipos-mais-comuns-de-dor-de-cabeca - Notícias ao Minuto Brasil - © Shutterstock

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Sabe quais são as gorduras alimentares que deve ingerir?


As gorduras são importantes e necessárias numa alimentação saudável. Mas nem todas...

 

As gorduras alimentares estão, há muitos anos, diariamente presentes na confecção dos alimentos, na cozinha de todo o mundo. Fazem parte de hábitos alimentares de muitos, que passam entre gerações, e difíceis de alterar. E estamos falando das gorduras mais simples, como o azeite para o refogado, o óleo para fritar as batatas, a margarina ou a banha para cozinhar um bife e a manteiga para passar no pão.

 

No entanto, os jovens de hoje já têm uma visão diferente da utilização deste tipo de gorduras e, por essa razão, na sua grande maioria, utilizam apenas o azeite para temperar e para cozinhar e, cremes vegetais para passar em pães, em detrimento da manteiga ou da margarina.

 

Atualmente, as questões que se impõem são: Mas afinal, que gorduras alimentares devem ser escolhidas para temperar e cozinhar? Quais as escolhas mais indicadas para uma alimentação equilibrada e saudável? Por mais que se fale em alimentação equilibrada e baixa em gorduras saturadas, a realidade é que os óleos alimentares ainda representam um papel relevante.

 

Por exemplo, o azeite extra virgem tem menor acidez, geralmente até 0,8 por cento, e é considerado o mais saudável e benéfico no combate ao colesterol LDL (mau colesterol), e na prevenção da doença cardíaca e da diabetes. O azeite virgem, contém uma acidez entre os 0,8 por cento e os 2,0 por cento, e é extraído por processos mecânicos. É considerado uma gordura de boa qualidade, mas pode apresentar características inferiores em relação ao cheiro e ao sabor, quando comparado com o azeite extra virgem. Por último, o azeite refinado apresenta um índice de acidez superior a 2 por cento e é considerado menos apelativo no que respeita à cor, cheiro e sabor.

 

As “gorduras” que nos tornam mais saudáveis

 

Além da questão geracional, a pandemia é outro fator que veio desencadear alterações na ingestão de gorduras alimentares, uma vez que o “home made” se tornou importante e, em alguns casos, até moda.

 

As gorduras alimentares boas e preferenciais são as insaturadas, que podem ser encontradas no azeite, na castanha, nas nozes, nas amêndoas, na linhaça, na chia e no abacate. Além destes alimentos, estão também presentes em peixes do mar, como o salmão, o atum e a sardinha. Neste grupo de gorduras, incluem-se os ómega-3 e os ómega-6, que são gorduras essenciais para a manutenção das células e transporte das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K).

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1825156/sabe-quais-sao-as-gorduras-alimentares-que-deve-ingerir - Notícias ao Minuto Brasil - © iStock


segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Como o número de horas que dorme afeta a saúde do seu cérebro


Estudo indica que a quantidade de horas de sono pode impactar significativamente nas funções cognitivas de idosos

 

Em adultos com mais de 70 anos, o número de horas dormidas pode influenciar a saúde e operacionalidade do cérebro, segundo uma pesquisa publicada na revista JAMA Neurology e citada pela CNN.

 

Os investigadores, explicam que o sono interrompido é um elemento comum que afeta pessoas de idade mais avançada e está diretamente ligado a alterações na função cognitiva, como no que se refere à capacidade mental de aprender, pensar, raciocinar, resolver problemas, tomar decisões, recordar e prestar atenção.

 

De acordo com o estudo, explica a CNN, mudanças no sono associadas à faixa etária foram igualmente relacionadas com sinais prematuros de demência e de doença de Alzheimer, depressão e patologias cardíacas. Como tal, os investigadores analisaram potenciais ligações entre a duração do sono, fatores demográficos e de estilo de vida, função cognitiva subjetiva e objetiva e níveis de beta amiloide, aquele que é um marcador da doença de Alzheimer.

 

Os voluntários que reportaram experienciar constantemente um período de sono breve, entre seis horas ou menos, apresentavam índices superiores de beta amiloide, o que "aumenta bastante" o risco de demência, disse por e-mail à CNN Joe Winer, o principal autor do trabalho, investigador de pós-doutorado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Comparativamente a voluntários que relataram dormir entre sete a oito horas de sono por noite.

 

Adicionalmente, os idosos com défice de sono também registaram um desempenho moderado a notoriamente pior em testes utilizados nessa faixa etária para avaliar habilidades cognitivas.

 

Por outro lado, dormir muito, de nove a mais horas, também foi associado a funções executivas mais fracas, apesar desses indivíduos não apresentarem níveis superiores de beta amiloide.

 

"A principal lição é que é importante manter um sono saudável no final da vida", explicou Winer.

 

"Além disso, tanto as pessoas que dormem muito pouco quanto as que dormem demais tiveram maior índice de massa corporal e mais sintomas depressivos".

 

Ou seja, de acordo com o investigador descobertas indicam que poucas ou demasiadas horas de repouso podem propiciar o desenvolvimento de processos de doenças subjacentes.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1838860/como-o-numero-de-horas-que-dorme-afeta-a-saude-do-seu-cerebro - Notícias ao Minuto Brasil - © Shutterstock