segunda-feira, 5 de maio de 2025

Cresce o número de jovens com pressão alta no Brasil, diz INC


No dia 26 de abril, o Brasil celebrou o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, em meio ao aumento dos diagnósticos na população mais jovem. É o que indica um estudo do Instituto Nacional de Cardiologia (INC): o ano de 2023 teve o maior número de casos de hipertensão entre pessoas de 18 a 24 anos em toda a série histórica.

 

O dado revela que, apesar da pressão alta ser mais comum entre pessoas idosas, ela também pode afetar diferentes faixas etárias. Além disso, ele alerta para mudanças preocupantes nos hábitos da população, como explica a cardiologista Luciana Neiva, do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica, da rede Dasa em Minas Gerais, ao Portal iG.

 

"Temos visto um crescimento entre os mais jovens por conta de fatores como má alimentação, sedentarismo, obesidade, estresse, uso de álcool, cigarro, drogas ilícitas e até esteroides anabolizantes", explica a cardiologista.

 

Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) divulgados em 2023, indicam que cerca de 30% dos brasileiros adultos sejam hipertensos. É o maior percentual da população com pressão alta desde o início da série histórica, em 2006.

 

Ainda segundo o levantamento, nas capitais brasileiras, a prevalência do diagnóstico é das mulheres, com 29,3%. Já os homens representam 26,4% dos diagnósticos.

 

Doença silenciosa

A hipertensão é considerada uma doença silenciosa, ou seja, que os sintomas não são tão aparentes no dia a dia. No entanto, trata-se de um quadro crônico que pode trazer consequências graves, como infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e insuficiência renal.

 

Segundo a Dra. Luciana, há dois tipos principais de hipertensão arterial: a primária, que não tem uma causa específica e é a mais comum; e a secundária, que está ligada a outros quadros clínicos, como doenças renais ou endócrinas.

 

"Em pacientes jovens sempre investigamos hipertensão secundária, pois o mais esperado é que a hipertensão primária surja a partir dos 40 anos", explica Luciana. Ela adiciona, no entanto, que os maus hábitos têm levado a população mais jovem a desenvolver o tipo primário da doença.

 

Justamente por ser uma doença "discreta", a principal aliada no combate à hipertensão arterial é a prevenção. A cardiologista destaca que adotar um estilo de vida saudável é essencial para evitar a hipertensão ou mantê-la sob controle.

 

"Alimentação equilibrada, atividade física regular, sono de qualidade e redução do estresse são pilares importantes. Para quem tem histórico familiar, a recomendação é ainda mais urgente, com acompanhamento médico e aferição regular da pressão arterial", diz.

 

Outra coisa importante é o diagnóstico precoce. Segundo a médica, a suspeita inicial ocorre a partir de uma medida elevada da pressão arterial.

 

"É necessário ter pelo menos duas ou três medidas alteradas em dias diferentes e fora do ambiente de consultório. O MAPA é uma importante ferramenta para confirmar o diagnóstico, pois avalia as médias da pressão arterial durante 24h", explica.

 

Mitos sobre a hipertensão arterial

Segundo a cardiologista, a hipertensão arterial é uma doença cercada de vários mitos. Além da ideia de que apenas idosos têm pressão alta, as pessoas costumam acreditar que basta cortar o sal da dieta para resolver o problema. Embora o excesso de sódio seja um fator de risco relevante, o controle da pressão envolve outras mudanças no estilo de vida, como a prática regular de exercícios, o controle da alimentação e até o uso de medicamentos prescritos.

 

Outro erro comum é pensar que o remédio para pressão alta vicia ou é descartável uma vez que os sintomas desaparecem. Por se tratar de uma condição crônica, o uso desses medicamentos deve ser contínuo.

 

Por fim, a Dra. Luciana também explica que se sentir bem não quer dizer que a pressão está controlada. É por isso que os pacientes não devem, em hipótese alguma, parar o tratamento por conta própria.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2025-04-26/cresce-o-numero-de-jovens-com-pressao-alta-no-brasil-diz-inc.html - Por Marina Semensato - Pavel Danilyuk/Pexels

domingo, 4 de maio de 2025

5 benefícios da dança para a saúde do corpo


A atividade é uma excelente forma de exercício físico, contribuindo para o bem-estar geral

 

Em 29 de abril foi celebrado o Dia Internacional da Dança. A data foi instituída pelo Comitê Internacional da Dança da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) em 1982, em homenagem ao criador do balé de ação, o mestre francês Jean-Georges Noverre.

 

A prática é considerada uma expressão cultural e artística no Brasil e no mundo, sendo a cidade de Joinville, em Santa Catarina, reconhecida, inclusive, como a Cidade da Dança, por ter o maior Festival de Dança do mundo e por sediar a única Escola Bolshoi fora da Rússia — o Teatro Bolshoi de Moscou é a maior companhia de balé do mundo, com mais de 200 bailarinos.

 

A dança é considerada uma forma de atividade física que contribui para a saúde e bem-estar geral. "A utilização da dança como técnica de reabilitação na fisioterapia é conhecida como dançaterapia ou dançafisio. Esta técnica alia exercícios de cinesioterapia com passos básicos de todos os ritmos de dança, oferecendo uma abordagem inovadora e eficaz para a promoção da saúde e reabilitação", explica Mariana Wiest Schroeder, coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera.

 

Segundo a profissional, a prática favorece a saúde de variadas formas. "Incorporando movimentos rítmicos e expressivos, a dança pode melhorar a flexibilidade, a força, a coordenação motora e o equilíbrio, além de promover a saúde mental e emocional dos pacientes", comenta.

 

Abaixo, Mariana Wiest Schroeder compartilha os benefícios da dança para o corpo. Confira!

 

1. Melhora da flexibilidade

A dança envolve uma variedade de movimentos que contribuem para o aumento da flexibilidade dos músculos, prevenindo lesões e melhorando a amplitude de movimento.

 

 

2. Fortalecimento muscular

Diferentes estilos de dança exigem o uso de diversos grupos musculares, contribuindo para o fortalecimento muscular global, especialmente nas pernas, abdômen e costas.

 

3. Melhora da coordenação e equilíbrio

A dança exige coordenação entre diferentes partes do corpo e movimentos precisos, o que ajuda a melhorar o equilíbrio e a coordenação motora.

 

4. Aumento da resistência física

Praticar dança regularmente pode aumentar o condicionamento cardiorrespiratório, permitindo que o corpo suporte atividades prolongadas sem se cansar rapidamente.

 

5. Reabilitação de lesões

A dança pode ser utilizada como uma forma de reabilitação, contribuindo para a recuperação de lesões ao promover movimentos controlados e fortalecendo áreas específicas do corpo.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-beneficios-da-danca-para-a-saude-do-corpo,d21fde2d714114877c1d8ef9d25c5fd6n1mucnyr.html?utm_source=clipboard - Por Leticia Zuim Gonzalez - Foto: Studio Romantic | Shutterstock / Portal EdiCase

sábado, 3 de maio de 2025

Veja a importância da avaliação médica antes da atividade física


Essa etapa é importante para identificar possíveis limitações físicas ou problemas que exigem cuidados específicos

 

Praticar atividade física regularmente é essencial para manter o corpo saudável, melhorar o condicionamento físico e prevenir diversas doenças. No entanto, iniciar qualquer tipo de exercício sem antes realizar uma avaliação médica pode representar riscos à saúde. Essa etapa é importante para identificar possíveis limitações físicas, condições cardíacas ou outros problemas que exigem cuidados específicos.

 

"Ninguém morre de exercício, mas de doenças não valorizadas ou desconhecidas que podem se intensificar sob esforço, ou pelo abuso de drogas como anabolizantes e suplementos, que também podem desencadear doenças. Por isso, o uso de qualquer substância precisa ser informado ao médico", alerta Nabil Ghorayeb, cardiologista e médico do esporte.

 

Importância da avaliação antes de atividades físicas

Além de garantir que está tudo bem com sua saúde, o check-up, preferencialmente realizado por um médico do esporte, é importante para orientar o seu treinamento. "Conhecendo as reais condições de saúde do praticante, o instrutor físico pode indicar o melhor programa de treino para cada um, com duração, frequência e tipo de exercício adequado", explica Ricardo Munir Nahas, especialista em medicina do esporte.

 

Com a orientação adequada, é possível montar um plano de treino seguro e eficaz, respeitando os limites do corpo e evitando lesões ou complicações. "Sem a avaliação, além dos riscos de um mal súbito, pode-se errar na dose, para mais ou para menos, exagerando nos exercícios ou fazendo menos do que o necessário e não tendo o efeito desejado", completa.

 

Exames solicitados pelo médico

Em geral, os exames solicitados por um médico para quem pretende começar a se exercitar são eletrocardiograma, teste ergométrico e exames de sangue, como hemograma, colesterol, triglicérides, entre outros. O tipo de exame pode variar conforme o gênero do praticante, faixa etária, histórico de saúde, tipo de atividade que será feita e objetivos. 

 

"Além dos exames rotineiros, o médico pode solicitar uma densitometria para composição corporal, por exemplo, que indica a porcentagem de massa magra e de gordura no corpo, um ecocardiograma, se notar alguma alteração no teste ergométrico, ou dosagem de ácido úrico no sangue, que pode revelar doenças como a gota", comenta Ricardo Munir Nahas.

 

Procure um médico ao mudar a prática esportiva

Caso não seja detectado nenhum problema de saúde e o paciente se sinta bem com a atividade, os exames podem ser refeitos anualmente. "Porém, é importante procurar novamente o médico caso sinta algum mal-estar ou se pretende mudar de atividade. Se você fez exames para começar a caminhar e agora quer fazer aula de spinning, por exemplo, deve passar por nova avaliação", ressalta o médico Nabil Ghorayeb.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-a-importancia-da-avaliacao-medica-antes-da-atividade-fisica,ad5582c39582f18c91eab780513d282bub6lfsp9.html?utm_source=clipboard - Foto: TetianaKtv | Shutterstock / Portal EdiCase

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Beber água em jejum faz bem?


Médico explica que durante o sono, o organismo consome e libera líquidos por meio da transpiração, respiração e outras funções

 

Você já ouviu falar sobre os inúmeros benefícios de beber água logo após acordar, ainda em jejum? Essa prática simples, mas poderosa, pode trazer diversas vantagens para a sua saúde e bem-estar geral.

 

"Beber água assim que acordamos pode trazer benefícios para a saúde, mas vale a premissa: sem exageros. Entre um copo (250 ml) e dois copos é uma dose suficiente para ajudar na reposição da água que perdemos durante a noite", orienta o médico nutrólogo Durval Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 

Faz mal beber muita água? Quais são os riscos?

 

Segundo o especialista, nesse período do sono, o nosso organismo não para e consome e libera líquidos por meio da transpiração, respiração e outras funções de diferentes órgãos. "É uma forma de nos reabastecermos para encarar o novo dia", diz.

 

Como nosso corpo é composto por cerca de 70% de água, mantê-lo hidratado é essencial para o funcionamento adequado de todo o organismo, principalmente do cérebro.

 

"A água ajuda a liberar toxinas e resíduos, contribui na eliminação de nutrientes desnecessários, auxilia na produção de células sanguíneas e musculares, equilibra o sistema linfático, previne a constipação, mantém a elasticidade e a tonicidade da pele", explica o médico.

 

Além disso, ela atua como lubrificante para músculos e articulações, melhora a digestão e a imunidade e ainda auxilia na absorção adequada dos nutrientes de todas as nossas refeições, inclusive o café da manhã.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/beber-agua-em-jejum-faz-bem,839fd747970e71bf57f951903a1817e3dsdee552.html?utm_source=clipboard - Foto: Freepik

quinta-feira, 1 de maio de 2025

7 tipos de alimentos que ajudam a turbinar a imunidade no outono


Especialista explica o papel da alimentação no fortalecimento do sistema imunológico

 

Com a chegada do outono e do inverno, o frio e o ar seco se instalam e criam o ambiente ideal para gripes, resfriados e infecções virais. Nessa época do ano, fortalecer o sistema imunológico é essencial, e a alimentação desempenha um papel crucial nesse processo.

 

"Nas temperaturas mais baixas, nosso sistema imunológico é mais exigido e a escolha dos alimentos certos pode fazer diferença. Comer bem é mais do que uma necessidade, é uma estratégia de defesa", afirma o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 

De acordo com o especialista, os alimentos listados a seguir podem contribuir para manter o sistema imunológico fortalecido e preparado para enfrentar a temporada de frio. Confira!

 

1. Frutas cítricas

Laranja, limão, acerola, kiwi, tangerina e abacaxi são frutas ricas em vitamina C, um antioxidante que estimula a produção de glóbulos brancos, essenciais para o combate de vírus e bactérias.

 

2. Vegetais verdes-escuros

Espinafre, couve, rúcula e brócolis são fontes de vitamina A, vitamina C, ferro e zinco. Esses nutrientes fortalecem as células imunológicas e ajudam na regeneração das mucosas, a primeira barreira contra agentes infecciosos.

 

3. Alho, cebola e gengibre

É um trio poderoso com ação anti-inflamatória e antibacteriana. O alho, por exemplo, contém alicina, um composto com propriedades antimicrobianas. O gengibre, por sua vez, é conhecido por aliviar sintomas como dor de garganta e congestão nasal. Já a cebola contribui para o fortalecimento do sistema imunológico.

 

4. Sementes e oleaginosas

Castanha-do-Pará (rica em selênio), nozes, amêndoas, sementes de abóbora e girassol são fontes de gorduras boas e minerais que regulam a resposta imunológica. Uma boa estratégia é consumir um mix desses alimentos como lanche da tarde.

 

5. Iogurte natural e kefir

Esses alimentos fermentados são aliados da flora intestinal e da imunidade.

 

6. Alimentos alaranjados

Cenoura, abóbora, manga e mamão são ricos em betacaroteno, que se converte em vitamina A, importante para a integridade das células e tecidos que atuam como barreira contra infecções.

 

7. Peixes de água fria

Salmão, sardinha e atum são excelentes fontes de ômega-3, nutriente que ajuda a modular os processos inflamatórios do corpo. Esses peixes também fornecem vitamina D. "Além da alimentação saudável, dormir bem, se hidratar com frequência, tomar um pouco de sol e manter uma rotina de atividades físicas são atitudes essenciais durante todo o ano e, em especial, nas estações mais frias e secas", conclui o Prof. Dr. Durval Ribas Filho.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/7-tipos-de-alimentos-que-ajudam-a-turbinar-a-imunidade-no-outono,42723620c8a1f63b7c2be63a8bc7acacwsq7ne7j.html?utm_source=clipboard - Por Andréa Simões - Foto: Tatjana Baibakova | Shutterstock / Portal EdiCase