sábado, 20 de setembro de 2025

Entenda como tratar e prevenir o mau hálito


A halitose pode ser causada por diferentes fatores, necessitando do acompanhamento do dentista

 

O mau hálito pode causar situações constrangedoras que afetam o bem-estar. No entanto, esse não é o pior de seus males, pois o problema, quando persistente, pode sinalizar desequilíbrios no organismo e alertar para complicações mais graves. A condição, chamada de halitose, aflige aproximadamente 32% da população, de acordo com a Associação Brasileira de Halitose (ABHA).

 

"Existem cerca de 60 causas da halitose, termo médico para o mau hálito. A principal é a higiene precária da língua, mas a alteração persistente no hálito também pode ter outros motivos. Por exemplo, gengivite, periodontite e xerostomia (boca seca) podem provocar mau hálito", explica o cirurgião-dentista Dr. Mario Giorgi, consultor científico da Curaprox e membro da Comissão de Halitose do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

 

Contudo, conforme o especialista, as causas do mau hálito podem ultrapassar os limites da boca. "Doenças do trato respiratório, como sinusite e amidalite, e gastrointestinais, incluindo refluxos e infecções estomacais, também podem estar por trás do odor desagradável, assim como condições metabólicas, como a diabetes", acrescenta.

 

Não percepção do mau hálito

Embora seja invisível e benigno para a saúde física, o mau hálito tem um potencial devastador à saúde psíquica e emocional, podendo levar alterações de comportamento como insegurança ao se aproximar das pessoas, dificuldade em estabelecer relações sociais, resistência ao sorriso e até mesmo fobia social e depressão. Contudo, geralmente, o odor desagradável não é perceptível aos portadores do problema.

 

Conforme o Dr. Mario Giorgi, isso ocorre devido a um fenômeno conhecido como falência ou fadiga olfatória, uma consequência do processo adaptativo que faz com que o organismo se acostume com cheiros aos quais somos expostos com frequência.

 

"Infelizmente, é uma situação em que quem tem mau hálito não sabe que tem e nem mesmo o autodiagnóstico, ou seja, quando a pessoa desenvolve técnicas para perceber se a situação do hálito, é confiável. Quem percebe, geralmente, são as pessoas que estão ao redor, e que, por constrangimento, não apontam o problema para o portador", destaca o cirurgião-dentista.

 

Diagnóstico e tratamento da halitose

Uma vez ciente do mau hálito, é importante que a pessoa busque um cirurgião-dentista. A partir do diagnóstico, realizado por meio de exames clínicos e radiológicos, além da própria percepção do dentista, o profissional poderá indicar o tratamento odontológico necessário para cada pessoa. Caso a halitose seja consequência de uma doença preexistente, ele pode, ainda, encaminhar o paciente para o médico especializado. Além disso, dará informações para auxiliar no tratamento e prevenção da halitose.

 

"O dentista poderá, por exemplo, conceder orientações a respeito da hidratação correta, afinal a boca seca é o fator que mais favorece a formação da saburra lingual e, consequentemente, a alteração do hálito, pois a falta de umidade na boca causa a descamação do tecido da mucosa, que acaba se alojando na língua. O recomendado então é ingerir, no mínimo, 2 litros de água por dia para garantir a boa qualidade e a quantidade suficiente de saliva, evitando assim a formação da saburra lingual", afirma o Dr. Mario Giorgi.

 

Prevenindo o mau hálito

Após o diagnóstico, o dentista poderá também instruir o paciente sobre o protocolo ideal de higienização bucal para tratamento e prevenção da halitose, que consiste principalmente na utilização de instrumentos para a higienização específica da língua.

 

"Deve-se iniciar a higienização com o auxílio do limpador de língua recomendado pelo seu dentista, realizando a limpeza da região posterior, média e anterior da língua com cuidado para não provocar lesões. Para aqueles que sentem náuseas ao limpar a língua, é recomendado puxá-la até o queixo com o auxílio de uma gaze, projetando-a para fora, para que seja possível realizar uma higienização melhor, principalmente da parte posterior, onde há o maior acúmulo de saburra lingual", recomenda o cirurgião-dentista.

 

Para realmente dar fim à halitose, é preciso realizar, além da limpeza da língua, a higienização da boca como um todo, utilizando instrumentos atraumáticos recomendados por seu dentista, incluindo uma escova de cerdas ultramacias, uma escova interdental, uma escova unitufo e, é claro, o fio dental. "Estes cuidados combinados a visitas regulares ao dentista são ideais para auxiliar no combate e prevenção ao mau hálito e outras condições como cárie e doenças periodontais", finaliza o Dr. Mario Giorgi.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/entenda-como-tratar-e-prevenir-o-mau-halito,38cdae5afb976fd390e533492e5310a7xjsta8vb.html?utm_source=clipboard - Por Paula Amoroso - Foto: Ground Picture | Shutterstock / Portal EdiCase

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

5 dicas para ter alta performance e vida equilibrada


A adoção de prática saudável é um bom começo nessa proposta

 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) aduziu que as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por sete das dez principais causas de morte no mundo. Sendo assim, o ideal é manter uma alimentação equilibrada, controle do sono, manejo do stress, gestão da diabetes e prática regular de exercícios físicos.

 

Nesse sentido, o Sport Life vai compartilhar o conjunto de cinco dicas para ter alta performance e vida equilibrada com a ajuda do cardiologista e especialista em nutrologia Dr. Annibal Barros Junior:

 

As cinco dicas para alta performance e vida equilibrada

Alimentação equilibrada

Uma dieta balanceada é fundamental para proteger contra a má nutrição e prevenir doenças crônicas.

 

Sono de qualidade

O sono é vital para a recuperação e a manutenção da saúde. Ele ajuda a eliminar toxinas, regular hormônios e prevenir doenças como diabetes, pressão alta e ansiedade.

 

Controle do stress

O stress pode interferir diretamente na saúde física e emocional, prejudicando o funcionamento das defesas do corpo e afetando a produtividade, concentração, memória e criatividade.

 

Gestão da diabetes

Manter os níveis glicêmicos sob controle é crucial para evitar complicações a longo prazo, que podem comprometer a qualidade de vida.

 

Exercícios físicos

Traz inúmeros benefícios: reduz o stress e sintomas de ansiedade, melhora a qualidade do sono, aumenta a capacidade de aprendizagem, reduz sintomas depressivos e previne doenças crônicas como pressão alta e diabetes. Além disso, melhora a força, equilíbrio e flexibilidade.

 

Acréscimos

Esses itens devem ser feitos com equilíbrio, ajuda de um especialista e não seguindo conselhos e indicações sem fundamento, o que por muitas vezes são espalhadas pelas redes sociais e apresentados por quem não entende do assunto.

 

"Alguns pacientes são assintomáticos. Por isso, é importante que todos que vão começar uma dieta, praticar exercícios físicos ou buscar um estilo de vida mais saudável busquem ajuda médica. Do ponto de vista cardiológico, exames como eletrocardiograma e ecocardiograma, e, especialmente, fumantes e pessoas com mais de 30 anos são fundamentais", ponderou.

 

Palavra final

Esses hábitos contribuem não só contribuem para a prevenção de doenças crônicas, mas também melhora significativamente a qualidade de vida, proporcionam bem-estar físico e mental.

 

"Exercício físico faz parte do tratamento de várias doenças crônicas, tanto do coração quanto metabólicas, como diabetes e obesidade. Por isso, esses cinco pilares são fundamentais para o equilíbrio", encerrou o Dr. Annibal de Barros Junior.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-dicas-para-ter-alta-performance-e-vida-equilibrada,d815c9b5f98a039fed60bcbe906bc8f3qylftirn.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock / Sport Life

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Setembro Vermelho alerta para riscos cardiovasculares


Doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil

 

Dr. Raphael Boesche Guimarães, cardiologista do Instituto de Cardiologia do RS, reforça importância da prevenção e do diagnóstico precoce

 

A campanha Setembro Vermelho marca o mês de setembro como uma iniciativa nacional de conscientização sobre as doenças cardiovasculares. Apesar dos avanços na medicina, essas enfermidades continuam sendo a principal causa de morte no Brasil. Somente em 2024, mais de 237 mil pessoas perderam a vida em decorrência de infarto, AVC e insuficiência cardíaca. As complicações ligadas ao coração e à circulação causaram, ao todo, 552 mil mortes — quase dois terços dos óbitos registrados no país.

 

O cardiologista e intensivista Dr. Raphael Boesche Guimarães, do Instituto de Cardiologia do RS, afirma que medidas simples de prevenção poderiam evitar grande parte desses óbitos.

 

"A maioria das doenças cardiovasculares está associada a fatores de risco modificáveis, como hipertensão, colesterol elevado, tabagismo, diabetes, sedentarismo e obesidade. Com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico regular, é possível reduzir drasticamente as chances de complicações", explica o especialista.

 

Atenção aos sintomas

Segundo o Dr. Guimarães, estar atento a alguns sintomas pode ser decisivo para salvar vidas. "Dor no peito, falta de ar, palpitações, tontura, suor excessivo e náuseas são sinais que nunca devem ser ignorados. Muitas vezes, o atendimento rápido faz toda a diferença entre a vida e a morte", alerta.

 

O especialista reforça que hábitos saudáveis devem ser adotados desde cedo:

 

Praticar atividade física regularmente;

Manter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e grãos integrais;

Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras saturadas;

Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool;

Controlar peso, pressão arterial, glicemia e colesterol.

 

"As doenças cardiovasculares não são apenas problema de idosos. Cada vez mais, vemos casos em pessoas jovens, muitas vezes por descuido com a saúde e falta de acompanhamento. Prevenir é muito mais eficaz do que tratar", ressalta o cardiologista.

 

A campanha Setembro Vermelho busca justamente reforçar esse compromisso com a prevenção. "A conscientização é fundamental para reduzir esses índices alarmantes. Se cada pessoa adotar pequenos cuidados diários, conseguiremos mudar o cenário e salvar milhares de vidas todos os anos", conclui o Dr. Guimarães.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/setembro-vermelho-alerta-para-riscos-cardiovasculares,b02394285e93941e59e4347111cad32auoexbcae.html?utm_source=clipboard – Por: Gabriela de Lisboa - Freepik Foto: Revista Malu

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Ansiedade controlada: exercícios podem aliviar os distúrbios, segundo estudo


Pesquisadores indicam que correr e realizar atividades de força pode ajudar a tratar problemas de saúde mental

 

Deixe a ansiedade controlada praticando atividades físicas. Se você é uma das inúmeras pessoas que sofrem desse distúrbio mental, provavelmente alguém já te deu essa dica. Afinal, durante e após a realização de exercícios, é fato que uma sensação de bem-estar e dever cumprindo tomam conta do nosso organismo por alguns momentos.

 

Mas, o que talvez algumas pessoas não saibam, é que realizar exercícios físicos moderados e extenuante podem tratar até mesmo os casos crônicos de ansiedade. É o que indica um estudo realizado pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e publicado na edição de janeiro do Journal of Affective Disorders.

 

De acordo com os pesquisadores, metade dos pacientes que participaram do estudo, conviviam com a ansiedade por, pelo menos, 10 anos. E, através de sorteio, eles foram conduzidos para sessões de exercícios em grupo, moderados (atingindo até 60% de frequência cardíaca máxima) ou extenuantes (com 75% dessa frequência), durante 12 semanas. O resultado foi uma queda considerável de intensidade nos sintomas de ansiedade que os pacientes apresentavam.

 

"Houve uma tendência significativa de intensidade de melhora - isto é, quanto mais intensamente eles se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 

"Exercitar o corpo regularmente também ajuda o cérebro. O exercício melhora o fluxo sanguíneo e estimula mudanças químicas que apuram o humor e o pensamento. A liberação de endorfina gera reações de euforia e bem-estar, que também ajudam a manter o humor", completa o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).

 

Por fim, o estudo ainda ressalta que os tratamentos para a ansiedade são diversos e, entre outras coisas, podem incluir o uso de medicamentos com efeitos colaterais. A nova descoberta trás, portanto, uma nova ferramenta - livre de consequências ruins - para controlar a ansiedade crônica e, possivelmente, outros distúrbios mentais.

 

"A atividade física regular diminui o risco de vários distúrbios comuns, inclusive condições neurológicas, ajudando a tratá-la", finaliza o geneticista Dr. Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/ansiedade-controlada-exercicios-podem-aliviar-o-disturbios-segundo-estudo,ec4ebf078283e9d9656cb9412cfc19f1zrxmc0ea.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock / Sport Life

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Veja alimentos e bebidas que ajudam a aumentar a energia


Nutricionista explica como evitar a fadiga e lista opções que ajudam na disposição ao longo do dia


A falta de energia no dia a dia pode ter origens variadas e geralmente está ligada a fatores multifatoriais. Entre eles, estão o sono inadequado, que impede o corpo de se recuperar plenamente, deficiências nutricionais que comprometem o funcionamento do organismo, e até condições de saúde mental, como estresse e ansiedade.

 

Outro ponto frequente, especialmente em tempos de busca por emagrecimento rápido, é a adoção de dietas restritas, que reduzem drasticamente a ingestão de nutrientes e acabam deixando o corpo sem combustível suficiente para manter o ritmo das atividades diárias.

 

"Dietas muito restritivas, que cortam muitos grupos alimentares ou reduzem drasticamente o consumo de calorias, podem levar à queda da energia. Isso acontece porque o corpo deixa de receber nutrientes essenciais para produzir combustível. O resultado é fadiga, preguiça e até perda de massa muscular", alerta a nutricionista Patrícia Davidson, referência em saúde feminina e equilíbrio hormonal.

 

Para ela, a melhor alternativa não é excluir, mas, sim, ajustar. "A solução é apostar em um cardápio equilibrado e individual com fontes de carboidratos de qualidade, proteínas magras e gorduras boas, voltado para o objetivo e necessidades de cada indivíduo. Em vez de cortar demais, prefira ajustar as porções e priorizar alimentos nutritivos", aconselha.

 

Alimentos que aumentam a disposição

Mesmo quem não está fazendo uma dieta restrita pode acordar sem energia ou sentir preguiça na hora de malhar. Para mudar esse cenário, Patrícia Davidson lista alimentos que melhoram a disposição:

Frutas ricas em frutose e fibras, como banana, maçã e laranja, fornecem energia rápida e estável. Associadas a oleaginosas como castanhas, nozes e amêndoas, evitam o pico glicêmico das frutas e ainda oferecem magnésio e gorduras boas, que ajudam na disposição;

Aveia e cereais integrais liberam energia de forma gradual, evitando picos de cansaço.

Ovos são fonte de proteína e vitaminas do complexo B, que participam diretamente do metabolismo energético;

Batata-doce, mandioca e arroz integral são fontes de carboidratos complexos que sustentam a energia por mais tempo.

 

Bebidas que aumentam a energia

De acordo com a nutricionista, algumas bebidas também contribuem para a produção de energia:

Água, a hidratação é fundamental para manter a disposição, já que a fadiga muitas vezes é causada pela desidratação;

Bebidas com cafeína, como café e chá verde, estimulam o sistema nervoso e melhoram o foco;

Smoothies com frutas e proteína são uma opção prática e nutritiva, especialmente se incluírem frutas ricas em vitamina C, como morango e laranja, que ajudam a combater o cansaço.

 

Bebidas que causam queda de energia

Patrícia Davidson também aponta quais bebidas podem prejudicar a disposição:

Refrigerantes e bebidas muito açucarados: dão energia imediata, mas logo provocam queda brusca devido ao efeito rebote;

Álcool: interfere no sono e na absorção de nutrientes, levando à fadiga;

Bebidas energéticas em excesso: apesar da alta cafeína, podem gerar o efeito contrário, causando ansiedade, queda de foco e forte fadiga depois.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-alimentos-e-bebidas-que-ajudam-a-aumentar-a-energia,685580282e3e325abce44d119e50d340pnxrhtlf.html?utm_source=clipboard - Por Thiago Martins - Foto: pics five | Shutterstock / Portal EdiCase