quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Exercícios físicos diminuem consumo de remédios


Hábito de exercitar

Mulheres acima dos 60 anos que praticam 150 minutos de atividades físicas moderadas por semana, como caminhadas, consomem menos remédios em comparação às que não têm o mesmo hábito.

A conclusão é de Leonardo José da Silva, em uma pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo (USP).

Os resultados do estudo de Silva foram apresentados em maio no 3th International Congress Physical Activity and Public Health realizado em Toronto, no Canadá.

Programa de Saúde da Família

Silva acompanhou 271 mulheres com idade acima de 60 anos que participaram do Programa de Saúde da Família, organizado pela Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
As participantes que cumpriram um programa de exercícios variados de no mínimo 150 minutos semanais apresentaram consumo de medicamentos 34% menor em comparação às mais sedentárias.
"Esse tempo mínimo de exercícios de 2,5 horas semanais é preconizado pelaAmerican Heart Association e pelo American College of Sports Medicine", conta Silva.

Com menos de 10 minutos semanais de atividade física o indivíduo é considerado sedentário e entre 10 minutos e 150 minutos de exercícios por semana ele é categorizado como insuficientemente ativo.

Silva contou com uma parceria entre a Unifesp e o Centro de Estudos de Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs). Guiomar Silva Lopes, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp e orientadora de Silva, considera o programa oferecido pela cidade paulista aos idosos uma valiosa fonte de pesquisa. "Trata-se de uma população pequena e estável, o que facilita o acompanhamento dos participantes durante prazos mais longos", disse.

Exercícios e remédios

As atividades físicas disponibilizadas incluem caminhadas, exercícios de aprimoramento de força muscular, equilíbrio, flexibilidade e capacidade aeróbica. Há também visitas domiciliares feitas por agentes de saúde, nas quais os idosos são incentivados a praticar atividades físicas frequentes, como ir ao mercado ou fazer um passeio a pé.

O consumo de remédios das participantes da pesquisa foi avaliado por meio do cadastro da Secretaria Municipal da Saúde de São Caetano do Sul. Na base de dados estão registradas informações relevantes sobre todos os participantes do Programa de Saúde da Família, incluindo os medicamentos consumidos regularmente.

Segundo Guiomar, os resultados do estudo poderão subsidiar políticas públicas que incentivem a atividade física visando à prevenção e controle das doenças crônicas associadas ao envelhecimento, reduzindo despesas com medicações e internações.

"Podemos perceber a importância desse estudo ao constatar que o idoso consome, no mínimo, cinco medicamentos associados a doenças ligadas ao envelhecimento", disse a orientadora.

Caminhada para longe dos remédios

A relação causa e efeito entre atividade física e consumo de medicamentos ainda está sendo estudada. A redução dos níveis de pressão arterial proporcionada pela atividade física é uma das hipóteses levantadas pelo estudo de Silva, uma vez que a doença é uma das mais comuns entre a população idosa, estando presente em mais da metade das pessoas acima de 60 anos.

O diabetes, com prevalência de 25% entre idosos, é outra enfermidade afetada pelo nível de atividade física. "Há estudos indicando que exercícios respiratórios aumentam a sensibilidade do organismo à insulina", comentou a professora da Unifesp.

Esse efeito é importante para as pessoas em cujos organismos a insulina não atua de maneira eficiente. "A resistência à insulina tem alta prevalência na população idosa e se caracteriza pela menor resposta à insulina, com aumento discreto da glicemia e da insulinemia. Estes fatores juntos contribuem para a obesidade e o aumento do risco de doenças cardiovasculares", disse.
Exercícios para mulheres

As mulheres são as que mais se beneficiam da prática de atividades físicas, no caso levantado em São Caetano do Sul. Guiomar conta que a pesquisa se restringiu ao público feminino porque ele representa a grande maioria dos participantes do programa.

A professora ressalta que não são completamente conhecidas as razões que levam a menor participação masculina nessas atividades. "Sabemos que a mulher tem expectativa de vida um pouco maior do que a do homem, aumentando a frequência de mulheres viúvas e sozinhas, porém esse fato não explica a absoluta ausência masculina", disse.

Segundo Silva, o estudo destaca o fortalecimento da medicina preventiva, área que se encontra em crescimento e tem laços com a educação física. "A prescrição de medicamentos ainda é preponderante na prática médica. Podemos diminuir esse consumo de remédios com métodos de prevenção baratos e simples como a atividade física", sugeriu.

Fonte: Diário da Saúde - Fabio Reynol - Agência Fapesp

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Jogos Internos do Colégio Dom Bosco 2011


No período de 20 a 28 de outubro, o Colégio Dom Bosco realizará os Jogos Internos 2011, com a participação de 400 alunos do ensino fundamental e médio.

Serão 22 turmas divididas em 5 categorias disputando as seguintes modalidades: basquete, futsal, handebol, natação, queimado, tênis de mesa, voleibol e xadrez. Os jogos serão coordenados pelo professor Benjamin Alves e realizados pela equipe de professores de educação física: Ana Paula, Dulce Olga, Lívia, Márcio e José Costa.

A abertura dos jogos acontecerá nesta sexta-feira, 21 de outubro, a partir das 10 h com o desfile das equipes participantes, juramento do atleta, juramento do árbitro, acendimento da pira olímpica e declaração de abertura pela Diretora Irmã Marta Helena de Carvalho.

Para abrilhantar a abertura, haverá 4 apresentações artísticas: Banho de lua, Brinquedo pra montar, Meu Brasil brasileiro e a dublagem de Ivete Sangalo e Luan Santana pelas professoras Eliana e Dida.

As competições serão realizadas no Ginásio de esportes “Dom Bosco” e a natação na piscina da escola.

“Os esportes são meios eficazes para promover a saúde, a disciplina e a honestidade.” Dom Bosco

Profº José Costa

Dance pela vida


Há muito tempo, dançar deixou de ser visto apenas como um prazer, e especialistas já comprovam a sua utilidade no tratamento de doenças físicas e psíquicas

"Dance, dance, caso contrário estaremos perdidos", já dizia a bailarina e coreógrafa alemã Pina Bausch, que de uma forma revolucionária procurava mostrar a relação entre movimento e emoções.
Hoje, várias técnicas que buscam expressar o interior e as emoções por intermédio do corpo já são reconhecidas como terapêuticas - além de agradar como um exercício completo. Fugindo dos estilos tradicionais mais conhecidos e extremamente regrados, como o balé clássico e o jazz, existe um mundo de novas danças e técnicas que combinam os benefícios da atividade física com os conhecimentos da medicina.

Dentre os proveitos físicos que essa atividade oferece para quem a pratica com frequência estão a redução de peso, melhor resposta do organismo à insulina - no caso dos diabéticos -, reeducação postural, diminuição do colesterol ruim (LDL) e aumento nos níveis do bom (HDL), redução da pressão arterial de hipertensos leves, melhor condicionamento físico e respiratório.

Outro atributo é a diminuição da quantidade de glicose no sangue, que ajuda na prevenção do diabetes. "Como a dança combina o benefício aeróbico ao entretenimento, além do relaxamento proveniente do lazer, ela diminui a adrenalina que causa o estresse e problemas cardíacos", afirma Marcelo Cantarelli, diretor da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHC) e da clínica Angiocardio (SP).

Já as melhoras psíquicas podem se manifestar pela diminuição da timidez, aprimoramento do convívio social, reconstrução de uma autoimagem que antes era distorcida e também da autoestima. Além disso, pode ser recomendada para auxiliar no tratamento de doenças mais graves - como a síndrome do pânico e a depressão - ou o medo de se expor perante as situações cotidianas.

Como a dança não envolve a fala em sua essência, a pessoa procura outras formas de se comunicar por meio do corpo e, nesse processo, ela pode encontrar o alívio para os seus transtornos. "Por meio dos movimentos, o sujeito entra em contato com aspectos que são bloqueados dentro dele, como nos casos de timidez e autoimagem depreciada", explica a psicanalista Blenda de Oliveira, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). Para usufruir de tudo isso, existem diferentes técnicas e métodos para que o aluno encontre a que mais lhe agrada.

Antes de iniciar qualquer tipo de atividade física é importante fazer um checkup completo da saúde, principalmente do coração

Cuidado com o coração

Antes de iniciar qualquer tipo de atividade física é importante fazer um check-up completo da saúde, principalmente do coração. Durante os exercícios, os músculos e órgãos vão trabalhar mais, então, precisam ter uma melhor irrigação sanguínea. Para suprir essa demanda, o sangue tem que circular mais rápido pelo organismo. "Nesse momento, a pressão arterial máxima sobe e a mínima desce. Se a pessoa tiver algum problema cardíaco desconhecido, e não tratado, pode ter uma complicação como derrame ou infarto", explica Marcelo Cantarelli.

Ainda existem os casos de morte súbita, onde é comum o sujeito não conhecer a existência de um problema no coração que provocava a arritmia, por exemplo, e acaba colocando a vida em risco durante a prática de qualquer esporte.

Apesar de afetar diretamente o funcionamento do coração, pacientes com pressão alta já detectada devem também praticar atividades físicas. Segundo Cantarelli, desde que as controlem com um médico, não há problema algum. Ele pode recomendar fazer um mapa da pressão arterial durante todo o dia, inclusive durante a prática dos exercícios, para ter um melhor diagnóstico e ajustar a medicação. "Com o tempo, eles podem até passar a ingerir menos remédios para a hipertensão", completa o cardiologista.

Dance para se encontrar

Pessoas com depressão, ou que buscam o autoconhecimento em geral, podem encontrar muitas respostas nos próprios movimentos, pois a dança permite a expressão daquilo que se sente. Retratar com corpo o que o professor está falando, ou tocar nos outros integrantes enquanto realizam os passos, são alguns dos métodos que as diferentes técnicas utilizam. Além disso, "a dança, por ser aeróbica, produz endorfinas que interferem bastante no humor, na disposição, e no sono", esclarece a psicanalista Blenda.

Na biodanza, técnica idealizada pelo psicólogo argentino Rolando Toro, o som é fundamental. Para reproduzir as diversas mudanças de lugares, pessoas e comportamentos diante da sociedade, as músicas também vão se alterando no decorrer da aula. "Por meio da música e do movimento humano, ativam-se alguns processos que ajudam na regulação global, diminuindo o estresse", afirma Maria Angelina Pereira, diretora e coordenadora da Escola Paulista de Biodanza (SP). Ela explica que, nessa técnica, o corpo se comunica pelo olhar, sorriso e toque. O intuito é resgatar uma atitude da vida mais serena e reabilitar a digestão e respiração, a partir do momento que se deixa a tensão.

Todos podem praticar a biodanza, e mesmo quem tem alguma patologia que afete a mobilidade pode se beneficiar dessa metodologia. Segundo a especialista, a prática potencializa o que a pessoa tem de bom, e não as doenças.

Dança na inclusão de pessoas com deficiência

Usando passos inspirados no balé clássico e métodos específicos da fisioterapia, Lavinia Teixeira, fisioterapeuta neurofuncional e professora da Academia Sergipana de Ballet, desenvolveu uma prática que ajuda jovens com déficits cognitivos. Ela utiliza o ritmo predeterminado pela música para fazer com que os seus alunos/ pacientes sincronizem os próprios movimentos corporais. Isso estimula neles um sentido lógico para que o esforço executado se transforme na ação desejada.

Essa técnica tem como objetivo a redução de contraturas e deformidades, melhor mobilidade, ganho de força muscular e controle motor, resultando numa maior qualidade de vida para o indivíduo. "Apesar de observar os benefícios da dança no desenvolvimento e aprimoramento neuromotor, o bem-estar que ela proporciona é o fator primordial nos resultados alcançados", explica Lavinia. Deficiências motoras, sensoriais, cognitivas, ou o conjunto delas, podem ser trabalhadas com a Terapêutica Alternativa Lavinia Teixeira (TALT).

Com aulas individuais e em grupo, a socialização também é estimulada nessa atividade. "Além do prazer que a música induz aos movimentos sincronizados a ela, o reforço positivo vindo da plateia potencializa os efeitos neuromotores, psicoafetivos e sociais", finaliza a fisioterapeuta.

Várias técnicas que buscam expressar as emoções por intermédio do corpo já são reconhecidas como terapêuticas - além de agradar como um exercício completo

Dança de salão

Englobando diversos ritmos, a dança de salão é um ótimo exercício. Dentre os benefícios para a saúde estão a melhora da coordenação motora e das relações sociais. Algumas escolas oferecem cursos especiais para crianças e idosos, que trazem resultados mais específicos. As crianças melhoram a coordenação, concentração e relacionamento com os demais, devido ao contato físico. Já a terceira idade apresenta fortalecimento ósseo e muscular e ativação cerebral.

Para quem não gosta de musculação, é uma ótima forma para se exercitar e ajudar também no tratamento da depressão. Com relação a risco de lesões, "se a escola tem o piso adequado e o aluno está com o sapato recomendado, é mais difícil que ele se machuque", tranquiliza Renato Mota. Assim, com o alongamento e local adequado, o joelho não se sobrecarrega, o que evita lesões.

"Cada um tem um instinto, temos que escutálo, pois ele nos ajuda a sobreviver", afirma Maria Angelina, explicando a necessidade de saber ouvir o próprio corpo para se obter uma melhor qualidade de vida.

Já no caso da dançaterapia, a música não é essencial, pois, nesse método, os alunos podem fazer o próprio som. "Ela é voltada para o encontro da pessoa com o próprio eu, onde se entende melhor e o grupo também", explica Renato Mota, arte-terapeuta, professor de dança de salão e diretor do Studio Renato Mota (SP). Levando em consideração que quem consegue ter um maior controle sobre o seu corpo e suas emoções vive melhor, ele afirma que o intuito é fazer com que os participantes levem a técnica aprendida para o seu cotidiano.

Do ponto de vista emocional, as coreografias mais soltas têm o objetivo de relaxar o corpo, e isso pode ajudar, segundo exemplifica Blenda. "Felizmente as conquistas emocionais não são como os músculos que, quando você para um exercício, ele retrocede; esses ganhos continuam com a pessoa", observa a psicanalista.

Bom para a memória

A necessidade de decorar passos e sequências, ou apenas o fato de fazer um tipo diferente de movimento com o corpo, faz com que o cérebro também se comporte de outra forma. "Quando se experimenta algo novo, uma habilidade nova, ou até mesmo resgatase um antigo hábito, o cérebro é obrigado a fazer novas configurações que acabam colocando mais uma de suas áreas em ação", ensina a especialista Blenda.

Misturando exercícios do balé clássico, pilates e ioga, os alunos da turma de Power Spirit da bailarina Betina Guelmann (RJ) treinam a memória, lateralidade, ritmo e noção de espaço mediante os movimentos repetidos. A dança de salão, que normalmente oferece aulas específicas para determinadas faixas etárias, também é uma boa opção para quem quer manter o cérebro e o corpo em forma.

A biodanza é dividida em cinco linhas: vitalidade, sexualidade, criatividade, afetividade e transcendência

Melhore o convívio social

A capacidade de criar vínculos com outras pessoas, ampliar as amizades e "dançar conforme a música" nas circunstâncias da vida cotidiana é muito trabalhada na biodança. Nesse modelo, o conjunto de movimentos é visto como um sistema de integração humana, renovação orgânica e reeducação afetiva. "A biodanza é dividida em cinco linhas: vitalidade, sexualidade, criatividade, afetividade e transcendência", afirma a especialista Maria Angelina. Tendo essas linhas como pilares, os movimentos inspirados na fluidez do tai chi chuan podem ser realizados sozinhos, em duplas ou trios, e em unidade com todo o grupo.

Na dançaterapia, o convívio social também é trabalhado através de movimentos de livre expressão. O uso de jogos corporais é indicado, pois eles promovem a desinibição, além do contato com o outro e com o grupo. Essa estratégia inclui também o professor que, comandando as atividades, estimula os alunos a "encenar" conflitos da própria vida. com a participação de todos ou apenas para eles mesmos. Trata-se da chamada coreografia induzida. O corpo e a mente agradecem.

Fonte: Revista Viva Saúde - por Jéssie Panegassi ¦ foto Danilo Tanaka

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Caminhar reduz risco de derrame em mulheres


Exercícios contra o derrame

Mulheres que caminham pelo menos duas horas por semana ou que costumam andar rapidamente (5 km/h ou mais) têm risco significativamente menor de desenvolver um acidente vascular cerebral (AVC) - popularmente conhecido como derrame - do que as que não costumam praticar atividade física.

A afirmação é de um estudo feito nos Estados Unidos e que será publicado em breve na revista Stroke, da American Heart Association. De acordo com a pesquisa, os riscos foram menores para AVC em geral e em suas formas isquêmica e hemorrágica.

Caminhar para longe do AVC

As mulheres que caminharam em passos acelerados apresentaram risco 37% menor de qualquer tipo de AVC. As que andaram mais de duas horas por semana tiveram risco 30% menor, ambas em comparação com mulheres sedentárias.

No caso de AVC hemorrágico, os riscos foram 68% menor para as que caminharam vigorosamente e 57% menor para as que andaram pelo menos duas horas por semana.

"A atividade física é um comportamento importante para a prevenção de AVC. Trata-se de um hábito essencial para promover a saúde e reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Caminhar é apenas uma forma de atividade física", disse Jacob Sattelmair, da Faculdade de Saúde Pública Harvard, principal autor do estudo.

"Embora a relação exata entre diversos tipos de atividade física e diferentes subtipos de acidente vascular cerebral permaneça desconhecida, os resultados desse estudo específico indicam que caminhar, em particular, está associado com o menor risco de AVC", afirmou o pesquisador.

Exercícios para mulheres

Os autores do estudo acompanharam 39.315 mulheres, com idade média de 54 anos, que participaram de um levantamento nacional sobre saúde feminina. A cada dois ou três anos, as participantes descreveram as atividades físicas conduzidas em horas de lazer no ano anterior.

As atividades envolviam caminhar, correr, andar de bicicleta, fazer exercícios aeróbicos e praticar esportes. Atividades ocupacionais, domésticas ou comportamentos sedentários não foram considerados.

Os ritmos de caminhada foram divididos em nenhum, casual (cerca de 3,2 km/h), normal (4,6 km/h), acelerado (6,2 km/h) e muito acelerado (acima de 6,4 km/h). Nos quase 12 anos em que foram acompanhadas, 579 mulheres tiveram um AVC (473 isquêmicos, 102 hemorrágicos e quatro não identificados).

Acidente vascular cerebral

"O acidente vascular cerebral é a terceira principal causa de morte nos Estados Unidos e uma das principais causas de incapacidade. Por conta disso, é muito importante identificar fatores capazes de modificar riscos", disse Sattelmair.

Segundo o pesquisador, os resultados não se estendem aos homens. "A relação entre caminhar e menor risco de AVC ainda é inconsistente entre homens", disse.

Fonte: Diário da Saúde - Agência Fapesp

Manter a vitalidade nas alturas é primordial nos dias de hoje


Veja algumas dicas para manter a vitalidade em alta e tenha mais pique para encarar a correria do dia a dia

Pular da cama, abrir a janela sorrindo e realizar as tarefas do dia com disposição e entusiasmo - quantas vezes nos vemos distantes desse ideal de vitalidade ou, pelo menos, tentando alcançá-lo. Calma. Ficará mais fácil turbinar as reservas de energia se compreendermos - e respeitarmos - o sutil equilíbrio das forças envolvidas nessa equação.

"Na medicina tradicional chinesa, vitalidade é sinônimo de Qi (lê-se "tchi"), que quer dizer energia da vida ou sopro vital, presente na natureza como um todo", afirma Márcio de Luna, presidente da Associação Brasileira de Acupuntura, do Rio de Janeiro, e professor do Instituto Brasileiro de Medicina Tradicional Chinesa (IBMTC). Segundo essa tradição, nós nascemos com uma cota predeterminada de Qi, armazenada nos rins. "É por isso que os chineses procuram preservar a saúde desse órgão e cultivar bons hábitos no cotidiano", diz o acupunturista. A sabedoria desse povo desemboca no comedimento. Assim, eles pensam: se o montante de energia inata for gasto precocemente, a vitalidade despencará e as enfermidades não tardarão a se instalar.

Nas bandas ocidentais, não é muito diferente. "A medicina convencional entende a vitalidade como resultado da interação de aspectos físicos e psíquicos", diz João César Castro Soares, endocrinologista, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e autor de Dieta Dissociada - Emagrecer com Saúde Comendo de Tudo (MG Editores). "Os estados psicológico e mental, os níveis de estresse diário, o ambiente domiciliar, a forma com que aproveitamos os períodos vagos da rotina, bem como a alimentação e o consumo de água são fatores que influenciam diretamente a vitalidade ou a falta dela", afirma a fisioterapeuta e acupunturista Arianne Nogueira, de São Paulo.

Trocando em miúdos, somos o reflexo de nossos hábitos, mas também não ficamos imunes às influências do meio em que vivemos. No âmbito fisiológico, devemos grande parte do ânimo que sentimos à atividade dos neurotransmissores, principalmente a serotonina e a endorfina. Uma vez fabricadas pelo cérebro, elas produzem a sensação de bem-estar e disposição. "Há aumento da taxa de serotonina quando ingerimos carboidratos e açúcares, e da taxa de endorfina quando praticamos exercícios físicos", diz Castro Soares.

Isso não significa que, a partir de agora, você esteja autorizada a se empanturrar de doces, chocolate, bolos e pães só para se sentir de bem com a vida. Melhor recorrer vez ou outra a esses bálsamos alimentares e deixar o trabalho pesado para as atividades físicas. Regulares, é bom que se diga. "Para gerar benefícios, a prática deve ser contínua, ou seja, pelo menos, três vezes por semana, com duração mínima de 30 minutos", ressalta o médico. Portanto, escolha uma modalidade prazerosa. Algo que a motive a ser aluna assídua e dedicada.

Há ainda dois personagens altamente envolvidos com a geração de entusiasmo. São eles: o cortisol e a adrenalina, os chamados hormônios do estresse. Em patamares normais, a dupla se encarrega do desempenho muscular e do despertar matinal. "Por isso, é recomendado se exercitar pela manhã, período em que esses hormônios preparam o organismo para o gasto energético", explica ele. Por outro lado, o excesso de malhação, em geral, motivado pelo culto ao corpo, pode levar ao esgotamento. Aí, adeus vitalidade. "Muitas pessoas não respeitam seus limites físicos e criam para si um quadro de estafa aliado a lesões musculares e articulares", alerta Castro Soares.
Abaixo o desperdício de energia!

Segundo a medicina tradicional chinesa, devemos evitar os seguintes hábitos em nome de uma vida equilibrada e, consequentemente, cheia de disposição:

• Uso de drogas (incluindo cigarro e álcool) ou agentes intoxicantes, como corantes, principalmente a tartrazina, substância usada em tudo o que possui a cor amarela.
• Trocar o dia pela noite ou dormir tarde e pouco.
• Picos de preocupação, raiva, tristeza, medo, alegria e todo abuso emocional.
• Excesso de exercícios físicos e de atividade mental (os chineses recomendam técnicas de meditação para aprendermos a esvaziar a mente).
• Comer muito ou demasiado pouco.
• Exagerar num certo sabor como ácido, doce, amargo, salgado e picante (nossa sociedade abusa do doce e do sal).
• Devemos, sim, comer conforme a estação: alimentos mais calóricos e gordurosos no frio; e itens leves, frugais e frescos no calor.

Fontes borbulhantes

Para manter constantes os níveis de energia, vale a pena investir em atividades como aashtanga vinyasa ioga, conhecida como a vertente mais vigorosa dessa modalidade, centrada na respiração casada com sequências fixas de posturas. "A respiração profunda com base na contração das vísceras, chamada de ujjayi, aumenta a oxigenação dos órgãos internos, gerando um corpo rico em combustível", afirma Pedro Moreno, professor de ashtanga vinyasa ioga no Estúdio Anacã e na Escola de Ioga, ambas em São Paulo.

Se você já tem uma atividade física predileta, pode recorrer às agulhas a fim de reequilibrar o fluxo energético do corpo. "O estímulo dos pontos de acupuntura promove a liberação de diversas substâncias neuroquímicas, como serotonina, endorfina e dopamina, entre muitas outras, o que se traduz na recuperação da saúde e no aumento da disposição", explica Luna. Segundo ele, a sensação de bem-estar começa a ser sentida durante a sessão e se prolonga por até 72 horas. Nos casos de pacientes desvitalizadas, ele recomenda a frequência de duas vezes por semana, com intervalos de três dias entres as sessões, durante três meses.

Aquela massagem dos deuses também é providencial nos momentos de pilha fraca. Aposte na massagem revitalizante, com pedras quentes. "Ao dissolver as tensões por meio do toque combinado com a ação de óleos mornos e das pedras aquecidas, libera-se a energia represada", afirma Priscila. Sem falar que, quando estão deitadas na maca, as pessoas são induzidas a respirar profundamente, o que aumenta a oxigenação do sangue e relaxa a musculatura.

Como última cartada contra o cansaço, cogite se refugiar nos braços da natureza. Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, mostrou que o simples contato com as paisagens naturais aumenta a sensação de vitalidade. Vinte minutos de interação com esses cenários foram suficientes para os pesquisadores constatarem os benefícios nos participantes do estudo. Não há brechas para desculpas. Só vai deixar a bateria arriar quem quiser.

Fonte: Reportagem: Raphaela de C. Mello - Edição: MdeMulher - Foto: istockphoto