quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Quais os riscos, em longo prazo, das medicações para dormir?


Remédios para insônia podem ter vários efeitos colaterais, principalmente quando não utilizadas conforme a recomendação médica. 

A definição de insônia é bastante complexa, mas envolve, em geral, um período prolongado em que a pessoa não consegue dormir - geralmente acima de 30 minutos ou vários despertares durante a noite - por pelo menos um mês seguido. A insatisfação com o sono e dificuldades de desempenhar atividades no dia seguinte também fazem parte dos critérios
Num estudo feito na cidade de São Paulo e publicado em 2013, consta que cerca de 15% de 1042 pessoas pesquisadas apresentava um quadro de insônia. Por outro lado, cerca de quatro em cada cem paulistanos, segundo outro estudo, usam sedativos ou medicações para dormir. Considerando a Grande São Paulo, isto equivale a cerca de um milhão e duzentas mil pessoas.
As principais medicações para dormir são os benzodiazepínicos (aquelas vendidas em embalagens com uma faixa preta) e as drogas Z, das quais, no Brasil, são comercializados o zolpidem e o zopiclone - lembra-se que, numa farmácia, estas drogas podem ter várias marcas mas, embaixo do nome comercial, em letras menores, sempre pode ser visto o nome químico. Os benzodiazepínicos foram desenvolvidos a partir de meados da década de 50, no século passado, enquanto as drogas Z têm origem mais recente, a partir da década de 80.
Antes da existência destas medicações, eram muito usados os remédios do grupo dos barbitúricos, que apresentavam riscos elevados quando usados em quantidades maiores. Assim, uma grande vantagem dos benzodiazepínicos e das drogas Z é que são muito seguros e, caso ingeridas em grandes quantidades, geralmente não trazem riscos de morte. Assim, a partir da década de 60, os benzodiazepínicos passaram a ser as drogas preferidas como tranquilizantes e indutores do sono.

Os efeitos colaterais
Porém, apesar da segurança destes remédios (benzodiazepínicos) em relação a riscos de vida, em curto prazo, eles possuem vários efeitos colaterais, potencialmente perigosos. Assim, logo no início do tratamento, eles aumentam os riscos de quedas e prejudicam a coordenação motora e a memória. Os acidentes indiretamente relacionados ao seu uso envolvem lesões por causa das quedas, prejuízos em atividades que exigem coordenação (como, por exemplo, dirigir veículos) e esquecimento (alguns chegam a cometer atos ilícitos e apagá-los da memória). Além disto, elas são abusadas por algumas pessoas, principalmente por indivíduos que já fazem uso de outras drogas, como a heroína.
Em longo prazo, pode haver uma diminuição dos efeitos sobre a coordenação motora, porém os efeitos negativos sobre a memória tendem a permanecer. Inclusive, existe um estudo que sugere que o uso prolongado pode estar relacionado ao desenvolvimento de quadros de demência - parecidos com a Doença de Alzheimer, com alterações comportamentais e redução progressiva da capacidade de se lembrar, principalmente de fatos recentes - ou da própria Doença de Alzheimer.
As drogas Z parecem ser um pouco mais seguras, porém há evidências de que mesmo elas podem causar problemas de equilíbrio e coordenação motora, principalmente se seus efeitos forem medidos no decorrer da noite em que as pessoas tomaram estes remédios.
Apesar de não haver conclusões definitivas, pesquisadores que estudam as consequências do uso de benzodiazepínicos recomendam que sejam utilizados por um máximo de duas semanas seguidas. Também se recomenda que se não sejam usados em pessoas acima dos sessenta ou sessenta e cinco anos.

O que fazer em caso de insônia?
Quando alguém tem insônia, deve consultar um(a) especialista (geralmente psiquiatra ou neurologista). O(a) profissional fará uma investigação da insônia, que pode aparecer sozinha ou ser causada por quadros como depressão,ansiedade ou vários tipos de doenças clínicas.
Naqueles casos em que a insônia tiver uma causa determinada, deve-se tratar esta causa e, como consequência provável, a insônia será curada ou melhorada.
Em outros casos, quando não houver nenhuma doença que explique a insônia, além do uso de medicações em curto prazo, podem-se usar técnicas de higiene do sono, que também são eficazes e não têm efeitos colaterais. São elas:
1. Ir para a cama apenas quando estiver muito sonolento, sem conseguir manter-se acordado. Não basta estar cansado. Enquanto isto, ficar assistindo à TV, lendo um livro, folheando uma revista ou escutando música. Sempre atividades tranquilas, que relaxem. Filmes de suspense, músicas muito agitadas, atividades como lavar louças ou varrer a casa podem deixar a pessoa ainda mais acordada.
2. Se acordar no meio da noite e não adormecer em 15 a 20 minutos, fazem como em 1.
3. Exercícios físicos aeróbicos várias vezes por semana.
4. Tomar um lanche leve antes de ir dormir.
5. Não fumar e não beber café na parte da tarde.
6. Jamais tentar "forçar" o sono: quanto mais a pessoa tenta, mais acordada fica.
7. Para algumas pessoas, ajuda tomar um banho morno antes de dormir.
8. Acordar cedo, mesmo nos feriados e fins de semana.
9. Não dormir a mais, mesmo se tiver dormido mal durante a noite.
10. Não tirar cochilos durante o dia.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Nove dicas para conseguir acordar mais cedo e com disposição

Manter uma rotina de sono e diminuir o ritmo antes de dormir ajudam a despertar na hora certa

Pular da cama ou dormir mais um pouco? Para muita gente, o dilema é diário. Para o nosso corpo, muitas vezes a segunda opção é a escolhida, mesmo quando nosso cérebro sabe que temos que acordar cedo para trabalhar ou cumprir outras atividades. E quando finalmente o despertador é escutado, muitas pessoas começam o dia sem disposição, só pegando no tranco no fim da manhã ou começo da tarde.

Na maioria das vezes, a dificuldade para acordar bem disposto tem um grande culpado: a privação de sono. "Antes, no começo do século XX, dormíamos cerca de nove horas por noite, hoje a média é menor do que sete horas", compara o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, coordenador da Residência Médica em Medicina do Sono do Incor e médico do Laboratório do Sono do Hospital Santa Cruz, em São Paulo.

Mas é claro que outros fatores também podem influenciar nisso. "Também existem aspectos genéticos, pessoas que têm tendência a acordar e dormir muito tarde ou muito cedo. Só que essa é uma porcentagem muito pequena da população", frisa a pneumologista Sonia Togerio, pesquisadora do Instituto do Sono, da Unifesp, em São Paulo.

De qualquer forma, acordar com dívidas na conta de sono pode ser prejudicial ao rendimento e à saúde. "Isso causa problemas de memória, humor, falta de atenção e, é claro, sonolência", ensina Sônia. Por isso pedimos aos especialistas algumas dicas para tornar essa tarefa muito mais fácil. A seguir, você confere as estratégias para conseguir acordar mais cedo e com o pique em alta. 

Tenha horários constantes
O corpo pode não ser exato, mas ele é regido por um ciclo chamado circadiano, expressão que significa "cerca de um dia". Isso porque o organismo organiza suas funções para que ocorram sempre em 24 horas mais ou menos, obedecendo a duração do dia. Esse é o tal do relógio biológico. Manter uma hora certa para dormir e acordar ajuda a regular um pouco mais esse nosso cronograma interno. "Ficar mexendo no nosso ciclo circadiano o desregula. Ao dormir mais tarde, você atrasa o relógio e volta a não conseguir acordar cedo", esclarece o médico do sono Geraldo Lorenzi. É claro que não é preciso exagerar e ser sempre pontual, mas manter uma rotina faz parte da higiene do sono e ensina o corpo a ter uma frequência.

Use e abuse da luz
 Um dos reguladores do ciclo circadiano é a luz, já que o corpo tem funções diferentes à noite e durante o dia. Portanto, o sol é um excelente indicador para o corpo que está na hora de acordar. "Abrir a janela de manhã como as avós ou seus pais faziam é uma excelente maneira de dizer para o organismo que já é dia", pontua o médico do sono Lorenzi. E em dias nublados, mesmo a luz artificial pode ter esse efeito. "Depende, é claro, de sua intensidade", reitera a pneumologista Sônia Togerio. Em vez de dormir com cortinas ou persianas, que bloqueiam totalmente a passagem da luz matutina, experimente deixar a janela do quarto liberada para a entrada do Sol antes mesmo de ir para a cama.

Relaxe antes de dormir
As vovós também viviam dizendo aos netos para pararem um pouco de brincar na hora de dormir. E, mais uma vez, elas estavam certas! "O mais indicado é não fazer atividades estimulantes, principalmente no caso dos adultos. Trabalhar, por exemplo, excita a mente, ainda mais ficar pensando no que precisa ser feito no dia seguinte", argumenta a pneumologista Sônia. Ver televisão, navegar na internet, jogar videogame, tudo isso entra na lista de proibições. Mas não precisa parar de cumprir tudo isso assim que o sol se por. Basta separar uma hora para relaxar e ficar longe de tudo isso quando estiver próximo de dormir. Nessas horas, um livro ou uma música relaxante são ótimas pedidas. 

Não fique enrolando na cama
"Cama é um lugar para dormir e fazer sexo, mais nada!", sublinha o médico do sono Lorenzi. No máximo, fazer uma leitura, que é algo relaxante. Portanto, ao enrolar na cama, você tira a sensação que lá é um local de sono, o que pode dificultar a chegada do sono à noite. Seu organismo deve reconhecer que a cama é um local de repouso e relaxamento, portanto praticar atividades estimulantes como assistir televisão ou jogar videogame na cama também não são recomendadas. "Para quem tem insônia, por exemplo, ficar muito tempo na cama gera mais ansiedade", lembra a pneumologista Sônia. A melhor forma de dizer para seu corpo que está na hora de acordar, é levantar logo, sem enrolações. Existem despertadores programados inclusive para que a pessoa seja obrigada a levantar, como o que solta três peças de quebra cabeça e só para de tocar quando todas são colocadas de volta ao lugar.

Resista ao botão soneca
Você pode achar que está enganando o despertador, mas é o seu corpo que é feito de bobo ao apertar o botão "soneca" do relógio. "Pode fazer mal, porque se tem um sono fracionado, que é de segunda qualidade, e acaba-se dizendo ao corpo que ele pode dormir assim, o que não é certo", ensina Lorenzi. O ideal é acordar assim que o despertador toca, e não ficar barganhando mais uns minutinhos. 

Tome cuidado com a atividade física
A atividade faz muito bem à saúde, e quando feita logo cedo, colabora para a disposição. "O nosso ciclo cicardiano está muito relacionado à temperatura do corpo, quando ele está frio, temos sono. A atividade física eleva o calor corporal, ajudando a despertar melhor", explica Lorenzi. Por outro lado, fazer exercícios muito perto da hora de dormir tem o mesmo efeito, atrapalhando o sono. "O indicado é sempre fazer exercício três horas antes de dormir", ensina Sônia.

Mantenha o olho vivo no cardápio
Os alimentos também influenciam no sono e sábio foi quem percebeu que o café ajuda a espantar a sonolência. A bebida é rica em cafeína, substância que é estimulante. "Alguns alimentos fontes desse micronutriente devem ser evitados à noite, como café, chá preto, chá verde e chocolate, que são estimulantes", considera Lorenzi. Mas você pode consumi-los pela manhã, a cafeína melhora a memória, por exemplo. Só que o efeito pode não ser imediato. Um estudo feito no Instituto Federal Suíço de Tecnologia, em Zurique, verificou que pessoas que consumiam bebidas com o micronutriente tinham mais atenção e eficiência logo após a ingestão, além de um aumento no metabolismo. Além disso, pesquisas indicam que proteínas pela manhã podem aumentar características como atenção e memória logo cedo. 

Dê mais atenção ao seu corpo
As pessoas têm uma determinação genética também sobre seus horários de dormir e acordar, são os cronotipos, que dividem as pessoas entre matutinos e vespertinos, além dos intermediários. Os primeiros tem uma tendência maior a dormir e acordar cedo, enquanto os últimos despertam e se deitam mais tarde. "A maior parte das pessoas é flexível, pode se habituar a acordar cedo", ensina Lorenzi. Mas saber qual é sua tendência com certeza ajuda a conhecer melhor o próprio corpo. A dica do especialista é aproveitar as férias ou qualquer período sem obrigações de horários e perceber a que horas, sem a privação de sono, o corpo sente necessidade de dormir e acordar, e assim observar como o organismo se comporta. Ou faça o teste e descubra em qual período do dia a sua disposição é maior.

Além disso, existem os curto e longo dormidores, que precisam de menos ou mais tempo para dormir respectivamente. "Isso é muito individual, e pode variar também com a idade", salienta Sônia. Mas, muitas vezes, a dificuldade em acordar cedo está justamente no fato da pessoa precisar dormir um pouco mais que a média. Nesses casos, oito horas não são suficientes e o saldo de sono sempre fica negativo.  

Consulte um especialista
Se mesmo com todas essas dicas, está difícil conseguir acordar cedo e com disposição, talvez esteja na hora de buscar ajuda profissional. "Se isso atrapalha a vida da pessoa é importante orientação, até para tomar medicação, como suplementos de melatonina, hormônio ligado ao sono", acredita Sônia. 


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Estressados são as principais vitimas do AVC

Pesquisa comprova que pessoas estressadas são as principais vítimas do acidente vascular cerebral (AVC)

Para os que são como uma pilha de nervos no trabalho e na vida, que tal adotar uma postura mais tranquila? É que um estudo publicado no Archives Internal of Medicine afirm aque os profissionais estressados estão mais propensos a sofrer derrames. Durante 11 anos, 6.500 pessoas abaixo dos 65 anos foram acompanhadas pelos pesquisadores.

Aqueles que eram mais pressionados tinham duas vezes mais chances de desencadear um acidente vascular cerebral (AVC). No tempo que durou a pesquisa, foram 147 os casos de AVC (91 homens e 56 mulheres). Outro dado constatado é que os homens são mais afetados pelo ambiente estressante do que as mulheres.


Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/estressados-sao-as-principais-vitimas-do-avc/3493/ - Texto Sílvia Dalpicolo/ Foto: Shutterstock/ Adaptação: Marília Alencar

domingo, 18 de outubro de 2015

5 vantagens de uma noite bem dormida

O sono é o responsável por regular diversos hormônios no organismo. Ao dormir pouco ou mal, ele se ressente. Saiba por que é preciso ficar mais tempo na cama

1. Previne gripes e resfriados
Quando nos privamos do sono o corpo se sente sem energia e, assim, fica vulnerável à infecção. “Enquanto dormimos, o hormônio do crescimento GH (growthhormone), entre tantos outros que têm ação anti-inflamatória e o poder de aumentar a resposta imunológica, são liberados”, explica Alfredo Lara, otorrinolaringologista do Hospital CEMA (SP). Dessa forma, dormir melhora o mal-estar de um resfriado e pode combater sua aparição.

2. Protege da obesidade
Para quem busca eliminar alguns quilinhos na balança é fundamental dormir bem. Segundo um estudo da Universidade de Columbia (EUA), quem tem uma noite de sono menor do que quatro horas aumenta em 73% a chance de se tornar obesa. “A privação de sono desregula os hormônios de fome e saciedade, respectivamente grelina e leptina, aumentando a produção do primeiro e diminuindo a do segundo. Com isso, come-se mais, aumentando a taxa de massa corporal”, alerta Lara.

3. Mantém a saúde cardíaca
Sabe-se que a carência de sono bem como distúrbios respiratórios, como a apneia, podem promover diversas doenças cardiovasculares por sobrecarregar a função do coração. Já uma boa noite de sono contribui para a melhora nos níveis de hipertensão arterial, diminui o risco de infarto, de acidente vascular cerebral entre outras doenças.

4. Controla a glicemia
Pesquisadores da Universidade de Chicago (EUA) alertam que dormir menos de cinco horas por noite diminui a ação da insulina no organismo. É como se o corpo criasse uma resistência a ela. Nesse caso, em indivíduos com predisposição à doença aumentam-se os níveis de glicemia, assim como de triglicérides e colesterol.

5. Saúde mental em dia
“O sono faz uma faxina e organiza as funções cerebrais”, pontua Lara. “Consolida-se a memória, fica-se menos ansioso, irrequieto, diminuem-se os transtornos de humor, como depressão e ansiedade.” Tudo isso, porque é no sono que as células fazem as reparações necessárias no organismo.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar/5-vantagens-de-uma-noite-bem-dormida/5572/ - por Marília Alencar  - Texto Priscila Pegatin / Foto: Shutterstock 

sábado, 17 de outubro de 2015

Oito bons motivos para você beijar mais




Além de deixar o astral lá em cima, o beijo melhora a circulação e te protege de doenças

Que beijo é uma delícia, todo mundo já sabe, mas e os benefícios que ele traz para a saúde, você conhece? Esse gesto de carinho - quando praticado com amor e cumplicidade - pode desencadear reações no corpo todo, produzindo bem-estar, confiança e unindo ainda mais o casal. "A boca tem o mesmo número de terminações nervosas que a glande do pênis e o clitóris e, por isso, também é um canal de prazer", conta o ginecologista e sexólogo Amaury Mendes Junior, do ambulatório de sexologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Conheça os benefícios dessa demonstração de afeto. 

Melhora a circulação
A excitação que acontece durante um beijo provoca uma vasodilatação no corpo todo. A abertura dos vasos, juntamente com a aceleração da frequência cardíaca, contribui para o aumento da quantidade de sangue oferecida aos tecidos. "Essa intensificação da circulação nutre as células e até ameniza dores no corpo, como a enxaqueca e a dor de cabeça", explica Amaury Mendes.

Previne e ameniza rugas
Um beijo apaixonado e cheio de cumplicidade movimenta 29 músculos da língua e do rosto. O gesto cheio de boas emoções, além de gastar calorias, funciona como uma ginástica facial. "Beijar combate a flacidez e a movimentação aumenta a circulação sanguínea no rosto, nutrindo as células e evitando o envelhecimento precoce e as rugas", explica o sexólogo Amaury.

Imunização
Você sabia que o beijo promove a troca de cerca de 250 bactérias? Antes de torcer o nariz, saiba que essa permuta protege o corpo de várias doenças. "Os micro-organismos trocados vivem em uma relação amigável com o corpo de forma a aumentar a imunidade, já que não são do tipo que provoca doenças", explica Amaury Mendes. Mas também é verdade que o beijo também pode transmitir alguns micro-organismos maléficos e causar doenças, como a mononucleose infecciosa. Por isso, é bom tomar cuidado antes de sair distribuindo beijos.

Libera hormônios do prazer
O beijo libera os hormônios dopamina, epinefrina e ocitocina. "Respectivamente, esses hormônios atuam estimulando, gerando sensação de prazer e estabelecendo o vínculo entre o casal", explica o sexólogo Amaury. É um momento de plena intimidade que está ligado a uma série sensações, como calor, frio na barriga, ansiedade, arrepios e excitação.  

Estimula os sentidos
"O beijo não se resume ao contato entre os lábios - é um disparador para todas as sensações corporais", aponta o psicólogo e pesquisador Diego Henrique Viviane, do Instituto Paulista de Sexualidade. A ação de beijar inclui tato, do toque dos lábios e do encontro corporal; olfato, estimulado ao sentir o cheiro do parceiro; paladar, representado pelo gosto do parceiro; a audição, que permite ouvir a respiração e os ruídos que fazem parte de um bom beijo, e por fim a visão, a observação do outro. 

Promove bem-estar
A liberação dos neurotransmissores chamados de endorfinas, que acontece durante o beijo, promove uma prazerosa sensação de bem-estar. Quando estão em níveis muito baixos no organismo, causam irritabilidade, sono, tristeza, impulsividade e uma série de dificuldades emocionais. "A produção de endorfinas em nível saudável eleva a sensação de bom humor", explica o psicólogo e pesquisador Diego Henrique Viviane, do Instituto Paulista de Sexualidade. Um bom beijo ajuda a equilibrar esse hormônio e a ter mais disposição para lidar com as questões do dia a dia, melhorando a qualidade de vida.

Melhora a autoestima
"O beijo romântico implica na sensação de ser amado e o beijar por beijar está ligado ao poder de conquista, de sedução, de ser atraente a outras pessoas, ou seja, o beijo está intimamente relacionado à autoestima", explica o psicólogo Diego. É como um ciclo: com mais autoconfiança, você se sente mais a vontade para beijar e expressar emoções e sensações, tanto de maneira verbal quanto não verbal.
  
Ajuda a expressar as emoções
O beijo está ligado à expressão emocional, mas, por si só, não é suficiente para expressar todo o conteúdo amoroso, emocional e afetivo. Ele é, portanto, um aspecto da demonstração de afeto. "Em conjunto com a capacidade de lidar com as emoções de maneira verbal e direta, o ato beijar pode ser responsável pela qualidade de qualquer relação humana", conta o psicólogo Diego.