segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

8 hábitos que podem estar "sugando" a sua energia

Muito além das horas de sono, até o excesso de cafeína pode deixar o corpo cansado

Hábitos e atitudes do dia a dia fazem toda a diferença na disposição, tanto para as atividades cotidianas quanto para praticar exercícios físicos. E estes hábitos vão muito além das horas de sono, quantidade e ritmo de trabalho de cada pessoa - a sua postura, opção de sobremesa ou lanche da tarde e até aquele "inocente" cafezinho num momento de intervalo do trabalho podem estar sugando as suas energias. Também é importante saber ler os sinais que o seu corpo dá de que algo não está funcionando corretamente ou está demandando muita energia. "A partir do momento que você lembra de alguma parte do seu corpo, você está desprendendo energia a mais para o seu funcionamento, da mesma forma que uma pessoa com um ataque de asma lembra de respirar e isso está demandando maior esforço dela", diz o angiologista e cirurgião vascular Bruno de Lima Naves. Conheça oito hábitos que podem estar sugando a sua energia e disposição:

Comer muito açúcar
A ingestão de qualquer nutriente de forma exagerada pode causar prejuízos ao organismo. O consumo de açúcar em grandes quantidades, por exemplo, está relacionado ao ganho de peso, obesidade, diabetes, hipertensão entre outros problemas. "O excesso se dá quando uma pessoa ultrapassa a sua capacidade de absorver aquele nutriente, mas esses limites são individuais e uma vez que são ultrapassados vão fazer mal. Como as doenças relacionadas ao consumo exagerado de açúcar são, em sua maioria, silenciosas, um importante sinal de alerta para buscar ajuda médica é se você está comendo a mesma quantidade de açúcar e ficando mais cansado", afirma Guilherme Giorelli, médico nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia. A sensação de cansaço ou fraqueza após comer muito açúcar "acontece por causa de um fenômeno chamado maré alcalina, que nada mais é do que a própria produção do suco gástrico - que faz parte do processo de digestão - que quando comemos em excesso acaba gerando uma grande quantidade de bicarbonato de sódio. Esse bicarbonato causa no sangue o que se chama de alcalose metabólica, conhecida como maré alcalina pós-prandial (pós-refeições), o que faz com que o cérebro diminua a atividade de alerta, daí a sensação de sugar as energias", explica a endocrinologista Andressa Heimbecher, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia.

Ingerir muita cafeína
Presente no café, chocolate, alguns chás e refrigerantes, a cafeína pode até dar uma sensação de maior disposição, mas em excesso o efeito pode ser justamente o oposto. "Se a pessoa estiver cansada e tomar cafeína ela vai se sentir mais disposta, mas a grande questão é que esta disposição não é real. Depois de uma ou duas horas o efeito vai passar e se ela se esforçou ainda mais neste período o cansaço depois também vai ser maior", explica o nutrólogo Guilherme. Isso quer dizer que a cafeína não oferece mais energia para o corpo, pelo contrário, ela faz com que ele gaste mais energia, por isso acontece a melhora da disposição, concentração e foco, deixando a sensação de cansaço ainda maior depois do término de seu efeito. Além disso, em grandes quantidades ela está relacionada à taquicardia, hipertensão e pode afetar o sono de algumas pessoas, fazendo com que a sua ingestão não seja recomendada algumas horas antes do momento de dormir e que o uso de cápsulas do nutriente se dê com extrema cautela.

Pular o café da manhã
Não ingerir o café da manhã faz com que o corpo trabalhe mais lentamente, o que pode dificultar tanto o bom funcionamento do organismo quanto o emagrecimento e manutenção do peso. "Quando ficamos um grande período em jejum o nosso organismo entende que estamos em repouso, então ele economiza energias, só utilizando o necessário para as funções vitais. Logo, se eu não estimulo o organismo, ou seja, não faço a primeira refeição do dia de forma equilibrada, ele vai funcionar mais vagarosamente e o rendimento pode ser prejudicado", explica Solange Hypólito Siqueira Freire, nutricionista do Dr. Consulta. Segundo ela o ideal é que a pessoa consuma um carboidrato (pão, cereais, torrada, tapioca etc.), uma fonte de vitaminas (fruta ou suco de fruta) e uma proteína (ovo, frios, leite ou derivados) no café da manhã, mas, caso ela realmente não consiga, o importante é quebrar o jejum com algum destes alimentos. Com o tempo e o costume ela conseguirá fazer uma refeição completa para começar bem o dia.

Passar muito tempo sentado
"Você está cansado? Mas como se passou o dia inteiro sentado?", se você vive escutando essa frase preste atenção! Sim, ficar muito tempo sentado pode deixar você cansado. Isso porque a musculatura da panturrilha funciona como uma espécie de "coração venoso periférico", ou seja, quando você se movimenta ela consegue mandar o sangue de volta para o coração mais facilmente. "Essa renovação do sangue é necessária para que se chegue oxigênio e nutrientes em todo o organismo. Quando se fica muito tempo parado na mesma posição o sangue venoso, que deveria estar retornando para o coração, começa a ficar parado do joelho para baixo, o que gera uma sensação de perna pesada, que é confundida com um cansaço e isso é um 'vampiro' de energias", explica o angiologista e cirurgião vascular Bruno de Lima Naves, diretor de Publicações Científicas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). A dica para pessoas que trabalham muito tempo sentadas, além de fazer pausas, é ter uma espécie de pedal em baixo da mesa para que possam se manter em movimento. Já para quem tem que ficar muitos períodos em pé ou sem se mover a dica é alternar momentos com o pé inteiro no chão e na ponta dos dedos. Outro fator que demanda atenção é que este hábito também pode gerar outros sintomas, "como queimação, edema, as telangectasias - que são os chamados "vasinhos" - e as varizes. O mesmo não ocorre quando estamos deitados, por exemplo, pois esta posição facilita o retorno do sangue das pernas ao coração", afirma Andrea Klepacz, cirurgiã vascular do Dr. Consulta.

Má postura
A má postura, seja sentado ou em pé, pode causar dores, mas até esse sinal aparecer é possível que tenha se passado muito tempo e isso acabe gerando outras complicações. "O problema é que a pessoa que tem uma postura ruim demora para sentir a dor relacionada a ela, com isso ela demora mais para romper com o ciclo, justamente por não conseguir fazer essa relação", diz o reumatologista e médico do esporte Páblius Staduto Braga, coordenador do Centro de Referência em Medicina do Esporte do Hospital 9 de Julho. Além da má postura causar dores, que podem desencadear a sensação de cansaço, ela também prejudica a circulação. A movimentação do sangue se dá também pela diferença de pressão entre o tórax e o abdômen, então uma postura que prejudique a respiração, ou até mesmo o uso de roupas apertadas podem dificultar a circulação e acarretar na perda de energia. "Quando se faz uma dobra maior nas articulações o sangue fica congestionado, não circula corretamente então faltam nutrientes e oxigênio, deixando principalmente a perna pesada, com uma sensação de cansaço como se estivesse segurando chumbo", explica o angiologista Bruno Naves.

Falta de exercício
Quando o corpo não se movimenta várias de suas funções são prejudicadas. Desde a circulação, até a força de músculos e ossos. A falta de exercícios, inclusive, pode estar sugando a sua energia, uma vez que "um dos efeitos mais expressivos quando se começa a fazer atividade física não é nem a perda de peso, mas sim o aumento da disposição", afirma o médico do esporte Páblius Staduto Braga. Por ativar a musculatura o corpo passa a ficar mais ativo e as dores tendem a diminuir, além de melhorar a qualidade de sono, fatores que contribuem com a sensação de bem-estar e maior disposição. É importante lembrar que antes de se iniciar uma atividade física é bom checar como está a sua saúde e os exercícios que está apto a fazer. Segundo o especialista, é recomendado que a pessoa ande por 30 minutos pelo menos cinco vezes por semana.

Desidratação
A desidratação acontece quando o nosso organismo perde mais água do que ele pode tolerar. Esta perda pode ser através da pele, intestino, urina ou respiração - o que causa uma alteração no equilíbrio dos sais minerais dentro do organismo, que pode altear as funções vitais como batimentos cardíacos, contração muscular e o funcionamento cerebral. A ingestão de álcool em excesso também pode colaborar com a desidratação, uma vez que a bebida diminui a produção do hormônio antidiurético e com isso a pessoa acaba urinando mais. A desidratação também pode causar sonolência pois "o cérebro precisa de um ambiente todo equilibrado para funcionar corretamente, ou seja, glicose, sais minerais e nível de hidratação devem estar dentro do limite ideal para que as transmissões entre os neurônios aconteçam sem problemas. No caso da desidratação ocorre perda de água, e o nível de sódio e potássio se altera, o que pode levar a uma dificuldade na transmissão dos impulsos nervosos. Dessa forma existe a sensação de sonolência e lentificação que pode até progredir para o coma", diz a endocrinologista Andressa Heimbecher. Outros sintomas da desidratação são sede intensa, pele seca, boca seca, olhos sem lágrimas e fundos, ausência de suor, fraqueza, cansaço, tontura e urina de cor escura.

Fazer escolhas ruins para o lanche da tarde
Os principais objetivos do lanche da tarde são dar energia e não deixar o metabolismo ficar lento. Os nutrientes e quantidades ideais de cada um deles dependerá dos horários da refeição anterior e posterior e também do que foi ou será ingerido em cada uma delas. "Dependendo do objetivo da pessoa, seja ele emagrecer, engordar ou manter o peso, isso também pode ser alterado, então as orientações que passamos são muito individuais", afirma a nutricionista Solange. Neste momento é importante escolher a caloria consumida evitando exageros e que entregue energia de forma equilibrada para o organismo. A diferença entre os carboidratos ricos em açúcar ou não integrais e os integrais ou funcionais é a forma que eles ficam disponíveis no organismo. Os açucarados têm toda a sua energia liberada imediatamente no corpo, causando uma sensação momentânea bastante curta de saciedade, ao contrário dos integrais e funcionais. Algumas dicas de boas opções para lanche da tarde são um copo de leite, uma fatia de torrada ou pão integral, uma porção de granola ou uma fruta. Lembrando que um jantar equilibrado, assim como uma boa noite de sono, também são importantes para o bom funcionamento do organismo.


domingo, 8 de janeiro de 2017

7 alimentos futuristas que você provavelmente vai comer em 30 anos

No ano 1000, as pessoas definitivamente não compreenderiam a ideia de comer um Dorito. A alimentação é uma coisa que muda com o tempo e, dadas as preocupações atuais, nossa comida deve ficar muito mais estranha.
A pesquisa científica não nos traz apenas opções de alimentos mais convenientes e mais baratos, como também a esperança de superar questões de sustentabilidade.
A indústria da carne, por exemplo, desempenha um papel enorme na mudança climática, uma vez que uma boa parte das emissões de gases de efeito estufa vem do setor agrícola (o metano liberado por bovinos é prejudicial).
Enquanto isso, a população da Terra cresce rapidamente, e não sabemos como alimentar os 9 bilhões de pessoas que estarão habitando o planeta em 2050. Entre as soluções propostas para um futuro não tão distante, estão:

Insetos
Cerca de dois bilhões de pessoas já se alimentam de artrópodes, mas comer insetos não é uma coisa comum no Ocidente.
Isso provavelmente terá que mudar. Vamos ter que nos acostumar com grilos, gafanhotos e minhocas. Enquanto os dois primeiros são ótimas fontes de proteína, as últimas são boas fontes de gordura dietética.
Então, melhor um grilo que um pedaço de boi? Talvez. Um estudo do ano passado descobriu que os grilos alimentados com dietas de baixa qualidade não cresceram tanto quanto os que receberam dietas de maior qualidade, semelhantes às que os fazendeiros alimentam o gado. Mas outros insetos podem ser melhores. A mosca soldado-negro não sofreu este mesmo problema, e produziu proteína de forma mais eficiente.
Insetos supostamente tem um gosto muito bom quando preparados adequadamente, mas uma aceitação mais ampla provavelmente exigirá a superação de tabus culturais.

Carne de laboratório
Empresas como Memphis Meat e Mosa Meat também querem superar nossos problemas de gado, padronizando células-tronco em tecidos animais e usando esse tecido para fazer carne sintética.
Um estudo de 2011 publicado na revista Environmental Science and Technology descobriu que a carne de laboratório gastaria 7 a 45% menos energia, geraria 78 a 96% menos emissões de gases de efeito estufa, e necessitaria de 99% menos uso do solo do que a carne produzida convencionalmente.
Provavelmente vai demorar de 10 a 20 anos até vermos carne sintética nos mercados, mas alguns querem agilizar o processo. O cientista Mark Post crê que sua companhia pode começar vender o produto em apenas alguns anos. Suas primeiras amostras foram consideradas “comestíveis, mas não deliciosas”. Ele está trabalhando para melhorar o seu sabor agora.

Cultivo de peixe
Além das questões mencionadas acima sobre as emissões de gases do efeito estufa, a criação de gado também ocupa muita terra e necessita de um monte de alimentos para os animais. Os peixes requerem uma quantidade bem menor de alimento para gerar a mesma quantidade de proteína.
A sobrepesca é uma grande preocupação, mas um estudo recente descobriu que práticas sustentáveis, como limites de captura, poderiam aumentar os estoques de peixe até 2050.
Se melhores práticas de pesca comercial forem implementadas e combinadas com avanços na aquicultura ou na piscicultura, vamos ter mais peixes para substituir a carne vermelha de nossos pratos.
Em 2011, a agricultura atingiu um marco histórico quando o mundo cultivou mais peixe do que carne bovina pela primeira vez. Esse quadro ainda não mudou.

Frutos do mar falsos
Se estamos cultivando carne em laboratório, por que não fazer isso com frutos do mar também?
Pesquisadores da NASA criaram filés mergulhando músculos de peixe em soro bovino fetal, um processo usado pelos fabricantes de carne sintética também. Outra empresa, New Wave Foods, está tentando criar camarão sintético usando algas vermelhas.
Ainda não sabemos se estes produtos “falsos” de fato podem resolver nossos problemas de recursos naturais. “Acho que faz muito mais sentido dizer que isso poderia ser um bem de luxo”, disse Oron Catts, diretor da SymbioticA, um centro de pesquisa em biotecnologia da Universidade da Austrália Ocidental.

Algas
As microalgas, como outras plantas, se alimentam do dióxido de carbono na atmosfera.
Um estudo de 2013 descobriu que estas pequenas criaturas verdes produzem uma série de proteínas, gorduras e carboidratos que são uma boa fonte de nutrientes em produtos alimentares.
Uma pesquisa mais recente concluiu que algumas espécies de algas continham bastante ácido graxo ômega 3, bem como outros ácidos graxos que poderiam promover uma boa saúde cardíaca.
Dadas todas as vantagens, elas podem se tornar muito mais frequentes nos nossos pratos.

Alimentos geneticamente modificados
A modificação genética já faz aparições comuns no milho, soja, canola, beterraba, batata e outros vegetais, principalmente para conferir resistência a herbicidas ou pesticidas para que insetos e ervas daninhas não destruam as colheitas.
 Mas por que parar por aí? A nova ferramenta de edição de genes CRISPR/Cas-9 permite que os cientistas alterem os genomas das plantas com incrível precisão. Os pesquisadores a usaram para produzir maçãs que não escurecem, batatas sem feridas e porcos resistentes a vírus.
Apesar do tabu envolvendo modificação genética, esses alimentos são seguros.

Alimentos impressos em 3D
Alimentos impressos nas modernas máquinas 3D podem economizar tempo e oferecer uma opção saborosa e fácil de comer para pessoas idosas que sofrem com dificuldade para engolir.
A NASA já investiu na pesquisa de alimentos impressos em 3D em gravidade zero, para que os astronautas possam “cozinhar” nessas missões espaciais. [Gizmodo]


sábado, 7 de janeiro de 2017

6 alimentos baratos e excelentes para emagrecer

Blogueira decidiu investir em alimentos baratos para melhorar seus hábitos alimentares

A blogueira Adriana Thyssen tornou inspiração por conseguir eliminar 45 kg, sem cirurgia. Ela mudou seus hábitos alimentares, e mostrou que é possível se alimentar bem e com pouco dinheiro.

Batata Doce
A batata doce é uma fonte de carboidrato muito saudável e benéfica para a dieta. Por ser rica em fibras, ela é considerada um alimento com médio índice glicêmico, ou seja, aumenta gradualmente a glicemia. Dessa forma os carboidratos são digeridos mais lentamente, fornecendo energia ao organismo de forma gradual não elevando os níveis de insulina e assim podem auxiliar na perda de peso.
A batata doce é rica em Ferro, Cálcio, e possui propriedades imunomodulatórias, que atuam modulando e ativando os componentes celulares e seus mediadores químicos, aumentando assim a efetividade do sistema imunológico.

Tapioca
Este alimento tipicamente brasileiro está em destaque nos últimos anos por não conter glúten, sendo substituta do clássico pãozinho. A tapioca é rica em amido que é uma ótima fonte de carboidratos, que são essenciais para o funcionamento do cérebro e aliados do bom humor. Além disso, também conta com um pouco de zinco e potássio.

Ovos
Não é só para a perda de peso que o ovo é bom. O ovo é uma proteína completa, tem a quantidade de aminoácidos essenciais que o organismo não consegue fabricar e tem apenas 5 gramas de gorduras, sendo que somente 1 grama é de saturada. O alimento também possui nutrientes com ação antioxidante como os carotenoides, a vitamina A e E, o ácido fólico, o zinco, o magnésio e selênio.

Banana
A banana é uma excelente opção de fruto a ser consumido diariamente, uma vez que é rica em carboidratos e macronutriente responsável pela função energética, fornecendo glicose às células. Além disso a banana é rica em fibras e minerais, importantes para saúde intestinal e metabólica. A fruta ainda possui a vantagem de ser prática e conveniente para o consumo.

Iogurte Natural
O alimento melhora a prisão de ventre, aumenta a imunidade e ajuda até a emagrecer. O consumo regular de iogurte ajuda a recompor as bactérias benéficas da flora intestinal, esses micro-organismos contribuem para aumentar a imunidade. Por ser derivado do leite, o iogurte é excelente fonte de cálcio.

Aveia
Os cerais possuem vitaminas do complexo B, fundamentais para o metabolismo de lipídeos, proteínas e carboidratos, e vitamina E, que conta com ação antioxidante e assim combate os radicais livres. Além disso também estão presentes no cereais o ferro, substância que atua na síntese das células vermelhas do sangue, o fósforo, mineral que age no metabolismo auxiliando na ativação das vitaminas do complexo B, o zinco, importante para a ação de diversas enzimas, o magnésio, que contribui para a saúde dos ossos, e o selênio, nutriente bom para a memória. Além de todos esses nutrientes, os cereais integrais se destacam pelas boas quantidades de fibras alimentares.


Inclua mais frutas na dieta com esses sete hábitos

Adicioná-las às refeições e optar por sucos naturais são algumas das estratégias

Mais do que uma opção saudável de alimento, as frutas são essenciais para o bom funcionamento do organismo. Fontes de vitaminas e minerais, elas deveriam ser consumidas todos os dias em pelo menos três porções. Por isso, se essa regra ainda não faz parte da sua rotina e você quer aumentar a inclusão de frutas na dieta, preste atenção às dicas que as nutricionistas Amanda Epifanio Pereira, do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional), e Daniela Cyrulin, de São Paulo, sugerem.

A maioria dos restaurantes já oferece opções de sucos naturais no cardápio. Ainda assim, muitas pessoas optam por acompanhar a refeição com um calórico refrigerante. Se você é uma dessas pessoas, saiba que, além de não estar consumindo nenhum nutriente, você está colocando a sua saúde em risco, alerta a nutricionista Daniela.

Por outro lado, não pense que beber sucos naturais é uma alternativa ao consumo do alimento sólido. Isso porque as fibras presentes no bagaço e na casca são, em geral, desprezadas no preparo. Além disso, o suco é muito mais calórico, uma vez que, para produzir o equivalente a um copo, são utilizadas várias frutas.

Inclua frutas nas refeições
Ricas em nutrientes e também deliciosas, as saladas que combinam frutas e verduras podem ser uma boa saída para aumentar o consumo diário desse alimento. Em alguns casos, a união pode até se complementar, como acontece com a couve verde e a laranja. "O ferro presente no vegetal só é absorvido na presença da vitamina C, encontrada na fruta", explica a nutricionista Amanda.
Ela também sugere incluir frutas logo no café da manhã. Nesse caso, não é preciso qualquer preparação especial para consumo, já que esse momento, em geral, precede algum compromisso. Se houver tempo, entretanto, pratos quentes mais rebuscados para o almoço ou jantar, como lombo agridoce com abacaxi, são uma ótima opção.

Leve uma fruta com você
"Transportar frutas para o trabalho deve ser encarado como um ato de cuidado com a saúde e com o corpo e não como um fardo ou sacrifício", critica Amanda. Afinal, a maioria das pessoas carrega dezenas de inutilidades em suas bolsas e mochilas. Por que não incluir uma simples fruta?
Se a relutância é o medo de que ela amasse, saiba que há diversos produtos no mercado para auxiliá-lo, desde simples potinhos plásticos até recipientes no formato de cada fruta. Na ausência de protetores, invista na maçã, que é bastante resistente.

Coma nos intervalos das refeições
De acordo com as nutricionistas, o ideal é que uma pessoa não passe mais de quatro horas sem ingerir qualquer alimento. Por isso, além das três refeições principais - café da manhã, almoço e jantar - recomenda-se fazer pequenos lanchinhos. "Nesses intervalos, o mais indicado é consumir uma fruta, pois é um alimento rico em micronutrientes e fibras, pouco calórico e com variedades para cada dia", conta Daniela.
Segundo a especialista, todas as frutas são boas opções de lanches, mas quem está seguindo uma dieta deveria evitar o abacate e o açaí, que são bastante calóricos.

Aproveite as variedades
É inevitável que, em algumas situações, você não tenha tempo de ir ao supermercado ou ainda não tenha se interessado a nenhuma oferta de fruta. Nem por isso você está fadado a passar o dia sem consumi-la. Uma alternativa são as frutas desidratadas. Embora industrializadas, elas também são ricas em nutrientes. Há diversas opções no mercado, como damasco, ameixa, abacaxi e banana.
Outra opção é comprar polpa congelada. Como o processo ocorre bem perto da hora da colheita, a fruta mantém as suas propriedades nutritivas. O importante é não ter medo de experimentar as variedades.

Acompanhe a estação
Algumas frutas, como o morango e o caqui, não estão disponíveis o ano todo. A primeira é típica dos meses de junho e julho e o caqui é comum nos meses de maio e junho. Por isso, é importante ter em mente ou mesmo anotar o que é melhor em cada mês. "Frutas sazonais compradas fora de sua época podem desapontar o consumidor, fazendo com que ele não consuma esse alimento", explica a nutricionista Amanda.
Por isso, o ideal é aproveitar a fruta da estação e, na falta dela, é possível ainda encontrar outras opções o ano todo, como banana, laranja, maçã e pêra.

Crie vitaminas
A grande vantagem das frutas é que elas seguem a mesma lei que rege a nutrição: quanto maior a variedade, melhor. Assim, não tenha medo de criar combinações e misturar sabores com água, leite ou verduras. O único problema é que o alimento perde parte de suas fibras ao ser batido no liquidificador. Por isso, o consumo de frutas não deve ser limitado apenas às vitaminas. Fique atento também para não deixar a bebida muito tempo parada. Ela deve ser consumida imediatamente após o preparo.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

7 promessas de ano novo que, com nossas dicas, você vai cumprir!

Quase todo mundo faz uma lista de metas que quer alcançar, mas poucos a cumprem. Ouvimos quatro especialistas para você driblar as dificuldades e chegar lá

Quem nunca aproveitou o réveillon e fez promessas para o ano que vem? E a lista, tenha o tamanho que for, invariavelmente contempla itens como emagrecer, fazer exercícios físicos, ter uma alimentação mais saudável, usar menos o carro e por aí vai. Mas, na maioria das vezes, esses desejos não resistem às primeiras semanas do ano novo.

Agora vai ser diferente. Quatro profissionais mostram como estabelecer um passo a passo tangível para, finalmente, alcançar o estilo de vida almejado. Separamos as orientações deles com base nos principais “desejos saudáveis” de fim de ano.


1. Vou fazer atividade física regularmente
Essa talvez seja a promessa mais frequente em qualquer lista de desejos. Também é a mais facilmente abandonada. O professor Antonio Lancha Jr., expert em nutrição e atividade física pela Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro O Fim das Dietas, explica que isso acontece quando estabelecemos uma meta, mas não nos preocupamos em colocá-la na agenda. Ou porque esquecemos de avaliar tudo o que é necessário para cumpri-la.
“Por exemplo: se decido caminhar três vezes por semana, preciso firmar os dias, com horário de início e fim da atividade, e verificar se tenho camiseta, bermuda, tênis e tudo mais”, diz. Quanto mais minucioso for o seu planejamento, mais comprometido você fica e mais chances de sucesso tem. Do contrário, sua meta corre o risco de se tornar vaga e inalcançável. Seja detalhista.

2. Quero ficar menos estressado
Muitos compromissos, pouco tempo livre, trânsito, preocupação com o dinheiro. Problemas não faltam, certo? Pois até por isso é importante investir em atividades relaxantes, como a meditação. Estudos mostram que essa prática leva a alterações cerebrais e tem efeito positivo sobre a saúde.
Não se sente à vontade com ela ou outras estratégias similares? Sem problema. Valorize o que você gosta de fazer — e dê espaço para isso. Pode ser ir ao cinema, jogar futebol, ver a família… Lembre-se de que, muitas vezes, a falta de tempo é, na verdade, uma falta de priorização para determinado assunto. Dê tempo para você.
Outra dica valiosa é investir em alimentos que aumentam a sensação de bem-estar, reduzindo o esgotamento físico e mental. “A banana, por exemplo, é rica em triptofano, que ajuda na produção de serotonina, um neurotransmissor importante para o sono e o bom humor”, comenta Renata Saffioti, nutricionista e mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP.

3. Vou me alimentar melhor
Renata explica que uma mudança imediata, eficiente e relativamente simples é reduzir o consumo de industrializados. “Quanto menos pacotes levar para casa, melhor”, brinca. “Priorize no prato os alimentos coloridos, que são ricos em fitoquímicos e vão trazer benefícios para a sua saúde”, completa.
Mas, claro, sem radicalismos que dificultem demais seu dia a dia ou criem uma relação negativa com as refeições. Ao organizar as idas ao mercado de acordo com o que pretende consumir ao longo da semana, certamente fica fácil comprar e ingerir alimentos frescos. Planeje seu cardápio com antecedência.
Lancha aponta, mais uma vez, o envolvimento com seus propósitos. Ele dá como exemplo um sujeito que decidiu incluir frutas e verduras no cardápio dos filhos. Como não tinha tempo para as compras, resolveu acordar mais cedo uma vez por semana para ir ao hortifruti. “Ele se comprometeu com essa mudança, cumprindo o que havia estabelecido. Assim, incorporou as compras à rotina semanal, reduzindo o risco de abandonar o novo hábito.”

4. Quero emagrecer… e ficar magro
Essa é outra daquelas promessas que tendem a ser adiadas e adiadas… Para que isso não ocorra, Fernanda Timerman, expert em nutrição comportamental e coordenadora do Grupo Especializado em Nutrição, Transtornos Alimentares e Obesidade (Genta), concorda que as metas precisam ser específicas, mensuráveis e significativas. Caso contrário, seu desejo de eliminar uns quilinhos vai naufragar antes de dar seus primeiros resultados.
O primeiro passo é pensar no que você efetivamente pretende. “Trace um objetivo e o descreva em detalhes para si mesma”, ensina. “Aí estabeleça um prazo possível para realizá-lo”, arremata.
Agora o mais importante: esse alvo deve ter um significado pessoal e especial. Portanto, nada de criar metas imediatistas, como perder tantos quilos em uma semana para entrar no biquíni. Ou de recorrer a dietas milagrosas que só enxugam medidas no curto prazo, mas que, com o tempo, até engordam.

5. Dormirei melhor
Durante o sono, mente e corpo descansam, além de liberaram importantes hormônios que controlam o metabolismo. Como repousar o suficiente? Os experts recomendam incorporar uma rotina para dormir e acordar em horários sempre parecidos.
Outra coisa: nada de trabalhar ou fazer refeições no quarto. Esse é o seu lugar de descanso. Também evite chás escuros, café e uma quantidade grande de alimentos à noite. Lancha acrescenta que devemos, a partir das 20 horas, evitar luz direta, internet, e-mails e outros estímulos visuais.
Se gosta, por que não ouvir músicas tranquilas? Assim, você mostra ao corpo que está desacelerando e se preparando para dormir. “Quem gosta de rezar, pode fazer isso. Não pela fé em si, mas pelo ato de serenar a mente com a oração”, diz Lancha.

6. Serei mais atencioso com meus familiares
A dica de Fernanda Timerman é usada na nutrição comportamental: mantenha a atenção plena no que está fazendo. “Coma pelo menos uma refeição com a família, sem celular ou outros estímulos. A ideia é compartilhar esse momento, mantendo sua atenção e a consciência no presente”, relata.
Esdras Vasconcellos, professor de Psicologia Social e do Trabalho na USP, afirma que, por pressões sociais, nem sempre as pessoas se desligam dos problemas para aproveitar esses instantes. “Na faixa etária entre 30 e 50 anos, é comum a preocupação em trabalhar para manter o status e o padrão de vida”, exemplifica.
Se não consegue se afastar do turbilhão de pendências de uma vez só, vá em doses homeopáticas. Comece com o almoço de domingo, por exemplo, e aumente a frequência aos poucos.

7. Vou dar mais tempo para o meu hobby
Fazer algo que ama é essencial para o bem-estar de qualquer um. Segundo Vasconcellos, essa é uma das metas mais fácil de ser alcançada.
Afinal, tudo o que nos dá prazer é mais fácil de encaixar na rotina. “Mas é importante que esse passatempo não envolva muita competitividade. Só assim vai funcionar como uma válvula de escape”, esclarece. Vale pintar, correr, dançar e até acompanhar seriados de televisão.
Se tiver companhia, então, melhor ainda. “Quando nos comprometemos com outra pessoa, as chances de desistirmos de uma meta são menores”, assegura Renata.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Como perder peso em 2017 (e mantê-lo assim)

Uma das resoluções de Ano Novo mais comuns é perder peso. No entanto, começar um regime de dieta e exercícios pode parecer assustador, especialmente se você já tentou no passado, só para ganhar todos os quilos de volta mais tarde.

Sendo assim, o portal Live Science decidiu reunir algumas das melhores dicas para emagrecer, incluindo como começar, como permanecer motivado e como manter o peso.


Como começar

Embora não haja um único método “melhor” de perder peso, um programa de perda de peso bem sucedido geralmente envolve cortar suas calorias, aumentar sua atividade física e fazer mudanças comportamentais para ajudá-lo a seguir seu novo estilo de vida a longo prazo.

Para começar:

Analise o seu estilo de vida atual. Antes de começar um regime, tente manter um diário alimentar;
Defina uma meta realista. Médicos geralmente recomendam que as pessoas tentem perder 5 a 10% do seu peso corporal durante seis meses. Você deve esperar perda de peso constante e gradual, não resultados imediatos;
Calcule sua ingestão calórica. Para perder peso, você precisará consumir menos calorias do que queima. O número exato dependerá do seu peso atual e nível de atividade, mas geralmente, as pessoas devem ter como objetivo cortar 250 a 1.000 calorias de sua dieta por dia, a fim de perder 200 a 900 gramas por semana. Existem calculadoras disponíveis para ajudá-lo a determinar quantas calorias você deve consumir por dia;
Coma alimentos que te deixem satisfeito. Alguns especialistas recomendam uma dieta de baixo índice glicêmico que seja rica em proteínas, fibras e óleos saudáveis, e pobre em amidos e outros açúcares. Esta dieta pode ajudar a combater sentimentos de fome;
Mova-se. Você deve procurar cumprir diretrizes de atividade física de pelo menos 150 minutos de exercício moderado (como caminhar rápido) todas as semanas. Você pode dividir esses exercícios em curtos períodos, como três caminhadas de 10 minutos por dia;
Monitore o seu progresso. Você deve manter o controle de seu progresso em direção a seus objetivos e mudá-los, se necessário. Por exemplo, você pode usar um pedômetro ou outro dispositivo para acompanhar quão longe está caminhando.

Como permanecer motivado

Pode ser difícil se manter motivado durante todo o ano. Confira algumas dicas para quando as coisas ficarem difíceis:
Se estiver com dificuldade em manter os exercícios, tente definir uma meta específica, como correr ou andar 5 quilômetros. Também pode ser uma boa ideia se exercitar com um amigo, para que vocês motivem um ao outro;
De acordo com estudos, truques como usar pratos menores e copos altos e estreitos podem ajudá-lo a comer e beber menos, sem pensar conscientemente sobre isso;
Durma o suficiente. Dormir muito pouco pode aumentar os níveis de um hormônio estimulante do apetite chamado grelina, e diminuir os níveis de hormônio leptina, que fazem você se sentir satisfeito. Isso pode levar a um aumento da fome e tornar mais difícil para você manter uma dieta;
Todos têm uma jornada diferente ao perder peso. Você não deve se comparar aos outros e nem pensar que precisa de qualquer dispositivo particular ou regime de exercícios para perder peso. Dito isto, algumas ferramentas podem ser úteis para algumas pessoas, como pulseiras fitness (aparelhos que rastreiam etapas, calorias queimadas e uma série de outras métricas), aplicativos de smartphone que contam suas calorias, de forma que você saiba se está atingindo o seu objetivo diário, e aplicativos de exercícios, que controlam quanto você corre ou te dão sugestões de treinos.

Programas de emagrecimento

O que funciona para você pode não funcionar para outra pessoa. Alguns acham útil participar de um programa oficial de perda de peso. Quais são os melhores?
Um estudo publicado em 2015 descobriu que, de 11 programas de emagrecimento, apenas dois estavam relacionados com uma quantidade significativa de perda de peso que as pessoas mantiveram durante um ano: Vigilantes do Peso e Dieta Jenny Craig.
Recentemente, os pesquisadores descobriram que uma terapia chamada Terapia da Aceitação e Compromisso (ACT) pode ajudar com a perda de peso. Ela envolve aprender a aceitar sentimentos desconfortáveis, como a fadiga e a vontade de comer. Aqueles que aprenderam ACT perderam mais peso e o mantiveram por mais tempo do que aqueles que fizeram um tratamento padrão contra a obesidade.
A quantidade de peso que você perde também pode depender de seus genes. Um estudo recente descobriu que os genes das pessoas influenciavam quanto peso elas perdiam durante um programa de emagrecimento.

Como manter o peso

Para muitas pessoas, perder peso é apenas metade da batalha – o maior desafio é mantê-lo a longo prazo.
Isso não é nenhuma surpresa. Estudos mostraram que o cérebro e o corpo são programados para recuperar o peso perdido. Mas não se desespere: os mesmos estudos também descobriram que as pessoas mais bem sucedidas em manter o peso compartilham alguns hábitos. Por exemplo:
Engajam-se em altas quantidades de atividade física – mais de 200 minutos de atividade de intensidade moderada por semana;
Assistem a menos de dez horas de TV por semana;
Consomem 1.380 calorias por dia, com menos de 30% de gordura;
Comem os mesmos alimentos regularmente, sem abusar de alimentos de alto teor calórico nos fins de semana;
Pesam-se pelo menos semanalmente;
Envolvem-se em altas quantidades de atividade leve (como dar uma volta no escritório), e sentam-se menos.

Tome cuidado com suplementos e remédios de perda de peso

Não há nenhuma pílula mágica para perda de peso. Entenda isso de uma vez por todas.
As pessoas devem ser cautelosas com qualquer suplemento que pretende ajudá-las a perder muitos quilos. Estes suplementos podem ser perigosos porque podem conter ingredientes não listados no rótulo. Um estudo de 2015 descobriu que suplementos de emagrecimento enviaram mais de 4.600 pessoas para o hospital todos os anos nos Estados Unidos.
Em contraste com suplementos, as drogas de perda de peso (incluindo pílulas que precisam de prescrição) têm um pouco mais de evidências científicas que apoiam seu uso.
Os fabricantes destas drogas devem realizar estudos mostrando que elas podem levar à perda de peso antes que possam ser aprovadas para comércio. No entanto, estas drogas ainda precisam ser usadas juntamente com dieta e regime de exercícios para as pessoas alcançarem uma quantidade significativa de perda de peso.
Você também deve ter em mente que a segurança a longo prazo destes medicamentos não foi bem estudada. [LiveScience]