A sua expectativa de vida cresce com cuidados muito
simples
Comer melhor, dormir bem, movimentar o corpo, se
reunir com os amigos. Estes e outros hábitos nos ajudam a garantir uma vida
melhor e mais longa. Confira abaixo 12 medidas essenciais para aumentar a sua expectativa
de vida e viver com mais qualidade. A ciência comprova.
Comer melhor. O cuidado com o que vai no seu prato é
um dos pontos centrais para alcançar uma maior qualidade de vida. O abuso de
alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para
doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer.
Em contrapartida, é fácil incluir no cardápio alimentos heróis da resistência e
da longevidade. Cientistas da Universidade Park, nos Estados Unidos, concluíram
que consumir mais oleaginosas (nozes, castanhas, avelãs, amêndoas e pistache)
reduz o risco de males cardíacos entre 25% e 39%, quando consumidos cinco vezes
por semana. Elas são ricas em gorduras boas, em especial o ômega 3, que
diminuem as taxas de colesterol ruim e evitam a formação de placas de gordura
que obstruem as artérias. O Centro de Pesquisas Médicas de Cardiff, no País de
Gales, comprovou que vítimas de ataques cardíacos aumentaram as chances de
evitar novos problemas em 29%, quando passaram a comer peixe pelo menos duas
vezes por semana, graças a presença do ômega 3.
Durma bem. Repor as energias do dia com uma boa
noite de sono é mais do que importante, é essencial! Um estudo da American
Academy of Sleep comprovou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade.
Dos 2.800 participantes da pesquisa, os 46% que relataram insatisfação com a
saúde tinham também má qualidade de sono. Uma outra pesquisa da Associated
Professional Sleep Societies afirma que quem sofre de insônia crônica corre
três vezes mais risco de morrer em comparação à pessoas que não sofrem com o problema.
Para os pesquisadores, o ideal são pelo menos 7 horas e meia de sono por dia.
Mexa-se. Os benefícios da atividade física para a
saúde do organismo somam uma lista extensa. Dizer não ao sedentarismo significa
afastar de perto doenças como a obesidade, hipertensão, doenças
cardiovasculares, diabetes, hipertensão, além de dar mais disposição e energia.
Para colher todos esses benefícios, basta andar. Uma pesquisa da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, comprovou que a caminhada reduz a
pressão arterial na primeira hora e, o que é melhor ainda, essa queda se mantém
nas 24 horas subsequentes. O cérebro também fica mais afiado. Um estudo
norte-americano recente, publicado na revista Neuroscience, mostrou que durante
os exercícios o corpo produz uma substância que estimula o nascimento de novos
neurônios, o que melhora nossas atividades cognitivas, em especial a memória.
Levante-se da cadeira. A Sociedade Americana de
Câncer descobriu que não é apenas a falta de atividade física que pode encurtar
a vida, mas também a grande quantidade de tempo gasto sentado. Tudo porque
quando ficamos frequentemente sentados e por muito tempo o nosso metabolismo se
altera e influencia em fatores como colesterol alto e repouso da pressão
arterial, que são indicadores da obesidade, problemas cardiovasculares e outras
doenças crônicas. Por isso, nada de ver a vida passar da cadeira. "Para
quem precisa trabalhar sentado, exercícios simples de alongamento vão trazer
maior oxigenação e ajudar no reposicionamento do corpo para alcançar o
equilíbrio postural", ensina o fisiologista do esporte Raul Santo de
Oliveira.
Dê olho na balança. Uma alimentação equilibrada,
rica em nutrientes, e a prática de exercícios físicos regulares vão te ajudar a
manter o peso ideal. O sobrepeso e a obesidade, além de elevar os riscos de
diabetes, derrame, hipertensão e apneia, estão por trás de 30% dos casos de
câncer, de acordo com dados levantados pela União Internacional de Combate ao
Câncer (UICC). Por isso, a regulação da dieta é fundamental. Além de melhorar a
saúde e a autoestima, a perder peso também favorece a memória, segundo
pesquisas feitas pelo Hospital das Clínicas, de São Paulo.
Controle os nervos. Apesar de não ser considerado
doença, o estresse pode favorecer o aparecimento de doenças psico-fisiológicas
e, por isso, precisa ser observado e controlado. "Quanto maior for o nível
de estresse, maior será a deteriorização física e psicológica da pessoa",
mostra a psicóloga Sandra Leal Calais, da Unesp. O estresse também é fator de
risco para os problemas do coração. Foi o que concluiu uma grande pesquisa
feita em Campinas e São Paulo pela Secretaria do Estado da Saúde. Entre as mais
de 100 mil pessoas analisadas, 46,8% sofriam algum tipo de estresse e tiveram
seus níveis de problemas cardiovasculares aumentados.
Sorria para a vida. Nada melhor do que o humor para
combater os percalços que aparecem. O bom humor pode manter as pessoas
saudáveis e aumentar as chances de uma vida longa, segundo estudo recente da
Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, que avaliou mais de 53 mil
pessoas durante sete anos. Os pesquisadores descobriram, por meio de alguns
testes, que os participantes que eram mais bem humorados tinham o risco de
morte reduzido em até duas vezes. Para melhorar a sua atitude positiva diante
da vida, aposte em uma breve caminhada em áreas verdes, como parques e jardins.
A dica vem direto da Universidade de Essex, no Reino Unido, que descobriu que
praticar atividades ao ar livre, por mais curtas que sejam (10 minutos
bastam!), melhoram significativamente a saúde mental, trazendo benefícios para
o humor e para a autoestima.
Respire bem. Separar uns minutinhos para prestar
atenção na respiração pode ser a receita ideal para combater os desgastes
mentais e físicos e, até a insônia, aumentando assim a sensação de bem-estar.
Um estudo da universidade de Johns Hopkins, nos Estados Unidos, mostrou que
pessoas que apresentam sérias dificuldades para respirar durante o sono têm 50%
a mais de chances de morrer antes que alguém da mesma idade que não sofre das mesmas
condições.
Apague o cigarro. Por falar em respiração, não é só
da sua que você precisa cuidar não. Já parou para pensar que seu cigarro causa
males terríveis ao seu organismo, mas também das pessoas ao seu redor. Um
estudo da University College London, do Reino Unido, descobriu que a exposição
à fumaça do cigarro dos outros pode aumentar em 50% os riscos de sofrimento
psicológico. E outro estudo vindo do Canadá trouxe também que o fumo passivo
está por trás do aumento de 40% dos casos de sinusite crônica. Portanto, o fumo
passivo pode ser pior que a poluição. Mas, os fumantes precisam prestar atenção
aos males do cigarro para o próprio organismo. Estima-se que cerca de 200 mil
mortes por ano, no Brasil, são decorrentes do tabagismo, responsável pelos
riscos aumentados de câncer de pulmão, de boca e doenças cardiovasculares.
Cultive bons amigos. Que o homem não é uma ilha você
já sabe. Conseguimos sentir de longe os benefícios que a convivência com
pessoas queridas nos traz. Mas, ter uma boa rede de amigos pode ser mais
importante do que você imagina. Uma pesquisa recente da Universidade Brigham
Young, nos EUA, descobriu que quem vive rodeado de amigos e vizinhos pode viver
até 50% mais do que alguém que vive só. Para os pesquisadores, perder o apoio social
pode diminuir ainda mais as chances de sobrevivência do que obesidade, fumo ou
sedentarismo.
Sexo do bem. Ter uma vida sexual saudável também
traz muitos benefícios à saúde. Um estudo realizado pela Universidade de
Bristol, na Grã-Bretanha, sugere que fazer sexo com certa frequência diminui os
riscos de infarto fatal. Mas, não é só isso não. Ter uma vida sexual ativa
contribui para melhorar o humor, relaxar o corpo, melhora o aspecto da pele,
aliviar o estresse e a TPM. Além disso, o relaxamento que o orgasmo traz
contribui para que você durma melhor, e não apenas nos dias em que houver sexo.
A reação tem efeito prolongado, devido a ação dos neurotransmissores que passam
a agir no seu organismo com mais regularidade e numa quantidade maior.
Aprenda a gostar de você. Trabalhe o seu
autoconhecimento e sua autoestima para viver melhor. "O conceito que temos
sobre nós mesmos é definidor de como nos colocamos e nos portamos na vida,
define o valor que vamos dar a nossa pessoa, ao nosso trabalho, as nossas
opiniões, as nossas vontades, e aos cuidados para o nosso corpo e nossa saúde.
E isso faz toda a diferença. Por isso é essencial ter um bom referencial de si
mesmo, saber reconhecer seus valores, suas qualidades, e não ficar só se
criticando, se cobrando, focado apenas nas suas limitações e
dificuldades", explica o terapeuta Vicente Godinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário