O sonho e objetivo de
atletas e técnico na preparação de uma equipe é ganhar uma medalha no final da
competição, principalmente a de ouro. E isto vem acontecendo há 35 anos na
minha vida profissional e de meus alunos das escolas que trabalho e trabalhei.
Neste período atuei
como técnico de basquete pelos colégios Murilo Braga, Salesiano e Graccho; de
voleibol e handebol com o Dom Bosco e futsal com O Saber, ganhando mais de duzentas medalhas em competições
oficiais, entre elas: Jogos da Primavera, Jogos Infantis, Campeonato sergipano
de basquete, Jogos da TV Sergipe, Jogos Estudantis, Jogos das Escolas
Particulares de Sergipe, Copa Sergipana de voleibol, Jogos Escolares da Rede
Pública de Sergipe, Nordestão Salesiano, Olimpíada Anglo, Jogos Estudantis da
Rede Pitágoras, Jogos das Escolas Particulares de Itabaiana.
Todas as medalhas que
ganhei como técnico foram importantes para mim e tenho boas recordações, mas a
primeira é inesquecível, foi a medalha de ouro no basquete dos Jogos da Primavera
com a categoria A feminina do Colégio Estadual Murilo Braga, em 1981, onde
enfrentamos na final a equipe do Colégio Estadual Castelo Branco, na quadra da
Associação Atlética de Sergipe, em Aracaju. A equipe titular era formada por:
Rita de Cássia, Gicelma Santos, Rosângela Souza, Irlene Porto e Luciene
Vasconcelos. Foi a minha segunda participação nos jogos.
Como técnico disputei quatro
vezes as Olimpíadas Escolares-JEBs em 2002, 2005, 2008 representando o estado
com o basquete do Salesiano e em 2003, com o voleibol do Colégio Dom Bosco. Apesar
de não se classificar entre os primeiros colocados e obviamente não ganhar
medalhas, um fato curioso é que talvez eu seja um dos técnicos ou o único do
Brasil a disputar os JEBs por dois esportes coletivos e escolas diferentes. Em
2005, ganhei uma medalha de participação dos JEBs, em Brasília.
Talvez eu seja o técnico de esporte coletivo em Sergipe que mais ganhou medalhas em competições oficiais, pelo fato que trabalhei em 4 colégios que estão entre os maiores do estado e sempre obtive bons resultados, não apenas com escolas particulares como o Salesiano, Graccho e Dom Bosco, mas principalmente com a pública, o Murilo Braga, e por dois esportes, o basquete e voleibol. Geralmente a maioria dos técnicos é melhor por uma rede de escola ou apenas em um esporte, por isso disputa menos competições, diminuindo as chances de sempre ganhar medalhas.
Algumas das minhas
equipes não ganharam medalhas em competições, mas nem por isso os alunos foram
menos importantes dos que as ganharam, pois ganhar e perder faz parte da
disputa e serve de exemplo para a vida. Através do esporte, mais do que
medalhas, os alunos ganharam saúde, desenvolvimento físico, valores e
princípios que serão úteis por toda a vida.
Relato estes fatos da
minha profissão não para me enaltecer, mas para que fiquem registrados e nunca
sejam esquecidos, pois podem servir de exemplo, lição e motivação de vida a
outras pessoas. Tenho orgulho não de ter
ganhado mais de duzentas medalhas, mas sim de ter contribuído na formação
integral de milhares de alunos através do esporte ao longo de 35 anos de
trabalho.
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