Nos últimos 50 anos, pesquisadores da
Universidade de Gotemburgo (Suécia) têm acompanhado a saúde de 855 homens
nascidos em 1913.
Agora que o estudo está sendo finalizado, eles
verificaram que 10 dos indivíduos atingiram os 100 anos de idade.
Assim, e graças ao rigor do estudo, foi possível
tirar algumas conclusões sobre os segredos dessa longevidade.
Vida depois dos 80 anos
Vários exames e
entrevistas foram feitos com os voluntários quando eles atingiram as idades de
54, 60, 65, 75, 80 e 100 anos, permitindo identificar os fatores que parecem
promover a longevidade - os primeiros levantamentos foram realizados em 1963.
Um total de 27% (232) do grupo original viveu
até a idade de 80 anos; 13% (111) viveram até os 90 anos. E 1,1% dos indivíduos
chegaram ao seu 100º aniversário.
De acordo com o estudo, 42% das mortes após os 80
anos foram ocasionadas
por doenças cardiovasculares, 20% por doenças infecciosas, 8% por acidente vascular
cerebral (derrame), 8% por câncer, 6% por pneumonia e 16% por outras causas.
Um total de 23% do grupo acima de 80 anos foram
diagnosticados com algum tipo de demência.
Como viver bem dos 50 aos 100 anos
O estudo permitiu identificar alguns fatores que
influenciaram a sobrevivência após a idade de 50 anos deste pequeno número de
indivíduos.
"Nossa recomendação para as pessoas que aspiram
ao centenarianismo é não fumar, manter níveis saudáveis de colesterol e
limitar-se a quatro xícaras de café por dia," disse o Dr. Lars Wilhelmsen,
ele próprio envolvido no estudo ao longo dos últimos 50 anos.
Também ajuda se você mora em uma boa casa ou
apartamento a partir dos 50 anos - indicando bom nível socioeconômico -, tem
boa capacidade de trabalho e sai-se bem em um teste de bicicleta aos 54 anos,
ou seja, se entra na velhice com um bom estado físico geral.
Menos genética, mais estilo de vida
Nascer de uma mãe que viveu muito ajuda, mas menos
do que os fatores de estilo de vida - além disso, outros estudos mostraram que
os "genes da longevidade" aumentam apenas a vida não
saudável.
"Nossos resultados mostram que há uma
correlação com a longevidade materna, mas não paterna. Mas também descobrimos
que este 'fator genético' é mais fraco do que os outros fatores. Portanto,
fatores que podem ser influenciados são importantes para uma vida longa,"
concluiu o Dr. Wilhelmsen.
Isto corrobora análises feitas em outras partes do
mundo, incluindo a longevidade nas ilhas gregas, assim como as raízes culturais da longevidade japonesa.
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