Hoje em dia, há muita pressão para que as pessoas
sejam saudáveis, e o bombardeamento de informações pode levar a muitos
equívocos sobre os alimentos e a ciência da nutrição em geral.
Muitos dos “fatos” que achamos serem verdadeiros na
verdade são apenas boatos populares espalhados vigorosamente.
A lista abaixo tenta desmistificar alguns tópicos,
mas a conclusão não é que estes alimentos são inerentemente bons ou ruins, e
sim que é uma falha por parte de qualquer pessoa afirmar que sabemos com
certeza que consumi-los é prejudicial para a nossa saúde.
1. Organismos geneticamente modificados não são
seguros para comer
Isso não é verdade. A grande maioria dos cientistas
(quase 90%), aliás, diz o contrário. A União Europeia financiou várias
pesquisas e concluiu que os alimentos geneticamente modificados são seguros. O
mesmo aconteceu com a Associação Médica Americana. O verdadeiro problema, ao
que parece, é que poucas pessoas entendem o que eles realmente são. Todo milho,
não apenas o tipo geneticamente modificado pela definição restrita de hoje, é
tecnicamente geneticamente modificado – afinal de contas, em qualquer
plantação, selecionamos os melhores grãos para cultivar, o que já é restringir
e modificar o que crescerá naquela terra.
2. O aspartame causa câncer e é definitivamente ruim
para nós
Nós não sabemos disso. O que sabemos com
certeza é que até agora nenhum estudo encontrou conclusão semelhante. Pelo
contrário, as pesquisas mostram um crescente consenso científico de que o aspartame
não causa nenhum problema de saúde. No entanto, isso não significa que você
deve abusar da substância. Só significa que você não deve temê-la em pequenas
quantidades.
3. Nós comemos muito sal
Essa é uma declaração cada vez mais questionável.
Sabemos, decisivamente, que comer muito sal é ruim para a saúde, especialmente
para pessoas com pressão arterial elevada. Mas os cientistas não sabem
realmente o que “muito sal” significa. A comunidade científica está tão
dividida que muitos acreditam que uma pessoa típica saudável pode consumir até
6.000 miligramas por dia. Para colocar isso em perspectiva, as diretrizes
dietéticas americanas atuais dizem que devemos consumir no máximo 2.300
miligramas por dia, sendo que os americanos consomem cerca de 3.500 miligramas
por dia.
4. O colesterol é ruim para você
Durante anos, a medicina convencional nos disse que
os níveis elevados de colesterol contribuem para doenças cardíacas e, como
resultado, os médicos têm instruído seus pacientes a manter esses níveis baixos
a praticamente qualquer custo. Estudos recentes, no entanto, demonstraram que esta
abordagem é altamente falha. Estávamos tão errados sobre o assunto que,
depois de 40 anos, recentemente o governo dos EUA mudou suas orientações
dietéticas advertindo sobre as consequências de comer alimentos com muito
colesterol.
5. Devemos parar de comer glúten
Muitas pessoas acreditam que o glúten engorda ou faz
mal para a saúde, e tentam eliminá-lo de sua dieta. Isso só é interessante para
quem sofre de doença celíaca ou é alérgico a glúten – certamente uma pequena
percentagem da população. No geral, não é necessário deixar de comer
absolutamente nada com glúten, pois não há evidências de que nos
beneficiaríamos disso.
6. Alimentos integrais não engordam
Alimentos integrais são mais saudáveis por serem
ricos em fibras e vitaminas, que contribuem para a saciedade e melhoram o
funcionamento do intestino. No entanto, se consumidos em grandes quantidades,
podem engordar. Optar por pão integral ao invés do branco ajuda a emagrecer só
se, de uma maneira geral, essa troca alimentar te ajudar a comer menos. Se você
continuar comendo a mesma quantidade de pão e de outros alimentos no seu dia a
dia, provavelmente não vai perder peso porque ambos têm a mesma quantidade de
calorias. [WashingtonPost, UOL, Globo]
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