Não é só da nossa saúde que precisamos cuidar, não.
Ao repensar alguns hábitos e tomar atitudes simples, você ajuda o planeta, os
outros e a si mesmo
Tudo começou com meu guarda-roupa. Percebi que tinha
muitas peças boas ali que por alguma razão estavam paradas: ou porque meu
estilo havia mudado, ou porque havia usado tanto que peguei bode, ou porque
elas continuavam nas etiquetas, na esperança de que algum dia pudessem me
vestir por aí. A primeira limpa no armário foi libertadora. Me senti leve e
desapegada. Mas essa mudança de consciência ainda se resumia ao guarda-roupa.
A grande virada aconteceu ano passado, com o
nascimento da minha filha, Marieta. Li que, em 2050, quando ela completasse 32
anos, a mesma idade que tenho hoje, encontraríamos mais plástico do que peixes
nos oceanos. Diante disso, eu tinha dois caminhos: ou me desesperava ou fazia
algo para mudar.
Decidi ficar com o segundo e, de lá pra cá, venho
descobrindo maneiras de cuidar de mim e da família e minimizar nosso impacto no
mundo. Por isso vou compartilhar três mudanças que podem parecer pequenas, mas
que, levadas à rotina, já fazem diferença para o planeta.
Primeiro: precisamos eliminar o plástico descartável
da nossa vida. Quando descobri que 40% do plástico que consumimos é usado
apenas uma vez, cortei todos os “inhos” e “inhas” do meu dia a dia.
A garrafinha, o copinho, a sacolinha, o garfinho e o
canudinho foram substituídos por opções reutilizáveis, como copo de silicone,
garrafa de metal, ecobag, talheres de bambu e canudo de inox. Dá pra levar tudo
na bolsa e é cada vez mais automático me lembrar deles antes de sair de casa.
Segundo: vale a pena reduzir o consumo de carne.
Estudos mostram que a ingestão excessiva eleva o risco de diabetes, doença
cardiovascular e câncer. Além disso, a agropecuária é a principal causa do
aquecimento global — haja desmatamento para tanto gado!
Ainda não consegui virar vegetariana, mas cada um
tem seu tempo e suas limitações. Já fico feliz em reduzir o consumo de carne
para duas vezes por semana.
Terceiro: vamos investir em roupas de fibras
naturais. Hoje, a maioria das peças do vestuário possui poliéster, material
sintético feito de plástico e que demora 450 anos para se decompor. Roupas com
poliéster não são tão agradáveis ao toque, fazem a gente suar mais e provocam
mau cheiro, pois não deixam a pele respirar direito.
Tenho optado pelas de algodão, seda, linho ou
viscose. São tecidos biodegradáveis que duram anos no armário. Por isso, dê uma
espiada na composição da peça, informação costurada no interior da etiqueta.
Da mesa ao guarda-roupa, que tal refletir e tentar
mudar você também?
Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/mudancas-que-melhoram-sua-vida-e-a-do-planeta/
- Por Giovanna Nader - Ilustração: Adriana Komura/SAÚDE é Vital
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