Especialistas explicam quais são as manchas na pele
mais comuns e como identificar o câncer de pele
A pele é o maior órgão do corpo humano e, ao longo
da vida, pode sofrer com o surgimento de diversas manchas ou até algum tumor
pela intensa exposição ao sol. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer
(INCA), o câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil. Por isso, é
necessário saber identificar as manchas e investir em um cuidado constante com
a pele.
Segundo a dermatologista Patrícia Ormiga, membro da
Sociedade Brasileira de Dermatologia, as manchas são qualquer alteração na cor
da pele. Por isso, os diversos tipos de manchas são divididos por cores.
Conheça cada uma delas:
Manchas marrons ou castanhas
Melanose solar
As mais comuns são as melanoses solares.
Popularmente conhecidas como mancha senil, são aquelas manchinhas marrons que
surgem no dorso das mãos e braços.
A dermatologista Eduarda Porello, do Duo+, explica
que essas manchas aparecem mais em pacientes idosos, por isso ficou conhecida
como mancha senil. Porém, esse termo caiu em desuso, já que foi comprovado que
a mancha não tem relação com a idade e sim com a exposição ao sol de muitos
anos.
Hiperpigmentação pós inflamatória
Esse tipo de mancha surge a partir de alguma lesão
na pele.
"Assim, durante a cicatrização, pode ocorrer a
hiperpigmentação e se desenvolver uma mancha no lugar onde havia aquela lesão.
Isso pode piorar com a exposição solar", explica a dermatologista Patrícia
Ormiga.
Melasma
Os melasmas estão relacionados a uma mistura de
exposição solar com a influência do hormônio feminino. Por isso, estão mais
associadas à gestação e ao uso de anticoncepcionais, além de algumas
medicações.
São manchas que surgem também devido ao Sol, porém
são maiores que a melanose solar e encontram-se nas regiões do colo, braço e,
principalmente, rosto. Quando ela aparece na gravidez, é chamada de cloasma.
"Ele surge nas áreas convexas ou protuberantes
da face: bochechas, testa, queixo e área do bigode", explica a
dermatologista Tatiana Gabbi, membro das Sociedades Brasileiras de Dermatologia
(SBD) e Cirurgia Dermatológica (SBCD).
Sardas
As sardas são manchas decorrentes da exposição solar
que normalmente aparecem na infância e adolescência, sendo mais comum em
pessoas de pele clara. No geral, elas não são perigosas, mas podem indicar que
a pessoa está se expondo mais ao sol do que deveria.
"Se a pele absorvesse a energia solar
uniformemente, ficaria bronzeada por igual, mas, nessas pessoas, alguns lugares
têm maior poder de absorção que os outros, fazendo com que essas manchas
apareçam", explica a dermatologista Tatiana Gabbi.
Manchas vermelhas ou arroxeadas
Essas manchas podem surgir por alguma lesão ou
hematoma causados por traumas ou até algum tipo de doença no sangue como
coagulopatia.
Rosácea
Essa condição causa manchas vermelhas na na região
do rosto, que podem confundidas com acne ou outros problemas de pele, e é mais
frequente em mulheres acima dos trinta anos com peles e olhos mais claros.
O quadro decorre de um processo inflamatório
associado a uma alteração vascular. A rosácea tem uma nítida predisposição
familiar, mas a causa da doença permanece desconhecida.
Tratamentos como antibióticos ou medicamentos
anti-acne podem controlar e reduzir os sintomas.
Manchas brancas
Popularmente conhecidas como sardas brancas, essas
manchas surgem em áreas expostas ao sol e ocorrem pelo dano cumulativo, causado
pelos raios ultravioleta ao longo da vida.
Vitiligo
Trata-se de uma doença caracterizada pela perda da
coloração da pele. Devido à diminuição ou à ausência da célula responsável pela
formação da melanina, os melanócitos, surgem manchas brancas na pele de
tamanhos variados.
O tratamento do vitiligo varia de acordo com o
quadro clínico de cada paciente, sendo necessária a orientação e acompanhamento
de um dermatologista.
Manchas pretas
Nevos
Nevo é o termo médico para a mancha popularmente
conhecida como pinta ou sinal. Essas manchas podem ser congênitas, observadas
no momento do nascimento, ou também podem ser adquiridas no transcorrer da
vida.
Geralmente, encontram-se em áreas do corpo mais
expostas ao sol e são benignos, não havendo a necessidade de um tratamento.
Melanoma
Trata-se do câncer de pele mais agressivo. Um terço
dos melanomas são originários de um nevo (pinta) pré-existente. A
dermatologista Patrícia Ormiga explica um método para identificar um melanoma:
É a técnica do ABCDE, que considera as seguintes
características:
A: a lesão é assimétrica?
B: tem bordas irregulares?
C: tem mais de uma cor?
D: tem de diâmetro maior que 6 milímetros?
E: tem evolução na mancha (como coceira, sangramento
ou outro sintoma que não havia antes)?
"Se sua mancha possuir todas essas
características, procure um dermatologista", recomenda a médica.
Como evitar
Nos casos das manchas que não são causadas por
nenhuma doença e não apresentam grandes riscos, somente pela exposição ao sol,
a dermatologista Patrícia Ormiga explica que é necessário sempre utilizar a
fotoproteção.
"Use protetor solar indicado por um
dermatologista, roupa com proteção UV, bonés e óculos. Além disso, sempre que
tiver um machucado, evite exposição ao sol e procure um dermatologista",
recomenda Patrícia.
Fonte: https://minhavida.com.br/beleza/materias/35429-manchas-na-pele-quais-cores-sao-preocupantes
- Escrito por Bárbara Correa - Foto: Shutterstock
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