Estudo indica que a falta de atividade física
aumenta o risco de complicações cardíacas, como a hipertensão
O período de quarentena imposto como forma de conter
a disseminação do novo coronavírus segue causando diferentes impactos na
população. Desta vez, um estudo comandado pela Universidade de São Paulo
(FM-USP) revelou os impactos cardiovasculares causados pelo sedentarismo que
cresceu durante o isolamento social.
A pesquisa foi dividida em diferentes partes, todas
responsáveis por analisar rotinas e situações distintas do dia a dia. Em uma
delas, os voluntários diminuíram a quantidade de passos diários pela metade,
totalizando o número de 5 mil por semana.
Os resultados apontaram encolhimento do diâmetro
braquial, principal vaso sanguíneo do braço, danos nas camadas de células que
envolvem as artérias e veias, além de menos elasticidade dos vasos sanguíneos.
Já outra análise foi realizada com todos os
participantes do estudo sentados por longos períodos, variando entre três e
seis horas. Esse tempo sem grande movimentação gerou alterações vasculares,
indícios de inflamação e alteração no índice glicêmico pós-alimentação.
Impacto no grupo de risco
Os cientistas concluíram que a falta de atividades
físicas durante o confinamento possui um forte potencial de causar uma rápida
deterioração da saúde cardiovascular, aumentando as chances de morte prematura
entre as populações com doenças associadas ao coração, como a hipertensão.
De acordo com os pesquisadores, mesmo um período
curto de inatividade (de 1 a 4 semanas), pode ser associado a efeitos negativos
no funcionamento de toda a estrutura cardiovascular, o que gera um maior risco
de desenvolvimento de complicações cardíacas.
"Nesse cenário crítico e sem precedentes, os
programas de atividade física domiciliar surgem como uma intervenção
clinicamente relevante para promover benefícios à saúde de pacientes
cardíacos", explicam os cientistas da USP no estudo publicado na American
Journal of Physiology.
Importância do exercício em casa
Apesar do período de isolamento poder desencadear
diversas complicações físicas e mentais, ficar em casa ainda é a forma mais
eficaz de se prevenir da COVID-19. Porém, é possível se movimentar e exercitar
o corpo mesmo durante a quarentena. Algumas alternativas para isso são:
Exercício de flexão de braço no solo
Agachamento simples (sentar e levantar no banco ou
no sofá)
Subir e descer escadas
Agachamento afundo (deslocamentos frontais)
Polichinelos
Tríceps sobre a cadeira
Prancha
Em algumas cidades do país, onde a taxa de
contaminação vem sendo controlada, já vem acontecendo a reabertura gradual de
academias e escolas de luta e dança. Para garantir que as atividades sejam
realizadas de forma segura, é preciso que seja feito o uso de máscaras de
proteção, lavagem correta das mãos e o distanciamento social entre as pessoas.
As mesmas orientações de prevenção são indicadas
para treinos ao ar livre, desde que não haja contato e se mantenha distância de
outras pessoas. Caso haja indícios de sintomas de coronavírus, é necessário se
manter em casa, em repouso e isolamento.
Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/36665-sedentarismo-na-quarentena-traz-riscos-a-saude-do-coracao
- Escrito por Redação Minha Vida
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