Atividades que não usem telas
O bem-estar das crianças aumenta quando elas
participam de atividades extracurriculares, mas diminui quando elas passam
tempo nas mídias sociais ou jogando videogame.
Seja a prática de esportes, aulas de música ou uma
conversa casual com os amigos, quando as crianças estão envolvidas em
atividades depois da escola, elas se mostraram mais propensas a se sentirem
mais felizes e saudáveis do que seus colegas que voltaram direto da escola para
uma tela.
O estudo analisou dados de 61.759 alunos, avaliando o
número médio de dias por semana que as crianças participaram de atividades
extracurriculares e avaliou cada uma em relação a fatores de bem-estar -
felicidade, tristeza, preocupação, engajamento, perseverança, otimismo,
regulação emocional e satisfação com a vida.
A maioria dos alunos assistia TV cerca de 4 dias da
semana escolar e passava cerca de 3 dias da semana usando as mídias sociais.
"As telas são uma grande distração para crianças
de todas as idades. A maioria dos pais atestará isso. E se as crianças estão
jogando, assistindo TV ou nas mídias sociais, há algo em todas as telas que
prejudica seu bem-estar.
"É interessante porque você pode pensar que é a
falta de movimento físico que está causando isso, mas nossa pesquisa mostra que
fazer lição de casa ou ler - ambas atividades sedentárias - contribuem
positivamente para o bem-estar, então é outra coisa.
"Na verdade, descobrimos que o bem-estar das
crianças foi maior quando elas participaram de atividades extracurriculares -
mesmo que elas já relatassem estar felizes. O que isso mostra é que precisamos
encontrar maneiras de incentivar crianças de todas as idades e origens a se
envolverem em atividades que as mantenham longe da TV, computadores e
dispositivos móveis," resumiu a professora Rosa Virgara, da Universidade
do Sul da Austrália.
Mais tela, menos felicidade
Os resultados mostraram que os alunos que praticavam
esportes com frequência eram 15% mais otimistas, 14% mais felizes e satisfeitos
com sua vida e 10% mais propensos a regular suas emoções.
Por outro lado, as crianças que jogavam videogame e
usavam as mídias sociais quase sempre apresentaram níveis mais baixos de
bem-estar: Até 9% menos probabilidade de serem felizes, até 8% menos otimismo e
11% maior probabilidade de desistir no meio de suas atividades.
"Em suma, a mensagem é clara - jogar, assistir
TV, jogar em computadores e navegar pelas mídias sociais não está ajudando a
construir ou sustentar o bem-estar positivo nas crianças," concluiu
Virgara.
Checagem com artigo científico:
Artigo: The relationships between school children's
wellbeing, socio-economic disadvantage and after-school activities: a
cross-sectional study.
Autores: Eliza Kennewell, Rachel G. Curtis, Carol
Maher, Samuel Luddy, Rosa Virgara
Publicação: BMC Pediatrics
Vol.: 22, Article number: 297
DOI: 10.1186/s12887-022-03322-1
Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quer-criancas-mais-felizes-saudaveis-entao-lhes-esportes-nao-telas&id=15402
- Redação do Diário da Saúde - Imagem: DavidRockDesign/Pixabay
Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos e não os
estorveis de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos céus.
Mateus 19:14
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