Ao falar de saúde da mulher, é quase impossível não pensar em exames de rotina e momentos de autocuidado, não é mesmo? Mas, você sabia que os exames podem mudar de acordo com cada fase da vida da mulher? A seguir, a Dra. Suzan Menasce Goldman, profissional do CURA Grupo, fala a respeito do assunto. Confira!
20 exames periódicos essenciais para a saúde da mulher
em todas as fases da vida
Cada fase da vida tem suas características, suas
mudanças, transformações e descobertas. Por isso, a mulher precisa ser avaliada
de formas diferentes pelos médicos, sejam eles clínicos gerais ou
especialistas. Veja abaixo os exames principais separados em alguns períodos
importantes:
Exames importantes na puberdade
Hemograma: é um dos primeiros exames pedidos pelos
médicos, não só para as meninas mais jovens, mas também para mulheres e homens
ao longo da vida. Segundo Goldman, a realização do exame de sangue é muito
importante, pois “vai mostrar se a adolescente tem, ou não, alguma doença que
possa levar a um tipo de anemia. Assim, é analisado se há algum tipo de
alteração sanguínea, coagulação ou alteração imunológica que seja relevante”.
Exame de fezes: também é solicitado pelos médicos sem
distinção de sexo ou faixa etária. Para a especialista, “o exame de fezes
retrata o momento”. Ela esclarece que a análise é solicitada para averiguar
possíveis quadros no trato digestivo, como sangramentos, gordura, bactérias,
protozoários e vermes, uma vez que muitas infecções são silenciosas e podem
causar sérios danos à saúde.
Exame de urina: geralmente acompanhado do pedido de
exame de fezes, o exame de urina também é solicitado pelos médicos sem fazer
distinção de sexo ou faixa etária. Sua análise é feita objetivando identificar
possíveis alterações no funcionamento dos rins e do trato urinário, além de
verificar o pH da urina, glicose e proteínas.
Glicemia em jejum: esse exame visa analisar o nível de
glicose no sangue e, segundo a Dra. Suzan, “ver se a adolescente tem diabetes”.
Geralmente, ele é coletado com a amostra do hemograma, contudo, é solicitado ao
paciente um jejum de cerca de 8 a 12 horas antes de sua realização. A
profissional explica que o exame pode ser realizado durante todas as fases da
vida, mas é comumente pedido para meninas mais novas para averiguar a
existência ou pré-disposição para diabete tipo I.
Colesterol e triglicerídeos: você já se deparou com as
letrinhas HDL, LDL e VLDL em alguns exames de sangue? Elas analisam o
colesterol e triglicerídeos no organismo. O exame também pode ser realizado ao
longo de toda a vida, mas quando solicitado para meninas mais jovens é para
“entender como está a alimentação”, esclarece a médica. Em crianças e
adolescentes, o colesterol alto, por exemplo, “não é por doença, mas por ingestão
de alimentos inadequados”.
Exames importantes na vida adulta
Papanicolau: conhecido como exame de citologia, o
papanicolau “é um exame que deve ser feito periodicamente depois que a mulher
começa a ter relação sexual”, pontua a médica. De acordo com ela, o intuito é
analisar a existência de possíveis infecções uterinas, fissuras ou lesões
causadas pelo vírus do HPV, além de auxiliar na prevenção do câncer do colo do
útero. Além disso, é válido pontuar que o exame deve ser realizado
independentemente da orientação sexual da mulher.
Colposcopia: é geralmente feito com o papanicolau, a
colposcopia é um exame ginecológico solicitado, comumente, a partir dos 30
anos. O objetivo é avaliar, com ajuda de um instrumento (colposcópio), a
vagina, a vulva e o colo do útero, investigando possíveis inflamações e lesões
que podem ser benignas ou malignas. “É justamente para observar a presença de
verrugas ocasionadas pelo HPV e fazer a prevenção do câncer de colo de útero”,
explica a médica.
Ultrassom transvaginal: assim como o papanicolau, a
médica esclarece que o ultrassom transvaginal só é realizado quando a mulher é
ativa sexualmente, independentemente de sua orientação sexual. Ele não é
considerado um exame de rotina, pois é solicitado pela ginecologista no intuito
de avaliar o útero, os ovários, a presença de cistos e/ou miomas, avaliar a
ovulação e até mesmo confirmar a gravidez. “Ele oferece uma avaliação dos
órgãos, tanto na anatomia quanto no diagnóstico”, afirma a profissional;
Ultrassom das mamas: segundo a Dra. Suzan, “o
ultrassom de mama é considerado exame de rotina a partir dos 40 anos de
mulheres que não se enquadram nos casos de alto risco para o câncer de mama.
Contudo, o exame é de extrema importância, uma vez que atua na prevenção da
doença. Além disso, ele pode ser solicitado para mulheres mais jovens, em casos
de “queixa clínica, como endurecimento das mamas ou dores”, ressalta a médica.
Ela também acrescenta que o exame deve ser realizado por mulheres transgênero
que fazem terapia hormonal “se ela tiver antecedente de câncer de mama na
família”.
Ultrassom de tireoide: outro exame que não costuma ser
de rotina, mas que é de extrema importância para a prevenção de doenças, como o
câncer de tireoide, comum em mulheres acima dos 35 anos, é o ultrassom de
tireoide. A médica explica ser um exame realizado eventualmente para averiguar
“hipotiroidismo e hipertiroidismo, que são quadros silenciosos”, além de
observar as demais alterações na glândula, como a presença de nódulos.
Exames importantes antes e durante a gestação
Ultrassonografia pélvica: possui várias
funcionalidades, pois os órgãos dessa região, entendendo sua anatomia, tamanho
e anormalidades (como pólipos e miomas). Na obstetrícia, o exame é muito
utilizado para fazer o acompanhamento do desenvolvimento do bebê e o seu bem-estar.
Além disso, a Dra. Suzan afirma que o exame pode ser realizado em meninas na
fase da menarca, tanto para avaliar os órgãos quanto no caso de “ter alguma
queixa de dor pélvica, ou de alteração menstrual”.
Exame de hepatite e IST: feitos a partir de uma
amostra sanguínea. Esses exames buscam investigar, antes e durante a gravidez,
se a gestante possui alguma dessas doenças que são, muitas vezes, silenciosas.
A médica explica que eles devem ser realizados “para que estes patógenos não
infectem o bebê e causem malformação ou doenças nas crianças”.
Exame de toxoplasmose e citomegalovirose: também
feitos a partir da sorologia, esses exames visam investigar a presença dos
vírus na corrente sanguínea da gestante, uma vez que “quando a mulher está
grávida, essas infecções, podem acometer o bebê” e causar malformação, surdez
ou até mesmo atrasos na cognição.
Teste de tolerância oral à glicose: também conhecido
como TTOG, esse exame tem o objetivo de analisar a predisposição à diabete ou
realizar o diagnóstico da doença. Solicitado entre a 24ª e 28ª semanas de
gestação ou no início da gravidez. Em casos de suspeita, ele auxilia no
controle dos níveis de glicose no sangue, evitando alguns fatores de risco como
parto prematuro ou malformações fetais.
Exame do cotonete: consiste na análise de uma amostra
coletada da região intima da mulher, com objetivo de averiguar a presença da
bactéria Streptococcus B, que pode ser passada para o bebê na hora do parto. O
exame é realizado nas últimas semanas da gestação e é importante ser realizado,
uma vez que a bactéria pode causar alterações renais e cardíacas na criança,
além de problemas respiratórios.
Exames periódicos importantes após os 40 anos
Mamografia: a mamografia é o principal exame
preventivo contra o câncer de mama. Goldman conta que “o Colégio Americano de
Radiologia recomenda que o exame deva ser feito anualmente, enquanto o
Ministério da Saúde solicita a cada dois anos”. Ele é feito por meio de uma
radiografia, que visa averiguar a presença de lesões, nódulos e/ou assimetrias
dos seios, auxiliando no diagnóstico precoce da doença.
Densitometria óssea: segundo a médica, a densitometria
óssea deve ser realizada periodicamente por mulheres acima dos 40 para avaliar
a perda de massa óssea, causadora da osteoporose. Além disso, a profissional
explica que mulheres que estão entrando na menopausa “devem fazer a
densitometria óssea para identificar se vão ter perda de massa óssea, ou se
estão tendo essa perda pela redução hormonal”, evitando complicações mais
graves à saúde.
Perfil hormonal: pode ser solicitado pelo médico nessa
fase da vida da mulher. Isso porque é necessário averiguar as alterações
hormonais deste período e até pensar na possibilidade de reposição hormonal.
Além disso, a médica esclarece que esse não é um exame de rotina e que pode ser
pedido em qualquer faixa etária para análise hormonal.
Colonoscopia: segundo a especialista, “este exame é
realizado a partir dos 50 anos”. O objetivo é analisar a saúde do trato digestivo
e a presença de possíveis lesões, pólipos, inflamações e até mesmo o câncer
colorretal. Deve ser realizado a cada 5 anos, contudo, a profissional explica
que “se a pessoa tem risco aumentado para câncer de intestino, é indicado fazer
a partir dos 40 anos e repetir a cada 2 anos”, a depender da recomendação
médica.
Exame de próstata: recomendado para mulheres
transgênero a partir dos 50 anos, o exame de próstata deve ser feito anualmente
no intuito de prevenir ou diagnosticar precocemente o câncer de próstata. É
importante lembrar que, apesar da terapia hormonal, realizada por algumas
mulheres trans, diminuir o tamanho da próstata, as alterações hormonais no
organismo podem aumentar o risco de câncer, por isso é importante o manter os
exames em dia.
Ter um acompanhamento médico periódico e fazer os
exames necessários é fundamental para a manutenção da saúde da mulher, visando
o bom funcionamento do organismo e do autoconhecimento do próprio corpo.
Afinal, cuidar da saúde física também é um ato de amor!
10 cuidados preventivos que toda mulher deve ter para
se manter saudável
Agora que você sabe quais são os exames médicos
essenciais relacionados à saúde da mulher, que tal conferir também alguns
cuidados básicos e preventivos para acrescentar em sua rotina? Veja abaixo:
1. Pratique atividade física
Nunca é demais lembrar que a atividade física faz bem
para a saúde da mulher, e não é à toa que ela está em primeiro lugar na lista
de recomendações. Exercitar-se faz bem para os ossos, para as articulações,
para a circulação sanguínea, libera hormônios que fornecem sensação de prazer,
melhora o sono e ainda fortalece o sistema imunológico.
2. Realize a higiene do sono
É sabido que os hábitos relacionados ao sono afetam
diretamente a saúde da mulher. Dormir poucas horas por norte, não ter um sono
de qualidade ou não ter uma rotina para dormir pode causar problemas
cardiovasculares, desencadear diabete, depressão e uma série de outros
prejuízos à saúde.
3. Tenha uma alimentação saudável
Assim como os exercícios físicos, a alimentação saudável
auxilia na manutenção da saúde de todo o organismo. Uma alimentação
equilibrada, rica em vitaminas, fibras e minerais, sem excesso de produtos
industrializados/processados, auxilia no bom funcionamento do sistema nervoso,
circulatório, digestivo, reprodutor, endócrino, muscular e imunológico.
4. Vá ao médico periodicamente
Realizar um acompanhamento médico e fazer exames
quando solicitado também é um dos cuidados básicos importantes para a saúde da
mulher. Segundo a Dra. Suzan, “ir ao médico rotineiramente e seguir a
orientação dele, e realizar os exames que ele te indicar é fundamental”, tanto
para prevenção quando para um diagnóstico precoce de alguma doença.
5. Beba água
Água é vital para o corpo humano e, ao contrário do
que muitos pensam, não é apenas para prevenir problemas renais. A água auxilia
no bom funcionamento do metabolismo, regula a temperatura corporal, auxilia na
absorção de nutrientes pelo organismo, protege os órgãos e carrega oxigênio
através das células. A falta dela pode causar uma série de sintomas físicos.
6. Tenha momentos de lazer
Buscar atividades que te tragam sensação de prazer e
satisfação é ótimo para a saúde mental e física. O bem-estar proporcionado
pelos momentos de lazer ajudam na diminuição dos níveis de cortisol liberados
na corrente sanguínea. Isso auxilia diretamente a redução de estresse e
ansiedade, causadores de várias doenças, como enxaqueca, pressão alta e até
mesmo problemas cardiovasculares.
7. Cuide da sua saúde mental
Negligenciar sua saúde mental pode afetar sua saúde
física. E assim como os momentos de lazer se fazem importantes para diminuir o
estresse e a ansiedade, os cuidados com a saúde mental atuam positivamente no
organismo. Para isso, busque por acompanhamento psicoterapêutico,
desenvolvimento do autoconhecimento e pratique meditação.
8. Busque abandonar os maus hábitos
Tabagismo, alcoolismo, excesso de cafeína, má
alimentação, falta de rotina… Não é de hoje que se sabe que essas coisas são
prejudiciais à saúde e podem causas doenças graves. Por tanto, o abandono deles
também é indispensável para a manutenção da saúde da mulher, bem como qualquer
ser humano.
9. Estabeleça uma rotina de autocuidado
Tirar um tempo para cuidar de si, independentemente de
qual seja esse cuidado, é ter um tempo para cuidar da sua saúde. O autocuidado,
além de promover autoestima, desenvolve o autoconhecimento físico e emocional.
Consequentemente, te deixa mais atenta Às possíveis alterações orgânicas que
surjam durante as fases da vida.
10. Cultive laços sociais
Quase todo mundo sabe que os laços sociais auxiliam na
saúde emocional, mas eles são importantes para a saúde física também. As
emoções que envolvem as relações atuam no organismo semelhantemente às
sensações de prazer quando você faz algo que gosta. Dessa forma, você consegue
diminuir o estresse e a ansiedade, melhorando a circulação sanguínea e
estimulando o cérebro.
Como você viu, a saúde da mulher está relacionada com
cuidados físicos e mentais, bem como a realização de exames periódicos. É
importante começar a pensar nisso desde já, então que tal conferir mais hábitos
saudáveis para incluir na rotina?
As informações contidas nesta página têm caráter
meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos
de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e
outros especialistas.
Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/saude-da-mulher/
- Karyne Santiago - Canva
Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não
com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
2 Coríntios 9:7
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