Veja como alguns hábitos no dia a dia são importantes para evitar a doença
Em 17 de maio é celebrado o Dia Mundial da
Hipertensão, uma doença caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas
artérias. Sendo uma condição crônica, a pressão alta, como também é chamada, se
não for adequadamente controlada, pode levar a complicações graves, como
doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) e outras condições médicas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45% da população brasileira é
afetada por essa doença, que se destaca como uma das principais causas de óbito
no país.
De acordo com o médico Thomáz Baêsso, atuante em
nutrologia e afiliado do Instituto Nutrindo Ideais, a alimentação tem relação
com o desenvolvimento da hipertensão a partir do momento em que a rotina com
alimentos açucarados, industrializados e ricos em gorduras são importantes no
ganho de peso e inflamação corporal – tendo esses últimos influência direta na
gênese da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS).
Cuidado com a alimentação para prevenir a hipertensão
Os principais nutrientes que podem ajudar na prevenção,
segundo Thomáz Baêsso, são aqueles com fontes de ômega 3, como nozes, sardinha
e atum, que têm efeito positivo sobre o sistema cardiovascular. Além disso, a
correta ingestão de vegetais e fibras, como as presentes na aveia, e sementes
ricas em magnésio e antioxidantes, são de grande valor na prevenção de lesão
endotelial, doença arterial coronariana não obstrutiva, e outros problemas do
coração, artérias e veias.
Pensando no bem-estar geral e maneiras de evitar a
hipertensão, o médico recomenda evitar os seguintes grupos de alimentos:
Ultraprocessados, como batatas de lata e salgadinhos.
Refinados em excesso, como farinha de trigo, bolos,
tortas e semelhantes.
Bebidas açucaradas, como refrigerantes, sucos de
caixinha ou coados e refrescos.
Realçadores de sabor, como os sachês e cubos
utilizados como tempero no Brasil.
Defumados e embutidos em excesso, como salsichas,
mortadelas e afins.
Optar por incluir:
Oleaginosas como castanhas-do-pará, nozes, amêndoas;
Fontes de boas gorduras como linhaça, chia e peixes;
Frutas e outras fontes de fibras, como a aveia.
Dieta DASH e prevenção da hipertensão
O nutrólogo aponta que a “Dietary Approaches to Stop
Hypertension” (DASH) é uma abordagem dietética para uso a longo prazo. Consiste
no aumento do consumo de alimentos ricos em magnésio, potássio, fibras e
oleaginosas, além da diminuição de carboidratos refinados e sódio. Essa dieta
tem efeitos tanto na prevenção quanto no tratamento de indivíduos já portadores
de hipertensão arterial.
Nutrientes importantes
Para garantir a saúde, segundo Thomáz Baêsso, é
importante ter atenção com alguns pontos, como os níveis de vitaminas do
complexo B, coenzima q10 (para os pacientes que utilizam estatinas –
sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina) e também na população em risco para
hipertensão.
Antioxidantes potentes, como o resveratrol, presente
na uva, têm sua forma mais eficaz na suplementação de trans-resveratrol. A
suplementação de curcumina e piperina, extraídas da cúrcuma e da pimenta-preta,
respectivamente, são potentes anti-inflamatórios e antioxidantes, além de terem
o poder de melhorar o perfil de colesterol.
Atividade física como aliada
O personal trainer Lincoln Cavalcante, fundador da
Neuro Performance EMS e criador do método TOP10Rounds, diz que a atividade
física torna o sistema cardiovascular mais eficiente, fornecendo um volume
maior de sangue, com menos batimentos cardíacos, e esse ganho reduz o risco de
hipertensão arterial.
“Os exercícios considerados aeróbios são os mais
eficientes para a saúde do coração. Corrida, pular corda, boxe e natação, são
exemplos de exercícios mais eficientes que o treinamento de força”, argumenta.
Uma das diretrizes amplamente adotadas em todo o
mundo, do American College of Sports Medicine (ACSM), orienta que adultos
realizem 30 minutos ou mais de atividade física com intensidade moderada pelo
menos 5 dias por semana, ou 20 minutos de atividade física de intensidade
vigorosa pelo menos 3 dias por semana.
A intensidade vai depender do preparo físico de cada
pessoa e como o corpo reage aos estímulos, podendo sempre aumentar para que o
exercício seja eficiente na prevenção da hipertensão. “Um hipertenso medicado
tem as mesmas capacidades que uma pessoa sem hipertensão. A intensidade é que
deve ser respeitada de acordo com o nível do aluno”, reforça o personal.
Atividade física como prevenção da hipertensão
A atividade física contribui para redução do
colesterol ruim, conhecido como LDL (lipoproteína de baixa intensidade). Essas
lipoproteínas de baixa intensidade dificultam a passagem do sangue, gerando
pressão sanguínea maior. Outro fator que a atividade física contribui na
prevenção da hipertensão é a produção natural do óxido nítrico que faz a função
de vasodilatador.
Algumas atividades podem ser realizadas em casa, como
pular corda, polichinelos, corrida, e até aulas oferecidas online são ótimas
opções. A atividade física e a boa alimentação é fundamental para evitar a
hipertensão arterial.
Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2024-05-17/alimentacao-e-atividade-fisica-ajudam-prevenir-e-controlar-a-hipertensao.html
- Por Alberto Borges - Imagem: New Africa | Shutterstock
Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova
das coisas que não vemos.
Hebreus 11:1
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