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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Saiba qual a idade real do seu corpo


Calculadora “Real Age”, prestes a chegar no Brasil, revela se o seu organismo é mais jovem ou velho do que a idade aponta. E ensina a ganhar anos de energia

Mais de 42 milhões de pessoas já fizeram o teste Real Age (ou “Idade Real”, em tradução livre). Em 1999, quando foi apresentado no programa de televisão da americana Oprah Winfrey, a rede de internet de toda a Costa Oeste dos Estados Unidos caiu — de tanta gente que acessou o site da ferramenta. Mas o que ela tem de tão fenomenal?

“Nós pegamos evidências científicas sólidas do que afeta a longevidade e traduzimos para algo que realmente motiva as pessoas”, resume Michael Roizen, médico da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, e criador do Real Age, à SAÚDE. É simples: após se inscrever e preencher um questionário online, o usuário vê “a verdadeira idade do seu organismo”.

A partir daí, o programa ressalta quais atitudes poderiam, digamos, rejuvenescer o corpo. Mas tem um detalhe: em vez de se concentrar no tempo de vida, o Real Age indica o que cada indivíduo poderia fazer para conquistar a energia de anos atrás. “Sentir-se mais jovem e vigoroso é um desejo comum, que incentiva mudanças saudáveis”, relata Roizen (veja abaixo a entrevista completa com ele).

Embora seja atualizado constantemente com base em novos estudos sobre fatores de risco para a saúde (pressão alta, tabagismo, isolamento social e por aí vai), a iniciativa existe há bastante tempo. A boa nova é que finalmente deve desembarcar no Brasil com uma versão traduzida e adaptada, em parceria com a empresa Healthways. A ideia inicial é disponibilizá-la ainda este ano.

Para quem entende inglês, dá pra matar a curiosidade com a versão americana. Clique aqui, preencha um cadastro e comece a responder as perguntas. Já adiantamos: o questionário leva cerca de 15 minutos, até porque vários fatores entram na conta. Alguns itens, inclusive, nem parecem ter a ver com saúde e bem-estar em um primeiro momento.

Agora que você entendeu as linhas gerais do Real Age, confira abaixo uma entrevista com seu criador. Nela, Michael Roizen não revela sua idade cronológica exata, mas fala quantos anos ganhou em disposição graças a atitudes saudáveis!

MICHAEL ROIZEN: Tudo começou em 1993, quando estava tentando motivar um paciente que iria fazer uma operação a parar de fumar. Ele me disse que, como tinha 49 anos, o cirurgião havia afirmado que não corria muitos riscos de complicações. Aí eu respondi, com base nos poucos dados disponíveis, que fumando um maço de cigarros por dia, ele na verdade estava com o corpo na casa dos 57 anos.

O paciente parou e me olhou preocupado. Então contou que nenhum homem da sua família tinha chegado a essa idade. Nessa hora, eu puxei outras informações da minha cabeça e falei que, se ele parasse, rejuvenesceria 1 ano em três meses e 2 anos em sete meses. E o surpreendente é que ele parou de verdade.

Daí em diante eu experimentei esse método com outras pessoas e tive bons resultados. Até que um dia fiz o mesmo com um homem que não queria tomar seus remédios para pressão alta. Eu mencionei que, se ele começasse a se medicar direito, ganharia o vigor de alguém tantos anos mais jovem. Depois de conferir comigo as pesquisas que comprovavam isso, perguntou se poderíamos fazer essas contas com outros fatores, tirou um cheque do bolso com 50 mil dólares e me mandou trabalhar. [risos]

Ele disse que nunca tinha se sentido motivado a tomar os remédios até então e queria expandir isso. E daí fomos crescendo aos poucos até chegarmos onde estamos hoje.

Por que o senhor acha que o Real Age faz tanto sucesso?
Nós pegamos evidências científicas sólidas do que afeta a longevidade e traduzimos para algo que realmente motiva as pessoas. Em vez de se concentrar só no tempo de vida, o Real Age mostra o que a faria ter a energia e o vigor de gente muito mais jovem.
E é bem personalizado. Suas respostas no questionário fazem com que o programa ofereça soluções específicas em pontos que você pode melhorar. Ao colocá-las em prática, dá pra ver sua idade real diminuir.

O que mais influencia a idade no programa?
São várias coisas. Mas o que chama atenção é a quantidade de amigos. Ter uma grande rede de verdadeiros amigos e familiares afeta mais o Real Age do que tomar remédio para reduzir a pressão, por exemplo. E os dados para isso são consistentes. Os relacionamentos sociais, entre outras coisas, amenizam os efeitos do estresse, um problema bem importante.
Além disso, fumar um maço de cigarros por dia envelhece bastante. Aliás, quem fica perto dos fumantes também acaba sendo prejudicado.

Quais as vantagens de essa plataforma chegar ao Brasil?
A tradução e a adaptação ajudam. Lembre-se de que estamos falando de problemas mundiais. Estamos gastando dinheiro demais e perdendo qualidade de vida com doenças crônicas. O Real Age muda o foco para a prevenção e mostra quão significativa ela é.
Isso pode economizar milhões de reais no Brasil, tanto do governo como de cada indivíduo. Mais do que isso, é uma forma de ganharmos vitalidade. O tema se encaixa com sua revista, não? [risos]

O que o Real Age ensinou ao senhor sobre prevenção?
Quando começamos, eu basicamente ficava atento ao tabagismo e à pressão arterial. Não dava tanta atenção para a carne vermelha, o açúcar e a alimentação, por exemplo. Eu mesmo era um amante de manteiga e refrigerante. Inclusive, gostava tanto de refrigerante que pedia para entrega-los em caixas grandes. E ainda comprava mais daquelas máquinas de bebida.
Com o avanço das pesquisas e do próprio Real Age, vi quanto isso influenciava minha disposição e comecei a mudar. Agora só bebo água e café! [risos]

Qual sua idade cronológica e sua “idade real”?
Eu tenho um pouco mais de 70, mas meu Real Age está na casa dos 51 anos. Estou melhor do que a maioria dos respondentes, mas tem gente que consegue resultados mais impressionantes!

Quais são seus vícios?
[risos] Olha, eu não durmo muito. O sono não é um fator forte se o isolarmos, mas mexe com vários comportamentos, então acaba atrapalhando. Sozinha, a falta de sono envelhece alguém em mais ou menos dois anos.

É difícil convencer alguém a mudar de hábito?
Não vamos conseguir pela força de vontade. Por milhares de anos, viver intensamente cada dia era importante para a sobrevivência da nossa espécie. Ou você matava o mamute que estava entrando na sua caverna e comia toda a sua carne, ou ele faria o mesmo com você. Nós somos programados para aproveitar cada momento.
Para lidar com isso, temos de tornar nossas atitudes saudáveis automáticas. Além de saber que tal hábito não é bom, é importante mexer nas estruturas e no ambiente que o estimula. Por exemplo: não tenha muito daquela comida calórica em casa. Compre alimentos que você ama, mas que amem você de volta.
Nesse sentido, o Real Age mostra o que fazer. Ele instrumentaliza o usuário, além de falar o que é bom e ruim. E isso de maneira bem personalizada.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/saiba-qual-a-idade-real-do-seu-corpo/ - Por Theo Ruprecht - Ilustração: Adams Carvalho/SAÚDE é Vital

domingo, 22 de maio de 2016

O esporte como ferramenta de inclusão social no Brasil

*Por Jéssica Alves dos Santos Menezes

     A prática de esportes é o exercício inicial para a inclusão social e construção de uma vida saudável. Essa atividade mostra-se crucial na formação de uma sociedade organizada, já que os gêneros esportivos ensinam aos indivíduos a importância das regras e do respeito. Porém,  no Brasil, o sistema político não investe muito nesse setor.

     Segundo o filósofo John Look, a trajetória de uma pessoa é como uma folha em branco, que será preenchida com valores bons ou ruins, dependendo das atividades desenvolvidas por esse ser. Assim, a prática de esportes é vista, por grande maioria, como um exercício de interação e inclusão social, pois esta põe seus praticantes em situações explicitas de interdependência a fim de realizar um objetivo comum: a vitória. Mesmo sem muitos investimentos governamentais, o esporte já tem tirado muitos indivíduos da situação de miséria e até do crime. Um exemplo disso é Neymar Júnior – camisa 10 da seleção brasileira de futebol -, que no início de sua carreira não teve muito apoio financeiro por ser de família humilde.

     A Grécia Antiga seguia o lema de “corpo saudável, mente saudável”, onde o esporte não era apenas para se obter a saúde, mas também uma ferramenta primordial para a educação de um individuo, pois nele os  jovens desenvolviam vínculos recíprocos de respeito, através das regras impostas durante as atividades. Essa tradição se espalhou pelo mundo e, hoje, no Brasil, que é considerado o “país do futebol”, tornou-se obrigatória a disciplina de Educação Física em todas as escolas, tanto públicas quanto particulares.

     O esporte é importante para a saúde e fundamental na inclusão social. É mister que o governo busque criar novos atletas, através da instalação de quadras de esportes em vários bairros, para que nestes sejam organizadas gincanas esportivas. Ademais, cabe a família incentivar desde cedo as crianças a praticarem essas atividades, com a organização de passeios que exijam um pequeno condicionamento físico. Já a escola deve tornar as aulas de Educação Física ainda mais dinâmicas, através de novas brincadeiras, formuladas pelos alunos. Assim, o Brasil sairá do alongamento e partira para o jogo da inclusão social.

* Jéssica Alves dos Santos Menezes é aluna da 3ª Série do Ensino Médio do Colégio Dom Bosco.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Música acelera o aprendizado das crianças

Além de divertir, a musicalidade é importante para a memorização e incentiva a criatividade

A música, parte integrante das manifestações culturais de todos os povos, ajuda as pessoas a expressarem seus sentimentos e emoções e é capaz de facilitar a comunicação interpessoal até entre quem não fala o mesmo idioma. Para as crianças, a música pode ser uma grande aliada no processo de aprendizado, ajudando-as a fixar o conhecimento com mais facilidade e rapidez. A música na educação infantil é uma verdadeira fonte de diversão, descontração e estímulos sensoriais.

Segundo a educadora Norma Viscardi, profissional da rede FasTracKids, a melodia e a ordem rítmica de uma música fazem o cérebro registrar a informação de várias maneiras e em diferentes áreas, o que estimula a fixação e a memorização e incentiva a criatividade. “É por isso que cada vez mais instituições de ensino infantil apostam no uso da música como uma ferramenta educacional“, diz.

Ela explica que a música é capaz de estimular também a percepção das crianças, aumentar a capacidade de diferenciação auditiva, a criatividade, a memória, e a maneira de expressar suas emoções. “Criar ou acompanhar e curtir uma sequência de sons harmoniosos é uma das atividades mais relaxantes e prazerosas para o cérebro humano.

Se uma informação a ser aprendida está sintonizada com a música, as habilidades de decodificação e recodificação necessárias para o aprendizado tornam-se mais rápidas e eficazes. A memória é uma das funções cerebrais mais estimuladas pela música”, afirma.

O professor de música Robson Menezes, do Colégio Itatiaia, diz que a música é uma ferramenta que pode ser utilizada em qualquer tema ou matéria, aumentando a atenção e a concentração da criança. “Acredito que ajuda tanto no lógico como no humano. Para uma criança que tem dificuldades lógicas, a música irá ajudar este aspecto, pois seu lado humano está mais ‘tranquilo’, e vice-versa. Mas pensando na maioria das crianças, a música irá ser um componente muito importante para o desenvolvimento global”, explica.

No Brasil, a utilização da música em sala de aula tornou-se obrigatório em escolas públicas e privadas desde 2008, de acordo com a lei nº 11.769. O objetivo de incentivar e acelerar o desenvolvimento das crianças. Mas na maioria das escolas essa lei ainda não é cumprida.

domingo, 27 de maio de 2012

Rua de Lazer: ferramenta de inclusão social em Itabaiana

Em meados de 1986, quando retornava da UFS com o amigo Valtênio Souza, tive a idéia de criar o Projeto Rua de Lazer em Itabaiana.

A minha inspiração de criar a Rua de Lazer surgiu durante a disciplina Recreação do Curso de Educação Física da UFS, ministrada pelo Professor Maurício Roberto que desenvolvia atividades recreativas com os alunos do curso. O principal objetivo da Rua de Lazer era oferecer lazer à comunidade itabaiannese, principalmente as crianças e jovens, aos domingos e feriados através de atividades recreativas e esportivas nas ruas e praças dos bairros e povoados da cidade..

O Professor Valtênio gostou da idéia e resolvemos procurar Maria Mendonça, ex-diretora do CEMB, para expor o projeto. Ela também gostou e pediu um dia de prazo para falar com o Prefeito João Germano, que prontamente aceitou. Na segunda reunião com Maria, ela indicou os nomes dos Professores Wilson Reis e Benjamin Alves para compor a equipe que desenvolveria o projeto, e assim foram feitas outras reuniões até o projeto ficar pronto.

Como Wilson Reis já tinha experiência na construção de acessórios esportivos na função de Diretor do Módulo Esportivo de Itabaiana, confeccionou os materiais necessários ao desenvolvimento do projeto. No dia 12 de outubro de 1986, dia das crianças, colocamos o projeto para funcionar na prática, foi na Praça Fausto Cardoso atraindo centenas de crianças e jovens, principalmente os nossos alunos do Colégio Estadual Murilo Braga, os quais nós tínhamos mais contatos e até pela força esportiva que a escola tinha na cidade. Em 1987, os professores Josiel Batista e Jair Marinheiro foram convidados a fazer parte da equipe, perfazendo o total de seis professores. Por causa da Rua de Lazer centenas de crianças e adolescentes itabaianenses foram motivados a praticar esporte nos diversos colégios durante anos.

Na Rua de Lazer foram desenvolvidas várias atividades, entre elas: basquete, futsal, handebol, voleibol, queimado, peteca, futebol de mesa (jogo de botão), tênis de mesa (ping pong), perna de pau, tamanco japonês, pular corda, corrida de saco e outras mais. A Rua de Lazer também tinha um cunho social, algumas pessoas ganhavam dinheiro vendendo pipoca, algodão doce, rolete de cana, picolé, sorvete e balas nas proximidades do evento.

Esta fase da Rua de Lazer foi desenvolvida até o ano de 1988, porque em 1989 ao assumir a Prefeitura de Itabaiana, o então Prefeito Luciano Bispo dispensou os professores e com isto, acabou a Rua de Lazer no município, já que o mesmo não contratou novos professores para o devido prosseguimento do projeto.

A partir de 1996, o Vereador Wilson Reis resgatou e implantou a Rua de Lazer na sua 2ª fase, acrescentando outras atividades recreativas como: cama elástica, salto sobre o cavalo, balanço, chute no pneu, escorregadora. Também foram incluídas apresentações de grupos de danças, musicais e culturais. Esta fase da Rua de Lazer foi desenvolvida pelo Vereador e sua equipe de apoio, mantida com recursos próprios e alguns patrocínios do comércio local.

Em 2005, na administração da Prefeita Maria Mendonça, o Diretor do Departamento de Esportes Professor Wilson Reis, implantou a 3ª fase da Rua de Lazer com o apoio da Prefeitura Municipal e realizando-a nas diversas ruas da cidade, bairros e povoados.

Com o término do mandato da Prefeita Maria Mendonça, mais uma vez a Rua de Lazer foi esquecida e atualmente o lazer da nossa juventude nos finais de semana é andar de shineray e ingerir bebidas alcoólicas, pois eles não têm espaços esportivos e atividades recreativas, esportivas e culturais para ocupar os seus horários ociosos.

Que a Rua de Lazer retorne o mais breve possível e beneficie as crianças e jovens da nossa querida Itabaiana, pois eles são carentes de eventos esportivos e atividades recreativas, as quais deveriam ser oferecidas pelo poder público para incentivar a prática esportiva e através dela, diminuir a violência e o uso de droga ilícita ou não em nosso município.

Professor José Costa