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segunda-feira, 17 de junho de 2019

7 mitos e verdades sobre o uso da cadeirinha infantil no carro


Especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre dispositivos de segurança automotiva para crianças, do bebê conforto ao assento de elevação.

Eles salvam vidas: segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o uso de dispositivos de segurança infantis – bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação, dependendo da faixa etária (confira abaixo o detalhamento) – dentro de carros e caminhonetes reduz em até 60% o número de mortes de crianças e adolescentes em acidentes de trânsito.

No Brasil, desde que o uso desses equipamentos passou a ser obrigatório e passível de multa (R$ 293,47 – valor em junho de 2019), de perda de pontos na carteira de habilitação (infração gravíssima, 7 pontos) e de retenção do veículo até a situação ser regularizada, as hospitalizações infantis decorrentes de lesões de acidentes de trânsito diminuíram em 37%. Fazemos parte de um grupo de 84 países com legislação nacional de retenção para crianças, o que nos colocou no relatório para segurança viária da OMS de 2018.

Depois de o presidente Jair Bolsonaro enviar à Câmara dos Deputados um projeto de lei que, entre outros pontos, propõe o fim das multas para quem não utilizar esses dispositivos – a perda de pontos na carteira seria mantida –, o debate ficou acalorado. Afinal, é preciso ou não obrigar os adultos a proporcionar essa segurança às crianças?

Para o médico ortopedista Sandro Reginaldo, presidente da Comissão de Campanhas Públicas da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), é preciso manter a obrigatoriedade, sim.

“É importante penalizar porque muitas pessoas, infelizmente, só sentem necessidade de fazer algo relacionado à segurança se houver ameaça ao bolso. Tem que ter consequências. O bebê e a criança, que não têm discernimento para saber o que é necessário para estarem seguros dentro do carro, não podem ser penalizados com lesões e até a morte por causa da irresponsabilidade de adultos”, diz o médico.

Os números mostram que ele está certo: mesmo com a multa, apenas 36% das crianças são transportadas nos equipamentos adequados de segunda a sexta-feira – o número aumenta para 56% nos finais de semana. Imagine se não houvesse o risco de perda financeira…

Conscientes da necessidade do uso de bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação, contamos com a ajuda de Sandro Reginaldo e de José Roberto da Silva, advogado especializado em direito do trânsito, para listar os principais mitos e verdades sobre o uso desses dispositivos.

Os pais podem decidir em que momento trocar do bebê conforto para a cadeirinha e dela para o assento de elevação
MITO. Existem parâmetros de segurança determinados por lei. De acordo com a resolução 277 do Conatran (Conselho Nacional de Trânsito), deve-se seguir o seguinte:

– Até um ano: bebê conforto (conhecido como “conversível” em alguns lugares)

– De um a quatro anos: cadeirinha

– De quatro a sete anos e meio: assento de elevação

– De sete anos e meio a dez anos: cinto de segurança, sempre no banco traseiro

– Dos dez anos em diante: pode ir no banco dianteiro, sempre com cinto de segurança.

Se um carro não tiver dispositivo de segurança, tudo bem colocar o cinto de segurança convencional em uma criança
MITO. O cinto de segurança foi projetado para o tamanho de adulto pequeno ou de uma criança já maior, a partir dos dez anos. Por causa das dimensões corporais das crianças menores, o cinto de segurança pode até enforcá-la em caso de freada brusca ou batida.

A altura é mais importante que o peso na hora de mudar para a cadeirinha ou para o assento de elevação
VERDADE. Embora a resolução do Conatran não fale nada sobre peso, muitos fabricantes de cadeirinhas fazem essa indicação. E aí começa o dilema: muitas crianças têm a altura necessária, mas são magrinhas e não atingiram o peso; outras são mais baixinhas, porém são robustas e têm o peso. O que fazer? De acordo com o ortopedista Sandro Reginaldo, a altura é o parâmetro mais importante. “Por uma questão de ajuste dos cintos e ergonomia, a altura deve ser preponderante. Principalmente na fase de passar do assento de elevação para o cinto de segurança: os joelhos têm que dobrar em 90° no banco para ser seguro”.

O bebê conforto sempre deve ficar virado de costas para o banco da frente do carro
VERDADE. Além de ser determinado por lei, desta forma o “chicote” no corpo do bebê é mais fraco em caso de batida e o risco de lesão na coluna e no pescoço, consideravelmente menor.

Cadeirinhas infantis para carro são todas iguais, a escolha pode ser estética
MITO. Tem muita cadeirinha fora dos padrões de segurança sendo vendida por aí. As cadeirinhas infantis para carro confiáveis têm selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Não tem problema levar a criança no colo em um passeio curto de carro
MITO. Em primeiro lugar, a lei não determina distâncias mínimas percorridas para que o dispositivo de segurança seja usado: quando o carro der a partida, a criança já deve estar presa nele. Além disso, um acidente pode ocorrer em qualquer lugar, e o fato de o passeio ser curto não diminui esse risco. Por fim, a criança tem que ser acostumada a estar sempre segura, sem exceções. A segurança também é um hábito.

Usar uma faixa para segurar a cabeça da criança erguida quando ela dormir no carro auxilia na segurança
VERDADE. Essa faixa faz bem, evita dores de pescoço (as crianças “caem” para a frente e para os lados quando dormem no carro, já notou?) e diminui o “chicote” em caso de batida ou freada brusca, reduzindo o risco de dores no pescoço posteriormente. Apenas fique atenta para que a faixa seja acolchoada e confortável.


domingo, 9 de abril de 2017

Exercício contra a depressão infantil

Além de prevenir a obesidade, suar a camisa garante o bem-estar mental da criançada. Basquete, futebol e companhia são um santo remédio para melhorar o astral dos pequenos

Quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados de que o índice de crianças entre seis e 12 anos diagnosticadas com depressão saltou de 4,5% para 8% na última década, muita gente ficou espantada. Ora, parece que a infância não combina com a tristeza profunda que caracteriza essa doença. Não é bem assim. Como se não bastasse o número ascendente de casos de bullying, tanto conflitos familiares como perdas traumáticas derrubam o ânimo dos pequenos.

Entre os adultos, já se sabe que a atividade física é grande aliada no combate ao quadro depressivo. Mas será que ela também seria útil para afastar o baixo astral entre a molecada? Foi esse o questionamento que motivou pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia a analisarem cerca de 700 voluntários mirins durante quatro anos.

Ao fim do período, eles concluíram que os exercícios protegeram os meninos e as meninas dos sintomas típicos da depressão. O benefício foi tão expressivo que os autores do estudo chegaram a compará-lo aos ganhos obtidos com intervenções psicossociais. Por enquanto, a teoria é que o esporte cria oportunidades para melhorar a autoestima, aumenta o convívio com outras pessoas e, de quebra, diminui o tempo dedicado às emoções negativas. Ou seja, serviria para prevenir e amenizar a condição.


Fonte: http://saude.abril.com.br/familia/exercicio-contra-a-depressao-infantil/ - Por Vand Vieira - Foto: GI/Getty Images

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Consumo de água reduz risco de obesidade infantil: estudo explica por que isso acontece

Essencial para a vida, a água traz incontáveis benefícios à saúde, e seu simples consumo diário pode ajudar no tratamento e prevenção de doenças. A bebida é especialmente importante para crianças que, por possuírem uma massa corporal menor do que a dos adultos, retêm mais calor do ambiente.

Atividades físicas comuns e frequentes para os pequenos, como brincadeiras, natação, futebol, balé e tantas outras, resultam em uma necessidade maior de hidratação do organismo, uma vez que uma quantidade muito grande de água é perdida durante estas práticas através do suor.

Segundo a bióloga Manuela Seidel, a bebida é fundamental para odesenvolvimento das crianças e deve ser oferecida desde a amamentação, por meio do leite materno. "É neste período que a mãe deve ingerir uma quantidade adequada de água, aproximadamente 30 mililitros por quilo do peso dela, para que o filho absorva a quantidade necessária do líquido", orienta. "Após este tempo, a água deve ser incorporada ao dia a dia da criança, sendo oferecida para ela constantemente", completa.

Obesidade infantil

Segundo cita a bióloga, uma pesquisa realizada pelas Universidades de Dortmund, na Alemanha, e Witten-Herdecke, na Inglaterra, em 2009, apontou uma relação direta entre o aumento do consumo de água diário e a diminuição do risco de excesso de peso nas crianças.

A pesquisa foi feita com quase três mil alunos, que foram divididos em 32 grupos. Parte deles foi incentivada a ingerir um copo a mais de água por dia do que o consumido normalmente. Em um ano, houve uma queda de 31% no risco de excesso de peso nas crianças que estavam bebendo mais água.

O restante delas apresentou aumento de peso no mesmo período. "Isso se explica porque, se a ingestão de água não for adequada, a realização das funções do nosso organismo não acontece de forma eficiente", explica a bióloga.