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sábado, 13 de agosto de 2022

Luz durante o sono piora níveis de açúcar no sangue


Não é só a luz interna: mesmo as luzes da rua podem estar atrapalhando seu sono.

 

Dormir com luz ou TV ligada

 

Manter a TV ou uma luz de cabeceira acesa durante a noite pode não conseguir atrapalhar o seu sono, mas pode ser o suficiente para atrapalhar a maneira como nossos corpos normalmente mantêm o açúcar no sangue dentro de uma faixa saudável.

 

Um pequeno ensaio clínico mostrou que, mesmo uma única noite dormindo em um quarto com a luz acesa foi suficiente para dar aos participantes um nível de açúcar no sangue um pouco pior na manhã seguinte.

 

Estudos populacionais anteriores já haviam revelado que as pessoas que dormem com a luz acesa ou a TV ligada em seus quartos são mais propensas a estar acima do peso ou ter diabetes tipo 2. Mas aquelas pesquisas não conseguiram comprovar de maneira definitiva se era mesmo a luz que piorava a saúde.

 

Agora, o estudo da professora Phyllis Zee e seus colegas da Universidade Northwestern (EUA) não apenas dá suporte à ideia de que a conexão é causal, como também traz pistas sobre o possível mecanismo entre a luz noturna e o nível de açúcar no sangue.

 

Luz durante o sono

 

A equipe colocou 20 voluntários saudáveis para passar duas noites em seu laboratório do sono. Na primeira noite, todos os participantes dormiram em um quarto totalmente escuro. No segundo, metade dormiu com um nível de iluminação de 100 lux, equivalente a manter uma TV ou uma luz de cabeceira acesa ou ter uma luz de rua brilhando através de cortinas finas.

 

Nas duas manhãs, a equipe mediu o açúcar no sangue de todos os voluntários usando dois testes comuns envolvendo insulina, o principal hormônio envolvido na regulação dos níveis de glicose. Uma medida combinava os níveis de glicose e insulina depois de acordar, e a outra envolvia dar às pessoas uma dose de glicose e medir sua resposta à insulina.

 

Os voluntários que dormiram no quarto mal iluminado na segunda noite tiveram um controle de açúcar no sangue ligeiramente pior do que na primeira noite, quando o quarto estava quase escuro. "Eles pensaram que dormiram bem, mas seu cérebro sabia que as luzes estavam acesas," disse Zee.

 

Aqueles que passaram duas noites sob condições escuras tiveram pouca diferença no controle de açúcar no sangue.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Light exposure during sleep impairs cardiometabolic function

Autores: Ivy C. Mason, Daniela Grimaldi, Kathryn J. Reid, Chloe D. Warlick, Roneil G. Malkani, Sabra M. Abbott, Phyllis C. Zee

Publicação: Proceedings of the National Academy of Sciences

Vol.: 119 (12) e2113290119

DOI: 10.1073/pnas.2113290119

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=luz-durante-sono-piora-niveis-acucar-sangue&id=15242 - Com informações da New Scientist - Imagem: Stevepb/Pixabay


Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus.

Efésios 5:15-16


terça-feira, 8 de março de 2022

Novos estudos confirmam que celular piora fertilidade masculina


Depois de examinar uma série de estudos, feitos entre 2012 e 2021, os pesquisadores realizaram uma meta-análise atualizada que indica claramente a conexão entre o telefone celular e a diminuição da qualidade do esperma.

 

Celulares e fertilidade masculina

 

Os telefones celulares não conquistaram o mundo à toa, provendo a humanidade com meios de interação à distância nunca vistos.

 

Mas os celulares também têm suas desvantagens: Eles podem ter efeitos negativos sobre a saúde. Isso ocorre porque, como todos os aparelhos eletrônicos, os celulares emitem ondas eletromagnéticas de radiofrequência, que são absorvidas pelo corpo.

 

De acordo com uma meta-análise feita em 2011, dados dos estudos feitos até aquele ano indicavam que as ondas emitidas pelos telefones celulares degradam a qualidade do esperma, reduzindo sua motilidade, viabilidade e concentração. Como as coisas mudam muito em uma década, os cientistas queriam saber o efeito dos modelos de telefones celulares mais modernos, além de incorporar uma maior quantidade de dados in vivo.

 

Nesse esforço para trazer resultados mais atualizados para as discussões, uma equipe de médicos e pesquisadores da Universidade Nacional Pusan (Coreia do Sul) realizou uma nova meta-análise sobre os efeitos potenciais dos telefones celulares na qualidade do esperma.

 

Eles rastrearam 435 estudos e registros publicados entre 2012 e 2021 e encontraram 18 - abrangendo um total de 4.280 amostras - que atenderam aos padrões de qualidade e os reuniram para uma análise estatística mais abrangente.

 

Evidências de que radiações eletromagnéticas afetam a saúde são incontestáveis, diz pesquisadora

 

Piora mesmo

 

Os resultados indicam que o uso do telefone celular está de fato associado à redução da motilidade, viabilidade e concentração dos espermatozoides.

 

Outro aspecto importante que os pesquisadores analisaram foi se o maior tempo de exposição aos telefones celulares estava relacionado a uma menor qualidade do esperma. E a resposta é não, ou seja, com base nos dados coletados, a exposição aos telefones celulares piora a qualidade do esperma, mesmo que o período de exposição seja pequeno.

 

"O ponto principal é que, se você está preocupado com sua fertilidade (e, potencialmente, outros aspectos de sua saúde), pode ser uma boa ideia limitar o uso diário do telefone celular," disse o Dr. Yun Hak Kim, coordenador da análise.

 

Outros pesquisadores são mais específicos, recomendando que os homens evitem usam o celular no bolso da calça para se proteger contra a maior parte dos efeitos da radiação emitida pelo aparelho.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Effects of mobile phone usage on sperm quality - No time-dependent relationship on usage: A systematic review and updated meta-analysis

Autores: Sungjoon Kim, Donghyun Han, Jiwoo Ryu, Kihun Kim, Yun Hak Kim

Publicação: Environmental Research

DOI: 10.1016/j.envres.2021.111784

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=novos-estudos-confirmam-ligacao-entre-fertilidade-masculina-uso-telefone-celular&id=15179&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Pusan National University


Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.

Tiago 5:16


terça-feira, 25 de agosto de 2020

Por que treinar demais pode fazer mal para sua saúde mental?


Entenda como a prática de atividades físicas pode piorar ou desencadear quadros de ansiedade e depressão

Não é raro uma pessoa receber conselhos relacionados à prática de exercícios no dia a dia. De fato, incluir alguma atividade física na rotina traz uma série de benefícios ao corpo e também ajuda a prevenir doenças.

Entretanto, se você pensa em aderir aos treinos ou gosta de fazer exercícios, aqui vai um recado: uma certa dose de equilíbrio é necessária. Isso porque, quando feita em excesso, a atividade física pode fazer mal, inclusive para sua saúde mental.

Exercícios físicos: benefícios
De acordo com a educadora física Ge Gurak, consultora fitness da MetaLife e fundadora da TcPilates, praticar exercícios regularmente, com a orientação e elaboração de um plano feito por um profissional, traz uma série de benefícios ao corpo que vão muito além da questão estética e da perda de peso.

Ao fazer exercícios, é possível prevenir uma série de doenças, como acidente vascular encefálico (AVC), hipertensão, diabetes do tipo 2, osteoporose e obesidade. Além disso, a prática de atividades físicas também traz melhorias na qualidade de vida ao garantir a qualidade do sono, aumentar a imunidade e proporcionar maior bem-estar emocional.


"Uma rotina de atividade física confere mais vigor ao indivíduo e ajuda a controlar o peso. Outro ponto muito apontado em pesquisas é o ganho de anos de vida através da autonomia dentro do processo de envelhecimento", explica a especialista.

Exercícios físicos e saúde mental
Porém, apesar dos exercícios serem benéficos ao corpo, é preciso não exagerar na dose. Isso porque, além de lesões físicas, a prática desmedida de atividade física pode levar também ao desencadeamento de quadros de depressão, ansiedade e outros distúrbios mentais.

Segundo Ge Gurak, esses efeitos contrários podem surgir devido ao nível competitivo que a atividade exige, à constante busca de uma perfeição estética, à falta de descanso ou à simples sobrecarga de treinos - que pode gerar um estado de fadiga física e mental.

"Este ponto pode vir pelo comparação com os colegas ou exigências de padrões de beleza que vão além das nossas possibilidades. Este indivíduo não alcança o que almeja e esta decepção pode trazer sintomas negativos", completa a educadora sobre a autocobrança gerada pelos exercícios.

O educador físico Beto Abrahão, Master Trainer Nacional da Bodytech e pós-graduando em Neurociências e Comportamento, explica ainda que existe um processo fisiológico que o exercício físico em excesso acarreta ao corpo e que pode prejudicar a saúde mental.


Segundo Abrahão, a prática de atividades físicas proporciona uma sensação de bem-estar ao corpo devido ao estímulo de produção de neurotransmissores, como a serotonina, dopamina, endorfina e citocinas. Entretanto, o excesso pode levar a processos inflamatórios do corpo e comprometer a produção de tais substâncias.

Consequentemente, algumas funções cerebrais básicas, como suportar mudanças, ter comportamentos sociais, direcionar a atenção e desenvolver aprendizados, ficam suscetíveis a perturbações. E o mesmo acontece com o bem-estar emocional.

Sinais do excesso de exercícios
O instrutor cita que esses processos inflamatórios levam ainda à hiperatividade de algumas estruturas do cérebro, como a amígdala e o córtex. ?Isso faz a pessoa entrar no estágio de ruminação que é bem típico de transtornos depressivos, de ficar pensando 'eu não sou bom, eu sou ruim, tudo vai dar errado na minha vida??, diz Abrahão.

Além disso, é possível perceber o impacto do excesso de exercícios com outros sinais bem característicos dos transtornos mentais. "O indivíduo fica muito cansado, caso tenha uma depressão. Em quadros de ansiedade, há um excesso de irritação", explica o educador físico.

Vale destacar, porém, que o exagero na prática de atividades físicas por si só não é a causa de um quadro depressivo, do transtorno de ansiedade ou de outras doenças ligadas à saúde mental.

"É um processo multifatorial. Isto é: o excesso de exercícios físicos associado a outros componentes, como má alimentação, privação de sono e situações estressantes na vida, podem prejudicar seriamente a saúde mental", conclui Abrahão.

Qual é a dose certa de exercícios?
Saber a quantidade adequada de exercícios é um processo individual e que não segue uma cartilha. A única regra, como aponta Ge Gurak, é que os treinos busquem oferecer uma boa qualidade de vida em geral (sono, disposição, humor), uma rotina dentro dos padrões de saúde e baixo risco de lesões ao corpo.

"Se em qualquer um desses três pontos você sentir efeitos negativos, vale a pena repensar se neste momento da sua vida essa rotina de exercícios é a melhor. Por isso, o ideal é que a pessoa inicie por uma atividade condizente com seu gosto e personalidade, e faça uma autoanálise para ajustar a frequência e a intensidade. Se ainda assim não funcionar, talvez a solução seja mudar o tipo de atividade?, afirma a instrutora.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/36635-por-que-treinar-demais-pode-fazer-mal-para-sua-saude-mental - Escrito por Redação Minha Vida - Hinterhaus Productions/GettyImages