A Terra gira sobre seu eixo e orbita ao redor sol. O
sol, por sua vez, gira em torno do centro da Via Láctea a uma velocidade de
800.000 quilômetros por hora. Como se isso já não fosse chocante o suficiente,
o universo se manteve praticamente intacto desde a sua criação. O nosso
planeta, em toda a sua complexidade, é apenas um pequeno pedaço de um
quebra-cabeça muito maior e que ainda está loooonge de ser completado.
Mesmo no auge da nossa insignificância, ainda temos
uma composição e lógica de funcionamento interno que são absolutamente
extraordinários.
10. Essa cordilheira vulcânica se espalha pelo mundo
A dorsal mesoatlântica é uma imensa gama de vulcões
subaquáticos. Ela existe devido a erupções vulcânicas de lava basáltica que
ocorrem entre as placas tectônicas. Estas erupções ajudam a produzir a crosta
mais nova da Terra na litosfera. Com 60 mil quilômetros de comprimento, ela é a
maior cordilheira geológica da Terra.
Só para você ter uma noção, a Cordilheira dos Andes,
maravilhosa e famosa, que fica aqui na América do Sul, tem “apenas” 7.200 km de
extensão.
Mas isso não é tudo.
A dorsal mesoatlântica tem influência sobre a
atividade da Terra. Por exemplo, quando a água congelante do oceano se infiltra
nas rachaduras de suas cristas vulcânicas, essa água é aquecida a 400 graus
Celsius e entra em uma ebulição sinistra sendo atirada pelo ar em rajadas
pretas, devido aos minerais de basalto.
A maioria da atividade vulcânica do planeta ocorre
ali. Suas características únicas variam muito além das aberturas superaquecidas,
mas não temos uma visão completa do que está lá embaixo de fato. Essa gama
subaquática colossal só foi descoberta na década de 1950 e permanece altamente
inexplorada. Alguém se habilita?
9. Contra todas as expectativas, o fogo prospera em
condições geladas
Na Antártica, ventos extremos e secos ajudam o fogo
a se espalhar rapidamente. Com isso, a responsabilidade de seguir as precauções
de segurança pesa sobre os ombros de todos, já que um incêndio pode significar
perda rápida de suprimentos vitais e abrigo – o que complica em escala
exponencial a vida nessa região.
Mas se pegar fogo, não é “só” apagar? Bem, nesse
caso, não. É quase impossível apagar um grande incêndio na Antártica porque a
água vai simplesmente congelar na mangueira. Então é melhor a gente focar todos
os esforços na prevenção.
Segurança contra incêndio no continente branco
também tem uma mais preocupação incomum: eletricidade estática.
A baixa umidade e ventos extremos aumentam os
efeitos da eletricidade estática o suficiente para carregar um edifício. Uma
única faísca estática pode inflamar combustível e iniciar um incêndio.
Eletricidade estática descontrolada pode também destruir eletrônicos, como MP3
players e câmeras. Placas de descarga têm que ser colocadas perto de telefones
e teclados por razões de segurança. Como se essas preocupações não bastassem,
há também o Monte Erebus, um vulcão ativo, que pode entrar em erupção a
qualquer hora.
Melhor escolher outro lugar para passar férias!
8. Terremotos não são nenhuma raridade
Se levarmos o mundo todo em consideração, terremotos ocorrem
cerca de 500.000 vezes por ano. Aproximadamente um quinto destes terremotos
podem ser sentidos pelos seres humanos. Microterremotos e sismos menores também
acontecem em larguíssima escala. Ambos podem ser detectados por pessoas, e
ocorrem a uma escala de cerca de 8.000 POR DIA. Os tremores que podem ser
sentidos, mas causam pouco ou nenhum dano, ocorrem cerca de 55.000 vezes por
ano.
Ou seja: você pode não perceber o que está
acontecendo bem debaixo dos seus pés. AGORA!
Terremotos considerados de nível moderado a grande
(5.0 a 8.9 graus na escala Richter) já são mais preocupantes. Eles ocorrem
cerca de 1.000 vezes por ano. Os terremotos mais fortes ocorrem com menos
frequência, é claro, mas os danos e a taxa de fatalidade costumam ser muito
maiores.
Terremotos extremos são o tipo mais raro do mundo
(para nossa infinita alegria). Eles ocorrem uma vez a cada 20 anos ou mais,
registrando de 9.0 a 9.9 graus na escala Richter.
Nunca houve um terremoto documentado que tenha
ultrapassado os 10 graus na escala Richter.
7. O núcleo da Terra é tão quente quanto o sol
A Terra é dividida em três camadas. O núcleo quente
é fundido do lado de fora e denso no centro. O manto é a camada seguinte.
Basicamente, ele é uma rocha sólida que representa cerca de 84% do volume da
Terra. A crosta é superfina é justamente a camada que sustenta a vida. O núcleo
é o mais fora do alcance e, consequentemente, mais difícil de ser estudado. Mas
nós sabemos o suficiente para determinarmos que o núcleo da Terra tem 2.300
quilômetros de espessura, está a uma temperatura de mais de 3.900 graus Celsius
e é composto principalmente de ferro e níquel. Também sabemos que ele se move
com a viscosidade da água.
Núcleo interno da Terra é praticamente uma bola de
liga de ferro com 1.207 km de espessura. Esta esfera de metal proporciona o
campo magnético mais protetor do mundo e tem nada menos que 6.100 graus
Celsius, o que faz com que seja tão quente como o sol.
O peso de tudo que fica ao redor do núcleo provoca
uma pressão que o mantém sólido, apesar do calor. Nós não podemos perfurar tão
fundo até essas áreas ridiculamente quentes do interior da nossa Terra, então
contamos com a sismologia para obter informações. Isto significa que o que
“sabemos” é meramente especulativo e poderia facilmente mudar à medida que
aprendemos mais sobre o peso do nosso planeta.
6. Uma certa quantidade de peso pode deformar a
terra
Em 2002, ao longo de cerca de um mês, a plataforma
de gelo Larsen B da Antártida ruiu no Mar de Weddell. Sua área de superfície
original era de cerca de 3.250 quilômetros quadrados. Esta plataforma
monstruosa de gelo tinha nada menos que 220 metros de espessura e pesava
singelos 720,000 milhões de toneladas – o que é acima do peso até para os
padrões de beleza de um iceberg. Isso é uma grande quantidade de peso para
desaparecer assim tão de repente. Para o choque de cientistas, quando isso
aconteceu, a terra que anteriormente estava sob o gelo aumentou. A mudança foi
significativa o suficiente para causar alterações nos fluxos subterrâneos de
lava, levantando novas preocupações sobre a estabilidade dos vulcões locais. Se
todo o gelo que cobre a Antártida derretesse, a terra subiria na mesma
proporção. O nível dos oceanos também aumentaria em cerca de 60 metros.
A maior parte da terra da Antártida está afundada
com o peso de suas camadas de gelo de espessura obesa. Como elas são MUITO
pesadas, acabam sufocando uma grande porção de terra do continente, que
atualmente permanece descansando abaixo do nível do mar.
5. Cerca de 95% do oceano ainda é um mistério
Muito embora a água cubra 71% da superfície da
Terra, nós só exploramos cerca de 5% do mar. A luz solar não penetra além de
aproximadamente 275 metros, e a maior parte da água do oceano escurece a uma
profundidade de 30 metros. Logo… O acesso fica um pouco complicado. E há muito
do abismo escuro ainda para ser descoberto.
Milhões de espécies ainda não vistas podem existir
debaixo d’água, mas também muitas podem se extinguir antes mesmo que a gente
tenha a oportunidade de encontrá-las e compreendê-las.
Um dos motivos que leva os cientistas a acreditarem
nessa extinção é a acidez dos oceanos, que aumentou em cerca de 30% desde o
início da Revolução Industrial. Essa acidez destrói recifes de corais e outras
formas de vida dos mares. Para piorar as coisas, os seres humanos
frequentemente pescam DEMAIS, a ponto de aniquilar algumas das principais
espécies. Nós também despejamos um número estimado de 180 milhões de toneladas
de resíduos tóxicos na água do mar a cada ano. Isso é lamentável, uma vez que o
oceano pode armazenar chaves para a compreensão de ecossistemas complexos, a
cura para doenças e mais um monte de outras coisas que nós não vamos nem ter a
oportunidade de saber o que são.
As profundezas do oceano são poderosas o suficiente
para destruir o nosso corpo, por conta da pressão absurda da água. Ainda assim,
criaturas prosperam ali – então calcule o que ainda não sabemos.
4. A ação da gravidade não é a mesma em todos os
lugares do mundo
Se você achava que a gravidade era a mesma em todo o
mundo, que bom que está lendo esse artigo até aqui, porque não é verdade. A
taxa de gravidade varia ao longo da superfície terrestre. Por exemplo, a área
da Baía de Hudson, no Canadá, tem uma força gravitacional mais fraca do que a
maioria dos lugares na Terra. A mudança é tão minúscula que você nunca seria
capaz de senti-la, mas a tecnologia moderna pode detectá-la.
E por que isso acontece?
Nós só temos teorias sobre a causa dessa variação. A
mais comum aponta para a Idade do Gelo. Quando o gelo que dominava a terra
derreteu, ele deixou uma marca tão forte que acabou afetando a gravidade em um
grau leve. Esta camada de gelo cobria a maior parte do Canadá e parte da
América do Norte e teria exercido um peso maior em algumas áreas. A mesma coisa
aconteceu no Pólo Sul.
O derretimento do gelo nos últimos anos tem causado
uma mudança definitiva na força gravitacional local. A distribuição e densidade
de terra, a atividade marítima, e os processos naturais podem ser os
responsáveis por essa diferença na taxa de gravidade. Um terremoto no Japão
levou a uma mudança rapidamente detectada em 2011, mas, como falamos, ninguém
pode de fato senti-la.
3. Última Pangea
Pangea, nome dado ao supercontinente com todos os
sete continentes modernos formando uma única terra, existia há 250 milhões de
anos. E a previsão é que, daqui a outros 250 milhões de anos no futuro, uma
nova Pangea irá se formar, mas com uma estrutura muito diferente da Pangea do
passado. É impossível saber exatamente em que direção as placas tectônicas se
movem, mas podemos prever o que vai acontecer a partir da observação dos
movimentos que estão ocorrendo agora.
Com base nessas informações, os cientistas preveem
que a Califórnia irá colidir com o Alasca. A maior parte do Mediterrâneo é, na
verdade, parte da placa tectônica africana que foi avançando para o norte durante
milhões de anos. A África vai se fundir com a Europa e criar uma cadeia de
montanhas gigantescas.
Mas quanto tempo essa transformação vai levar?
Digamos assim que você não precisa perder o sono. Os
geólogos estimam que a formação desse supercontinente na Terra ocorra
ciclicamente, em um intervalo de 500 a 700.000.000 de anos, e nós estamos no
meio desse ciclo agora. E como as placas tectônicas se movem em um ritmo
ligeiramente mais lento do que uma unha crescendo… Parece que vai levar um bom
tempo até as terras se juntarem novamente.
2. O Polo Norte e o Polo Sul mudaram de lugar
A “mudança” magnética dos polos Norte e Sul é um
ciclo natural. Isso já aconteceu inúmeras vezes no passado, e vai continuar
acontecendo no futuro. Rochas vulcânicas revelam que a última alteração ocorreu
780.000 anos atrás. Isso significa que a próxima mudança está perto de
acontecer.
O campo magnético que existe ao redor da Terra nos
protege de uma radiação extrema. Mas ele vem mudando mais rápido do que o
previsto, e está enfraquecendo em algumas áreas e ficando mais forte em outras.
Isso porque o campo é afetado pelo movimento de núcleo exterior da Terra. Menos
movimento provoca uma diminuição na força do campo magnético, enquanto mais
movimento provoca um aumento da resistência para a área correspondente. E uma
atividade incomum recentemente registrada pode significar que o processo de
troca dos polos está já está acontecendo.
1. A Terra é absurdamente pequena
Não é nenhum segredo que a Terra é menor do que o
sol, mas o contraste chega a ser ultrajante. Cerca de 109 Terras seriam
necessárias para cobrir a face do sol. No entanto, ao mesmo tempo que isso pode
ser um número grande, não é nada em comparação com os cerca de 1,3 milhões de
Terras que poderiam caber dentro do nosso sol como um todo. Isto apenas
considerando o volume e não a forma.
O sol contém cerca de 333 mil vezes a massa da Terra
e é responsável por 99,8% da massa do nosso sistema solar inteiro. Não é à toa
que dizem que o sol é para todos.
Mas ele não é a maior coisa que existe no universo.
A supergigante vermelha Betelgeuse, por exemplo, é cerca de 500 vezes maior do
que o nosso sol. Agora, compare isso com o tamanho da Terra e, de repente,
parece que somos insignificantemente pequenos, não? [Listverse]
Fonte: http://hypescience.com/10-fatos-alucinantes-sobre-terra/
- Autor: Gabriela Mateos