terça-feira, 9 de abril de 2013

Como é medida a audiência de TV?


O princípio é igual ao de qualquer outro tipo de pesquisa: os institutos de medição registram as preferências de uma quantidade bem pequena de pessoas. É a chamada amostragem. No Brasil, 87% das casas têm televisão. Isso dá cerca de 39 milhões de domicílios com telespectadores. Para saber a que esse pessoal todo assiste, o instituto Ibope, por exemplo, verifica a audiência em 3 019 casas - ou 0,008% do total.

A medição pode ser feita de três maneiras: 1 - por uma folha que os moradores preenchem e o instituto recolhe; 2 - por aparelhos eletrônicos que mandam uma vez por dia a relação de todos os programas assistidos na casa; 3 - por um controle em tempo real, que indica a cada minuto as variações de audiência, transmitindo instantaneamente os resultados às emissoras. Esse último sistema, a forma mais moderna de medição, existe apenas na Grande São Paulo (a gente explica no infográfico como funciona esse processo). O número de domicílios adaptados a essa tecnologia é ínfimo: ao todo, são apenas 750 casas, ou 0,002% do total brasileiro. Com tão pouca gente pesquisada, como essa medição pode dar certo, dentro de uma margem de erro aceitável? A chave é selecionar bem os domicílios pesquisados, escolhendo a amostra por parâmetros socioeconômicos que reflitam a composição da sociedade brasileira.

Nas ondas do Ibope

Sistema transmite preferências dos telespectadores em tempo real para as emissoras

1. As casas que participam da medição de audiência são escolhidas por critérios socioeconômicos. A idéia é que essa amostra seja um retrato da sociedade brasileira. Se 10% dos habitantes de uma região forem da classe A (a dos mais ricos), então 10% dos domicílios pesquisados também têm de pertencer a essa faixa. Na Grande São Paulo, 750 casas compõem a amostra. Nenhuma delas pode ser pesquisada por mais de quatro anos.

2. Nas casas, um aparelhinho grava o canal em que cada TV está sintonizada. Mas para medir quais são os programas favoritos da mãe ou do filho, por exemplo, é preciso saber quem está assistindo. Por isso, cada morador recebe um controle remoto particular, que avisa ao aparelho quem está na frente da tela.

3. Na Grande São Paulo, onde a medição de audiência é feita em tempo real, o aparelho do Ibope transmite minuto a minuto os programas que estão sendo assistidos em cada casa. É como se fosse um telefone celular que fica o tempo todo mandando dados.

4. Os dados transmitidos pelo aparelhinho são codificados em sinais de rádio e vão para uma das 13 antenas que o instituto mantém na Grande São Paulo. De lá, os sinais seguem para uma central, que recebe os dados enviados por vários domicílios e reúne esse "pacote" de informações.

5. Por sinais de rádio, internet ou linha telefônica, os números de audiência saem da central e chegam às emissoras que pagam pelo serviço. Nessa hora, o pessoal da TV só fica sabendo qual programa cada domicílio está assistindo. No dia seguinte, o Ibope manda relatórios mais detalhados, que mostram as preferências de cada morador da casa.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Previsões tecnológicas que erraram feio


De palpites sobre a falência de empresas de tecnologia, passando pela morte do computador ou a não evolução da TV, confira algumas frases que entraram para a história como o ápice da previsão errada quando o assunto é tecnologia.

1º Computador
"Não há razão para qualquer indivíduo ter um computador em casa", disse Ken Olsen, fundador da DEC (Digital Equipment Corporation), em 1977. Na época, os computadores pessoais já estavam sendo vendidos há alguns anos e, ao que parece, Olsen não achou que a máquina fosse se tornar algo tão presente na vida das pessoas. A DEC era uma empresa respeitada no mundo da informática. 




2º Televisão
"A televisão não se manterá no mercado após seis meses. As pessoas se cansarão de ficar olhando para uma caixa de madeira todas as noites", afirmou em 1946 Darryl Zanuck, produtor e cofundador da 20th Century Fox. Quando deu esta declaração, o executivo já havia produzido mais de cem filmes para o cinema e subestimava o poder que a pequena tela poderia ter. Em tempos de plasma e LCD, pode-se dizer que ninguém mesmo usa a caixa de madeira. 



3º Apple
"A Apple já está morta", afirmou em 1997 Nathan Myhrvold, então diretor de tecnologia da Microsoft. A declaração trazia a mesma opinião de quase todos na indústria de informática naquela época. Porém, a empresa de Steve Jobs deu a volta por cima alguns anos depois, com suas criações que revolucionaram o mundo digital – caso do iPod, o iPhone e iPad. 




4º Internet
"Eu prevejo que a internet irá, em 1996, sofrer um colapso catastrófico", afirmou em 1995 Robert Metcalfe, fundador da 3Com. Neste mesmo texto para a revista "InfoWorld", ele declarou que se a profecia não se tornasse realidade, ele engoliria suas próprias palavras. Em 1999, Metcalfe honrou sua palavra e, durante uma palestra na World Wide Web Conference, engoliu uma cópia impressa do artigo.




5º Spam
"Em dois anos, o spam terá desaparecido", disse em 2004 Bill Gates, cofundador da Microsoft. Já se passaram oito anos desde que a declaração foi feita e, atualmente, o lixo eletrônico corresponde a mais de 90% de todas as mensagens de e-mail enviadas ao redor do mundo. E já ataca em outras frentes – como nos torpedos e comunicadores instantâneos. 




6º Velocidade
"Viajar por trilhos em alta velocidade não é possível. Os passageiros, sem conseguir respirar, morrerão de asfixia", disse o cientista irlandês Dionysius Lardner (1793-1859). Prova de que ele está errado é o TVG, considerado o trem mais rápido do mundo, com velocidade que supera os 320 km/h. Para usar do meio de locomoção, são cobrados 9 euros. 




7º Telefones
"Os americanos precisam do telefone, mas nós não. Temos meninos de recados o suficiente", afirmou em 1878 William Preece, engenheiro-chefe do serviço de correio britânico. A ITU (União Internacional de Telecomunicações), ligada à ONU, estima que havia 6 bilhões de usuários de telefonia celular em todo o mundo em 2011 – uma penetração global de 86%.




8º Memória
"Ninguém precisará de mais que 637 kb de memória em um computador pessoal", disse em 1981 Bill Gates, da Microsoft. Hoje, caso um usuário queira ouvir alguma música em seu computador, precisará de pelo menos alguns MBs. Aliás, é muito difícil encontrar um PC com uma configuração tão rasteira – os modelos mais baratos no Brasil são vendidos com em média 100 GB de espaço e 500 MB de memória RAM.



9º Ano 2000
Em vez de uma frase, o artista francês Jean-Marc Cotê (juntamente com outros amigos) resolveu criar desenhos de como seria o mundo no ano 2000. As obras foram pintadas entre 1899 e 1910. Boa parte delas mostrava um mundo com robôs realizando tarefas, sapatos motorizados e traquitanas eletrônicas injetando informações de livros diretamente na cabeça de alunos. 





10º Mercado de PCs
"Creio que no mundo inteiro talvez haja lugar para uns cinco computadores no mercado", afirmou Thomas Watson, presidente da IBM, em 1943. No Brasil, no primeiro semestre de 2012, foram vendidos 7,8 milhões de PCs, de acordo com a consultoria IDC. Aliás, se consideradas as categorias, os computadores pessoais ultrapassam a previsão de Watson: já há tablets, desktops, netbooks, notebooks, e ultrabooks, entre outros. 





domingo, 7 de abril de 2013

Quais são os males que o cigarro provoca no corpo humano?


O cigarro pode causar cerca de 50 doenças diferentes, especialmente problemas ligados ao coração e à circulação, cânceres de vários tipos e doenças respiratórias. "A fumaça do cigarro é absorvida por combustão, o que aumenta ainda mais os males da sua composição", diz Valéria Cunha de Oliveira, técnica da divisão de tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro. Parece papo de ex-fumante, mas é a pura verdade: em cada tragada são inaladas 4 700 substâncias tóxicas. Entre elas, três são consideradas as piores.

A primeira é a nicotina, que provoca dependência e chega ao cérebro mais rápido que a temida cocaína, estando associada aos problemas cardíacos e vasculares (de circulação sanguínea). A segunda é o monóxido de carbono (CO), aquele mesmo que sai do cano de escapamento dos carros. Ele combina com a hemoglobina do sangue (responsável pelo transporte de oxigênio) e acaba reduzindo a oxigenação sanguínea no corpo. É por causa da ação do CO que alguns fumantes ficam com dores de cabeça após passar várias horas longe do cigarro. Nesse período de abstinência, o nível de oxigênio circulando pelo corpo volta ao normal e o organismo da pessoa, que não está mais acostumado a esse "excesso", reclama por meio das dores de cabeça. A terceira substância tida como grande vilã é o alcatrão, que reúne vários produtos cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio.

Todo câncer relacionado ao fumo - como na boca, laringe ou estômago - tem alguma ligação com o alcatrão. A união desse poderoso trio de substâncias na composição do cigarro só poderia tornar o produto extremamente nocivo à saúde. Para se ter uma idéia, 90% dos casos de câncer de pulmão - a principal causa de morte por câncer entre os homens brasileiros - estão ligados ao fumo.

Alvos fáceis demais
Coração e pulmão estão entre as principais partes do organismo atingidas pelo tabaco

1. Da cárie ao câncer
O tabagismo provoca vários estragos na região da boca. Além de modificar o hálito, a fumaça irrita a gengiva e pode facilitar o surgimento de cáries. Há também uma alteração nas papilas gustativas, o que afeta o paladar do fumante. O cigarro ainda aumenta os riscos de câncer de boca, apesar de ser menos prejudicial nesse aspecto que o charuto.

2. Chapa preta
Várias substâncias tóxicas presentes na fumaça fazem os tecidos dos pulmões perderem elasticidade, o que acarreta uma destruição parcial da estrutura desses órgãos. É isso que as chapas de pulmão dos fumantes - bastante escuras - mostram. Das mortes provocadas por bronquite ou enfisema, 85% estão associadas ao cigarro. O câncer de pulmão é ainda a principal causa de morte por câncer entre fumantes.

3. Trabalho com a nicotina
A nicotina aspirada pelo fumante segue para o fígado, onde é metabolizada. Por isso, esse órgão também está sujeito a desenvolver câncer.

4. Estômago embrulhado
Já foram encontrados resíduos de um agrotóxico chamado DDT em amostras do alcatrão que compõe o cigarro. O DDT irrita as paredes do estômago e pode levar o fumante a sentir náuseas. Além disso, uma parte das substâncias tóxicas do cigarro é metabolizada no estômago, o que pode gerar gastrite, úlcera e até mesmo câncer.

5. Risco de derrame
O cérebro também pode ser afetado pelas dificuldades de circulação causadas pelo cigarro. Os vasos comprimidos, a qualidade de sangue prejudicada e o aumento da pressão arterial podem resultar em derrame cerebral.

6. Circulação comprometida
A nicotina diminui a espessura dos vasos sanguíneos e o monóxido de carbono reduz a concentração de oxigênio no sangue. Assim, o fumante está mais sujeito a vários problemas relacionados à circulação, como aneurismas (dilatação de vasos sanguíneos que favorece os derrames), tromboses (entupimento de vasos), varizes e até uma doença chamada tromboangeíte obliterante, que afeta as extremidades do corpo, podendo levar à amputação de membros.

7. Infarto à vista
Um dos órgãos mais afetados é o coração. A ação da nicotina faz com que o corpo absorva mais colesterol. O cigarro também eleva a pressão arterial e a freqüência cardíaca, que sobe até 30% durante as tragadas. Tudo isso é fator de risco para problemas no coração, tornando o fumante mais propenso a ter infartos.

Livre do vício
O que você ganha se ficar sem fumar por...

20 minutos: a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.
2 horas: não tem mais nicotina circulando no sangue.
8 horas: o nível de oxigênio no sangue se normaliza.
2 dias: o paladar ganha sensibilidade novamente.
3 semanas: a respiração fica mais fácil e a circulação sanguínea melhora.
5 a 10 anos: o risco de sofrer infarto passa a ser igual ao de quem nunca fumou.

Esportes podem proteger a visão


Quem quer proteger a visão e prevenir problemas relacionados a ela deve conversar com seu médico sobre a prática de atividades físicas. Veja abaixo como os esportes beneficiam os olhos ao prevenirem certas doenças ou ajudarem no controle dessas condições.

Para evitar o ceratocone, que causa mudanças estruturais na córnea, a natação é o esporte mais indicado (sempre com o uso dos óculos protetores). Esse esporte afina a parte central da córnea e diminui os riscos de inflamação nas vias aéreas e nos olhos. Atividades ao ar livre devem ser evitadas, já que a poluição causa crises alérgicas.

Para prevenir ou evitar complicações do glaucoma, as melhores atividades são as aeróbicas, como correr, nadar, caminhar e pedalar, já que elas diminuem a pressão interna do olho em até 45%. Porém, exercícios anaeróbicos devem ser evitados. Atividades que usam a força para o ganho da massa muscular, como a musculação, esportes de impacto e até mesmo certas posições da ioga podem causar um aumento da pressão intraocular, levando a um agravamento da condição.

Na catarata e na degeneração macular são permitidos os esportes aeróbicos e de impacto, desde que sejam usadas lentes com proteção ultravioleta, cuja exposição é um fato de risco para o desenvolvimento dessas condições. A cegueira causada pela catarata é reversível através de cirurgia, mas os danos causados pela degeneração macular são permanentes.

Antes de escolher qual atividade praticar a pessoa deve consultar seu médico. O especialista levará em consideração não apenas o histórico de saúde do paciente, mas também o da sua família, decidindo então qual é o esporte mais indicado para as características e necessidades individuais da pessoa.

LCD Comunicação

sábado, 6 de abril de 2013

Caminhar regularmente melhora a sua memória

Palavras cruzadas, enigmas, xadrez… Qual é a melhor maneira de manter a mente e a memória saudáveis? Nenhuma das opções. Segundo uma pesquisa norte-americana, exercícios leves como a caminhada melhoram a memória e a saúde do cérebro em pessoas mais velhas, com um investimento limitado de tempo e esforço.

O estudo acompanhou um grupo de 120 pessoas sedentárias, porém saudáveis, com idade entre 50 e 80 anos. Os voluntários foram divididos em dois grupos: o primeiro andou por 40 minutos três vezes por semana; o segundo fez exercícios de alongamento e tonificação.

O cérebro de cada voluntário foi mapeado antes, seis meses e um ano depois do início da pesquisa. O foco de atenção dos pesquisadores foi no hipocampo. Responsável pela nossa memória declarativa (aquela que nos permite falar de pessoas, lugares e eventos), a área é a que sofre queda mais acentuada na terceira idade, com redução de 1% a 2% em volume a cada ano.

A redução da área faz com que as células do cérebro se encolham e recuem suas ligações. Isso faz com que sejam produzidos menos neurotransmissores, as proteínas usadas pelo cérebro para se comunicar. Nesse quesito, portanto, quanto maior melhor.

Os pesquisadores puderam perceber que o hipocampo daqueles que participaram do grupo de exercício aumentou de tamanho, enquanto o hipocampo do grupo do alongamento e tonificação diminuiu (em ritmo semelhante ao declínio médio da população idosa).

A melhor parte do estudo, segundo os pesquisadores, é que a caminhada é livre e de fácil acesso a todos. Além disso, parece provável que exercícios mais pesados ajudem a melhor ainda mais a saúde do cérebro. O importante é sair do sofá. [LiveScience]

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Medicamento de marca, genérico e similar: qual a diferença?


Com milhares de fórmulas de princípios ativos disponíveis no mercado para o tratamento das mais variadas doenças, muitas pessoas ficam na dúvida na hora de comprar medicamentos. Seja pela marca do laboratório, pelo preço, por aconselhamento do médico ou do farmacêutico, ou ainda pelo receio de consumir medicamentos genéricos ou pela falta de conhecimento sobre o assunto, muitas pessoas acabam por pagar mais caro nos chamados “medicamentos de marca”.

Um medicamento é um produto farmacêutico composto por uma ou mais moléculas, o que é chamado de princípio ativo. O objetivo primário de todo medicamento é atingir um alvo específico no corpo, promovendo benefícios a quem o toma.

Existem diferenças entre medicamentos sintéticos e biológicos. Esses últimos são produzidos a partir de seres vivos, por meio da combinação de DNA humano com sistemas celulares não-humanos. Dessa forma, os medicamentos biológicos possuem moléculas grandes e em seu processo de manufatura devem ser controlados para não ocorrerem variações em sua estrutura durante a fabricação. Os medicamentos biológicos são difíceis de serem digeridos pelo intestino, sendo administrados por injeção para chegar diretamente ao sangue.

Os medicamentos sintéticos, por sua vez, são aqueles obtidos através da combinação de substâncias químicas, sendo que seu princípio ativo tem moléculas pequenas e mais estáveis no organismo, o que faz com que sejam absorvidas rapidamente pelo corpo.

Conhecer as semelhanças e diferenças entre os medicamentos é fundamental para medir o melhor custo-benefício na hora de comprar. Veja abaixo o que é cada tipo de medicamento.


O medicamento de marca, também chamado de inovador, é aquele cujo princípio ativo tenha sido o primeiro a obter registro no país. Isso só ocorre após a realização de pesquisas e testes que validem seus efeitos e que mostrem sua segurança para consumo humano. Sua formulação é protegida por uma patente.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) analisa os dados das pesquisas e, através da Gerência Geral de Medicamentos (GGMED), libera ou não a patente do princípio ativo para o laboratório. O processo de liberação é longo, sendo necessário que o laboratório apresente os resultados das três fases de estudos clínicos que foram realizados, informações técnicas sobre a droga e sua toxidade, estudos que comprovem seu prazo de validade, o texto da bula, a estimativa de preço de venda e um certificado emitido pela própria ANVISA que garanta que a fábrica onde o medicamento será produzido segue os padrões estabelecidos por lei. Um medicamento inovador leva de 9 a 14 meses para ser aprovado pela Agência.


Quando a patente expira, a legislação brasileira permite que outros laboratórios passem a fabricar o medicamento inovador, desde que comercializados pelo nome de seu principio ativo.
Para lançar um medicamento genérico, a empresa deve provar à ANVISA que seu produto é uma cópia do medicamento inovador, e que atende às normas dos órgãos regulatórios. Dessa forma, o genérico deve ter o mesmo fármaco, na mesma quantidade e forma farmacêutica do medicamento de referência.

O genérico possui a mesma eficácia do medicamento inovador, mas, como não houve gastos com pesquisas, eles custam, no mínimo, 35% a menos do que os remédios de marca. Isso não quer dizer não são realizados estudos, pois é necessário garantir a bioequivalência do genérico em relação ao medicamento de referência.

Bioequivalência é a demonstração de equivalência farmacêutica entre os medicamentos apresentados sob a mesma forma farmacológica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de princípios ativos e que tenham biodisponibilidade (velocidade e a extensão  de absorção de um princípio ativo em uma forma farmacêutica, a partir de sua curva concentração / tempo na circulação sistêmica ou sua secreção na urina) quando estudados sob experimentos similares.

Os medicamentos genéricos possuem regras de venda: não podem ser vendidos sob nome comercial, sendo que em sua caixa deve constar a denominação química do princípio ativo, além da tarja amarela com a frase “Medicamento genérico – Lei 9.787/99”.

A política de genéricos no Brasil foi criada a fim de ampliar o acesso da população aos medicamentos. O foco principal dos genéricos vendidos hoje são as doenças crônicas, como a hipertensão e o diabetes. Hoje, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genérico), é possível comprar medicamentos com valores até 65% menores do que antes da que permite a venda de genéricos e similares.


Assim como ocorre com o medicamento genérico, o similar tem o mesmo principio ativo, concentração, forma farmacêutica, administração e indicação terapêutica do medicamento inovador, mas é vendido com outro nome comercial. Contudo, de acordo com a legislação vigente, parte dos medicamentos similares podem não possuir comprovação de bioequivalência com a droga inovadora, mas todos devem ser submetidos a testes pela ANVISA.

A obrigatoriedade de estudos de equivalência farmacêutica surgiu através da RDC 134/03, em 2003. Foi determinado que 21 princípios ativos específicos apresentassem comprovação de bioequivalência naquele ano, e os demais têm até 2014 para apresentar seus resultados à ANVISA.

Da mesma forma que um medicamento de marca, a droga similar é vendida com um nome fantasia, que vem estampado em sua embalagem seguido de seu princípio ativo.

Como sua fabricação exige custos menores do que a de um medicamento inovador, o similar tende a ser mais barato. Dos 11 mil medicamentos registrados na ANVISA, estima-se que cerca de oito mil são similares.