terça-feira, 4 de agosto de 2015

Qual é a melhor maneira de combater a perda de memória?

Pergunte quais são as maiores preocupações de qualquer pessoa com mais de 40 anos e uma das respostas mais comuns será o medo de perder a memória.

Há algumas maneiras bem conhecidas de manter a saúde - não fumar, manter-se dentro do peso ideal ou não desenvolver diabetes do tipo 2.

Mas pode-se fazer algo para realmente melhorar o cérebro? Pesquisadores britânicos desenvolveram um teste para tentar descobrir.

Exercícios ou arte
Para esse teste, feito em parceria com a Universidade de Newcastle, na Inglaterra, foram recrutados 30 voluntários. Eles foram submetidos a diversos exames que analisaram memória, habilidade de resolver problemas e velocidade de reação.
Todos receberam um monitor de atividade, que mediu o quanto e quando eles se moviam. Em seguida, os voluntários foram separados aleatoriamente em três grupos. Cada grupo recebeu uma atividade diferente, que deveria ser feita durante oito semanas.
A tarefa para um dos grupos era simplesmente andar rapidamente, a ponto de ficar quase sem ar, durante três horas por semana. A ideia é que a caminhada - ou qualquer forma de exercício vigoroso - mantém o cérebro alimentado com sangue rico em oxigênio.
O segundo grupo teve que fazer jogos, como palavras cruzadas ou sudoku, também por três horas por semana. A justificativa é que o cérebro se beneficia dos desafios.
Finalmente, o terceiro grupo teve aulas de arte cuja tarefa envolvia desenhar o corpo de um modelo.

Quem se beneficiou mais?
No final do experimento, quase todos no primeiro grupo relataram uma grande melhoria em seu condicionamento físico - quão fácil passou a ser uma subida, por exemplo. No segundo, os voluntários acharam os desafios difíceis no início, mas no final já estavam trocando dicas de Sudoku. Mas o terceiro grupo mostrou-se particularmente entusiasmado com a arte.
Os pesquisadores então refizeram a bateria de testes cognitivos e os resultados foram bem claros: todos os grupos tinham terminado a experiência um pouco melhor, mas o de maior destaque era o que tinha assistido às aulas de arte.
Mas por que ir a uma aula de arte pode fazer a diferença para coisas como a memória?
"Aprender algo novo envolve o cérebro de maneiras que parecem ser a chave. O seu cérebro muda em resposta a isso, não importa quantos anos você tenha," opina o psicólogo clínico Daniel Collerton, um dos especialistas que participou do estudo.

Benefícios físicos e sociais
Aprender a desenhar não era apenas um novo desafio para o grupo, mas, ao contrário das palavras cruzadas e do Sudoku, também envolvia o desenvolvimento de habilidades psicomotoras.
Capturar uma imagem no papel não é apenas intelectualmente exigente: envolve aprender a fazer os músculos na mão guiarem o lápis ou o pincel nas direções corretas. Um benefício adicional é que ir à aula de arte significava que durante três horas semanais eles tiveram que ficar em pé enquanto desenhavam ou pintavam.
Ficar de pé por longos períodos é uma boa maneira de queimar calorias e de manter o coração em boa forma.
A aula de arte também foi a mais ativa socialmente, outra coisa importante a ser levada em conta para manter o cérebro afiado. Este grupo reuniu-se regularmente fora das aulas e trocou e-mails.
O mais provável, segundo os pesquisadores, é que qualquer atividade de grupo que envolva ser ativo e aprender uma nova habilidade ajude a impulsionar o funcionamento do cérebro.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Aprenda a limpar os óculos de grau sem riscar as lentes

Só quem usa óculos sabe que basta qualquer poeirinha para a visão ficar turva. Especialista ensina a limpar as lentes dos óculos sem riscar (e sem detergente de cozinha)

Quando as lentes dos óculos de grau sujam, a primeira reação é limpá-los com qualquer pano que estiver por perto (ou, pior, com detergente). Abandone estes hábitos já!  

Marisa Vieira Frederico, oftalmologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (PR), ensina a limpar as lentes dos óculos: “A microfibra que o acompanha é o suficiente para uma limpeza leve no dia a dia. Mas se elas estiverem realmente sujas, higienize apenas com água corrente, sabão neutro e use os dedos para remover as impurezas. Depois, seque com lenços de papel. Nunca use toalha ou papel grosseiro para enxugar, pois isso pode danificar as lentes” ensina.

Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/blogs/mulher-de-corpo/aprenda-a-limpar-os-oculos-de-grau-sem-riscar-as-lentes/9164 - Texto Karine César | Adaptação Ana Paula de Araujo 

domingo, 2 de agosto de 2015

5 alimentos afrodisíacos para apimentar a sua relação

Confira uma lista que pode ajudar a incrementar o seu paladar e o seu relacionamento

A mitologia diz: Afrodite, a deusa do amor, deu seu nome a todos os alimentos que estimulam o ato sexual, por isso, afrodisíacos. Veja abaixo o que você pode incluir na culinária para esquentar o clima.

Pimenta
A pimenta vermelha reage no seu corpo produzindo sensações semelhantes às proporcionadas pelo sexo: acelera os batimentos cardíacos, esquenta o corpo e melhora a circulação sanguínea.

Chocolate
Cientistas britânicos comprovaram que as mulheres liberam quatro vezes mais endorfinas depois de comer chocolate do que após um carinho. Essas substâncias aumentam a sensação de prazer e bem-estar e deixam você pronta para o sexo.

Gengibre
Além de prolongar a ereção, ele ajuda a estimular a lubrificação feminina, além de aumentar a produção de neurotransmissores que atuam diretamente no impulso sexual, como a noradrenalina.

Vinho
Além de deixar as pessoas ainda mais quentes, ele aumenta os níveis de estrogênio, facilitando a circulação sanguínea. A casca da uva roxa é composta de resveratrol, que, de acordo com pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, eleva a produção de estrógeno e o apetite sexual, além de facilitar a lubrificação feminina.

Canela
Essa especiaria causa efeitos similares aos da testosterona, o hormônio masculino, aguçando a vontade de fazer sexo e a ereção.

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/amor-e-sexo/claudia/5-alimentos-afrodisiacos-para-apimentar-a-sua-relacao - Escrito por Stephanie Bevilaqua (colaboradora) - iStock/Thinkstock/Getty Images 

sábado, 1 de agosto de 2015

5 atitudes para envelhecer bem (e sem medo!)

Passou da hora de quebrar estereótipos sobre a velhice e começar a investir no seu futuro.

Um estudo feito pelo Instituto QualiBest indicou que a maior parte dos brasileiros entre 18 a 61 anos têm medo de envelhecer, principalmente por causa de problemas de saúde e uma possível instabilidade financeira no futuro. A pesquisa compõe a "Campanha Envelhecer Sem Vergonha", que propõe um novo olhar sobre o envelhecimento, sem preconceitos e premissas negativas.

De acordo com especialistas, envelhecemos todos os dias e isso não é ruim, aliás, há oportunidades diárias de amadurecimento para fazer decisões e planejamentos importantes para alcançar boa estabilidade e resultados no futuro. Sentar e esperar a velhice chegar sem o menor preparo pode deixar qualquer pessoa menos saudável!

Se você faz parte do grupo que tem medo de envelhecer, estas dicas vão fazer você se preparar para isso de forma saudável e nada assustadora!

Trabalhe a aceitação
De acordo com os dados do levantamento, as mulheres são a maioria dos que se sentem desconfortáveis ao dizer a idade. Claro que é normal ser vaidosa e ter seus truques de beleza para se sentir bem, mas aceitar as suas formas e beleza naturais acaba tornando-a mais segura para as mudanças do corpo conforme você envelhece. 
A geriatra e gerontóloga Andrea Prates, coordenadora executiva do Centro Internacional de Informação para o Envelhecimento Saudável (Cies), aconselha: "Envelhecer com qualidade vai muito além da questão cronológica, é acompanhar seu corpo durante este processo, não tentar ir contra ele". 

Mantenha amigos e família por perto
Segundo Rita Cecília Ferreira, psiquiatra responsável pelo Programa da Terceira Idade do Instituto de Psiquiatria da USP, solidão não é algo comum na velhice. Esta é a principal preocupação de 57%, dos entrevistados com relação ao futuro, o que quase não aparece nas versões Europeia e Americana da pesquisa (conhecidas como Get Old), regiões onde os jovens são criados para saírem de casa mais cedo do que no Brasil.
É comum que as pessoas se distanciem com a correria do dia a dia, mas a tecnologia, principalmente a internet, é um recurso muito útil para manter laços. "É importante levar estas relações para fora da tela do Skype, combinar encontros e comparecer", aconselha Rita. 

Trabalhe até quando puder
Para 70% dos entrevistados, uma boa velhice vem com um bom planejamento financeiro, mas somente 45% dos indivíduos consultados dizem que poupam dinheiro. Claro que manter a poupança atualizada pode render bons frutos, porém alguns estigmas sociais sobre a velhice podem impedir um futuro promissor.
Para o educador e conselheiro profissional José Augusto Minarelli nunca é tarde para trabalhar e investir. "As pessoas estão muito apegadas a ideia de emprego e renda fixa, nem se imaginam sem seus empregos".
Este pensamento padrão desestimula a capacidade empreendedora, principalmente em pessoas aposentadas, que sofrem o preconceito de idade no mercado. "Enquanto formos capazes de produzir e ajudar pessoas que consumiram nossos serviços, estamos aptos para o trabalho", conclui.

Mantenha-se ativa
Desde a leitura diária para saber o que está acontecendo no mundo, até as atividades físicas que você mais gosta de praticar. Mantenha seu corpo e mente ativos e querendo mais. E sem desculpas de não ter tempo! Isto é o que faz os jovens ficarem cada vez menos ativos. 

Mantenha os exames e consultas em dia
Parece óbvio, mas sempre vale a pena lembrar a importância da saúde preventiva. Segundo Andrea, os diversos estudos que comprovam que as mulheres tendem a viver mais do que os homens não refletem a realidade. "Sim, os homens ainda são mais expostos a situações de riscos enquanto as mulheres são cobradas pelos cuidados domésticos, de saúde e beleza. Mas ao mesmo tempo, as mulheres que entram no mercado de trabalho são mais cobradas e atarefadas ainda, o estresse é muito comum e prejudicial", observa. 

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Saiba como manter suas unhas mais saudáveis

Descamação e quebra podem indicar que existe algum desequilíbrio na alimentação ou até que a saúde não vai bem

As mãos têm que estar bem cuidadas, com unhas resistentes e saudáveis. Caso contrário, o trabalho da manicure vai por água abaixo em poucos dias. Consultamos especialistas no assunto e entregamos todos os truques para tratar suas unhas de dentro para fora, até a superfície.

Beleza = a saúde
Unhas fracas podem indicar problemas que vão além das mãos e dos produtos que você usa na manicure. "Elas dizem muito sobre sua saúde nutricional", fala a nutricionista Andrea Santa Rosa Garcia, do Rio de Janeiro. "Unhas que descamam, quebram facilmente ou apresentam manchas sugerem que existe algum desequilíbrio na alimentação ou que a saúde não vai bem." Conheça os principais sinais de alerta.

Quebra-quebra
Se você tem dificuldade de cultivar unhas compridas porque as suas sempre quebram antes, o problema pode ser a deficiência de determinados nutrientes. "A baixa ingestão de cálcio enfraquece tanto unhas quanto cabelos", avisa a endocrinologista Flávia Junqueira, da Clínica Goa Health Club, no Rio de Janeiro. "Consuma com mais frequência brócolis, sardinha, soja, espinafre, grão-de-bico, linhaça e derivados do leite, que são boas fontes desse mineral." Alimentos ricos em vitaminas C e E e do complexo B também são importantes porque estimulam o organismo a produzir queratina, proteína que fortalece as unhas", diz Flávia. Prepare-se para incluir  na lista do supermercado: ovo, grãos integrais, acerola, laranja, morango e folhas verde-escuras. "Se não perceber mudança, procure um médico para descartar a possibilidade de alguma disfunção da tireoide, micose ou exposição excessiva à química dos produtos usados na unha", completa.

Descamação
A deficiência dos minerais zinco, selênio e cálcio, além de proteínas e vitaminas, é responsável pelo enfraquecimento, pela descamação e pelas depressões (como se houvesse degraus) na superfície da unha. Além dos alimentos já citados, pense em comer mais nozes e castanhas, feijão, linhaça, aveia e carne vermelha (sem exagerar nos cortes mais gordurosos).

Amarelo: atenção
Nas unhas, a coloração amarelada pode indicar que você precisa dar um tempo nos esmaltes que vem usando ou que está exagerando na ingestão de betacaroteno. Se, mesmo trocando o esmalte, o aspecto escurecido não desaparecer, diminua a quantidade de cenoura, mamão, abóbora, beterraba (e outros alimentos amarelo-alaranjados) por um tempo. "As manchas também podem ser consequência do tabagismo, do uso prolongado de antibióticos ou, ainda, denunciar patologias como diabetes e doença hepática ou renal", observa Flávia Junqueira. Se a coloração amarelada permanecer, procure um médico.

Cuidados no salão
Tudo bem que ir à manicure é uma delícia, mas pode virar uma dor de cabeça se você (e a profissional) não for cautelosa. Fique de olho nas medidas certas de higiene e manutenção das suas unhas.

Preserve a cutícula
Para algumas mulheres, a vontade de remover a cutícula é grande, mas o melhor é resistir à tentação. "Essa pele protege a unha contra a entrada de bactérias e fungos, além de deixá-la mais forte desde a raiz", comenta a manicure Raíssa de Mello João, dona do salão Cheers Nail Club, em São Paulo. O ideal é retirar a parte ressecada que estiver levantando e incomodando. A pelinha mais profunda, que une a base da unha e o dedo, é bom preservar.

Tenha seu arsenal
Se você ama manter as unhas feitas, o melhor é ter seu próprio estojo de acessórios, com alicate, lixa e palito de uso exclusivo. Aposte naqueles feitos de aço inoxidável, que duram mais e podem ser higienizados e esterilizados facilmente. Palitos e lixas comuns, feitos de madeira e papel, precisam ser descartados depois de três usos, no máximo, para não correr o risco de juntarem fungos e bactérias que podem contaminar as unhas mais tarde.

Maneire na lixa
Mesmo se a unha apresentar descamação ou desníveis, jamais tente uniformizar passando a lixa no comprimento todo (nem com a de espuma). "Isso afina a lâmina e fragiliza ainda mais a unha, sem resolver nenhum problema", avisa Raíssa. O certo é apenas lixar as pontas. Use o mesmo creme de mãos para hidratar as unhas pelo menos duas vezes por dia e use base niveladora, no caso de degraus na superfície.

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/saude/womens-health/saiba-como-manter-suas-unhas-mais-saudaveis - Escrito por Larissa Serpa (colaboradora) - Editado por Juliana Vaz (colaboradora) – Foto James Wojcik 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Primeiros socorros: como agir em acidentes domésticos com crianças

Asfixia, queda, afogamento e queimadura são alguns dos principais acontecimentos que podem colocar a vida dos pequenos em risco dentro de casa. Além de prevenir essas situações, é preciso saber também o que fazer na hora em que elas acontecem.

Todo ano, 4,7 mil crianças morrem e 122 mil são hospitalizadas por causa de acidentes ou lesões não intencionais, segundo o Ministério da Saúde. Com esses números, dá para entender por que os acidentes são a principal causa de morte de brasileiros de 1 a 14 anos de idade. "Muitos deles acontecem no ambiente doméstico, principalmente com as crianças pequenas, que ficam mais tempo em casa", revela a pediatra Renata Waksman, do Departamento Materno Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Entre os bebês que ainda não completaram o primeiro aniversário e aqueles que têm entre 1 e 2 anos, os acidentes que mais matam são as aspirações de objetos estranhos, como brinquedos e alimentos. Na faixa etária dos 2 aos 4 anos, as estatísticas apontam que os afogamentos e os acidentes de trânsito, a exemplo dos atropelamentos, são os mais fatais. "Se analisarmos os casos de atendimentos em prontos-socorros (e não de mortes), as quedas são a maioria", conta Renata Waksman, que também faz parte do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

A boa notícia é que a maior parte dessas situações pode ser evitada com medidas preventivas simples. Mas quando uma delas acontece, saber como agir pode ser fundamental para salvar a vida do pequeno. A seguir, fique por dentro do que deve ser feito em cada tipo de acidente doméstico, das atitudes que não podem ser tomadas e de como manter a sua família longe de tudo isso.

Sufocamento e asfixia
Essas são as principais causas de mortes de crianças de até 2 anos. Em geral, esse tipo de acidente acontece quando bebês ingerem pedaços muito grandes de alimentos ou até objetos como peças de brinquedos, bolinhas de gude ou moedas. "O sufocamento também pode ser ocasionado por sacos plásticos, cordas e protetores de berço", alerta o pediatra Alberto Helito, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Para prevenir essa fatalidade, é importante manter o seu filho longe de todas essas ameaças. Isso pode ser feito, por exemplo, oferecendo a ele comidinhas adequadas para a sua idade, como a papinha, e verificando a faixa etária indicada de todos os seus brinquedos.
O que fazer na hora do acidente
Se, ao engolir um alimento ou algum outro item, a criança estiver tossindo, a orientação é ficar perto e esperar até que ela consiga expelir sozinha o objeto estranho. Caso isso não aconteça e o pequeno fique pálido, é preciso chamar o resgate o mais rápido possível e procurar alguém que saiba fazer as devidas manobras de desengasgo e desobstrução das vias aéreas. "O ideal é que todo mundo que lida com crianças, não só os pais, faça um curso chamado Suporte Básico de Vida para aprender a realizar essas manobras", indica Renata Waksman. Se feitas de forma incorreta, elas podem colocar a vida do seu filho em risco. Portanto, nada de tentar por conta própria!
O que não deve ser feito
Uma das atitudes que os pais costumam ter nesses momentos é colocar a mão dentro da boca da criança na tentativa de retirar o objeto. Mas isso pode piorar ainda mais a situação. "Na maioria das vezes, a pessoa acaba empurrando mais pra dentro o objeto", alerta Helito.

2. Queda
Está aí outro acidente doméstico bastante comum - e não pense que ele só acontece com os maiorzinhos. "A partir dos 4 meses, o bebê já consegue rolar, mas muitos pais não sabem dessa habilidade. Então, há casos em que a criança cai da cama ou do trocador", exemplifica o pediatra do Instituto da Criança.
Para se manter longe disso, não tem jeito: é preciso estar sempre de olho nos pequenos. Em casa, certifique-se de que todas as janelas estejam travadas ou tenham telas de proteção ou grades; bloqueie o acesso às escadas e remova tapetes ou opte por modelos antiderrapantes.
O que fazer na hora do acidente
"Primeiro, segure a criança até que ela pare de chorar e observe sintomas diferentes do usual", orienta a pediatra do Einstein. Entre eles estão perda de consciência, palidez, vômitos, choro prolongado, alterações no comportamento (sonolência ou agitação excessivas) e dor no pescoço ou nas costas. "Caso a criança esteja inconsciente, não é aconselhável removê-la do local", adverte Renata. Aí, o melhor é chamar socorro e verificar se ela está respirando. Se não estiver, deve-se aplicar as manobras de ressuscitação - desde que haja alguém apto para fazer isso.
O que não deve ser feito
Demorar para levar ao hospital ou chamar uma ambulância.

3. Afogamento
Não pense que esse tipo de acidente acontece só no mar ou na piscina - baldes, vasos sanitários e banheiras também são um perigo! Para prevenir o afogamento, além de supervisionar as crianças (inclusive as mais velhas) quando elas estiverem perto de qualquer um desses locais, oriente-as a respeitar placas de proibição em praias, a não brincar de empurrar uns aos outros dentro d’água e nem fingir que está se afogando. Em casa, mantenha os baldes vazios e os banheiros fechados.
O que fazer na hora do acidente
Remova a criança o quanto antes do local e deixe-a deitada. "É importante mantê-la aquecida, porque a hipotermia, que é a baixa temperatura, agrava os sintomas do afogamento", indica Alberto Helito. E chame socorro imediatamente.
O que não deve ser feito
Se você não recebeu o treinamento adequado, não tente fazer manobras como respiração boca a boca ou compressão do tórax. "Tudo isso tem aplicação se feito por alguém que conhece as técnicas. Caso contrário, a pessoa só perderá tempo de pedir ajuda", diz Helito.

4. Queimaduras
Elas podem ser causadas por fogo, líquidos ou comidas quentes e até pela eletricidade. Nos dois primeiros casos, a melhor forma de prevenir é manter a criança longe de locais como a cozinha, onde a maior parte desses acidentes acontece. Outra medida é evitar o uso de produtos inflamáveis, como o álcool.
Em relação à queimadura elétrica, a prevenção pode ser feita, por exemplo, substituindo fiações desencapadas, protegendo as tomadas e não permitindo que os pequenos manuseiem eletrodomésticos, como secadores de cabelo.
O que fazer na hora do acidente
Na queimadura com fogo, a orientação é rolar a criança no chão para tentar apagar as chamas e, assim que estiver controlado, lavar com água e levar para o hospital. No caso da queimadura por escaldamento, enquanto busca a ajuda de um profissional da saúde, lave a área com bastante água corrente.
Já em quadros de queimadura elétrica, a situação é mais delicada. "A corrente percorre uma área maior do corpo da criança e pode acometer, inclusive, órgãos internos", adverte Alberto Helito. Por isso, o primeiro passo é desligar o interruptor da chave e, depois, afastar a vítima da corrente elétrica. "O ideal é não encostar nela, porque você pode levar um choque também. Faça isso com algum material isolante, como um cabo de vassoura", informa a pediatra da SBP. Em seguida, chame socorro e certifique-se de que a criança está respirando - se não estiver, inicie as manobras de ressuscitação ou procure alguém que esteja apto a fazê-las.
O que não deve ser feito
Demorar a pedir ajuda ou utilizar técnicas caseiras, como aplicar pasta de dente, café ou manteiga na área queimada. "Nada disso é útil", afirma o pediatra do Instituto da Criança. O tratamento deve ser feito somente por um especialista, com o conhecimento e a higiene necessária.

5. Intoxicação
Não raro, os pequenos se dedicam a explorar novos territórios na casa e, ao se depararem com objetos nunca antes identificados, os colocam na boca sem pensar. De acordo com a PROTESTE Associação de Consumidores, as intoxicações costumam acontecer nos horários que antecedem as refeições e quando a rotina familiar é alterada, ou seja, durante as férias ou em mudanças. Entre os principais vilões estão remédios, produtos de limpeza e de higiene pessoal e até certas plantas.
Para prevenir esses acidentes, a PROTESTE sugere, por exemplo, guardar esses produtos fora da vista e do alcance das crianças; mantê-los em suas embalagens originais, e não em garrafas de refrigerante ou copos; e dar preferência a embalagens com tampas de segurança, mais difíceis de serem abertas.
"Quanto aos medicamentos, eu sempre oriento os pais a não se referirem aos comprimidos como balas, porque a criança entende que pode tomar quando quiser", avisa Alberto Helito. Outra dica é não tomar remédio na frente da meninada.
O que fazer na hora do acidente
A primeira coisa que deve ser feita é ligar para o Centro de Controle de Intoxicação mais próximo de onde você estiver e descrever o que foi ingerido, em que quantidade e o horário em que isso aconteceu. Enquanto a ajuda não chega, evite que o pequeno pule ou fique muito agitado. "A criança de pé favorece que esse tóxico desça mais rápido", explica o pediatra.
O que não deve ser feito
Se a criança tiver engolido um remédio ou um produto, não dê água, leite ou qualquer outro líquido, pois isso vai fazer com que a substância tóxica seja absorvida mais rápido. O mesmo vale para o vômito: nesses casos, nunca estimule a criança a colocar o que ingeriu para fora. Além disso, não deixe o pequeno sozinho.

6. Cortes
Eles podem ser causados tanto por objetos cortantes quando por uma queda, por exemplo. Por isso, mantenha facas, canivetes e tesouras longe da garotada. E, claro, esteja sempre por perto.
O que fazer na hora do acidente
Cortes de pequena proporção devem ser lavados com água e sabão. "Isso é importante para desintoxicar a ferida e remover bactérias que podem entrar ali", explica Alberto Helito. Se houver sangramento, pressione a área o máximo que puder e procure atendimento médico o mais rápido possível.
O que não deve ser feito
Não passe remédio dentro do machucado ou outros produtos, como álcool. Isso só deve ser feito com indicação médica.  

7. Mordidas de animais
Eles fazem um bem dano para os pequenos, mas é preciso ter certo cuidado. "Os animais têm alguns micro-organismos na boca que podem causar infecções específicas", informa o pediatra do Instituto da Criança. É importante que cães e gatos estejam sempre vacinados. Além disso, quando a bicharada estiver perto do pequeno, esteja sempre de olho. "O melhor é evitar o contato muito próximo até que o bebê complete 3 meses de vida", prescreve Helito.
O que fazer na hora do acidente
Lave o local com água e sabão e procure atendimento médico. Se possível, observe o animal para ver se ele não tem alguma doença.
O que não deve ser feito
Não passe produtos por conta própria. A esterilização e o tratamento devem ser feitos sob a orientação de um especialista.

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/saude/bebe/primeiros-socorros-como-agir-em-acidentes-domesticos-com-criancas - Escrito por Luiza Monteiro - loflo69/Thinkstock/Getty Images