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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Até cabecear a bola pode afetar o cérebro de quem joga futebol

Pioras em testes de atenção, por exemplo, foram observadas mesmo nos amadores que praticam esse esporte. Veja os detalhes da investigação.

Dar cabeçadas constantes na bola de futebol pode levar a uma diminuição na performance psicomotora e ainda prejudicar a capacidade de atenção. Foi o que pesquisadores norte-americanos descobriram ao observar 308 jogadores amadores de ambos os sexos, com idades entre 18 e 55 anos.

O achado complementaria outro do mesmo grupo: o de que as cabeçadas na pelota são uma causa subvalorizada de traumas. “Agora vimos que esse ato afeta também a função cognitiva, pelo menos temporariamente”, explicou Michael Lipton, autor do estudo e professor de psiquiatria na Universidade de Medicina Albert Einstein, de Nova York (Estados Unidos), em comunicado à imprensa.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas pediram aos boleiros que respondessem quanto tempo tinham jogado na última semana e quantas cabeçadas e colisões com outras pessoas, o chão ou a trave haviam ocorrido nesse período. Depois, eles passaram por testes de desempenho cerebral.

Antes de tudo, foi revelado que os voluntários tocaram na bola com a testa 45 vezes em média, durante um período de 15 dias. O problema: quanto maior esse número, pior ficava o desempenho psicomotor e a atenção nas avaliações.

Contudo, vale destacar que esse efeito foi notado nos testes, mas não resultou em comprometimento evidente. Ou seja, a pessoa seguiu tocando sua vida numa boa. Mais do que isso, não dá pra saber se o cérebro voltaria ao normal passado algum tempo da prática.

Sem contar que as cabeçadas foram medidas via questionário – imagine quão difícil é lembrar de cada testada na bola durante uma partida. Em outras palavras, o número exato que seria danoso está longe de ser claro.

Mas tudo isso não diminui a relevância da pesquisa, que, acima de tudo, sugere bom senso na hora de se divertir com os amigos. “Estamos preocupados de que mesmo essas reduções sutis e transitórias na função neuropsicológica se traduzam em mudanças microscópicas na estrutura do cérebro, que mais tarde levariam a um impacto contínuo no órgão’, destacou Lipton.

Cabeçadas versus colisões
O trabalho, publicado no periódico Frontiers of Neurology, representa uma nova preocupação para os boleiros. “Colisões acidentais são consideradas a maior causa de concussão no futebol, então as ações preventivas focam nelas geralmente”, apontou Lipton.

Na sua investigação, esses efeitos na cognição não foram observados em colisões e outros traumas na cabeça. Mas se sabe que eles são sérios, é claro.

O ponto dos pesquisadores é que, diferentemente das batidas acidentais, as cabeçadas são muito comuns – e podem ser evitadas. Pelo sim pelo não, vale prestar atenção na cabeça durante a próxima pelada.


domingo, 2 de junho de 2013

Soccket: a bola de futebol que está gerando energia no mundo

“Imagine um mundo onde, quando o sol se põe, esse é o fim do seu dia também. Você não pode mais ver nada”, diz Jessica Matthews, 25 anos, cofundadora de Uncharted Play. “Essa é a realidade para 1,3 bilhão de pessoas, quase um quinto do mundo, e uma realidade que nos propusemos a resolver”.

Jessica é uma das inventoras de Soccket, uma bola de futebol que aproveita a energia cinética de cada pontapé para alimentar uma lâmpada por três horas a partir de apenas 30 minutos de jogo.

A ideia incrível nasceu em 2008, quando ela e Julia Silverman, calouras na Universidade de Harvard (EUA), foram colocadas juntas em uma aula de engenharia para não engenheiros. O professor desafiou a dupla a criar algo que combinasse arte e ciência para resolver um problema global.

A solução que elas criaram era muito interessante, mas colocar tecnologia em uma bola sem ar e fazer com que ela se movesse como uma bola de futebol normal não parecia fácil. Na verdade, os engenheiros que elas procuraram tanto em Harvard quanto no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) lhe disseram que isso era impossível.
A dificuldade não desmotivou as garotas, no entanto – muito pelo contrário. Elas se dedicaram a tornar sua invenção uma realidade.

Primeiro, elas colocaram uma lanterna “chacoalhe para recarregar” (a bateria é recarregável por meio de vibração) em uma bola de hamster e a chacoalharam, de forma que luz foi gerada. Utilizando este conceito, mas em uma bola de futebol, elas levaram seu protótipo a outros países para testá-lo junto a “profissionais”: crianças de 10 anos de idade que jogam futebol em campos, playgrounds e lajes de concreto na Nigéria, África do Sul e Brasil, lugares onde o esporte é onipresente, mas a eletricidade não é.

Hoje, a bola Soccket é distribuída em seis países por meio de organizações não governamentais locais, que estão garantindo que comunidades possam se beneficiar da invenção. [YahooTecMundo]