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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

22 invenções que mudaram nossas vidas


Você conhece a origem do celular? Lembra quando surgiu a internet? O forno elétrico? Confira essas e outras invenções que mudaram o mundo

Dia 9 de novembro comemora-se o Dia dos Inventores. Para comemorar a data, Casa e Jardim fez um compilado das principais invenções que mudaram as nossas vidas. Confira!

1. Micro-ondas
Quem inventou o aparelho foi o engenheiro eletrônico Percy LeBaron Spencer em 1946. Contudo, por ser muito caro e pesado, ele era usado apenas por estabelecimentos comerciais. Nos anos 1960 surgiu a versão doméstica, que apareceu no Brasil apenas nos anos 1970.

2. Forno elétrico
Em 1890, o coronel ingês Rookes Evelyn Bell Crompton eletrificou uma placa de ferro e criou uma rudimentar chapa de aquecimento. Surgia aí um dos ancestrais do forno elétrico atual. Em 1941, a Layr Eletrodomésticos começou a comercializar o produto no Brasil.

3. Torneira com sensor
O modelo com sensor de presença para acionamento foi lançado em 1991 pela Docol, batizada como Docolmatic. Ela economiza o consumo de água em até 70%.

4. Lava-Louças
Em 1977 a Brastemp teve a brilhante ideia de criar a primeira lava-louças que comportava pratos, copos e diversos recipientes sujos.

5. Celular
Nem sempre existiu o smartphone... 1983 foi quando tudo começou e, nesse ano, a Motorola lançou o primeiro celular apelidado como DynaTAC 8000X. Pesava 800 g, funcionava por botões e sua bateria permitia conversar por 1 hora ou ficar até 8 horas em stand by. Na época, telas touch eram inimagináveis.

6. Válvula hidráulica
Para resolver o problema das casas térreas que sofriam com a falta de pressão, Antonio Ferraresi e Attilio Ricotti inventaram a válvula Hydra em 1932. Inicialmente, ela ganhou o apelido de Liss. Com o passar do tempo, a válvula foi se modernizando, assim como outros objetos do banheiro.

7. Cafeteira elétrica
A Melitta foi a primeira empresa a introduzir o eletrodoméstico no Brasil, em 1978. Hoje, as cafeteiras contam com mais recursos do que apenas preparar café.

8. Filtro de café
Quem criou foi a alemã Melitta Bentz após coar a bebida em um papel do tipo mata-borrão ao invés de usar pano. Ali, em 1908, foi criado o filtro de papel! Mas a invenção só chegou no Brasil por volta de 1968.

9. Câmera digital
O Brasil recebeu a primeira câmera digital em 1996, através da Casio. Apesar de inicialmente ter memória baixa e funcionar por pilha, o primeiro modelo (QV-10) fez grande sucesso por ser a pioneira a tirar fotografia e mostrá-la no visor.
O Brasil teve a primeira transmissão em cores em 1972, durante a Festa da Uva de Caxias do Sul. A marca brasileira Semp começou meses mais tarde a fabricar os primeiros modelos no Brasil.

11. Ar-condicionado
Quem mora em regiões mais quentes agradece muito essa invenção! O sitema mecânico de condicionamento de ar foi criado em 1902 pelo engenheiro nova-iorquino Willis Carrier. A produção em massa, por outro lado, começou apenas nos anos 1950.

12. Batedeira
As primeiras batedeiras domésticas apareceram em 1918. Mas foi só nos anos 1950 que o eletrodoméstico passou a ficar mais fácil de manusear. A Arno foi a primeira a produzí-la no Brasil, em 1958.

13. Computador
1978 é o ano que o primeiro computador pessoal chegou às lojas. Os norte-americanos Steve Jobs e Steve Wozniak foram os desenvolvedores do aparelho que ganhou o nome de Apple II.

14. Internet
Nascida nos Estados Unidos em 1969, a internet era liberada apenas para fins de defesa do país. Passaram-se 18 anos até que ela fosse liberada para uso comercial, em 1987. No Brasil, a rede chegou somente em 1995.

15. Aspirador de pó
Você acredita que o aspirador de pó foi criado em 1908? Há mais de 100 anos! A partir de 1926, a marca sueca Electrolux passou a trazer seus modelos para cá. Somente em 1947 teve início a fabricação no Brasil, com a Walita.

16. Geladeira frost free e sem CFC
As primeiras geladeiras surgiram em 1913. A Brastemp lançou em 1983 o sistema Frost Free que dispensa o degelo de aparelho. Já a preocupação com a liberação do gás CFC (clorofluorcarbono) que prejudica o meio ambiente se consolidou em 1997, quando a Electrolux substituiu-o por outro gás menos poluente.

17. Lavadora
As máquinas de lavar roupas existem desde os anos 1920, contudo, eram manuais. Pensando na facilidade do cliente, a Brastemp cirou a primeira lavadora em 1959, apelidando-a de Super Automática Luxo.

18. Revestimento antiaderente de panela
A francesa T-Fal trouxe essa novidade para o gosto do público em 1959 com a primeira frigideira antiaderente. O Brasil recebeu o modelo apenas em 1980. Cozinhar, hoje, é muito mais fácil com elas, né?

19. Lâmpada
A lâmpada fluorescente foi introduzida no mercado norte-americano em 1938. Após a crise de energia na Europa nos anos 1970, a Philips teve a ideia de criar o modelo fluorescente compacto, sendo 80% mais econômicas que as incandescentes.

20. Ferro a vapor
O primeiro ferro de passar surgiu no século 12 (apesar das pessoas já começarem a dar indícios dessa preocupação no século 4). O americano Henry W. Seely registrou em 1882 o primeiro ferro elétrico, enquanto o de vapor começou a dar as caras em 1926. Mas foi apenas em 1967 que a GE (General Eletric) trouxe a novidade para o Brasil.

21. Videogame
No final dos anos 1970 foi lançado o Atari 2600. Com jogos como Pac Man, Enduro e Alien, o aparelho fez a cabeça de todos!

22. Colchão de molas
Estima-se que os primeiros colchões foram feitos pelos romanos, tendo sido recheados de materiais orgâncios (como palha, lã, ou algodão). Porém o maior problema ainda era o ataque de bichos, bactérias e fungos e por conta disso foi passando por aprimoramentos até chegar a 1871, quando o alemão Heinrich Westphal inventou o modelo de molas.


sábado, 7 de julho de 2018

9 descobertas feitas por acaso que mudaram o mundo


Nós costumamos acreditar que por trás de todas as invenções e descobertas científicas há um trabalho árduo e objetivo – e, na maioria das vezes, é isso mesmo que acontece. Mas, durante o processo de pesquisa, algumas descobertas paralelas e totalmente sem querer acabam acontecendo. E o acaso, muitas vezes, nos dá coisas muito úteis, às vezes até mais úteis do que aquelas que estávamos buscando.

Muitos dos dispositivos que usamos no dia a dia foram inventados completamente por engano. Abaixo, estão nove das invenções mais importantes e úteis que foram descobertas ou inventadas por acaso.

9. Raios X
Em 8 de novembro de 1895, o físico alemão Wilhelm Conrad Rontgen estava trabalhando em seu laboratório com testes de raios catódicos quando viu um brilho estranho em uma tela que havia sido tratada anteriormente com produtos químicos. Wilhelm foi a primeira pessoa na história a observar os raios X, ondas de energia eletromagnética similares à luz, mas que correm em comprimentos de onda cerca de 1.000 vezes menores. Isso permite que elas passem por substâncias moles como pele e músculo, mas não por aquelas mais duras, como ossos ou metais.
Os raios-X revolucionaram a medicina diagnóstica, proporcionando aos médicos um meio não intrusivo de enxergar dentro do corpo humano. Essa importante ferramenta de diagnóstico se tornou manchete em todo o mundo quando foi usada no campo de batalha durante a Guerra dos Bálcãs, que aconteceu entre 1912 e 1913, para localizar balas e diagnosticar membros quebrados.
Infelizmente, demorou para que os cientistas descobrissem as qualidades nocivas desses raios mágicos. Acreditava-se que os raios X passavam pelo corpo humano inofensivamente, assim como a luz, mas depois de vários anos, relatos de danos estranhos na pele e queimaduras começaram a se acumular. Em 1904, Clarence Dally, um cientista que trabalhava com raios-X para Thomas Edison, morreu de câncer de pele devido à superexposição aos raios. Isso fez com que alguns cientistas que trabalhavam no campo passassem a ser mais cuidadosos, mas demoraria algumas décadas até que os efeitos nocivos da radiação fossem completamente esclarecidos.
Por exemplo, a partir de 1930, as lojas de calçados nos Estados Unidos usavam fluoroscópios para atrair as pessoas. As máquinas encantavam os clientes, permitindo que eles vissem os ossos de seus pés. Somente na década de 1950 que o perigo disso foi percebido, e eles foram proibidos de uso completamente. Hoje, os raios X ainda são amplamente utilizados nos campos da medicina, segurança e análise de materiais.

8. Gás do riso (óxido nitroso)
Em 1799, Humphry Davy, um jovem inventor e químico inglês, decidiu usar a si mesmo como cobaia para descobrir os efeitos da inalação de gases produzidos artificialmente. Junto com um assistente, ele descobriu que os cristais de nitrato de amônio tratados termicamente produziam um gás que eles podiam coletar em sacos especiais de seda tratados com óleo. Eles então poderiam passar o gás através dos vapores de água, o que o purificaria.
Depois de prender um bocal improvisado, Humphry inalou uma bolsa de gás. Ele havia acabado de descobrir o óxido nitroso, ou gás do riso. Humphry relatou que sentiu “tontura, suas bochechas coradas, prazer intenso e uma emoção sublime ligada a ideias muito vivas”. Em pouco tempo, depois de começar a fazer experimentos com o gás, ele estava o inalando longe do laboratório, té mesmo depois de consumir álcool quando estava em casa.
Davy passou então a permitir que seus pacientes e colegas experimentassem o gás, contanto que eles também registrassem suas experiências para a ciência. Humphry foi tão longe a ponto de construir uma caixa hermética em que os sujeitos entrariam e respirariam puro óxido nitroso. Em 1800, Davy escreveu Researches, Chemical and Philosophical, 80 páginas muito divertidas sobre suas experiências enquanto experimentava o gás do riso.

7. Sacarina
A sacarina foi um dos primeiros adoçantes artificiais a substituir de forma barata o açúcar, e foi descoberta completamente por acidente. O professor Ira Remsen dirigia um pequeno laboratório na Universidade John Hopkins, nos EUA. Em algum momento no final de 1878 ou início de 1879, uma firma de importação, a H.W. Perot, entrou em contato com ele para pedir seu laboratório emprestado. A firma queria que Constantin Fahlberg, um especialista em doces, usasse o laboratório de Remsen para testar a pureza de um carregamento deles.
Depois de concluir com sucesso os testes, Fahlberg continuou trabalhando para o professor em vários projetos. Um dia, enquanto jantava, Fahlberg descobriu que seu pão estava excepcionalmente doce e decidiu descobrir por quê. Depois de deduzir que o pão não tinha sido adoçado pelo padeiro, ele supôs que deveria ter algum produto químico em suas mãos enquanto trabalhava no laboratório, e que a substância havia sido transferida para seu alimento, fazendo com que ele ficasse doce. Como não sentiu reações adversas a esse químico desconhecido, decidiu descobrir o que era.
Fahlberg não conseguia se lembrar exatamente de qual substância ele levara para casa em suas mãos, então ele testou todos os produtos químicos que ele tinha em sua estação de trabalho no dia anterior e descobriu que tinha enchido um béquer com cloreto de fósforo, amônia e ácido sulfobenzóico, que, por sua vez, criava sulfimida benzóica, um composto que ele conhecia, mas que nunca teve nenhum motivo para comer. Ele descobriu a sacarina, um produto que se tornaria extremamente popular devido à escassez de açúcar durante a Primeira Guerra Mundial.

6. Fogos de artifício
Uma das descobertas acidentais mais antigas foi feita cerca de 2.000 anos atrás, na China. Ela aconteceu quando um cozinheiro misturou enxofre, salitre (nitrato de potássio, um produto parecido com o sal de cozinha) e carvão em fogo. Não se sabe onde o cozinheiro estava tentando chegar, mas ele acabou fazendo uma descoberta que seria conhecida em todo o mundo. Os antigos chineses o chamavam de “fogo químico” e rapidamente aprenderam que quando comprimiam a mistura, geralmente em pedaços de bambu, ela explodia. Através da experimentação, eles descobriram que podiam produzir impulso que faria o bambu voar pelo ar, em vez de explodir instantaneamente no chão, e assim nasceram os fogos de artifício.
Os novos artefatos tornaram-se muito comuns e passaram a ser usados ​​durante eventos importantes, como casamentos e funerais, em todo o país. Os chineses acreditavam que o barulho dos fogos de artifício mantinham os maus espíritos longe da cerimônia.
Historiadores dizem que Marco Polo levou os fogos de artifício da China para o Oriente Médio. De lá, eles chegaram à Europa. Embora os fogos de artifício tenham chegado primeiro à Inglaterra, foram os italianos que transformaram a sua fabricação, com o uso de várias cores e formas.

5. Fornos de microondas
O microondas se tornou um ítem quase tão importante nas nossas cozinhas quanto uma geladeira ou um fogão. A praticidade e rapidez dos fornos microondas combinam perfeitamente com o estilo de vida veloz da sociedade nas últimas décadas. É bastante curioso pensar que esta, uma das máquinas mais úteis já inventadas na história, foi descoberta por acaso.
Em 1946, um engenheiro que trabalhava para a Raytheon, um conglomerado norte-americano que atua na área de armamentos e equipamentos eletrônicos para uso militar e comercial, chamado Percy Spencer estava trabalhando com um magnetron, o principal componente de um sistema de radar, quando descobriu que uma barra de chocolate que ele carregava no bolso da camisa tinha derretido enquanto ele estava perto do dispositivo. Isso despertou seu interesse. Seu próximo passo foi colocar um ovo no caminho dos raios do magnetron, que obviamente explodiu em sua cara. Então ele teve a ideia de colocar alguns grãos de milho em um prato e fez com que eles pulassem como pipoca por todo o laboratório. O resto, como dizem, é história.

4. Impermeabilizante de tecidos
Uma jovem química chamada Patsy Sherman aceitou o desafio de criar produtos úteis usando produtos fluoroquímicos quando foi contratada pelo grupo de tecnologia 3M em 1952. Sherman recebeu a tarefa de criar um material semelhante a borracha que resistisse ao combustível de aviação e, como acontece muitas vezes, descobriu algo totalmente diferente.
Tudo aconteceu por causa de um acidente. Uma das assistentes de Sherman derramou um composto experimental em seus novos tênis. Ela estava realmente irritada pelo fato de não conseguir tirar o composto deles, independentemente de que tipo de solvente ela tentasse. A tenacidade do produto experimental intrigou Sherman, então ela juntou forças com Sam Smith, outro químico da 3M, em um esforço para desenvolver um agente de impermeabilização fluoroquímico útil e barato para roupas, algo inimaginável na época.
Depois de alguns anos refinando seu composto, a equipe de Sherman e Smith revelou seu novo produto para o mundo e, em 1956, a marca “Scotchgard” nasceu. Sem querer, a 3M havia conseguido seu primeiro campeão de vendas.

3. Marca-passos
O inventor Wilson Greatbatch estava trabalhando em um dispositivo para monitorar e gravar as batidas do coração humano quando cometeu um erro. Ele inseriu um transistor em seu dispositivo 100 vezes mais poderoso do que ele normalmente usaria. Seu erro fez com que o instrumento criasse impulsos elétricos que emulavam perfeitamente a batida do coração. Em vez de arruinar tudo, o equívoco fez com que o dispositivo não monitorasse o batimento cardíaco, mas sim o criasse. Ele ficou surpreso quando percebeu que sua invenção poderia ser usada como um marca-passo interno.
Os primeiros marcapassos pareciam uma televisão à qual o paciente deveria permanecer conectado, já que as baterias eram insuficientes na época. Um paciente que precisava de um marcapasso era muito parecido com uma pessoa em diálise, não podendo deixar a máquina nem carregá-la. Um marca-passo interno permitiria que milhões dessas pessoas vivessem vidas completamente normais. Um pouco maior que um disco de hóquei, o primeiro protótipo de Greatbatch foi implantado em um cão em 1958 e controlou seus batimentos cardíacos com sucesso e sem dificuldade. O primeiro paciente humano a receber um foi um homem de 77 anos que viveu 18 meses, enquanto um jovem receptor viveu 30 anos com o seu.
Eles tiveram seus problemas, no entanto. Os fluidos corporais permeavam o dispositivo, arruinando os circuitos, e as baterias duravam apenas dois anos, então Greatbatch começou a procurar maneiras melhores de alimentá-los. Em 1970, ele fundou sua própria empresa, a Greatbatch Inc., e desenvolveu baterias de lítio que duravam dez anos e seriam eventualmente usadas em mais de 90% dos marca-passos do planeta. O brilhante inventor, falecido em 2011, tem 350 patentes em seu nome e foi introduzido no Hall da Fama do Inventor Nacional dos EUA em 1986. Cerca de 600 mil de seus marcapassos são implantados a cada ano.

2. Post-its
Assim como o impermeabilizante de tecidos, essa descoberta acidental também envolve a Minnesota Mining and Manufacturing Corporation, também conhecida como 3M. Um cientista que trabalhava para a companhia chamado Spencer Silver recebeu a tarefa de inventar um super adesivo projetado exclusivamente para ser usado na indústria aeroespacial. Sua tentativa inicial foi um fracasso. Ele estava procurando por algo forte, mas só conseguiu algo forte o suficiente para talvez segurar uma folha de papel em um quadro de avisos. Isso deu a eles a ideia de criar alguns protótipos de bloco de notas, mesmo que eles não tivessem muita fé no conceito. Art Fry, outro funcionário da 3M, teve a ideia de usar um desses protótipos em seu livro de hinos de coral porque ele continuava se perdendo durante o canto. Com este uso prático, ele percebeu que o protótipo funcionava perfeitamente, aderindo muito bem sem deixar cola e não danificando as páginas.
Silver, Fry e vários outros que trabalharam no aperfeiçoamento das notas inventaram erroneamente toda uma linha de produtos totalmente nova. O Post-It só decolou anos mais tarde, depois de quatro tentativas fracassadas de marketing, mas hoje se encontra presente em praticamente todos os escritórios do mundo.

1. Fósforo auto-inflamável
Embora nós tenhamos descoberto o fogo há muito tempo, criar fogo de forma prática na vida moderna não é uma descoberta tão antiga assim. Os fósforos transformaram nosso mundo e nosso modo de vida de maneiras que seus inventores nunca poderiam imaginar. Os primeiros fósforos, porém, não eram auto-inflamáveis ​​e precisavam de alguns outros meios para que fossem acesos. Por exemplo, os primeiros fósforos chineses eram revestidos com enxofre que ardia muito brilhante e eram usados ​​para aumentar rapidamente um fogo já existente, mas eles nunca evoluíram além dessa capacidade.
Um parisiense chamado Jean Chancel abriu a porta para os fósforos auto-inflamáveis ​​em 1805, quando misturou açúcar, borracha, clorato de potássio e enxofre e revestiu varas de madeira com a mistura. Ele mergulhava os bastões em uma solução de ácido sulfúrico para acendê-los. Esta invenção tinha apenas um pequeno problema: as nuvens tóxicas, voláteis e explosivas do gás de dióxido de cloro que ela produzia.
 O verdadeiro avanço veio em 1826, quando um químico inglês chamado John Walker inventou o primeiro fósforo de fricção por acidente. Enquanto trabalhava em seu laboratório, Walker notou que um grupo de produtos químicos com os quais ele trabalhara havia secado e formado um caroço no final do instrumento que ele utilizada para mexer e misturar os componentes. Não querendo misturar as substâncias químicas com o experimento no qual ele estava trabalhando, ele começou a raspar o material e ficou surpreso quando ele explodiu em chamas.
Walker usou um composto à base de enxofre nas cabeças dos fósforos e papel áspero revestido com fósforo para acendê-los. Era só dobrar o papel sobre o fósforo e puxar enquanto aplicava-se um pouco de pressão para acendê-lo. Ele vendeu alguns desses bastões de fogo, mas eles tinham um problema: o enxofre queimava tão violentamente que consumia todo o bastão, e a cabeça flamejante se soltava, muitas vezes com resultados indesejáveis. Os fósforos atuais são feitos de uma mistura de fósforo vermelho, empregada pela primeira vez por Johan Edvard Lundstrom. [Listverse]

Fonte: https://hypescience.com/descobertas-acaso/ - Por Jéssica Maes

sexta-feira, 17 de junho de 2016

O futuro está aqui: 10 descobertas médicas muito avançadas

Aqueles que viveram uma parte substancial de suas vidas antes da virada do século costumavam pensar em nosso período de tempo atual como um futuro muito, muito distante, cheio de invenções e descobertas revolucionárias. Quem cresceu com filmes como “Blade Runner” (que se passa em 2019), tende a ficar um pouco impressionado com o quão não futurístico o futuro acabou sendo – de uma perspectiva estética, pelo menos.
Porém, enquanto aquele carro voador tão prometido pode nunca chegar, avanços recentes menos chamativos, mas igualmente impressionantes, na tecnologia médica poderiam ajudar muito a melhorar a qualidade de vida à medida que nos movemos para um futuro ainda mais distante. Confira alguns deles nesta seleção preparada pelo site Listverse.

10. Próteses personalizadas à base de biomateriais
A tecnologia de substituição de articulação e osso já percorreu um longo caminho nas últimas décadas, com dispositivos à base de plástico e cerâmica começando a prevalecer sobre os de metal. No entanto, a mais nova geração de ossos e articulações artificiais levará todo o conceito ainda mais além: eles foram concebidos para se fundir organicamente com o corpo.
Isto é possível, é claro, por meio da impressão 3D (o que será um tema recorrente nessa lista). No Reino Unido, os cirurgiões no Hospital Geral de Southampton foram pioneiros com uma técnica na qual um implante de quadril de titânio impresso em 3D de um paciente idoso foi mantido no lugar por uma “cola” feita a partir das células-tronco do próprio paciente.
Por mais impressionante que isso possa ser, o professor Bob Pilliar, da Universidade de Toronto, fez um upgrade significativo com implantes de última geração que realmente imitam o osso humano. Usando um processo que liga seu composto substituto ósseo (usando luz ultravioleta) a estruturas extremamente complexas com precisão cirúrgica, Pilliar e sua equipe criaram uma pequena rede de dutos de suporte e canais dentro dos próprios implantes.
Então, as células ósseas do paciente que voltam a crescer se distribuem ao longo dessa rede, unindo o osso ao implante. O composto de osso artificial, em seguida, dissolve-se ao longo do tempo e as células e os tecidos naturalmente recriados retêm a forma do implante. Segundo o próprio Pilliar, ainda não é algo digno de “Jornada nas Estrelas”, mas segue o mesmo princípio da tecnologia vista na saga.

9. Marcapasso minúsculo
Desde que o primeiro marcapasso foi implantado, em 1958, a tecnologia, é claro, melhorou consideravelmente. No entanto, após algumas grandes descobertas na década de 1970, ela basicamente se estagnou em meados dos anos 80. Surpreendentemente, a Medtronic – a companhia que produziu o primeiro marcapasso alimentado por bateria – está chegando ao mercado com um dispositivo que irá revolucionar os marcapassos da mesma forma que o seu dispositivo já melhorou os portáteis. O novo dispositivo é do tamanho de um comprimido de vitamina e não necessita de nenhuma cirurgia.
O modelo chega ao coração através de um cateter na virilha, anexando-se ao órgão com pequenas pinças e fornecendo os impulsos elétricos normais necessários. Embora a cirurgia de marcapasso comum seja bastante intrusiva, criando uma “bolsa” para o dispositivo ficar ao lado do coração, a versão minúscula torna o processo muito mais fácil e, surpreendentemente, melhora a taxa de complicação do original em mais de 50%, com 96% dos pacientes relatando não terem tido grandes complicações.
A Medtronic pode ser a primeira empresa a levar o produto para o mercado (ela já tem autorização da FDA, órgão responsável pelo controle de alimentos e medicamentos nos EUA), mas outros grandes fabricantes de marcapasso têm dispositivos concorrentes em desenvolvimento, com medo de serem deixados para trás no que atualmente é um mercado anual de US$ 3,6 bilhões. A Medtronic iniciou o desenvolvimento de seu minúsculo salva-vidas em 2009.

8. Implante ocular do Google
A empresa que começou como um sistema de busca na internet continua sua luta para se tornar onipresente e, aparentemente, dominar o mundo. A Google parece ter a intenção de integrar a tecnologia em todos os aspectos da vida e é preciso admitir que eles têm algumas ideias interessantes para juntar a suas invenções mais antigas. Uma das mais recentes tem tanto aplicações com potencial para mudar a vida das pessoas quanto parece totalmente aterrorizante.
O projeto que é conhecido como Google Contact Lens é exatamente o que parece: uma lente implantável, que substitui a lente natural do olho (destruída no processo) e que pode ser ajustada para corrigir problemas de visão. Ela se conecta ao olho com o mesmo material utilizado para fazer lentes de contacto moles e tem uma variedade de aplicações potenciais, não só médicas, como a leitura da pressão arterial de pacientes com glaucoma ou a gravação dos níveis de glucose de pessoas com diabetes, mas de tecnologia sem fio, atualizando registros de deteriorações na visão do paciente.
Ela poderia até mesmo restaurar a visão perdida completamente. Claro que, com este protótipo estando a uma curta distância de ter uma câmera real implantada em seu olho, já existe muita especulação sobre a possibilidade de abuso tecnológico.
Neste momento, não se pode dizer quando o produto pode estar no mercado. Mas uma patente foi criada e os ensaios clínicos confirmaram a viabilidade do procedimento.

7. Pele artificial
Embora os avanços na tecnologia de enxerto de pele artificial tenham tido um progresso constante nas últimas décadas, duas novas descobertas de ângulos bem diferentes podem abrir novas áreas de pesquisa. No Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o cientista Robert Langer desenvolveu uma “segunda pele”, que ele chama de XPL (camada de polímero reticulado). O material extremamente fino imita a aparência da pele lisa e jovem – um efeito que ocorre quase instantaneamente na aplicação, porém, até agora, perde o seu efeito após cerca de um dia.
Por mais interessante que essa proposta seja, o professor de química da Universidade da Califórnia em Riverside Chao Wang está trabalhando em um material de polímero ainda mais futurista. A invenção do chinês pode se autocurar de danos à temperatura ambiente e, além disso, é infundida com partículas minúsculas de metal que a tornam capaz de conduzir energia eléctrica. Embora ele não diga abertamente que está tentando criar super-heróis, ele admite ser um grande fã do Wolverine e diz: “[A pesquisa] está tentando trazer a ficção científica para o mundo real”.
Curiosamente, alguns materiais autocurativos já chegaram Ao mercado, tal como o revestimento de autorreparação no telefone Flex da LG, que Wang cita como um exemplo de vários tipos de aplicações que ele vê para esta tecnologia no futuro.

6. Implantes cerebrais de restauração de movimento
Ian Burkhart, de 24 anos, sofreu um acidente aos 19 anos que o deixou paralisado do peito para baixo. Nos últimos dois anos, ele vem trabalhando com os médicos para ajustar o dispositivo implantado em seu cérebro – um microchip que lê impulsos elétricos e os traduz em movimento. Embora o dispositivo esteja longe de ser perfeito – ele só pode usá-lo no laboratório com o implante conectado a um computador através de uma manga usadA em seu braço -, o jovem conseguiu reaprender tarefas como servir bebidas de uma garrafa e foi até capaz de jogar um ou dois videogames.
Na verdade, Ian é o primeiro a admitir que ele pode nunca se beneficiar diretamente da tecnologia. É mais uma “prova de conceito” para mostrar que os membros que já não têm conexões com o cérebro podem ser reconectados a impulsos do cérebro através de meios externos.
No entanto, é bastante provável que a sua submissão a uma cirurgia no cérebro e a sessões com o equipamento três vezes por semana durante anos seja de enorme ajuda no avanço desta tecnologia para as gerações futuras. Embora procedimentos semelhantes tenham sido utilizados para reconstituir parcialmente o movimento em macacos e animar um braço robótico usando ondas cerebrais humanas, este é o primeiro exemplo de sucesso num sujeito humano.

5. Enxertos bioabsorvíveis
Stents ou enxertos – tubos de malha de polímero que são inseridos cirurgicamente em artérias para aliviar o bloqueio – são um mal necessário, já que são sujeitos a complicações durante a vida do paciente e apenas moderadamente eficazes. O potencial para complicações particularmente em pacientes jovens faz com que os resultados de um estudo recente envolvendo enxertos vasculares bioabsorvíveis seja muito promissor.
O procedimento é chamado de restauração do tecido endógeno. Em pacientes jovens nascidos sem algumas conexões necessárias em seus corações, os médicos conseguiram criar essas conexões usando um material avançado que atua como um “andaime”, permitindo que o corpo replique a estrutura com material orgânico com o implante e então se degrade. Foi um estudo limitado com apenas cinco pacientes jovens, porém, todos os cinco se recuperaram sem complicações.
Ainda que este não seja um conceito novo, o novo material envolvido no estudo (composto de polímeros bioabsorvíveis supramoleculares, fabricado usando um processo de eletrofiação) parece representar um importante passo. Stents de gerações anteriores compostos por outros polímeros e até mesmo ligas metálicas tiveram resultados contraditórios, levando a uma adoção retardada do tratamento no mundo todo, exceto na América do Norte.

4. Cartilagem de biovidro
Outra construção de polímero impressa em 3D tem o potencial de revolucionar o tratamento de algumas lesões muito debilitantes. Uma equipe de cientistas do Imperial College London, na Inglaterra, e da Universidade de Milano-Bicocca, na Itália, criaram um material que chamam de “biovidro” – uma combinação de sílica e polímero que tem as propriedades resistentes e flexíveis da cartilagem.
Estes implantes de biovidro são como os stents do item anterior, mas feitos a partir de um material completamente diferente para uma aplicação totalmente diferente. Uma proposta de utilização destes implantes é como um andaime para incentivar o crescimento natural da cartilagem. Mas eles também têm propriedades de autocura, capazes de religarem-se ao entrar em contato, caso sejam desconectados.
Embora a primeira aplicação a ser testada seja a substituição de um disco espinal, uma outra versão, permanente, do implante está em desenvolvimento para o tratamento de lesões no joelho e outras lesões nas áreas em que a cartilagem não irá crescer novamente. O meio de produção – a impressão 3D – faz com que os implantes sejam muito mais baratos de produzir e ainda mais funcionais do que os atuais e principais implantes deste tipo, que devem normalmente ser cultivados num laboratório.

3. Músculos de polímero autocurativos
Para não ficar atrás, o químico da Universidade de Stanford Cheng-Hui Li tem trabalhado duro em um material que poderia ser o bloco de construção de um músculo artificial real, que pode ser até mesmo capaz de superar nossos insignificantes músculos naturais. Seu composto – uma combinação orgânica de silício, nitrogênio, oxigênio e átomos de carbono – é capaz de esticar a mais de 40 vezes o seu comprimento e voltar ao normal logo em seguida.
Ele também pode se recuperar de furos em 72 horas e, evidentemente, reconstituir-se caso seja rompido devido a atração provocada por um “sal” de ferro no seu composto. Por ora, ele deve ser colocado em conjunto para recolocar-se desta forma – as peças não “rastejam” em direção à outra para se unir novamente. Ainda.
Além disso, no momento, o único ponto fraco deste protótipo é a sua condutividade elétrica limitada. A substância só aumenta em comprimento 2% quando exposta a um campo eléctrico, em oposição aos 40% atingidos por músculos reais. Espera-se que este obstáculo seja superado em pouco tempo – e, da nossa parte, também torcemos para que Li, os cientistas da cartilagem de biovidro e o Dr. Wolverine, dos itens anteriores, entrem em contato uns com os outros ainda mais em breve, se já não forem amigos íntimos a essa altura do campeonato.

2. Corações fantasma
A técnica que está sendo iniciada por Doris Taylor, diretora de medicina regenerativa no Instituto do Coração do Texas, vai por um caminho um pouco diferente dos biopolímeros impressos em 3D que discutimos acima. Taylor demonstrou em animais – e está pronta para tentar em seres humanos – uma técnica que utiliza apenas material orgânico e pode ser ainda mais digna de ficção científica do que qualquer coisa que tenhamos discutido aqui.
Em suma, o coração de um animal – um porco, por exemplo – é embebido em um banho químico que destrói e suga todas as células, exceto a proteína. O resultado do procedimento é um “coração fantasma” vazio que pode, então, ser injetado com as células-tronco do paciente.
Uma vez que o material biológico necessário está em seu lugar, o coração é ligado a um dispositivo que equivale a um sistema circulatório e pulmões artificiais (um “biorreator”) até que comece a funcionar como um órgão e possa ser transplantado para o paciente. A pesquisadora demonstrou a técnica com sucesso em ratos e porcos, mas não ainda em um paciente humano.
É uma técnica semelhante que tinha tido algum sucesso com órgãos menos complexos como bexigas e traqueias. Taylor admite que aperfeiçoar o processo – e conseguir fornecer um fluxo constante de corações modificados, eliminando a lista de transplante de espera por completo – é um longo caminho. No entanto, tem sido apontado que, mesmo se a cientista não conseguir atingir o objetivo desejado, todo esse esforço, sem dúvida, trará uma maior compreensão da construção do coração e irá melhorar o tratamento de doenças cardíacas.

1. Malhas cerebrais injetáveis
Por fim, temos uma tecnologia de ponta com o potencial para conectar completamente o cérebro de forma rápida, simples e com uma injeção. Pesquisadores da Universidade de Harvard desenvolveram uma malha de polímero condutora de eletricidade que é, literalmente, injetada no cérebro, onde ela se infiltra nos cantos e recantos, fundindo-se com o tecido do cérebro real.
Até agora, consistindo de apenas 16 elementos eléctricos, a malha foi implantada no cérebro de dois ratos por cinco semanas sem rejeição imunológica. Os pesquisadores preveem que um aparelho de larga escala, composto por centenas de tais elementos, poderia, num futuro próximo, monitorar ativamente o cérebro chegando até neurônios individuais. Outras aplicações potenciais incluem o tratamento de desordens neurológicas tais como a doença de Parkinson e derrame.
Eventualmente, as descobertas também podem levar os cientistas a uma melhor compreensão da função cognitiva superior, emoções e outras funções do cérebro que atualmente permanecem obscuras. Essa ponte entre a ciência neurológica e física poderia muito bem alimentar muitos dos avanços do futuro ainda mais distante. [Listverse]


terça-feira, 31 de maio de 2016

As 10 invenções mais revolucionárias do mundo

Esta é uma lista com a qual muitos irão concordar e muitos irão discordar. Aqui foram escolhidas algumas das invenções que pensamos serem as que influenciaram mais profundamente a vida humana, começado pela menos, até a mais importante. 

10. Encanamento moderno
A habilidade de remover os dejetos e levar água limpa a locais com grandes densidades populacionais é o que torna a cidade moderna possível. Sem isso, obviamente, ainda teríamos cidades, mas não estas que conhecemos. Um prédio alto seria impossível sem banheiros ou encanamento. Removendo os prédios de apartamentos ou de escritórios do cenário, os densos centros urbanos do mundo teriam uma aparência e dinâmica muito diferentes, pois as implicações ocorreriam em cascata.
Outro aspecto importantíssimo é a saúde: Saneamento básico tem esse nome porque é fundamental para centros urbanos de qualquer tamanho, evitando a disseminação de doenças que aparecem concentradas nas fezes humanas e podem contaminar reservatórios, poços de água ou lençóis freáticos.

9. Prensa móvel
A prensa móvel foi a primeira dos muitos meios de comunicação em massa mudando fundamentalmente a maneira de a informação ser coletada, armazenada, recuperada, descoberta e promovida. Teve implicações importantes na Reforma, Renascença e Revolução científica.
Johannes Gutenberg foi o inventor da primeira prensa móvel do ocidente, na Europa. Prensas para fazer azeite de oliva e vinho eram conhecidas na Europa desde os temos de o Império Romano e prensas para “encadernar” livros manuscritos também já eram utilizadas. Gutenberg foi o primeiro que converteu o conceito para a impressão de textos e seu processo proto-industrial de produção de impressões era muitas vezes mais eficiente e confiável comparado aos manuscritos feitos por copistas.

8. Automóvel
O primeiro veículo auto-propelido para as ruas foi inventado em 1769 pelo mecânico francês Nicolas Joseph Cugnot. No entanto era um modelo movido à vapor. Em 1885, Karl Benz desenvolveu o primeiro automóvel prático movido por motor de combustão interna. Em 1885, Gottileb Daimler pegou a idéia do motor de combustão interna e deu um passo adiante, patenteando o que é conhecido hoje como o protótipo do motor moderno movido à gasolina e, em seguida, construiu o primeiro veículo de quatro rodas motorizado.

7. Pesticidas
Desde antes de 2500 aC os humanos utilizam pesticidas para prevenir danos nas suas plantações. O primeiro pesticida conhecido era um pó primário de enxofre utilizado na Suméria há aproximadamente 4500 anos atrás. No século 15 eram aplicados elementos tóxicos como o arsênico, mercúrio e chumbo às plantações para matar os parasitas.
Em 1939, Paul Müller descobriu que o DDT era um inseticida bastante eficiente. Rapidamente tornou-se o pesticida mais utilizado no mundo até que, na década de 1960, descobriu-se que ele estava causando um grande efeito negativo na biodiversidade de alguns pássaros. Desde a década de 1950 o consumo de pesticidas foi aumentado em mais de 50%, com 2,5 milhões de toneladas de pesticida industrial sendo utilizados todos os anos.

6. Motor à vapor
Thomas Savery foi o militar inglês que inventou e patenteou, em 1968, o primeiro rude modelo de motor à vapor. Thomas Newcomen inventou o motor à vapor atmosférico em 1712 e a versão de James Watt liderou a Revolução Industrial. Seu regulador centrífuga permitia que o motor rodasse na taxa desejada e é uma modificação tão simples e elegante que pode ter sido umas das melhores idéias de todos os tempos.

5. Computadores
Charles Babbage, em 1837, foi o primeiro a conceitualizar e desenhar um computador mecânico totalmente programável chamado de “O motor analítico”. Devido a suas finanças limitadas e inabilidade de efetuar melhoramentos no design Charles nunca construiu a máquina. Computadores automatizados de processamento de dados com cartões perfurados em grande escala foram utilizadas no censo dos EUA em 1890. Elas foram criadas por Herman Hollerith e fabricadas pela empresa Computing Tabulating Recording Corporation que em seguida tornou-se a IBM.

4. Transistores
O transistor é o bloco fundamental dos circuitos que governam a operação de computadores, telefones celulares e todos os outros eletrônicos atuais. Em 16/12/1947, William Shockley, John Bardeen e Walter Brattain tiveram sucesso ao montar o primeiro transistor prático de ponto de contato nos laboratórios da Bell, fabricante de dispositivos de comunicação e atual Alcatel-Lucent. Este trabalho foi a seqüência de esforços para produzir equipamentos de radar com microondas.

3. Plástico
Em química e tecnologia, os plásticos são materiais de polímeros orgânicos sintéticos ou naturais que podem de adaptar-se à distintas formas, facilmente transformável mediante o emprego de calor e pressão, e que serve de matéria-prima para a fabricação de muitos produtos.
A matéria-prima da grande maioria dos plásticos é o petróleo, mas já existem alternativas de polímeros que impactam menos no meio ambiente derivados do milho, por exemplo.
O primeiro método de síntese viável e barato foi criado por Leo Hendrik Baekeland em 1909. Subseqüentemente muitos outros tipos de plásticos foram inventados como o vinil, poliéster, acrílico, silicone, polietileno, poliuretanos, etc. Todos com grande sucesso comercial. Em realidade é quase impossível olhar para um ponto da sua própria moradia onde não exista algum produto que contenha algum tipo de plástico, tornando-o um item onipresente na vida contemporânea.

2. Eletricidade coletável
A eletricidade sempre esteve à nossa volta, mas o sistemas de dispositivos necessários para gerá-la e distribuí-la para edificações individuais foi uma invenção lançada inicialmente por Thomas Edison. Ele efetivamente transformou a eletricidade em um bem vendável e a Pearl Street, onde morava, foi a primeira estação de força do mundo.
A tecnologia da corrente alternada criada por Nikola Tesla tornou possível transmitir eletricidade a grandes distâncias, permitindo a criação de redes elétricas nacionais como as conhecidas hoje em dia.

1. Vacinas e antibióticos
Doenças infecciosas poderiam haver dizimado a humanidade há três séculos atrás, quando a peste negra se disseminou em 1347 e acabou com quase metade da Europa em apenas dois anos. Bem mais tarde e também em menos de dois anos, em 1918, a Gripe Espanhola acabou com aproximadamente 75 milhões de vidas e varíola com 500 milhões, apenas no século 20. No final do século 19 a maior causa de óbitos no ocidente ocorria através da tuberculose.
Alguns pensam que os anciãos eram reverenciados porque poucos viviam até a velhice nas épocas passadas. Agora é comum viver além dos de 70 anos e as causas principais de óbito nos países desenvolvidos não estão ligadas a doenças causadas por micróbios.


domingo, 10 de maio de 2015

5 verdades básicas que parecem antigas, mas são muito recentes

Você provavelmente já assistiu inúmeros filmes e programas de TV que ocorrem no Velho Oeste, na Roma Antiga, na Renascença etc. O problema é que essas histórias são sempre contadas pensando em um público moderno – ou seja, elas incluem algumas invenções muito recentes que acabamos assumindo que remontam milhares de anos.

5. Os médicos não eram respeitados como profissionais até o século 20
Quando você era criança, a maior esperança de seus pais é que você superasse as chances e se tornasse alguém altamente respeitado, como um médico. Voltando apenas um século ou dois para trás, isso não seria melhor do que dizer aos seus pais hoje que você decidiu ter uma carreira criticando videogames no YouTube.
Na Roma antiga, ser um médico era considerado uma das mais humildes profissões. Naquela época, o trabalho de costurar pessoas depois de terem sido esfaqueadas por um visigodo era relegado a pessoas dos degraus mais baixos da sociedade, como escravos ou estrangeiros. Por quê? Bem, há o fato de que até recentemente a arte de curar pessoas era uma extremamente frustrada.
Todo o conceito de ter que obter uma licença médica, ou ter que aprender muita coisa sobre como o corpo funciona, é muito recente. Os médicos não sabiam que tinham que lavar as mãos antes de cirurgias até meados de 1800! Assim, por séculos, hospitais eram onde você ia para morrer, e os médicos eram os açougueiros que usavam ferramentas enferrujadas antes de enviá-lo para casa com algum mercúrio para beber.
Por volta do século 18, os médicos eram colocados no mesmo nível social que, por exemplo, barbeiros. Na verdade, uma revista médica dessa época uma vez lamentou que se tornar um médico era popularmente considerado jogar sua vida fora.
Então, quando nos aproximamos do início do século 20, uma série de avanços na medicina introduziu a ideia radical dos pacientes irem do hospital para suas casas vivos. Governos começaram a exigir que os profissionais da saúde aprendessem tudo o que pudessem antes de chamar a si mesmos de médicos e, de repente, as pessoas estavam dispostas a pagar muito dinheiro para seus serviços.

4. Nós não emprisionávamos criminosos a longo prazo até 1800
Você seria perdoado por assumir que o conceito de prisão é tão antigo quanto o conceito de crime. Afinal de contas, temos histórias e histórias de pessoas sendo trancadas em torres. Mas, apesar de masmorras e prisões existirem em certa medida há muito tempo, o conceito de prisão como punição por cometer um crime é novo: nasceu em cerca de 1800.
Ao longo da história, a prisão era usada apenas para evitar que criminosos fugissem das suas cidades antes de seu julgamento. Quando as punições eram efetivamente entregues, geralmente vinham na forma de algo muito mais público e imediato do que o encarceramento. Antes do século 19, as sentenças variaram de enforcamento para os piores criminosos, a açoitamento ou humilhação pública para os casos menos graves.
Tão recentemente quanto o século 18, era prática comum para criminosos simplesmente serem marcados com seu crime para que os outros sempre estivessem cientes do tipo de idiota que ele era.
Na verdade, toda a nação da Austrália deve sua existência ao fato de que a Grã-Bretanha não tinha um conceito de prisão antes de 1800. Confrontados com o problema de um número crescente de criminosos simplesmente se reintegrando à sociedade, a Grã-Bretanha achou a descoberta de um novo continente para onde pessoas indesejáveis poderiam ser enviadas uma excelente ideia. O fato de que a Austrália era cheia de animais mortais era apenas um bônus, tornando a deportação uma espécie de execução cruel e incomum.
Foram os EUA que, eventualmente, surgiram com a ideia de aprisionamento de longo prazo como uma alternativa para a morte ou banimento dos criminosos. Na década de 1830, a América proferia a pena de morte para um número surpreendente de infrações, de assassinato a andar fora da faixa de pedestre. Assim, os EUA começaram a pensar em alternativas menos cruéis para certos crimes. Foi assim que nasceu o conceito de simplesmente trancar criminosos em um grande edifício de pedra durante vários anos, o que também deu à luz o conceito de reabilitação. A ideia era que, dado o tempo suficiente para refletir sobre o que tinham feito, os antissociais poderiam mais uma vez tornar-se membros produtivos da sociedade. Ainda não sabemos se isso realmente funciona (em certos cenários), mas já foi um avanço.

3. O fim de semana foi uma estratégia empresarial inventada no século 20
“Espere, o conceito de ter um dia de folga a cada semana não está na Bíblia ou algo assim?”. Sim. Ter um dia de folga vem da ideia de que Deus precisou fazer uma pausa depois de passar seis dias criando o universo. Mas o conceito de “fim de semana” como nós o conhecemos não existia no mundo ocidental até tão recentemente quanto 1926. Sábado era apenas mais um dia de trabalho regular. Domingo era dia de folga apenas se você conseguisse convencer o seu patrão de que Deus iria te queimar no inferno se você trabalhasse nesse dia.
Como resultado, a semana de trabalho média no passado era de cerca de 50 horas. Então, como é que os trabalhadores do mundo fizeram seus chefes duplicar suas férias semanais? Uma das principais questões foi que havia tensões entre os trabalhadores sobre qual seria o melhor dia de folga. Os cristãos reconheciam o domingo como dia de descanso, mas na tradição judaica, seria o sábado. Então, se você tinha uma mistura de religiões representadas na força de trabalho de sua empresa, você teria que pedir para alguém violar a sua fé, não importa em que dia fechasse os negócios.
Uma solução simples foi criada pelo magnata do automóvel Henry Ford – em 1926, ele decidiu dar a todos os trabalhadores de suas fábricas o sábado e o domingo de folga, não importa a sua religião. Foi uma boa decisão de negócios. Provavelmente, os trabalhadores pararam de brigar entre si e começaram a passar a maior parte de seu fim de semana dirigindo seus automóveis Ford, fazendo propagandas em passeios longos e gastando mais dinheiro consertando-os depois.
Mais tarde, a Grande Depressão bateu nos EUA e a semana de trabalho reduzida foi vista puramente como uma maneira de cortar horas de trabalho sem ter que despedir trabalhadores. Em seguida, o governo estabeleceu a semana de trabalho com no máximo 40 horas, imaginando que ajudaria a criar empregos (uma vez que seria mais barato contratar mais pessoas do que pagar horas extras). O fim de semana finalmente se estabeleceu no mundo trabalhista.
A notícia ruim é que provavelmente vai morrer em breve – muitos hoje já trabalham nos fins de semana, graças à proliferação de serviços que mantêm suas portas abertas sete dias por semana. Ei, foi divertido enquanto durou.

2. Nós não sabíamos como a economia funcionava até depois da Depressão
Dinheiro faz o mundo girar desde o momento em que um homem das cavernas descobriu que poderia adquirir a melhor caverna de seu vizinho simplesmente dando-lhe 20 coelhos, em vez de precisar matá-lo. Por isso, é surpreendente saber que, apesar de ser um dos conceitos mais antigos da humanidade, não sabíamos como ele funcionava em grande escala até o início do século 20.
Quando a Grande Depressão atingiu os EUA na década de 1930, levou milhões de pessoas a ruína. Naquele momento, ninguém sabia como isso tinha acontecido. Não era como se houvesse um monte de ideólogos políticos avisando de uma recessão – os preços apenas começaram a subir, a renda a cair, e ninguém conseguia explicar por quê. Claro, as pessoas conheciam conceitos como pânicos bancários, inflação e mercado de ações. Só não sabiam como todas essas coisas se entrelaçavam de tal maneira que de repente elas não podiam mais alimentar seus filhos.
Então, o governo americano teve de reunir todos os seus assistentes para descobrir uma maneira de medir a saúde financeira global do país e prever uma desgraça como essa da próxima vez. O resultado foi a renda nacional, agora conhecida como produto interno bruto, ou PIB – essa foi a primeira vez que fomos capazes de colocar números para o que está realmente acontecendo na economia de uma nação, em vez de depender de superstições e boatos.
O relatório apresentado ao Congresso feito por essas pessoas que acabaram conhecidas como “economistas” ficou tão popular entre a população em geral durante a Grande Depressão que se tornou um bestseller do New York Times. Pense nisso!
O conceito de PIB se tornou tão útil na previsão das reviravoltas da economia que logo foi adotado por praticamente todo o mundo, razão pela qual não tivemos uma crise financeira global desde então.

1. O conceito de minutos e segundos foi inventado por causa dos horários de trem
Existem civilizações na Terra que não têm noção do tempo. Obviamente, eles têm noção que o “dia” é que o tempo entre o sol nascer e se por, e que depois vem a noite. No entanto, eles não sabem dizer as horas como nós fazemos. E isso não é tão estranho: tal conceito é na verdade muito recente.
Bom, o conceito da hora é antigo – veio dos sumérios, que usavam 24 como a base de seu sistema de contagem, em vez de 10. Isso porque, em vez de contar com os dedos, eles contavam com os nós dos dedos (e existem 12 em cada mão, descontando o polegar). Então, depois que os sumérios decidiram que havia 24 horas em um dia, o normal seria que outra subdivisão surgisse, não? Ou seja, minutos e segundos.
Na verdade, no entanto, ninguém se incomodou com isso por milhares de anos. Só começamos a subdividir as horas quando inventamos a locomotiva.
Antes disso, a hora era medida por relógios de sol. No mundo antigo e medieval, a maioria das pessoas cultivavam seus campos durante o dia, enquanto as ricas se sentavam em seus tronos. Chegava o anoitecer, e era isso. Ninguém realmente precisava saber qual era o momento específico do dia.
Quando os primeiros relógios mecânicos foram inventados, a maioria só marcava horas. Finalmente, em 1800, quando a viagem de trem se tornou popular, as pessoas começaram a perceber que uma unidade de tempo menor do que a hora era necessária em suas vidas diárias. Como trens viajavam muito mais rápido do que os cavalos, as pessoas precisavam de alguma maneira de medir o tempo de chegada do veículo mais especificamente do que apenas olhar para cima para ver onde o sol estava.
Na década de 1860, a empresa ferroviária Great Western Railway da Grã-Bretanha decidiu padronizar o tempo arbitrariamente com base em um relógio de Greenwich (por que não?). Assim, finalmente o conceito de minutos e segundos começou a fazer parte do nosso cotidiano. [Cracked]