Ainda não se sabe ao certo por que as proteínas de
alguns alimentos causam respostas alérgicas. Apesar de não termos dados
oficiais sobre a incidência do problema no Brasil, vale a pena ficar de olho,
já que indícios apontam que ele está em ascensão. E pior: as manifestações
do quadro, que aflige cerca de 5% das crianças e 2% dos adultos, andam mais
variadas e graves. Veja abaixo quais são as comidas que mais causam reações
adversas.
Leite e derivados
São os maiores causadores de alergia no Brasil -
basicamente por causa das proteínas caseína, alfa-lactoalbumina e
beta-lactoglobulina. Em geral, até os 5 anos de idade a criança passa a
tolerá-los. Enquanto isso, é importante contar com acompanhamento para ajustar
a dieta e não sofrer com a ausência de cálcio, vital para os ossos. Segundo
Renata Pinotti, nutricionista especializada em alergia alimentar, não adianta
optar pelo leite de cabra - as proteínas são semelhantes e a chance de reação é
de 92%. Ainda de acordo com ela, é raro ver essa alergia em adultos.
"Acompanhei só dois casos em 15 anos", relata.
Ovo
As proteínas ovomucoide e ovoalbumina costumam ser a
pedra no sapato dos alérgicos ao alimento. E não tem parte segura - é preciso
excluir a clara e a gema. "Há quem reaja apenas ao ovo cru ou levemente
cozido", informa Renata Pinotti. Mas só o médico pode liberar os assados.
"Vale lembrar que o ovo está em certas vacinas, como as da febre amarela e
da gripe", diz a expert. Mais um tema para debater no consultório.
Soja
A alergia a essa leguminosa tende a dar as caras
entre bebês e crianças. Até os 10 anos, espera--se que a reação não ocorra
mais. Embora não tenhamos o hábito de consumi-la sozinha, sua proteína surge em
um monte de produtos, a exemplo de temperos e congelados. Convém esclarecer que
ter alergia à soja não representa maior risco de ter o mesmo tipo de resposta
imunológica a feijão, amendoim...
Castanhas
De acordo com a alergista Renata Cocco, aumentou
significativamente a quantidade de gente alérgica às oleaginosas. "A
reação pode surgir em qualquer fase da vida e é tipicamente persistente",
destaca. Um alento: existe a chance de uma pessoa com alergia à avelã não ter
efeitos adversos ao comer amêndoas, por exemplo. "Só que isso deve ser
muito bem avaliado", diz a médica.
Frutos do mar
O destaque é o camarão. Como ele entra em nossa vida
de vez em quando, é possível que o sistema imune o encare com hostilidade,
produzindo respostas alérgicas. Normalmente, indica-se evitar outros frutos do
mar, como caranguejo e lagosta. Os peixes não fazem parte do grupo, mas também
podem gerar alergia. Quem reage ao salmão precisa avaliar com o médico se
consegue comer atum.
Amendoim
Há estimativas de que o número de crianças com
alergia a essa leguminosa triplicou nos Estados Unidos entre 1997 e 2008. Aqui,
ela não chega a atormentar tanto assim - mas a incidência claramente vem
subindo. "Especialmente em idades mais precoces", nota Renata Cocco.
O amendoim está no time dos alimentos capazes de provocar reações persistentes.
Trigo
"A alergia ao trigo não é a mesma coisa que
doença celíaca", adianta a nutricionista Renata Pinotti. Porém, ela ensina
que as proteínas do cereal são bem similares às proteínas formadoras do glúten
- essas, sim, um perigo para os celíacos. "Então, por uma possibilidade de
reatividade cruzada, recomenda-se excluir os alimentos que possuem tais
substâncias." Centeio, cevada e malte estão nessa lista.
Juntos, os itens que você verá nesta matéria são
responsáveis por 90% dos casos de alergia alimentar
Ainda não se sabe ao certo por que as proteínas de
alguns alimentos causam respostas alérgicas. Apesar de não termos dados
oficiais sobre a incidência do problema no Brasil, vale a pena ficar de olho,
já que indícios apontam que ele está em ascensão. E pior: as manifestações
do quadro, que aflige cerca de 5% das crianças e 2% dos adultos, andam mais
variadas e graves. Veja abaixo quais são as comidas que mais causam reações
adversas.
Leite e derivados
São os maiores causadores de alergia no Brasil -
basicamente por causa das proteínas caseína, alfa-lactoalbumina e
beta-lactoglobulina. Em geral, até os 5 anos de idade a criança passa a
tolerá-los. Enquanto isso, é importante contar com acompanhamento para ajustar
a dieta e não sofrer com a ausência de cálcio, vital para os ossos. Segundo
Renata Pinotti, nutricionista especializada em alergia alimentar, não adianta
optar pelo leite de cabra - as proteínas são semelhantes e a chance de reação é
de 92%. Ainda de acordo com ela, é raro ver essa alergia em adultos.
"Acompanhei só dois casos em 15 anos", relata.
Ovo
As proteínas ovomucoide e ovoalbumina costumam ser a
pedra no sapato dos alérgicos ao alimento. E não tem parte segura - é preciso
excluir a clara e a gema. "Há quem reaja apenas ao ovo cru ou levemente
cozido", informa Renata Pinotti. Mas só o médico pode liberar os assados.
"Vale lembrar que o ovo está em certas vacinas, como as da febre amarela e
da gripe", diz a expert. Mais um tema para debater no consultório.
Soja
A alergia a essa leguminosa tende a dar as caras
entre bebês e crianças. Até os 10 anos, espera--se que a reação não ocorra
mais. Embora não tenhamos o hábito de consumi-la sozinha, sua proteína surge em
um monte de produtos, a exemplo de temperos e congelados. Convém esclarecer que
ter alergia à soja não representa maior risco de ter o mesmo tipo de resposta
imunológica a feijão, amendoim...
Castanhas
De acordo com a alergista Renata Cocco, aumentou
significativamente a quantidade de gente alérgica às oleaginosas. "A
reação pode surgir em qualquer fase da vida e é tipicamente persistente",
destaca. Um alento: existe a chance de uma pessoa com alergia à avelã não ter
efeitos adversos ao comer amêndoas, por exemplo. "Só que isso deve ser
muito bem avaliado", diz a médica.
Frutos do mar
O destaque é o camarão. Como ele entra em nossa vida
de vez em quando, é possível que o sistema imune o encare com hostilidade,
produzindo respostas alérgicas. Normalmente, indica-se evitar outros frutos do
mar, como caranguejo e lagosta. Os peixes não fazem parte do grupo, mas também
podem gerar alergia. Quem reage ao salmão precisa avaliar com o médico se
consegue comer atum.
Amendoim
Há estimativas de que o número de crianças com
alergia a essa leguminosa triplicou nos Estados Unidos entre 1997 e 2008. Aqui,
ela não chega a atormentar tanto assim - mas a incidência claramente vem
subindo. "Especialmente em idades mais precoces", nota Renata Cocco.
O amendoim está no time dos alimentos capazes de provocar reações persistentes.
Trigo
"A alergia ao trigo não é a mesma coisa que
doença celíaca", adianta a nutricionista Renata Pinotti. Porém, ela ensina
que as proteínas do cereal são bem similares às proteínas formadoras do glúten
- essas, sim, um perigo para os celíacos. "Então, por uma possibilidade de
reatividade cruzada, recomenda-se excluir os alimentos que possuem tais
substâncias." Centeio, cevada e malte estão nessa lista.
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